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(Não) vai dar chabu! a festa do fogo no São João de Estância-SESilva, Priscila Santos 23 September 2011 (has links)
The parties provide the exercising of human relations, because they are forms of collective actions symbolic and materially planed, prepared, constructed and executed. They are delimited by time and space and evoke the enchantment through the spectacle and the condemnation to clamor through their normalization. The parties also confer prestige and produce identity by linking themselves around an object. It is possible for the culture to materialize them because they serve not only for utilitarian purpose. As well they develop
ludic and esthetics roles. In this thesis the Saints John s festival event in Estância was analyzed under a socio-anthropologic optic. I turned my attention to festa de fogo (activity that involves the presence of fireworks- busca-pé, espada e barco de fogo). This event has been present in Saint John s celebration for more than one hundred years. To its study I revived the city s stories about Saints John s festival and observed the changes that occurred in its celebration. I turned my attention to the conflicts, permanencies and prohibitions occurred through time. It was elected as the analyze method the ethnography from the public presentations and behind scene facts. One of the most important aspects of festa de fogo is the role of cultural artifact represented by the fireworks. They develop important functions inside the festival because they are the link between the process of formation and demarcation of the
party and the city s identity. Moreover, they engross the risk caused by the chabu that are controlled by public politics of incentive to culture and tourism. The fireworks are also
involved in the prestige given to the fogueteiro - he is a character who suffers the process of modernization according to the city and party s dynamic. / As festas conferem o exercício das relações humanas, pois são formas de ações coletivas simbólica e materialmente planejadas, preparadas, montadas e executadas. Há a demarcação de tempo e espaço específicos. Despertam o encantamento com o espetáculo e a condenação ao clamor pela sua normatização. As festas conferem prestígios. Elas produzem identidade. Articulam-se em torno de um objeto e possibilitam à cultura sua materialização, não somente para fins utilitários, mas lúdicos e estéticos. Neste trabalho situo a festa sob a perspectiva socioantropológica ao pesquisar os festejos juninos realizados na cidade de Estância-SE. Este
trabalho dedica-se especificamente à festa do fogo, atividade que envolve a presença dos fogos de artifício busca-pé, espada e barco de fogo , ritual festivo que há mais de cem anos está presente na estrutura do São João de Estância. Para o estudo da festa do fogo, necessário foi revisitar a história dos festejos juninos da cidade a fim de apreender as mudanças sofridas na sua realização a partir dos conflitos, permanências e proibições ocorridas ao longo do tempo; elegeu-se como método de análise a etnografia da festa, a partir das apresentações públicas e dos bastidores. Um dos aspectos mais importantes da festa do fogo é o papel do
artefato cultural, representado pelos fogos de artifício, que no contexto festivo desempenham importantes funções: elo do processo de formação e demarcação identitária entre a festa e a cidade; perigo causado pelo chabu, controlado por políticas públicas de incentivo à cultura e ao turismo; e prestígio dado ao fogueteiro por sua técnica, que sofre o processo de modernização, seguindo a dinâmica da cidade e da festa.
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