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A reportagem em livros didáticos de língua portuguesa

Soares da Silva, Fátima 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:20:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3425_1.pdf: 9671072 bytes, checksum: 8bcfbebbdcab8ec07475a6275b1aa10f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / O objetivo dessa pesquisa foi analisar questões de compreensão de reportagem em livros didáticos destinados a crianças do quinto ano do Ensino Fundamental (4a série) e os modos como os alunos lidam com tais questões. Inicialmente, foram analisadas as reportagens presentes em dois livros didáticos, buscando-se refletir sobre a adequação ao público pretendido e sobre as formas composicionais dos textos, sobretudo, os modos como os argumentos eram neles inseridos. Depois, foi analisado o tratamento didático dado a tais textos. Assim, foram analisadas as questões de compreensão referentes à leitura dessas reportagens nos livros didáticos, buscando-se investigar quais conhecimentos e habilidades podiam ser mobilizados / aprendidos em situações didáticas em que tais questões estivessem presentes. Por fim, foi observada / analisada uma aula em que uma seqüência didática foi utilizada por uma docente de escola pública (quinto ano do Ensino Fundamental). Os resultados apontaram que foi identificada grande incidência desse gênero nas duas obras analisadas. Tais textos, na maioria das vezes, apresentavam forte poder argumentativo. Na primeira obra analisada foi percebido um trabalho sistemático com o gênero, permitindo a apropriação de algumas de suas características. Na segunda obra, foi vista a presença do gênero na mesma proporção da outra obra, no entanto, não foi percebido um trabalho sistemático envolvendo as características do gênero discursivo em questão, embora algumas atividades tivessem tal característica. A observação da aula evidenciou que a seqüência aplicada pela docente era adequada ao público e estimulava os alunos a refletir sobre o texto, mobilizando conhecimentos temáticos e conhecimentos sobre o gênero. Na análise das respostas (em dupla) das crianças às questões propostas em uma das seqüências, percebemos que os alunos se mostraram interessados e participativos durante a execução da atividade. A maioria das duplas acertou a maior parte das perguntas realizadas, de modo que pôde ser constatada a viabilidade de trabalho com o referido gênero nesse nível de escolaridade e o potencial que ele apresenta para o estímulo ao desenvolvimento de diferentes estratégias de leitura e exploração da dimensão argumentativa desses textos jornalísticos
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A paragrafação em cartas de reclamações escritaspor crianças

Nascimento da Silva, Leila January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:21:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5459_1.pdf: 3750937 bytes, checksum: e28e5e0be72f55633581de63552624b3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Esta pesquisa buscou conhecer as estratégias de paragrafação usadas pelas crianças ao produzirem cartas de reclamação e, assim, contribuir para uma maior compreensão da temática pelos professores. Tivemos como objetivos específicos: analisar as produções dos alunos (cartas de reclamação), observando se esses dividem o texto em partes e que tipos de parágrafos utilizam; analisar se há relações entre a construção da cadeia argumentativa e as decisões sobre a divisão dos parágrafos no texto; e, por fim, comparar os textos de crianças em diferentes séries, no que diz respeito à marcação do parágrafo e às estratégias de organização do texto em partes. Para compreendermos melhor o nosso objeto e analisarmos os dados, nos apoiamos em uma concepção de língua como interação entre sujeitos (BAKHTIN, 1997), que encara o texto como objeto de interlocução a serviço de práticas sócio-comunicativas. Participaram da pesquisa alunos de três séries (2ª, 4ª e 6ª), sendo duas turmas de cada; todas da Rede Pública de Ensino. Foram selecionados 20 de cada série, totalizando 60 crianças. Essas produziram uma carta para a diretora da escola em que estudam, fazendo reclamações referentes a problemas encontrados na instituição. Antes da coleta foi realizada uma intervenção visando diminuir os efeitos do possível desconhecimento do gênero em foco. Para ajudar nas análises, realizamos um estudo prévio com cartas extra-escolares, no qual buscamos caracterizar a carta de reclamação . Pudemos verificar que nossos alunos utilizam quase todas as estratégias que os adultos usam ao produzir uma carta de reclamação. Notamos também uma relação parcial entre os usos ou não usos dos componentes e o fato de estar em graus da escolaridade mais avançados. A turma 5 (6ª série), por exemplo, pareceu estar mais preocupada com a argumentação que as demais. A outra turma de 6ª série (turma 6), porém, não teve desempenho igual. Com relação à adoção de modelos mais argumentativos, a turma que se destacou foi uma turma de 4ª série e não uma de 6ª. No que se refere à organização do texto em parágrafos, notamos que a quantidade de cartas divididas aumentou com o passar dos anos de escolaridade. No entanto, ao isolarmos os dados das turmas, encontramos uma turma de 2ª série (turma 2) entre as que mais paragrafaram. Isso contraria a hipótese de que seria nas séries mais avançadas que apareceria o maior número de textos divididos em partes. A variedade de tipos de parágrafos foi grande, mas todos mostraram-se pertinentes à estrutura textual solicitada. As análises mostraram ainda que boa parte dos alunos evidenciaram uma lógica definida na hora de paragrafar (ex: separavam os componentes ou reclamações por parágrafo) e que esta lógica tinha a ver com a argumentação. Vimos também cartas que precisavam ser melhor paragrafadas, mas que traziam uma argumentação consistente e cartas em que a lacuna não estava na divisão do texto, mas na argumentação. Este último caso foi mais freqüente, o que confirma a hipótese de que as crianças desde cedo constroem conhecimentos com relação à habilidade de organização seus textos em partes, necessitando, claro de uma maior sistematização
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Multimodalidade e argumentação na charge

Clara Catanho Cavalcanti, Maria 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:33:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3681_1.pdf: 3957556 bytes, checksum: 3cb9aa0abc257225e4b49af2ed946acc (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Como gênero de caráter visual, a charge tem chamado atenção de professores e pesquisadores. Seu uso como objeto de estudo em escolas e universidades tem crescido e atingido diferentes áreas. A charge (do francês charger: carregar, exagerar) tem como objetivo a crítica humorística de um fato específico, geralmente de natureza política. Ela deve abordar um assunto atual e interessante para o público leitor. O objetivo central desse estudo é mostrar a como se organizam os modos de linguagem do texto chárgico, ressaltando que argumentos também podem ser constituídos por linguagem visual. Nosso ponto de partida é uma análise sócio-interacionista, a qual vislumbra o processo comunicativo da charge. Em seqüência, apresentaremos uma proposta de análise multimodal do gênero em estudo para só então realizarmos nossas considerações sobre a argumentação. Para tanto, nosso corpus é composto por aproximadamente 450 charges, as quais foram coletadas nos três principais jornais de Pernambuco Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Este trabalho ocorreu durante os meses de junho a outubro de 2006, período de copa do mundo e de eleições, assuntos que dão uma boa safra de charges
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Referir e argumentar: atividades de manipulação de sentidos

MESSIAS, Patrícia Fernandes de 31 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:36:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7815_1.pdf: 899401 bytes, checksum: e2d4381bd2625d274bcabfe5e44760b0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2012 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo central desta investigação é descrever o papel das estratégias de referenciação da nominalização, do encapsulamento anafórico e da expressão nominal na construção de notícias e reportagens da imprensa escrita, dando conta de que, no procedimento referencial que elas executam, existe um fazer argumentativo embutido. Essa crença é reforçada por teorias da referenciação que levam em conta os aspectos sociais, históricos e cognitivos do seu processamento e também se reforçam pela idéia de argumentação como aspecto constitutivo das atividades de linguagem. Para comprovar tal hipótese, esta investigação debruçou-se sobre a análise de textos do domínio jornalístico, tendo como foco notícias e reportagens do jornais Folha de S.Paulo/SP, Diário da Manhã/GO, Jornal do Comércio/RS e Jornal do Commercio/PE. As matérias foram selecionadas durante o período de 03 a 08 de outubro de 2005. Com isso, questiona-se o trabalho discursivo de indução desempenhado pelos veículos de informação na reprodução dos fatos junto ao público leitor. Ao mesmo tempo, também se duvida da carapaça de neutralidade de que se reveste o fazer jornalístico. Os resultados das análises apontaram para o necessário acréscimo do potencial argumentativo à descrição das estratégias remissivas referenciais aqui trabalhadas, ao passo que suscita a necessidade de um trabalho escolar que contemple tais recursos para o desenvolvimento da competência argumentativa. Em termos de implicações pedagógicas, essa necessidade ensejou a construção de uma proposta de intervenção didática referente à leitura e produção de textos no Ensino Médio, visando à preparação de cidadãos aptos ao reconhecimento desses engendros jornalísticos e, portanto, senhores do exercício da sua cidadania
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Entendendo nas entrelinhas : como as crianças compreendem ironia em discursos argumentativos

Souza Alves, Cristhiane 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:56:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1251_1.pdf: 6479627 bytes, checksum: 9f25f8a80cd2bb9ce0db425f84d44fe0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Dentre os recursos que podem ser empregados na defesa de um ponto de vista, ou mesmo na produção de contra-argumentos, enfoca-se, neste trabalho, a utilização da estratégia enunciativo-discursiva da ironia, que se caracteriza pela implicitação de sentidos diferentes daqueles que comumente seriam entendidos no enunciado ou discurso em questão. Considerando que é possível compreender ironia, segundo alguns estudos, em torno dos primeiros anos escolares, este trabalho se propôs a observar como a compreensão da ironia, a partir da perspectiva enunciativa dialógica, poderia afetar o reconhecimento dos elementos básicos de uma argumentação (argumento, justificativa, contra-argumento, resposta) por crianças que tivessem entre cinco e oito anos de idade. Esta investigação assume a perspectiva dialógica bakhtiniana de linguagem, que é vista como atividade social interativa, na qual sujeitos históricos interagem verbalmente produzindo e recebendo enunciados, que terão seus sentidos constituídos a partir da interação de diversos contextos, pontos de vista e falas sociais. Consequentemente, a compreensão aqui é entendida como um processo ativo, no qual existe uma orientação em relação à enunciação do outro, isto é, o interlocutor estabelece uma correspondência entre suas próprias palavras com as palavras que lhe foram enunciadas, como se fosse uma réplica, o que caracteriza a dialogicidade constitutiva do discurso. Quanto à argumentação, assume-se a perspectiva pragma-dialética, na qual argumentar é um ato de fala complexo, cujo propósito interacional é contribuir para a resolução de uma diferença de opinião. Este ato de fala argumentativo apresenta um efeito comunicativo, correspondente à sua compreensão, e um efeito interacional, que é a aceitação ou resposta ao ato de fala realizado, os quais não têm que necessariamente coincidir. No entanto, a fim de que algum grau de aceitação se efetue, será preciso alcançarse pelo menos algum grau de compreensão. A pesquisa foi realizada com quarenta crianças entre cinco e oito anos de idade, as quais assistiram a alguns trechos de filmes infantis em DVD, que continham situações argumentativas com ocorrência de ironia. Durante a exibição, foram realizadas perguntas relativas à compreensão da situação discursiva apresentada, as quais visavam capturar a compreensão tanto da ironia quanto de sua função retórica. As atividades foram videografadas e submetidas à análise da responsividade compreensiva de cada criança diante das situações discursivas observadas. As respostas dadas pelas crianças indicaram ser a compreensão do efeito de sentido irônico um pressuposto fundamental para a compreensão dos movimentos argumentativos de justificação ou de ataque a um ponto de vista que subjaciam aos enunciados irônicos. As crianças que aparentemente não capturaram uma subversão no sentido de um enunciado caracteristicamente irônico, também pareceram não atribuir-lhe uma função retórica
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Produção de textos na escola: a argumentação em textos escritos por crianças

Ferraz Leal, Telma January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8883_1.pdf: 3548301 bytes, checksum: 77833de7676f5346afcfff1e832966a7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Universidade Federal de Pernambuco / O objetivo desta pesquisa foi analisar algumas estratégias de argumentação adotadas por crianças em textos escritos e os efeitos do contexto escolar sobre essas estratégias. Os procedimentos constaram de aplicação de uma tarefa de produção de texto em 12 turmas de 2a a 4a séries, de três escolas públicas e uma particular, e de observação de três aulas em cada turma. As análises foram realizadas em quatro etapas: (1) exploração dos relatórios de observação das três aulas; (2) análise dos 205 textos produzidos pelas crianças; (3) exploração dos relatórios de aplicação da produção textual; (4) análise detalhada de três turmas. Verificamos que as crianças não tiveram dificuldade para apresentar os pontos de vista nem para justificá-los, havendo, ainda, diversidade quanto às estratégias de condução dos leitores e de utilização de recursos lingüísticos, sobretudo de modalizadores. As justificativas das justificativas apareceram para atender a diferentes propósitos: garantir a aceitabilidade da justificativa ou ressaltar sua relevância. Os contra-argumentos apareceram em todas as séries, tanto através da explicitação da restrição quanto através de processos de inferenciação. Houve diversidade de modelos textuais. Os resultados evidenciaram efeitos dos tipos de intervenção didática sobre as estratégias argumentativas utilizadas e do contexto imediato de produção. Todas essas reflexões foram realizadas a partir da perspectiva de que haveria por parte dos alunos um reconhecimento da professora como interlocutora privilegiada, dado que eles sabiam que escreviam na escola para aprender a escrever , embora pudessem, paralelamente, dar conta de outras finalidades (reais ou imaginárias). Esse desdobramento da finalidade parecia, em alguns momentos, dificultar a tarefa, principalmente no que se referia ao cálculo dos conhecimentos partilhados que poderiam ser ocultados nos textos. Concluiu-se, portanto, que as estratégias de escrita foram orientadas pelas representações que as crianças tinham sobre as práticas escolares de elaboração textual e que algumas dificuldades apontadas nos estudos realizados anteriormente pareciam ser oriundas, muitas vezes, da desconsideração de processos didáticos inadequados, que não conduziam a práticas diversificadas de escrita, ou das dificuldades das crianças em lidar com o desdobramento das finalidades textuais no contexto escolar. Concebemos, ainda, que as divergências entre os diferentes estudiosos do tema podem decorrer das diferentes concepções sobre texto ou sobre argumentação
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Argumentação e desenvolvimento cognitivo: emergência e estabilização de condutas protoargumentativas

Vasconcelos, Angelina Nunes de 31 January 2013 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-03T18:16:50Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Angelina Nunes de Vasconcelos.pdf: 830572 bytes, checksum: aec9730277973ac4a403ee15d0a1e507 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-03T18:16:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Angelina Nunes de Vasconcelos.pdf: 830572 bytes, checksum: aec9730277973ac4a403ee15d0a1e507 (MD5) Previous issue date: 2013 / A presente dissertação focaliza a gênese de condutas protoargumentativas, mais especificamente condutas proto-opositivas. Para tanto, define protoargumentação enquanto aquelas ações infantis interpretadas pelos adultos como afirmações de desejos, vontades e propósitos (proto-asserções) ou oposição a desejos, vontades, propósitos e comandos de outros (proto-oposições). As quais, hipotetiza-se, constituem antecedentes das ações verbais de defesa de pontos de vista e contraposição a pontos de vista de outros,movimentos constituintes da argumentação (Leitão, 2010). A argumentação, por sua vez, é definida enquanto atividade cognitivo-discursiva específica caracterizada pela oposição e consequente tentativa de negociação entre perspectivas distintas. O foco na argumentação,nos estudos da cognição humana, fundamenta-se na compreensão de que os movimentos dialógicos inerentes à argumentação (defesa de pontos de vista e resposta a oposições) caracterizam o processo argumentativo como eminentemente reflexivo, tendo papel fundamental nos processos de constituição do conhecimento, bem como no desenvolvimento do pensamento reflexivo (Leitão, 2007). Assume-se, portanto, que a investigação da gênese das condutas protoargumentativas, que precedem o desenvolvimento da argumentação, são igualmente importantes possibilitando compreensão sobre como a relação cognição-argumentação estabelece-se nos momentos iniciais do desenvolvimento infantil. Esta dissertação se insere na tradição metodológica do Estudo de Caso, sendo construída a partir da análise dos registros videográficos produzidos com duas crianças (Pedro e Lara, nomes fictícios) a partir da quarta semana até os seis meses de vida de cada uma delas. As videogravações foram produzidas em situações familiares do cotidiano infantil, abarcando situações de banho, alimentação e brincadeiras. Foram adotadas perspectivas macro e microgenética de análise (Granott & Parziale, 2002) com o objetivo de investigar quais ações infantis estabelecem-se como condutas protoargumentativas de oposição ao longo do período observado. Adicionalmente, algumas hipóteses foram levantadas sobre os elementos que influenciam o desenvolvimento destas ações. De modo geral, esta dissertação descreve três momentos do processo de desenvolvimento de condutas proto-opositivas, caracterizados pela ampliação das ações infantis interpretadas como oposições, bem como pelo deslocamento discursivo das crianças que deixam de ocupar o lugar de oponente na interação (somente reagindo aos estímulos e situações criadas pelos pais) para ocupar lugar de proponente, agindo sobre o ambiente e sobre os pais. O primeiro momento do desenvolvimento de condutas protoopositivas descrito, distingui-se pela presença do choro, choramingo e expressão de choro como as ações infantis mais frequentemente interpretadas como oposições. Em seguida, no segundo momento descrito, soma-se ao repertório opositivo infantil a recusa, ou seja, a oposição infantil em agir conforme os estímulos e situações construídas pelos pais. Por fim, no último período descrito, as ações infantis interpretadas como oposições começam a caracterizar-se pelo agir criativo e livre que adquire sentido diretamente oposto ao das ações propostas pelos pais. O percurso geral aqui descrito pode ser observado nos dois casos analisados, tanto de Lara quanto de Pedro, entretanto, destacam-se variações no desenvolvimento realizado por cada criança.
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A leitura de fábulas e de contos de fadas sob a perspectiva da argumentação na língua: uma proposta de transposição didática

Holler, Andréa Gattelli January 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-02-13T01:07:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000477239-Texto+Completo-0.pdf: 1542183 bytes, checksum: e944f12da6716e724d69b5c7ffd13ad5 (MD5) Previous issue date: 2016 / When children start school, they know they will be taught to read and write, and that it is the school’s duty to teach that. However, the idea of learning to read leads, traditionally, to the first years of elementary school, that is, to literacy teaching and learning. Nevertheless, the act of reading is not restricted to the acquisition of a code, it is more than that; reading is meaning-making. Therefore, this study aims to turn reading into an object of teaching and learning, with the support of the Theory of Argumentation within Language (AWL) in its current phase, the Theory of the Semantic Blocks (TSB), since it allows to show the process of meaning-making through language. In order to do that, it is necessary to translate those theories into the school environment. This process of didactic transposition based in Yves Chevallard – which is illustrated along the study and completed through the design of reading tasks for two fables and one fairy tale – consists of taking some concepts of the chosen theory (value, relation, argumentative entanglements, external and internal argumentation, semantic interdependence, and semantic block) and turning them into something to be taught, in order to improve the reading performance of fifth grade elementary school students. / Quando uma criança ingressa na escola, ela já sabe que irá aprender a ler e a escrever e que, portanto, ensinar a ler é papel da escola. A ideia de aprender a ler remete, tradicionalmente, aos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, à alfabetização. Porém, o ato de ler não se restringe à aquisição do código, ler é mais do que isso, ler é construir sentido. Assim, este trabalho se propõe a transformar a leitura em objeto de ensino e de aprendizagem, tendo como suporte a Teoria da Argumentação na Língua (ANL) em sua fase atual, a Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), haja vista sua possibilidade de demonstrar, através da língua, como se dá o processo de construção de sentidos. Para isso, torna-se necessário transpor a teoria de referência, a ANL/TBS, para o ambiente escolar. Esse processo de transposição didática, embasado em Yves Chevallard – que será exemplificado ao longo da dissertação e finalizado através da construção de atividades de leitura de duas fábulas e um conto de fadas – consiste em retirar da esfera científica alguns conceitos da teoria escolhida (valor, relação, encadeamentos argumentativos, argumentação externa e argumentação interna ao léxico, interdependência semântica e bloco semântico) e transformá-los em um saber a se ensinar e, posteriormente, em um saber a ser ensinado, visando melhorar o desempenho em leitura dos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.
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Um estudo dos advérbios -mente sob a teoria da argumentação na língua

Figueredo, Fábio Castilhos January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:03:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000410384-Texto+Completo-0.pdf: 2652775 bytes, checksum: 411984a13fb6ac771bb4b52ce4a0ba76 (MD5) Previous issue date: 2008 / In this dissertation work, with the aim of investigate an instruction that cover the possible occurrences to the use of adverbs with suffix –mente (in Portuguese), different texts are analyzed, trying to understand them meaning built by the announcer. It is proposed these analyzes from the perspective of the Theory of Argumentation within Language (TAL). This theory, proposed by Oswald Ducrot, says that the argumentation lies in language and that is vital function. Based on structuralism precepts, the Theory of Argumentation within Language has been reformulated over the years: was originally developed to Standard Form (1st phase); in a second time suffers a restructuring, becoming the Recent Form, in 1988 (2nd phase); is currently in its 3rd phase, the Theory of the Semantic Blocks (TSB), developed in partnership with Marion Carel. According to TSB, the argumentative threads allow understand the meanings of the sentences proposed, because they are a way of accosting the argument through two segments determined. These threads can be normative (with connectors donc, DC, or therefore) or transgressive (with connectors pourtant, PT, or however). / Neste trabalho de dissertação de mestrado, com o objetivo de investigar uma instrução que abranja as possíveis ocorrências para o uso de advérbios com sufixo – mente, serão analisados diferentes textos, buscando entender seu sentido construído pelo locutor. Propõe-se estas análises sob a perspectiva da Teoria da Argumentação na Língua (TAL). Essa teoria, proposta por Oswald Ducrot, observa que a argumentação está na própria língua e isto lhe é função primordial. Baseada em preceitos estruturalistas, a Teoria da Argumentação na Língua vem sendo reformulada ao longo dos anos: foi desenvolvida inicialmente a Forma Standard (1ª fase); em um segundo momento sofreu uma reestruturação, tornando-se a Forma Recente, em 1988 (2ª fase); está atualmente em sua 3ª fase, a Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), desenvolvida em parceria com Marion Carel. De acordo com a TBS, os encadeamentos argumentativos permitem entender os sentidos dos enunciados propostos, pois são um modo de abordar a argumentação através de dois segmentos determinados. Esses encadeamentos podem ser normativos (com conectores donc, DC, ou portanto) ou transgressivos (com conectores pourtant, PT, ou no entanto).
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A negação em sentenças judiciais sob a perspectiva da semântica argumentativa

Linhares, Christiê Duarte January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:03:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000445292-Texto+Completo-0.pdf: 884948 bytes, checksum: 3f82de5de5f81fd762b7d4a401f082cc (MD5) Previous issue date: 2012 / Ce travail se propose d’analyser comment la Théorie de l’Argumentation dans la Langue explique la compréhension du sens de la négation dans le discours Sentence Judiciaire, à partir des lectures sur la sémantique argumentative, créée par Oswald Ducrot et collaborateurs. De cette façon, la sémantique argumentative comprend la Théorie de l’Argumentation dans la Langue (ADL), qui considère que le sens est dans la langue. De manière à effectuer cette étude, deux Sentences Judiciaires sont analysées sur la perspective de la deuxième et de la troisième phases de l’ADL, qui correspondent, respectivement, à la Théorie Polyphonique de l’Énonciation et à la Théorie des Blocs Sémantiques. De racine structuraliste et énonciative, cette approche sématique-argumentative a été choisie d’expliquer le sens dans et pour le linguistique, de considérer que la fonction première du langage est argumenter et de vérifier la relation comme fonction élémentaire pour la constitution du sens dans le discours. fre / A proposta deste trabalho é analisar como a Teoria da Argumentação na Língua explica a compreensão do sentido da negação no discurso Sentença Judicial, a partir das leituras sobre a semântica argumentativa, desenvolvida por Oswald Ducrot e colaboradores. Nessa medida, a semântica argumentativa compreende a Teoria da Argumentação na Língua (ANL), a qual considera que o sentido está na língua. Para isso, são analisadas duas Sentenças Judiciais sob a perspectiva das segunda e terceira fases da ANL, que correspondem, respectivamente, à Teoria Polifônica da Enunciação e à Teoria dos Blocos Semânticos. Essa abordagem semântico-argumentativa, de raiz estruturalista e enunciativa, foi escolhida por explicar o sentido no e pelo linguístico, por considerar que a função primeira da linguagem é argumentar e por verificar a relação como função básica para a constituição do sentido do discurso.

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