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Estudo da relação entre a atividade anti-tumoral in vitro do ácido úsnico e a ativação da via metabólica p53Mayer, Margareth January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O ácido úsnico é um metabólito de líquen que apresenta uma grande variedade de
atividades biológicas, dentre as quais, citotoxidade frente a células oriundas de
tumores malignos humanos. Apesar da existência de revisões recentes sobre a
atividade citotóxica do ácido úsnico, o mecanismo de ação desta droga ainda não foi
completamente elucidado. Não existe na literatura referência ao envolvimento do
gene supressor de tumor p53 com os efeitos do ácido úsnico. Na sua forma normal,
a proteína p53 atua em resposta a diferentes estresses celulares levando à
transcrição de genes que induzem a retenção do ciclo celular ou apoptose. Entre as
formas de atuação do p53 está a repressão de genes que codificam proteínas
associadas à polimerização e estabilização de microtúbulos. Estas funções são
perdidas quando ocorrem mutações em sua via metabólica, o que acontece em mais
de 50% dos tumores cancerosos humanos. O objetivo deste trabalho foi investigar
se o mecanismo da ação anticancerígena do ácido úsnico envolve a ativação da via
metabólica p53. Para estudos da sensibilidade de linhagens cancerígenas ao ácido
úsnico, foram realizados ensaios pelo método colorimétrico do MTT [3-(4,5-
dimethylthiazol-2-yl)-2,5diphenyl-tetrazolium bromide], utilizando-se várias
concentrações do fármaco (1 a 60 μM) por 72h, frente às seguintes linhagens de
células malignas humanas: MCF7(câncer de mama, positiva para receptores de
estrogênio, p53 normal), MDA-MB-231(câncer de mama, negativa para receptores
de estrogênio, p53 inativo), H1299 (câncer de pulmão, nula para p53). Para
determinar o envolvimento do p53 na ação citotóxica do ácido úsnico, os níveis das
proteínas p53 e p21 (um inibidor de quinases dependentes de ciclinas cuja
expressão é controlada pelo p53) em células MCF7 tratadas com 29 μM de ácido
úsnico por 24h foram determinados utilizando-se ensaios western blot com o
anticorpo monoclonal DO-12 (específico para p53) e WAF1 (específico para p21).
Para verificar se a ação anticancerígena do ácido úsnico resulta em dano ao DNA
celular, a fosforilação da SER15 do p53 (um marcador para danos em DNA) foi
investigada, após tratamento de células MCF7 com 29 μM de ácido úsnico por 24h.
Nestes estudos, ensaios western blot foram realizados com o anticorpo policlonal
FOSFO-SER15, específico para serina fosforilada. Para verificar se o aumento nos
níveis da proteína p53 detectados após o tratamento com ácido úsnico eram
acompanhados por um aumento em sua atividade transcricional, foram executados
ensaios com ß-Gal. Nesta metodologia utilizaram-se fibroblastos T22 de
camundongos, portadores do plasmídeo RGDFos-LacZ (contendo o resíduo de 36
pb do sítio de ligação para o p53), tratados com diferentes concentrações de ácido
úsnico. Para a investigação dos efeitos do ácido úsnico na formação e estabilização
de microtúbulos, células MCF7 foram tratadas com 29 μM de ácido úsnico por 24h,
fixadas em metanol e tratadas com anticorpo monoclonal anti-ß-tubulina. O ácido
úsnico mostrou atividade citotóxica frente às várias linhagens celulares oriundas de
tumores malignos humanos, promovendo elevação nos níveis das proteínas p53 e
p21. Entretanto, este aumento não foi acompanhado de incremento na atividade
transcricional nem da fosforilação da SER15 do p53. Também não foram detectadas
modificações na formação dos microtúbulos. As propriedades anticancerígenas do
ácido úsnico como agente não genotóxico que atua de uma forma independente do
p53 fazem dele um candidato em potencial para novas terapias de câncer
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