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Mecanismos envolvidos no efeito anti-inflamatÃrio de uma fraÃÃo polissacarÃdica da alga marinha vermelha Gracilaria cornea (J. Agardh) / Mechanisms involved in the anti-inflammatory zction of a polysulfated fraction from Gracilaria cornea

Chistiane Oliveira Coura 20 November 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / As algas marinhas sÃo fontes naturais de polissacarÃdeos sulfatados (PSs) detentores de diversas atividades biolÃgicas, incluindo anticoagulante, antitrombÃtica, antinociceptiva e anti-inflamatÃria. O efeito anti-inflamatÃrio dos polissacarÃdeos sulfatados totais (PSTs) da alga marinha vermelha Gracilaria cornea foram relatados anteriormente. Entretanto, seus mecanismos de aÃÃo ainda nÃo sÃo conhecidos. O presente trabalho teve como finalidade esclarecer o mecanismo de aÃÃo envolvido no efeito anti-inflamatÃrio de G. Cornea. Inicialmente, os PSTs foram extraÃdos por digestÃo enzimÃtica e em seguida, fracionados por cromatografia de troca iÃnica em coluna de DEAE-celulose, originando duas fraÃÃes (FI e FII). Foram utilizados ratos Wistar machos (180-250g) para os modelos experimentais in vivo da inflamaÃÃo. O efeito anti-inflamatÃrio da fraÃÃo FI, nas doses 3, 9 e 27 mg kg-1, foi avaliado utilizando o modelo de edema de pata induzido (s.c.) por dextrana, carragenana, histamina, serotonina, composto 48/80, bradicinina ou L-arginina e mensurado por plestismometria. AlÃm disso, foram feitos os ensaios da atividade da mieloperoxidase (MPO), anÃlise da permeabilidade vascular e anÃlise histopatolÃgica dos tecidos subplantares. Em adiÃÃo, foram realizadas anÃlises dos nÃveis da expressÃo gÃnica e proteica dos mediadores inflamatÃrios TNF-α, IL-1β e COX-2 por PCR em tempo real e imunohistoquÃmica, respectivamente. AlÃm disso, investigamos o envolvimento da via heme-oxigenase 1 (HO-1) no efeito anti-inflamatÃrio da FI. Por fim, FI foi testada localmente quanto à atividade prÃ-inflamatÃria, nas doses 3, 9 ou 27 mg kg-1; s.c. intraplantar. Os resultados mostraram que FI (3, 9 ou 27 mg kg-1, s.c.) inibiu o edema de pata induzido pela carragenana (Cg) e dextrana, como confirmados pela reduÃÃo da atividade da MPO e da permeabilidade vascular no tecido da pata, respectivamente. Na anÃlise histopatolÃgica do tecido subplantar, FI (3, 9 ou 27 mg kg-1, s.c) reduziu a migraÃÃo celular e o edema. Em adiÃÃo, FI (9 mg kg-1) inibiu em 62,8% e 64%, respectivamente, os edemas de pata induzidos por histamina e composto 48/80, mas nÃo inibiu os edemas induzidos por serotonina e bradicinina, sugerindo a participaÃÃo da histamina neste efeito. FI (9 mg kg-1) tambÃm inibiu o edema induzido por Cg em animais com mastÃcitos nÃo degranulados, mas nÃo inibiu o edema no grupo de animais com mastÃcitos degranulados pelo composto 48/80, sugerindo que a mesma estabilize membrana de mastÃcitos. AlÃm disso, FI (9 mg kg-1) inibiu em 76,2% o edema induzido por L-arginina e tambÃm diminuiu a expressÃo gÃnica e proteica dos mediadores IL-1β, TNF-α e COX-2 em relaÃÃo ao grupo Cg. Na presenÃa de Zinco Protoporfirina IX (3 mg kg-1; s.c.), FI-Gc (9 mg kg-1) perdeu sua capacidade em inibir o edema induzido por Cg, exercendo assim seu mecanismo de aÃÃo anti-inflamatÃrio atravÃs do envolvimento da via da HO-1. Com relaÃÃo ao efeito prÃ-inflamatÃrio, FI-Gc (3, 9 ou 27 mg kg-1, s.c.) foi capaz de induzir intenso edema com infiltrado de neutrÃfilos, que foi confirmada pelo aumento da atividade da MPO. No entanto, o edema induzido com a dose de 27 mg kg-1 da FI foi inibido por indometacina, dexametasona, pentoxifilina e meclizina, sugerindo assim o envolvimento de prostaglandinas, histamina e citocinas primÃrias no efeito prÃ-inflamatÃrio da FI-Gc. Logo, conclui-se que apesar da FI de G. cornea apresentar efeito prÃ-inflamatÃrio local, possui efeito anti-inflamatÃrio sistemicamente com mecanismo de aÃÃo relacionado com inibiÃÃo da histamina, estabilizaÃÃo de membrana de mastÃcitos, modulaÃÃo gÃnica e proteica dos mediadores IL-1β, TNF-α e COX-2, alÃm da ativaÃÃo da via da HO-1. / Marine algae are natural sources of sulfated polysaccharides possessing several biological activities, including anticoagulant, antithrombotic, antinociceptivo and anti-inflammatory. Anti-inflammatory effects of total sulfated polysaccharides (PSTs) from the red seaweed Gracilaria cornea have been recently reported. However, their mechanisms of action are not clarified. Therefore, this study aimed to clarify some action mechanism involved in anti-inflammatory effect of G. Cornea. Initially, the PSTs were extracted by enzimatic digestion and following fractioned on DEAE-cellulose column, obtaining two fractions (FI - 0.5 M and FII - 0.75 M). Male Wistar rats (150-250g) were used in the in vivo models of inflammation. The anti-inflammatory activity was evaluated using the model of paw edema (s.c.) induced by dextran (500 μg/paw), carrageenan (700 μg/paw), histamine (100 μg/paw), serotonine (20 μg/paw), compound 48/80 (10 μg/paw), bradykinin (30 μg/paw) or L-arginina (15 μg/paw) and measured by plethysmometry. Moreover, the activity of myeloperoxidase (MPO), analysis of the vascular permeability and histological examination of the subplantar tissue were performed. In addition, was performed analysis of expression levels of genic and protein of inflammatory mediators TNF-α, IL-1β e COX-2 by qRT-PCR and immunohistochemistry, respectively. The involvement of heme-oxygenase-1 (HO-1) pathway in anti-inflammatory effect of FI was also investigated. Lastly, FI was locally injected to evaluate its pro-inflammatory activity, at doses of 3, 9 or 27 mg kg-1 per intraplantar subcutaneous (s.c.) route (i.pl.). The results showed that FI (3, 9 or 27 mg kg-1, sc) inhibited the paw edema induced by carrageenan (Cg) and dextran, as confirmed by reduced MPO activity and of the raise of vascular permeability in the paw tissue, respectively. In addition, histological examination of the subplantar tissue, FI (3, 9 or 27 mg kg-1, sc) was able to reduce cell migration and edema. In addition, FI inhibited in 62,8 and 64%, respectively, the paw edema induced by histamine and compound 48/80, but did not inhibit paw edema induced by serotonin and bradykinin, suggesting the participation of histamine in this effect. FI (9 mg kg-1) also inhibited in 76,2% the pawedema induced by L-arginine, a substrate to nitric oxide formation. Additionally, FI (9 mg kg-1, sc) inhibited the Cg-induced edema in animals with intact mast cells, but did not inhibit of those with degranulated mast cells by compound 48/80, revealing a protective role on mast cell membranes. FI down-regulated the IL-1β, TNF-α and COX-2 mRNA and protein levels, compared with Cg group. After inhibition with ZnPP IX, a specific of HO-1 inhibitor, the anti-inflammatory effect of Gc-FI was not observed in Cg-induced paw edema, suggesting thus that the anti-inflammatory effect of Gc-FI is in part dependent on the integrity of the HO-1 pathway. In relation the effect pro-inflammatory, FI (3, 9 ou 27 mg kg-1, sc) was able to induce intense inflammatory process with neutrophil accumulation, as confirmed by increase MPO activity. However, the induced edema at a dose of 27 mg kg-1 of FI was inhibited by indomethacin, dexamethasone, pentoxifylline and meclizine, suggesting the involvement of prostaglandins, histamine and primary cytokines in pro-inflammatory effect of FI. Thus, it is concluded that FI from G. cornea presents pro- and anti-inflammatory activities depending on the administration route, considered a therapeutic agent potential for future studies in inflammatory processes.
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Estudo comparativo da atividade antiinflamatÃria e antifÃngica de extratos de prÃpolis vermelha e verde. / COMPARATIVE STUDY OF ANTI-INFLAMMATORY AND ANTIFUNGAL ACTIVITY OF RED AND GREEN PROPOLIS EXTRACT.

Aislan Pereira Lira de Abreu 21 November 2008 (has links)
nÃo hà / A atividade anti-inflamatÃria da prÃpolis à bastante descrita na literatura e alguns trabalhos sugerem que pode estar relacionada à presenÃa de flavonoides, os quais apresentam atividade inibitÃria sobre a ciclooxigenase e a lipoxigenase. Entretanto os resultados nÃo sÃo conclusivos e assim, inÃmeros pesquisadores tÃm investigado a atividade anti-inflamatÃria da prÃpolis em diversos modelos de inflamaÃÃo sugerindo possibilidade de vÃrios mecanismos de aÃÃo. Neste sentido, o presente trabalho realizou um estudo comparativo da atividade anti-inflamatÃria da prÃpolis vermelha, uma espÃcie nova, pouco estudada, oriunda do litoral de Pernambuco e da prÃpolis verde, de Minas Gerais em dois modelos animais de inflamaÃÃo, o edema de orelha induzido por Ãleo de crÃton em camundongos e o edema de pata induzido por carragenina em ratos. Foi observada atividade anti-inflamatÃria em ambos modelos, porÃm constatou-se uma maior efetividade para a prÃpolis vermelha. Uma outra atividade farmacolÃgica da prÃpolis bem conhecida popularmente e bem estudada cientificamente à sua aÃÃo antimicrobiana. Foi objetivo deste trabalho tambÃm investigar comparativamente a aÃÃo antifÃngica dos tipos de prÃpolis em vÃrias cepas de Candida. Embora, a constataÃÃo de cepas de Candida em qualquer microbiota do homem nÃo induza nenhum transtorno que possa favorecer patologia, as leveduras de Candida spp. talvez sejam o fungo mais oportunista descrito. Desse modo, esses processos estÃo relacionados a um grande nÃmero de doenÃas e mau funcionamento orgÃnico. Assim o aumento crescente das infecÃÃes por Candidas (sobretudo nosocomial) e de sua resistÃncia a antimicrobianos tem despertado a busca por novas alternativas terapÃuticas. Neste sentido, este estudo tambÃm testou a sensibilidade de sete espÃcies de Candida sp. de interesse clÃnico à aÃÃo da prÃpolis vermelha e verde. Os resultados do ensaio de inibiÃÃo em placas de Petri usando discos de papel impregnado de extrato de prÃpolis mostraram variÃveis nÃveis de inibiÃÃo, sendo que, uma discreta inibiÃÃo foi observada para a maioria das cepas. Em suma, esses estudos, embora preliminares, apontam diferenÃas de efetividade entre a prÃpolis verde e vermelha e despertam o interesse para a necessidade de anÃlise mais aprofundada do assunto, tendo em vista a escassez de estudos realizados para a prÃpolis vermelha. / The anti-inflammatory activity of propolis is fairly described in the literature and some studies suggest that may be related to the presence of flavonoids, which have inhibitory activity on the cyclooxygenase and lipoxygenase. However the results are not conclusive and thus, many researchers have investigated the anti-inflammatory activity of propolis in several models of inflammation suggesting possibility of multiple mechanisms of action. In this sense, this work has made a comparative study of anti-inflammatory activity of red propolis , a new species, little studied, came from coast of Pernambuco and green propolis, from Minas Gerais in two animal models of inflammation, swelling of the ear induced by Croton oil in mice and the paw edema induced by carrageenan in rats. Antiinflammatory activity was observed in both models, but there was a greater effectiveness for the red propolis. Another pharmacological activity of propolis popularly known and well scientifically studied is its antimicrobial activity. It was objective of this study also to investigatate and compare the action of anti-fungal activity of two types of propolis in several strains of candida. Although the finding of strains of Candida at any microflora of man does not induce any inconvenience that may promote disease, the yeast of Candida spp. are perhaps the most opportunistic fungus described. Thus, these cases are related to a large number of organic diseases and malfunctions. Thus the rising tide of infections caused by Candida (especially nosocomial) and its resistance to antibiotics has increased the search for new therapeutic alternatives. Accordingly, this study also tested the sensitivity of seven species of Candida sp. of clinical interest, to the action of red and green propolis. The test results of inhibition in Petri dishes using discs of paper impregnated with extract of propolis, showed varying levels of inhibition, with a slight inhibition been observed for most strains. In short, these studies, although preliminary, indicate differences in effectiveness between the red and green propolis and appeal to the need for more thorough analysis of the issue in view of the scarcity of studies for the red propolis.

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