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Associações entre aranhas Salticidae e Bromeliaceae : historia natural, distribuição espacial e mutualismos / Associations between jumping spiders (Salticidae) and BromeliaceaeRomero, Gustavo Quevedo, 1974- 07 June 2005 (has links)
Orientador: João Vasconcellos Neto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T21:51:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: O entendimento das interações entre artrópodes e plantas tem crescido consideravelmente nos últimos poucos anos. Embora as aranhas estejam entre os grupos de artrópodes mais abundantes e constituam as principais guildas de predadores sobre a vegetação, poucos estudos envolvendo aranhas e plantas foram desenvolvidos. Aqui, reportamos um conjunto de informações mostrando que algumas espécies de salticídeos são estritamente associadas com Bromeliaceae em várias fitofisionomias sul-americanas, incluindo cerrados, florestas semidecíduas e sazonais, vegetação de dunas costeiras, restingas, afloramentos rochosos, florestas de altitude, chacos e florestas ombrófilas densas, em várias localidades do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina. Enquanto algumas espécies de aranhas foram especialistas, ocorrendo quase exclusivamente em uma única espécie de planta hospedeira (e.g., Psecas chapoda sobre Bromelia balansae), outras foram generalistas e habitaram até 7-8 espécies de bromélias. Geralmente, as aranhas habitaram e selecionaram as bromélias maiores e/ou aquelas com arquitetura natural (e.g., simulação de inflorescência ou inclusão de folhas secas no centro da roseta). Portanto, as aranhas podem avaliar, em detalhes finos, o estado físico dos seus microhabitats. Bromélias podem muitas vezes fornecer microhabitats apropriados específicos para salticídeos. Suas folhas formam uma arquitetura tridimensional complexa (roseta), que pode ser usada por adultos e imaturos como abrigo contra predadores ou condições climáticas severas, como sítios de forrageamento, acasalamento e de oviposição, e como berçários para as recém emergidas das ootecas. Em troca, as aranhas contribuíram para a nutrição das bromélias. Usando métodos isotópicos (15N), nós verificamos que P. chapoda contribuiu com até 40% do N total de B. balansae no campo. Entretanto, os efeitos benéficos das aranhas foram enfraquecidos onde estas ocorreram em baixa abundância, e a condicionalidade foi gerada pela variação especial na densidade de aranhas / Abstract: The understanding of the interactions between arthropods and plants has grown considerably in the last few years. Although the spiders are among the most abundant arthropod group and compose the main predator guild on vegetation, there exist very few studies involving spiders and plants. Here, we report information showing that some salticid species are strictly associated with the Bromeliaceae in several South American phytophysiognomies, including cerrados (savanna-like vegetation), semideciduous and seasonal forests, coastal sand dune vegetation, restingas, inselbergs, highland forests, chacos and rain forests in several localities of Brazil, Paraguay, Bolivia and Argentina. While some species are specialists, occurring almost exclusively on a single host plant species (e.g., Psecas chapoda on Bromelia balansae), others are generalists and inhabit up to 7-8 bromeliad species. Generally, the spiders inhabited the larger bromeliads and/or those with natural architecture (e.g., simulation of inflorescence or inclusion of dry leaves
in the center of the rosette). Therefore, the spiders seem to evaluate, in fine detail, the physical state of their microhabitats. Bromeliads may often provide specifically suitable microhabitats for jumping spiders. Their leaves form a complex tri-dimensional architecture (rosette), which can be used by adults and immature as shelter against predators or harsh climatic conditions, as foraging, mating and laying egg sites, and as nursery for spiderlings. In exchange, the spiders contributed to bromeliad nutrition. By using stable isotope methods (15N), we found that P. chapoda contributed with up to 40% of the total nitrogen of B. balansae in the field. However, the beneficial effects of the spiders were weakened where they occurred in low abundance, and conditionality was generated by spatial variation in spider density / Doutorado / Ecologia / Doutor em Ecologia
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Frugivoria de Ficus (Moraceae) por aves em paisagens com diferentes níveis de fragmentação florestal no Estado de São Paulo / Frugivory of Ficus (Moraceae) by birds in areas with different levels of forest fragmentation in São Paulo StateLapate, Mariana Esther 27 November 2009 (has links)
Ficus (Moraceae) é o gênero mais importante para animais frugívoros nas florestas tropicais, considerado um recurso-chave durante períodos de escassez de frutos. Esses animais dispersam suas sementes e contribuem para a manutenção das populações de figueiras. A perda de hábitat e a fragmentação da paisagem podem afetar a sobrevivência de populações e a composição de comunidades e suas interações. Os objetivos deste trabalho foram (1) comparar a frugivoria e a dispersão de sementes por aves frugívoras entre espécies de Ficus encontradas em remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual e (2) testar se a perda de hábitat influencia a frugivoria e dispersão de sementes dessas árvores. Estudamos três áreas de reservas florestais no Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, com diferentes áreas e nível de fragmentação da paisagem: Parque Estadual do Morro do Diabo (33.845 ha), Estação Ecológica dos Caetetus (2.176 ha) e Estação Ecológica de Ribeirão Preto (180 ha). Ao longo de 443 h de observação árvore-focal, registramos todas as espécies de aves frugívoras se alimentando de figos e estimamos a taxa de remoção de figos e sementes. Como nossos dados não se adequaram a métodos estatísticos tradicionais, utilizamos a reamostragem por bootstrap para estimar os intervalos de confiança das taxas de remoção e dispersão de sementes e testar as diferenças entre as espécies de figueira e as áreas de estudo. Trinta e duas espécies de aves foram observadas consumindo figos de seis espécies de Ficus. As figueiras que apresentam figos verdes, de tamanho médio ou grande, foram consumidas por uma boa variedade de espécies, mas apenas uma das aves de cada assembléia foi responsável pela remoção da maior parte dos figos. Ficus luschnathiana, com figos pequenos e vermelhos quando maduros, foi consumida de forma mais equitativa pelos seus visitantes, e apresentou taxa de dispersão de sementes significativamente maior que as demais espécies. A fragmentação reduziu a remoção de figos e sementes de F. citrifolia. Ficus eximia não demonstrou nenhum padrão claro, uma vez que só teve um consumo expressivo em um microhábitat específico, não incluído na análise da fragmentação. No fragmento menor, aves de grande porte, consideradas bons dispersores de sementes, não foram encontradas e as aves menores e generalistas não compensaram a perda do serviço de dispersão de sementes. Essas espécies de Ficus, no entanto, devem depender mais de morcegos e macacos-prego que das aves no processo de dispersão, e devem inclusive ser beneficiadas pelo aumento na extensão de bordas. Mesmo que essa comunidade de figueiras no fragmento menor não estabeleça uma interação forte com a avifauna, ainda é relevante testar se a baixa densidade de indivíduos de F. luschnathiana é consequencia da ausência de bons dispersores de sementes. / Ficus (Moraceae) is the most important plant genus for tropical frugivores and is considered a keystone resource during periods of general fruit scarcity. Frugivorous animals disperse their seeds and contribute for the maintenance of fig trees populations. Habitat loss and landscape fragmentation can affect species survival as well as community composition and their interactions. The goals of this study were (1) to compare the frugivory and seed dispersal by frugivorous birds among Ficus species found in Semideciduous Seasonal Forest remnants and (2) to assess whether habitat loss influences frugivory and seed dispersal of these trees. We studied three natural reserves in São Paulo State, southeastern Brazil, which differ in area and landscape fragmentation: Morro do Diabo State Park (33.845 ha), Caetetus Ecological Station (2.176 ha) and Ribeirão Preto Ecological Station (180 ha). During 443 h focal tree observation, we registered all frugivorous birds eating figs and estimated their fruit removal and seed dispersal. As traditional statistical methods were not suitable for our data, we used bootstrap data resampling to estimate confidence limits of fruit removal and seed dispersal and test for differences between fig trees and forest fragments. A total of 32 bird species were observed consuming figs of six Ficus species. Fig trees bearing green-fruited and medium or large figs were consumed by a great diversity of birds, but showed a dominance of only one species over the others on the fruit removal. Ficus luschnathiana, whose figs are small and red when ripe, was more equally consumed by all visitors and had significantly more seeds dispersed per hour than the other species. Fragmentation reduced fruit removal and seed dispersal of F. citrifolia. Ficus eximia did not show a clear pattern, once it was only highly consumed by birds in a specific microhabitat not included on the fragmentation analysis. The effect upon other Ficus species remains to be tested. In the smallest forest remnant, large-bodied birds, considered high quality seed dispersers, cannot be found anymore and small and generalist birds are not able to compensate for this loss on seed dispersal service. These Ficus species, however, may depend more upon bats and capuchin monkeys than on birds for seed dispersal, and may even benefit from the increase in extension of forest edges. Even if this Ficus community as a whole does not seem to interact with birds, it remains relevant, though, to test whether F. luschnathiana\'s low density in the smallest fragment is due to the absence of good seed dispersers.
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Frugivoria de Ficus (Moraceae) por aves em paisagens com diferentes níveis de fragmentação florestal no Estado de São Paulo / Frugivory of Ficus (Moraceae) by birds in areas with different levels of forest fragmentation in São Paulo StateMariana Esther Lapate 27 November 2009 (has links)
Ficus (Moraceae) é o gênero mais importante para animais frugívoros nas florestas tropicais, considerado um recurso-chave durante períodos de escassez de frutos. Esses animais dispersam suas sementes e contribuem para a manutenção das populações de figueiras. A perda de hábitat e a fragmentação da paisagem podem afetar a sobrevivência de populações e a composição de comunidades e suas interações. Os objetivos deste trabalho foram (1) comparar a frugivoria e a dispersão de sementes por aves frugívoras entre espécies de Ficus encontradas em remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual e (2) testar se a perda de hábitat influencia a frugivoria e dispersão de sementes dessas árvores. Estudamos três áreas de reservas florestais no Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, com diferentes áreas e nível de fragmentação da paisagem: Parque Estadual do Morro do Diabo (33.845 ha), Estação Ecológica dos Caetetus (2.176 ha) e Estação Ecológica de Ribeirão Preto (180 ha). Ao longo de 443 h de observação árvore-focal, registramos todas as espécies de aves frugívoras se alimentando de figos e estimamos a taxa de remoção de figos e sementes. Como nossos dados não se adequaram a métodos estatísticos tradicionais, utilizamos a reamostragem por bootstrap para estimar os intervalos de confiança das taxas de remoção e dispersão de sementes e testar as diferenças entre as espécies de figueira e as áreas de estudo. Trinta e duas espécies de aves foram observadas consumindo figos de seis espécies de Ficus. As figueiras que apresentam figos verdes, de tamanho médio ou grande, foram consumidas por uma boa variedade de espécies, mas apenas uma das aves de cada assembléia foi responsável pela remoção da maior parte dos figos. Ficus luschnathiana, com figos pequenos e vermelhos quando maduros, foi consumida de forma mais equitativa pelos seus visitantes, e apresentou taxa de dispersão de sementes significativamente maior que as demais espécies. A fragmentação reduziu a remoção de figos e sementes de F. citrifolia. Ficus eximia não demonstrou nenhum padrão claro, uma vez que só teve um consumo expressivo em um microhábitat específico, não incluído na análise da fragmentação. No fragmento menor, aves de grande porte, consideradas bons dispersores de sementes, não foram encontradas e as aves menores e generalistas não compensaram a perda do serviço de dispersão de sementes. Essas espécies de Ficus, no entanto, devem depender mais de morcegos e macacos-prego que das aves no processo de dispersão, e devem inclusive ser beneficiadas pelo aumento na extensão de bordas. Mesmo que essa comunidade de figueiras no fragmento menor não estabeleça uma interação forte com a avifauna, ainda é relevante testar se a baixa densidade de indivíduos de F. luschnathiana é consequencia da ausência de bons dispersores de sementes. / Ficus (Moraceae) is the most important plant genus for tropical frugivores and is considered a keystone resource during periods of general fruit scarcity. Frugivorous animals disperse their seeds and contribute for the maintenance of fig trees populations. Habitat loss and landscape fragmentation can affect species survival as well as community composition and their interactions. The goals of this study were (1) to compare the frugivory and seed dispersal by frugivorous birds among Ficus species found in Semideciduous Seasonal Forest remnants and (2) to assess whether habitat loss influences frugivory and seed dispersal of these trees. We studied three natural reserves in São Paulo State, southeastern Brazil, which differ in area and landscape fragmentation: Morro do Diabo State Park (33.845 ha), Caetetus Ecological Station (2.176 ha) and Ribeirão Preto Ecological Station (180 ha). During 443 h focal tree observation, we registered all frugivorous birds eating figs and estimated their fruit removal and seed dispersal. As traditional statistical methods were not suitable for our data, we used bootstrap data resampling to estimate confidence limits of fruit removal and seed dispersal and test for differences between fig trees and forest fragments. A total of 32 bird species were observed consuming figs of six Ficus species. Fig trees bearing green-fruited and medium or large figs were consumed by a great diversity of birds, but showed a dominance of only one species over the others on the fruit removal. Ficus luschnathiana, whose figs are small and red when ripe, was more equally consumed by all visitors and had significantly more seeds dispersed per hour than the other species. Fragmentation reduced fruit removal and seed dispersal of F. citrifolia. Ficus eximia did not show a clear pattern, once it was only highly consumed by birds in a specific microhabitat not included on the fragmentation analysis. The effect upon other Ficus species remains to be tested. In the smallest forest remnant, large-bodied birds, considered high quality seed dispersers, cannot be found anymore and small and generalist birds are not able to compensate for this loss on seed dispersal service. These Ficus species, however, may depend more upon bats and capuchin monkeys than on birds for seed dispersal, and may even benefit from the increase in extension of forest edges. Even if this Ficus community as a whole does not seem to interact with birds, it remains relevant, though, to test whether F. luschnathiana\'s low density in the smallest fragment is due to the absence of good seed dispersers.
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Seleção de sítio de oviposição pelo opilião bromelícola Bourguyia hamata (Arachnida: Opiliones) em uma área de restinga no sudeste do Brasil / Oviposition site selection by the bromelicolous harvestman Bourguyia hamata (Opiliones: Gonyleptidae) in a sandy coastal forest in southeastern BrazilSouza, Francini Osses 21 February 2006 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / The oviposition site selection may influence both offspring development and female fitness. Females of the harvestman Bourguyia hamata exhibit maternal care and oviposit almost exclusively inside the epiphytic bromeliad Aechmea nudicaulis in the Cardoso Island, SP. In the present study, I examined whether the morphological structure of the individuals of A. nudicaulis influences B. hamata oviposition site selection in a sandy coastal forest at Cardoso Island, SP, Brazil. Data about the presence of the egg-batches inside the bromeliads, the length of the rosettes (which are tubular), the bromeliad angle in relation to the soil and the amount of debris inside the bromeliads were obtained along a 700 m transect from February 2005 to January 2006. Additionally, I used data collected in 2001 about water volume inside the rosettes, as well as the variation in the humidity inside bromeliads with long (30-32 mm) and short (18-20 mm) rosettes, as well as in the external environment. The frequency of egg-batches was greater in individuals with angles among 90º to 150º, for which the amount of debris accumulated inside the rosettes was smaller. Longer rosettes were preferred as oviposition site by the B. hamata females. Moreover, bromeliads with longer rosettes accumulated more water inside them, keeping the humidity variation inside the bromeliads lower than the external environment. Females of B. hamata selected a single bromeliad species and also chose morphological characteristics of A. nudicaulis individuals. Females oviposited predominantly in bromeliads that accumulate more water and have small amounts of debris inside the rosettes, probably because these characteristics may promote a more adequate microhabitat for offspring development. / A escolha do sítio de oviposição pode ter várias implicações no desenvolvimento da prole e na aptidão da fêmea. As fêmeas do opilião Bourguyia hamata exibem cuidado maternal e utilizam exclusivamente a bromélia Aechmea nudicaulis como sítio de oviposição na Ilha do Cardoso, SP. Neste estudo investigou-se se características arquiteturais de A. nudicaulis podem influenciar sua escolha como sítios de oviposição por B. hamata na restinga da Ilha do Cardoso, SP. Dados sobre a presença de desovas no interior das bromélias, o comprimento das rosetas (em forma tubular), o ângulo da inclinação das bromélias em relação ao solo e a quantidade de detritos acumulada no interior das bromélias foram obtidos ao longo de um transecto de 700 m entre fevereiro de 2005 a janeiro de 2006. Adicionalmente, foram usados dados coletados em 2001 sobre o volume de água no interior da roseta, assim como sobre a variação de umidade ao longo do dia no interior de bromélias grandes (30-32 mm) e pequenas (18-20 mm) e também no ambiente externo. A freqüência de desovas foi maior em indivíduos com inclinações entre 90º e 150º, para os quais a quantidade de detritos no interior da bromélia foi menor. Rosetas maiores foram mais usadas como sítio de oviposição por fêmeas de B. hamata. Além disso, bromélias maiores acumularam mais água no seu interior, de forma que a variação da umidade relativa foi menor dentro das bromélias grandes quando comparada com o ambiente externo. Fêmeas de B. hamata, além de escolherem apenas uma espécie de bromélia, conseguem acessar também características estruturais dos indivíduos de A. nudicaulis. As fêmeas ovipuseram predominantemente nos indivíduos que acumularam mais água e possuíam menos detritos nas rosetas, provavelmente porque essas características devem promover um microhabitat mais adequado para o desenvolvimento da prole. / Mestre em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais
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