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Modos ameríndios de conhecer as florestas: produção de relações e percepções / Amerindian ways of knowing the forest: the production of relations and perceptionsPriscila Matta 16 October 2015 (has links)
Esta tese tem como foco modos ameríndios de conhecer e circular nas florestas, importante domínio cosmológico e de produção da vida. Mais especificamente, a tese está centrada nos saberes e nas formas de relações estabelecidas a partir de elementos vegetais, que envolvem múltiplas interações entre humanos e não humanos. Este trabalho está fundamentado, em grande parte, em levantamentos bibliográficos, mas também em material de campo levantado entre os Araweté, povo tupi-guarani habitante da região do Médio Xingu - Pará. / This thesis focuses on Amerindian ways of knowing and moving in the forest, an important cosmological and life production domain. More specifically, the thesis is centered on the knowledge and relations established with the vegetation, which involve multiple interactions between humans and non-humans. The work is largely based on bibliographic survey but also on fieldwork material gathered amongst the Araweté, Tupi-Guarani people that inhabitant the Middle Xingu region of Pará.
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Modos ameríndios de conhecer as florestas: produção de relações e percepções / Amerindian ways of knowing the forest: the production of relations and perceptionsMatta, Priscila 16 October 2015 (has links)
Esta tese tem como foco modos ameríndios de conhecer e circular nas florestas, importante domínio cosmológico e de produção da vida. Mais especificamente, a tese está centrada nos saberes e nas formas de relações estabelecidas a partir de elementos vegetais, que envolvem múltiplas interações entre humanos e não humanos. Este trabalho está fundamentado, em grande parte, em levantamentos bibliográficos, mas também em material de campo levantado entre os Araweté, povo tupi-guarani habitante da região do Médio Xingu - Pará. / This thesis focuses on Amerindian ways of knowing and moving in the forest, an important cosmological and life production domain. More specifically, the thesis is centered on the knowledge and relations established with the vegetation, which involve multiple interactions between humans and non-humans. The work is largely based on bibliographic survey but also on fieldwork material gathered amongst the Araweté, Tupi-Guarani people that inhabitant the Middle Xingu region of Pará.
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Efeitos da integração à economia de mercado sobre a pesca e o consumo de pescado: um estudo em sete comunidades amazônicas do Brasil e da Bolívia / The effects of market integration to fishing and fish consumption: a study in seven Amazonian communities of Brazil and BoliviaGonçalves, Paola Sarah Fonseca 13 July 2015 (has links)
A maior participação na economia de mercado de sociedades indígenas e extrativistas habitantes de florestas tropicais provoca transformações no uso de recursos naturais. Enquanto vários estudos prévios avaliam mudanças na caça e na agricultura, os efeitos sobre a pesca e o consumo de pescado em tais sociedades são, em geral, negligenciados muito embora o consumo de pescado seja importante fonte de proteína para essas populações. Este estudo teve, portanto, como objetivos centrais avaliar os efeitos da exposição à economia de mercado sobre a pesca e o consumo de pescado, e ainda, sobre o orçamento temporal das unidades domésticas. Partiu-se de duas hipóteses, sendo a primeira que o aumento da exposição ao mercado estaria associado a menor tempo dedicado à pesca, assim como, menor quantidade de pescado consumida pelas unidades domésticas. Já a segunda assume que o aumento da exposição ao mercado diminuiria o tempo que homens adultos dedicariam à pesca, ao mesmo tempo em que aumentaria o tempo dedicado à atividade por mulheres e idosos. Para isso, foram estudadas sete comunidades pertencentes a cinco sociedades indígenas e extrativistas da Amazônia brasileira e boliviana. Os dados provêm de um survey por entrevistas e de duas técnicas de observação direta (i.e., random-interval instantaneous sampling e weigh day) e foram analisados por meio de análises descritivas e modelos mistos com efeitos fixos e aleatórios. Os resultados mostram que tanto a pesca como as atividades de mercado e a maior parte da renda das famílias são providas pelos homens não idosos. Além disso, o aumento do tempo dedicado ao mercado esteve associado à redução do tempo dedicado à pesca pelas unidades domésticas e pelos homens, enquanto o incremento da renda monetária esteve associado ao aumento do consumo de pescado pelas famílias e não teve efeitos sobre o tempo dedicado à pesca por homens, mulheres e idosos. Quatro fatores podem explicar estes resultados: (i) existência de trade-off no tempo, fazendo com que aqueles que dedicam mais tempo ao mercado tenham pouco tempo para pescar; (ii) transformações nas tecnologias de pesca e na área de forrageamento (meios de transporte) para famílias com maior renda, que permitem aumento do consumo com menor tempo dedicado à atividade; (iii) redução do compartilhamento de pescado concomitante a sua compra, e (iv) atividades com maiores níveis de renda não necessariamente envolvam grande tempo despendido. Conclui-se que o envolvimento das famílias na economia de mercado tem efeitos diferenciados ou nulos sobre a pesca, a depender dos indicadores adotados. / Increased participation in the market economy by indigenous and extractive communities of rainforest inhabitants is known to causes changes in their use of natural resources. While several previous studies evaluated the changes provoked in hunting and agriculture, the effects on fishing and on fish consumption are often neglected, despite fish consumption is an important source of protein for these populations. This study, therefore, aimed to evaluate the effects of market exposure to fishing and fish consumption, and the consequences to the time budget of households. We departed from two hypotheses, the first one proposed that increases in market exposure should be associated with less time devoted to fishing, as well as a smaller amount of fish consumed by households. The second assumed that increases in market exposure should decrease the time that adult men devoted to fishing, whereas it would raise the time devoted to the activity by adult women and the elderly. To test that, we studied seven communities belonging to five indigenous and extractive societies of the Brazilian and Bolivian Amazon. Data came from an interview-based survey and two direct observation techniques (i.e., random-interval instantaneous sampling and weigh day) and were analyzed using descriptive analysis and mixed models with fixed and random effects. The results show that fishing and market activities as well the greatest proportion of income of the households are provided by adult men. Besides, increasing the time devoted to market activities was associated with reduced time spent on fishing by households and only by men. In contrast, higher levels of monetary income were associated with increased fish consumption by households and had no effect on the time dedicated to fishing for men, women and the elderly. Four factors may explain these results: (i) existence of trade-off in time, causing those who devote more time to market have little time to fish; (ii) changes in fishing gear and in the foraging area (means of transport), which allows increased consumption with less time devoted to the activity to the richest families; (iii) increases in fish purchase with concomitant reduced its sharing; and (iv) activities with higher levels of income do not necessarily involve big time spent. We conclude that the involvement of families in the market economy has differentiated or null effects on fisheries, depending on the indicators adopted.
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Povos indígenas na Amazônia e o mercado de produtos florestais não-madeireiros: efeitos no uso de recursos naturais pelos Araweté. / Indigenous peoples in the Amazon and the market of non-timber forest products: effects in the use of natural resources by the ArawetéFaria, Renata Barros Marcondes de 16 April 2007 (has links)
Este estudo tem como objetivo verificar quais são os efeitos indiretos que a participação de povos indígenas no mercado de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) produz no uso de recursos naturais. As Terras Indígenas são estratégicas para a conservação das florestas tropicais, embora este papel possa ser alterado pelo crescente envolvimento dos povos indígenas com o mercado. Estimulado como forma de promover o desenvolvimento econômico dessas sociedades aliado à conservação ambiental, o mercado de PFNMs pode também produzir efeitos negativos no meio ambiente, tanto diretos - nos recursos explorados - como indiretos - por meio de transformações nas atividades de subsistência dos povos indígenas. O estudo dos efeitos indiretos é ainda negligenciado, restando dúvidas se a adoção dessa estratégia de mercado atinge os objetivos a que se propõe. O presente estudo pretende auxiliar a preencher essa lacuna, verificando de que forma a participação dos Araweté no mercado de PFNMs afeta suas atividades de subsistência. Por meio de técnicas qualitativas (entrevistas semi-estruturadas e informais) e quantitativas (survey e observações sistemáticas de alocação de tempo), foram levantados dados sobre o grau de envolvimento no mercado de PFNMs (renda obtida) e o padrão de utilização dos recursos naturais (tempo alocado nas diferentes atividades de subsistência e tamanho da área cultivada) de uma amostra de 24 unidades domésticas por um período de sete meses, durante um ano. Os resultados mostram que ocorreram transformações históricas nas atividades de subsistência dos Araweté e em sua participação na economia de mercado. Na subsistência, observou-se: o maior consumo da mandioca e do milho; o cultivo de dois roçados (milho e mandioca) por várias famílias; a incorporação de novas tecnologias na pesca e agricultura; a redução da coleta de alguns itens e a introdução do cultivo de arroz. Os Araweté participam da economia de mercado principalmente por meio da comercialização de PFNMs, bem como por aposentadorias e salários do governo. O maior envolvimento no mercado de PFNMs está associado com maior dedicação às atividades de subsistência (de forma geral) e, em particular, à agricultura e à coleta, embora não explique variações na caça e pesca. / The aim of this study is to analyse the indirect effects produced to the use of natural resources which arise from the participation of indigenous peoples in markets for non-timber forest products (NTFP). Indigenous territories play a strategic role in the conservation of tropical rainforests, though their character might change with the growing involvement of indigenous societies in the market economy. If NTFP markets are stimulated in order to promote economic development of such societies, alongside with forest conservation, they may as well produce negative effects both directly to the resource extracted, or indirectly through changes in the patterns of subsistence activities. The study of the latter has been neglected, raising doubts whether this win-win strategy accomplishes its own purposes. This study focuses on this gap, by investigating how the participation of the Araweté in the NTFP trade affects their pattern of subsistence activities. Qualitative (semi-structured and unstructured interviews) and quantitative (survey and spot observations) techniques were adopted to gather data about Arawetes level of participation in the market economy (i.e. incomes) and the patterns of natural resource use (i.e. time allocated to subsistence activities and size of the agricultural plots). 24 households were sampled during seven months within a years period. The results show the patterns of Arawetés subsistence and their involvement into the market economy were transformed. As regards subsistence patterns, we observed: a greater consumption of manioc and corn; the cultivation of two plots (corn and manioc) by several families; the incorporation of new fishing and hunting technologies; a decrease in gathering of some products and the introduction of rice. The Araweté participate in the market economy mainly through the commercialisation of NTFPs, as well as pensions and government salaries. Their greater involvement in the market economy is associated with greater dedication to subsistence (in general) and, in particular, to agriculture, while it does not explain changes in hunting and fishing patterns.
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Efeitos da integração à economia de mercado sobre a pesca e o consumo de pescado: um estudo em sete comunidades amazônicas do Brasil e da Bolívia / The effects of market integration to fishing and fish consumption: a study in seven Amazonian communities of Brazil and BoliviaPaola Sarah Fonseca Gonçalves 13 July 2015 (has links)
A maior participação na economia de mercado de sociedades indígenas e extrativistas habitantes de florestas tropicais provoca transformações no uso de recursos naturais. Enquanto vários estudos prévios avaliam mudanças na caça e na agricultura, os efeitos sobre a pesca e o consumo de pescado em tais sociedades são, em geral, negligenciados muito embora o consumo de pescado seja importante fonte de proteína para essas populações. Este estudo teve, portanto, como objetivos centrais avaliar os efeitos da exposição à economia de mercado sobre a pesca e o consumo de pescado, e ainda, sobre o orçamento temporal das unidades domésticas. Partiu-se de duas hipóteses, sendo a primeira que o aumento da exposição ao mercado estaria associado a menor tempo dedicado à pesca, assim como, menor quantidade de pescado consumida pelas unidades domésticas. Já a segunda assume que o aumento da exposição ao mercado diminuiria o tempo que homens adultos dedicariam à pesca, ao mesmo tempo em que aumentaria o tempo dedicado à atividade por mulheres e idosos. Para isso, foram estudadas sete comunidades pertencentes a cinco sociedades indígenas e extrativistas da Amazônia brasileira e boliviana. Os dados provêm de um survey por entrevistas e de duas técnicas de observação direta (i.e., random-interval instantaneous sampling e weigh day) e foram analisados por meio de análises descritivas e modelos mistos com efeitos fixos e aleatórios. Os resultados mostram que tanto a pesca como as atividades de mercado e a maior parte da renda das famílias são providas pelos homens não idosos. Além disso, o aumento do tempo dedicado ao mercado esteve associado à redução do tempo dedicado à pesca pelas unidades domésticas e pelos homens, enquanto o incremento da renda monetária esteve associado ao aumento do consumo de pescado pelas famílias e não teve efeitos sobre o tempo dedicado à pesca por homens, mulheres e idosos. Quatro fatores podem explicar estes resultados: (i) existência de trade-off no tempo, fazendo com que aqueles que dedicam mais tempo ao mercado tenham pouco tempo para pescar; (ii) transformações nas tecnologias de pesca e na área de forrageamento (meios de transporte) para famílias com maior renda, que permitem aumento do consumo com menor tempo dedicado à atividade; (iii) redução do compartilhamento de pescado concomitante a sua compra, e (iv) atividades com maiores níveis de renda não necessariamente envolvam grande tempo despendido. Conclui-se que o envolvimento das famílias na economia de mercado tem efeitos diferenciados ou nulos sobre a pesca, a depender dos indicadores adotados. / Increased participation in the market economy by indigenous and extractive communities of rainforest inhabitants is known to causes changes in their use of natural resources. While several previous studies evaluated the changes provoked in hunting and agriculture, the effects on fishing and on fish consumption are often neglected, despite fish consumption is an important source of protein for these populations. This study, therefore, aimed to evaluate the effects of market exposure to fishing and fish consumption, and the consequences to the time budget of households. We departed from two hypotheses, the first one proposed that increases in market exposure should be associated with less time devoted to fishing, as well as a smaller amount of fish consumed by households. The second assumed that increases in market exposure should decrease the time that adult men devoted to fishing, whereas it would raise the time devoted to the activity by adult women and the elderly. To test that, we studied seven communities belonging to five indigenous and extractive societies of the Brazilian and Bolivian Amazon. Data came from an interview-based survey and two direct observation techniques (i.e., random-interval instantaneous sampling and weigh day) and were analyzed using descriptive analysis and mixed models with fixed and random effects. The results show that fishing and market activities as well the greatest proportion of income of the households are provided by adult men. Besides, increasing the time devoted to market activities was associated with reduced time spent on fishing by households and only by men. In contrast, higher levels of monetary income were associated with increased fish consumption by households and had no effect on the time dedicated to fishing for men, women and the elderly. Four factors may explain these results: (i) existence of trade-off in time, causing those who devote more time to market have little time to fish; (ii) changes in fishing gear and in the foraging area (means of transport), which allows increased consumption with less time devoted to the activity to the richest families; (iii) increases in fish purchase with concomitant reduced its sharing; and (iv) activities with higher levels of income do not necessarily involve big time spent. We conclude that the involvement of families in the market economy has differentiated or null effects on fisheries, depending on the indicators adopted.
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Povos indígenas na Amazônia e o mercado de produtos florestais não-madeireiros: efeitos no uso de recursos naturais pelos Araweté. / Indigenous peoples in the Amazon and the market of non-timber forest products: effects in the use of natural resources by the ArawetéRenata Barros Marcondes de Faria 16 April 2007 (has links)
Este estudo tem como objetivo verificar quais são os efeitos indiretos que a participação de povos indígenas no mercado de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) produz no uso de recursos naturais. As Terras Indígenas são estratégicas para a conservação das florestas tropicais, embora este papel possa ser alterado pelo crescente envolvimento dos povos indígenas com o mercado. Estimulado como forma de promover o desenvolvimento econômico dessas sociedades aliado à conservação ambiental, o mercado de PFNMs pode também produzir efeitos negativos no meio ambiente, tanto diretos - nos recursos explorados - como indiretos - por meio de transformações nas atividades de subsistência dos povos indígenas. O estudo dos efeitos indiretos é ainda negligenciado, restando dúvidas se a adoção dessa estratégia de mercado atinge os objetivos a que se propõe. O presente estudo pretende auxiliar a preencher essa lacuna, verificando de que forma a participação dos Araweté no mercado de PFNMs afeta suas atividades de subsistência. Por meio de técnicas qualitativas (entrevistas semi-estruturadas e informais) e quantitativas (survey e observações sistemáticas de alocação de tempo), foram levantados dados sobre o grau de envolvimento no mercado de PFNMs (renda obtida) e o padrão de utilização dos recursos naturais (tempo alocado nas diferentes atividades de subsistência e tamanho da área cultivada) de uma amostra de 24 unidades domésticas por um período de sete meses, durante um ano. Os resultados mostram que ocorreram transformações históricas nas atividades de subsistência dos Araweté e em sua participação na economia de mercado. Na subsistência, observou-se: o maior consumo da mandioca e do milho; o cultivo de dois roçados (milho e mandioca) por várias famílias; a incorporação de novas tecnologias na pesca e agricultura; a redução da coleta de alguns itens e a introdução do cultivo de arroz. Os Araweté participam da economia de mercado principalmente por meio da comercialização de PFNMs, bem como por aposentadorias e salários do governo. O maior envolvimento no mercado de PFNMs está associado com maior dedicação às atividades de subsistência (de forma geral) e, em particular, à agricultura e à coleta, embora não explique variações na caça e pesca. / The aim of this study is to analyse the indirect effects produced to the use of natural resources which arise from the participation of indigenous peoples in markets for non-timber forest products (NTFP). Indigenous territories play a strategic role in the conservation of tropical rainforests, though their character might change with the growing involvement of indigenous societies in the market economy. If NTFP markets are stimulated in order to promote economic development of such societies, alongside with forest conservation, they may as well produce negative effects both directly to the resource extracted, or indirectly through changes in the patterns of subsistence activities. The study of the latter has been neglected, raising doubts whether this win-win strategy accomplishes its own purposes. This study focuses on this gap, by investigating how the participation of the Araweté in the NTFP trade affects their pattern of subsistence activities. Qualitative (semi-structured and unstructured interviews) and quantitative (survey and spot observations) techniques were adopted to gather data about Arawetes level of participation in the market economy (i.e. incomes) and the patterns of natural resource use (i.e. time allocated to subsistence activities and size of the agricultural plots). 24 households were sampled during seven months within a years period. The results show the patterns of Arawetés subsistence and their involvement into the market economy were transformed. As regards subsistence patterns, we observed: a greater consumption of manioc and corn; the cultivation of two plots (corn and manioc) by several families; the incorporation of new fishing and hunting technologies; a decrease in gathering of some products and the introduction of rice. The Araweté participate in the market economy mainly through the commercialisation of NTFPs, as well as pensions and government salaries. Their greater involvement in the market economy is associated with greater dedication to subsistence (in general) and, in particular, to agriculture, while it does not explain changes in hunting and fishing patterns.
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L’ontologie du non-humain en Amazonie selon les écrits de Philippe Descola et d’Eduardo Viveiros de CastroLeroux-Chartré, Aude 08 1900 (has links)
Le non-humain et son ontologie sont définis dans ce mémoire en fonction des écrits de Philippe Descola et d’Eduardo Viveiros de Castro, deux figures-clés en anthropologie contemporaine sur l’Amazonie. L’animisme de Descola prête aux non-humains une intériorité humaine et les différencie par leur corps. Le perspectivisme de Viveiros de Castro, quant à lui, suppose que les points de vue différents créent des mondes et établissent ce qui est humain ou non. L’humain correspond au sujet cosmologique à la position pronominale de la première personne du singulier, ou « I », au sein d’une relation. De la sorte, un non-humain se perçoit comme un humain à cette position pronominale « I » et voit l’Autre à la position pronominale « it », position du non-humain. Dans ces deux ontologies, le non-humain est conçu comme une personne capable d’agir dans les mondes. La diversité des êtres inclus dans cette ontologie relationnelle est démontrée par des illustrations provenant de l’ethnographie achuar et araweté de ces deux auteurs. Puis, les relations de parenté, d’alliance et de prédation que les non-humains tissent entre eux et avec les humains exposent l’homologie des rapports non-humains avec les rapports humains. Finalement, l’analyse des méthodes de communication entre le non-humain et l’humain élucide comment la reconnaissance du non-humain dans une communication permet le traitement de ces êtres en tant qu’humains. Le non-humain ne serait donc pas un sujet permanent, mais temporaire le moment de l’interaction. / The non-human and its ontology are defined in this paper based on the writings of Philippe Descola and Eduardo Viveiros de Castro, two key figures in contemporary anthropology concerning the Amazon. Animism, according to Descola, grants a human interiority to non-humans and differentiates them by their bodies. Viveiros de Castro’s perspectivism, meanwhile, assumes that various points of view create different worlds and establish what is human and what is not. The human corresponds, then, to the cosmological reflexive pronoun "I" in a relationship. Thus, a non-human perceives itself as a human and sees the Other to the impersonal pronoun "it", the position of the non-human. In both ontologies, the non-human is conceived as a person capable of acting in the worlds. The diversity of beings included in this relational ontology is illustrated with the ethnography of these two authors regarding the Achuar and the Araweté. Also, relationships of kinship, alliance and predation weaved among the non-humans and with the humans exhibit a homology based on human relationships. Finally, the analysis of the various methods of communication between non-humans and humans elucidates how the recognition of non-humans in a communication addresses them as humans. The non-human is therefore not a permanent subject, but a temporary one during the interaction.
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