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Um estudo sobre o estatuto fonológico dos ditongos variáveis [aj] e [ej] do PB a partir de dados orais e ortográficos produzidos por crianças de séries iniciais / A study of the phonological laws related to the variable diphthongs [aj] and [ej] in Brazilian Portuguese collected in oral and orthographic data produced by children in their early gradesAdamoli, Marco Antônio 21 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-21 / In this dissertation, I have analyzed the oral and orthographic production of the variable diphthongs [aj] and [ej] in Brazilian Portuguese (BP) by a group of fifteen children who were developing their literacy processes in an Elementary School in Pelotas, RS. My main objective was to describe the oral and written production of such vowel sequences and, based on comparisons found in the collected material, to provide arguments not only for the discussion about the phonological representation of those sequences but also for the proposal of child representation restructuring based on how they learn to write. In order to achieve this objective, I presupposed that children‟s oral production and their early orthographic productions of the diphthongs under investigation, collected for two years in a row, could provide clues to comprehend these children‟s phonological knowledge of those vowel sequences. Data analysis showed that, regarding oral production, the first graders produced very low frequencies around 5% - of both diphthongs whereas second graders yielded 63% for [aj] and 44% for [ej]. Concerning orthographic productions, data analysis showed that, at the beginning of their literacy processes, children tend to have some difficulties regarding conventional writing in terms of spelling both vowel groups since they prefer forms without the semivowel. Besides, in subsequent stages, an important change was perceived in the children‟s orthographic development: around 80% for the production of the grapheme i‟, which seems to evidence that these orthographic structures have already been acquired by second graders. On the whole, the data, along with further arguments regarding the diphthongs in variation and oral acquisition, provided arguments to make me suggest that children spell such segments as if they had one vowel only in the subjacency, /a/ and /e/, in accordance with the input they got, rather than as a structure vowel + glide, which would be produced in the following stages, when they learn how to write. This interpretative proposal is supported by the fact that children are acquiring the phonology of their language in a successive process of (re)construction of their phonological representations while their orthographic systems are being built. Based on the data collected by this study and a set of data on the acquisition of such segments, I questioned whether palatal fricatives are complex segments in child phonology and proposed an interpretation for the utterance of the phonetic diphthongs [aj] and [ej] which says that the children under study interpreted the palatal fricative consonants, in their early phonological development, as simple segments and modified their interpretation due to the learning of the alphabet writing. / Nesta tese, analisamos as produções orais e ortográficas dos ditongos variáveis [aj] e [ej] do PB de um grupo composto por quinze crianças em fase de alfabetização, pertencentes a uma escola de ensino fundamental da cidade de Pelotas/RS. Tivemos como objetivo principal descrever a produção oral e escrita de tais sequências vocálicas e, a partir da comparação do material empírico obtido, fornecer argumentos à discussão sobre a representação fonológica de tais sequências vocálicas, bem como à proposta de reestruturação das representações infantis a partir da aprendizagem da escrita. A fim de atender a esse objetivo, partimos do pressuposto de que as produções orais infantis e as primeiras produções ortográficas dos ditongos em foco, coletados em um período de dois anos consecutivos, pudessem oferecer-nos indícios para a compreensão do conhecimento fonológico desse grupo de crianças sobre tais sequências vocálicas. O levantamento dos dados mostrou-nos que, quanto às produções orais, as crianças concluíram o primeiro ano produzindo frequências muito baixas desses dois ditongos, próximas a 5%, ao passo que, ao final do segundo ano de escolarização, os percentuais chegaram a 63%, para [aj], e 44%, para [ej]. Em relação às produções ortográficas, o levantamento dos dados revelou-nos que, no início da escolarização, as crianças tendem a apresentar dificuldades quanto à escrita convencional no que diz respeito à grafia desses dois grupos vocálicos, preferindo formas sem a semivogal, e que, em estágios subsequentes, uma mudança importante no desenvolvimento ortográfico das crianças é percebida, pois constatamos índices em torno de 80% de produção do grafema i‟, o que parece indicar que essas estruturas ortográficas são adquiridas pelas crianças já a partir do segundo ano. Em seu conjunto, os dados coletados, somados a outros argumentos adicionais também sobre os ditongos na variação e na aquisição oral, forneceram argumentos para sugerirmos que as crianças grafam tais segmentos considerando-os como portadores de uma vogal apenas na subjacência, /a/ e /e/, dadas as informações percebidas pelo input, e não como uma estrutura do tipo vogal + glide, a qual viria a surgir em estágios posteriores, por meio da aprendizagem da escrita. Essa proposta interpretativa tem como apoio o fato de a criança estar adquirindo a fonologia de sua língua, em um processo sucessivo de (re) construção de suas representações fonológicas, ao mesmo tempo em que o seu sistema ortográfico passa a ser construído. Com base nos dados deste estudo e em um conjunto de dados de aquisição sobre tais grupos vocálicos, questionamos a proposta de serem as fricativas palatais segmentos complexos na fonologia infantil e propusemos uma interpretação para o surgimento dos ditongos fonéticos [aj] e [ej] segundo a qual as crianças investigadas interpretam as consoantes fricativas palatais, em etapa do desenvolvimento fonológico inicial, como segmentos simples, tendo sua interpretação modificada em decorrência da aprendizagem da escrita alfabética.
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