Submitted by Morgana Silva (morgana_linhares@yahoo.com.br) on 2016-09-13T19:01:49Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 5465547 bytes, checksum: 5ebb5185b8040d8bf76d7315b068d0e0 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-13T19:01:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 5465547 bytes, checksum: 5ebb5185b8040d8bf76d7315b068d0e0 (MD5) Previous issue date: 2016-02-29 / The Audiovisual field is shaping up as a scenery full of constant changes and fluid relations among its media, as with Cinema and Television. This is due mainly to the media convergence phenomenon which has beem acting on the flow of content produced for these media. The audiovisual content is often the subject of debates and discussions between cybercinephiles, seriéfilos, fans and anyone who wants to emit information about the topics. These changes, brought about through the internet and new digital technologies, has enabled these subjects build a unique relationship with the audiovisual product. In order to understand how this phenomenon happens, we started out from the factors consumption, sharing and production to analyze how develop the interactions between subjects and audiovisual works, with the north laws of cyberculture suggested by André Lemos (2003). This resulted in the mapping of those practices and in the classification of groups found. In addition to following the participant observer method, we took on the Grounded Theory (GLASSER; STRAUSS, 2006), to collect and analyze the material. The results found were the discovery of more practices and more subjects acting within the audiovisual and contributing to the community that revolves around these issues. It came to our knowledge that the way to consume, share and produce audiovisual material has been changing. The strenght of amateurs networks present on the internet is largely influential in this process which, taking into account the transition phase, tends to an even greater transformation. / O campo audiovisual vem se configurando como um cenário repleto de mudanças constantes e de relações fluidas entre seus meios, como o Cinema e a Televisão. Isso se deve, sobretudo, ao fenômeno da convergência midiática que vem atuando sobre o fluxo de conteúdo produzido para essas mídias. O conteúdo audiovisual é alvo frequente de debates e discussões entre cibercinéfilos, seriéfilos, fãs e qualquer pessoa que queira emitir informação sobre os temas. Essas transformações, acarretadas pelo auxílio da internet e de novas tecnologias digitais, permitiu que esses sujeitos construíssem uma relação diferenciada com o produto audiovisual. Com o objetivo de entender como acontece esse fenômeno, partimos dos fatores consumo, compartilhamento e produção para analisar como se desenvolvem as interações entre os sujeitos e as obras audiovisuais, tendo como norte as leis da cibercultura propostas por André Lemos (2003). Isso resultou num mapeamento dessas práticas e classificação dos grupos encontrados. Além de seguir o método do observador participante, assumimos a teoria fundamentada em dados (GLASSER; STRAUSS, 2006), para a coleta e análise do material. Os resultados foram a descoberta de mais práticas e mais sujeitos atuantes em torno do audiovisual e colaborando para a comunidade que gira ao redor desses assuntos. Percebemos que a forma de se consumir, compartilhar e produzir material audiovisual vem mudando. A força das redes de amadores exercendo presença na internet é grande influenciadora nesse processo que, levando em consideração a fase de transição, tende a se transformar ainda mais.

A partir de um estudo etnográfico realizado entre os meses de setembro de 2006 e dezembro de 2007, procuro desenvolver uma interpretação de discursos de atores distintos que colocam em cena tensões, dramas e negociações, relativas à implantação de uma cinemateca em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nesse sentido, analiso algumas narrativas e práticas de moradores do bairro Centro, que formaram a Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), e também de profissionais ligados a Fundação Cinema RS (Fundacine), os dois principais agentes envolvidos no projeto da Cinemateca Capitólio. Por um lado, segundo discursos de membros da Fundacine, o projeto de uma cinemateca para o Rio Grande do Sul é produto do desenvolvimento do campo audiovisual no Estado e posto em prática através da ação de pesquisadores e cineastas locais. Por outro lado, os discursos de membros da Aamica são compreendidos como narrativas inseridas no tema sobre o viver o bairro no presente, tendo em perspectiva uma comparação com um passado narrado pelos informantes (vivido no mesmo espaço social – o Centro da cidade). Essas narrativas proporcionam uma reflexão sobre a ressignificação do espaço público, vislumbrada por meio das relações e representações sociais do bairro através de memórias. O tema da preservação perpassa um prédio tombado pelo patrimônio municipal e estadual, um antigo cinema de rua, e a memória do campo audiovisual no estado. / This thesis advances an analysis of the discourses built by a plethora of social actors which bring to light tensions, dramas and negotiations around the construction of a film library in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The data are drawn from an ethnographic fieldwork undertaken between september/2006 and december/2007. Some narratives and practices of individuals who founded the Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), inhabitants of Porto Alegre’s downtown, as well as of professionals associated to the Fundação Cinema RS (Fundacine) are analysed. As it is propounded, these are the agents involved in the construction of the Cinemateca Capitólio. On the one hand, according to Fundacine members, the project of a movie library in Rio Grande do Sul is the product of the development of the audiovisual field in the state and can only be fulfilled by researchers and local movie makers. On the other hand, Aamica’s members’ discourses are seen as inserted in the experience of living the neighborhood now having the past in perspective. These narratives motivate a reflection about the processes of resignification of the public space, constructed in the relations and social representations of the neighborhood via the informants’ memories. The issue of preservation is intertwined with the themes upon which this thesis is elaborated: a building deemed as a city and state heritage, an old street cinema, and the memory of the audiovisual field in the state.

A partir de um estudo etnográfico realizado entre os meses de setembro de 2006 e dezembro de 2007, procuro desenvolver uma interpretação de discursos de atores distintos que colocam em cena tensões, dramas e negociações, relativas à implantação de uma cinemateca em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nesse sentido, analiso algumas narrativas e práticas de moradores do bairro Centro, que formaram a Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), e também de profissionais ligados a Fundação Cinema RS (Fundacine), os dois principais agentes envolvidos no projeto da Cinemateca Capitólio. Por um lado, segundo discursos de membros da Fundacine, o projeto de uma cinemateca para o Rio Grande do Sul é produto do desenvolvimento do campo audiovisual no Estado e posto em prática através da ação de pesquisadores e cineastas locais. Por outro lado, os discursos de membros da Aamica são compreendidos como narrativas inseridas no tema sobre o viver o bairro no presente, tendo em perspectiva uma comparação com um passado narrado pelos informantes (vivido no mesmo espaço social – o Centro da cidade). Essas narrativas proporcionam uma reflexão sobre a ressignificação do espaço público, vislumbrada por meio das relações e representações sociais do bairro através de memórias. O tema da preservação perpassa um prédio tombado pelo patrimônio municipal e estadual, um antigo cinema de rua, e a memória do campo audiovisual no estado. / This thesis advances an analysis of the discourses built by a plethora of social actors which bring to light tensions, dramas and negotiations around the construction of a film library in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The data are drawn from an ethnographic fieldwork undertaken between september/2006 and december/2007. Some narratives and practices of individuals who founded the Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), inhabitants of Porto Alegre’s downtown, as well as of professionals associated to the Fundação Cinema RS (Fundacine) are analysed. As it is propounded, these are the agents involved in the construction of the Cinemateca Capitólio. On the one hand, according to Fundacine members, the project of a movie library in Rio Grande do Sul is the product of the development of the audiovisual field in the state and can only be fulfilled by researchers and local movie makers. On the other hand, Aamica’s members’ discourses are seen as inserted in the experience of living the neighborhood now having the past in perspective. These narratives motivate a reflection about the processes of resignification of the public space, constructed in the relations and social representations of the neighborhood via the informants’ memories. The issue of preservation is intertwined with the themes upon which this thesis is elaborated: a building deemed as a city and state heritage, an old street cinema, and the memory of the audiovisual field in the state.

A partir de um estudo etnográfico realizado entre os meses de setembro de 2006 e dezembro de 2007, procuro desenvolver uma interpretação de discursos de atores distintos que colocam em cena tensões, dramas e negociações, relativas à implantação de uma cinemateca em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nesse sentido, analiso algumas narrativas e práticas de moradores do bairro Centro, que formaram a Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), e também de profissionais ligados a Fundação Cinema RS (Fundacine), os dois principais agentes envolvidos no projeto da Cinemateca Capitólio. Por um lado, segundo discursos de membros da Fundacine, o projeto de uma cinemateca para o Rio Grande do Sul é produto do desenvolvimento do campo audiovisual no Estado e posto em prática através da ação de pesquisadores e cineastas locais. Por outro lado, os discursos de membros da Aamica são compreendidos como narrativas inseridas no tema sobre o viver o bairro no presente, tendo em perspectiva uma comparação com um passado narrado pelos informantes (vivido no mesmo espaço social – o Centro da cidade). Essas narrativas proporcionam uma reflexão sobre a ressignificação do espaço público, vislumbrada por meio das relações e representações sociais do bairro através de memórias. O tema da preservação perpassa um prédio tombado pelo patrimônio municipal e estadual, um antigo cinema de rua, e a memória do campo audiovisual no estado. / This thesis advances an analysis of the discourses built by a plethora of social actors which bring to light tensions, dramas and negotiations around the construction of a film library in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The data are drawn from an ethnographic fieldwork undertaken between september/2006 and december/2007. Some narratives and practices of individuals who founded the Associação de Amigos do Cine-Theatro Capitólio (Aamica), inhabitants of Porto Alegre’s downtown, as well as of professionals associated to the Fundação Cinema RS (Fundacine) are analysed. As it is propounded, these are the agents involved in the construction of the Cinemateca Capitólio. On the one hand, according to Fundacine members, the project of a movie library in Rio Grande do Sul is the product of the development of the audiovisual field in the state and can only be fulfilled by researchers and local movie makers. On the other hand, Aamica’s members’ discourses are seen as inserted in the experience of living the neighborhood now having the past in perspective. These narratives motivate a reflection about the processes of resignification of the public space, constructed in the relations and social representations of the neighborhood via the informants’ memories. The issue of preservation is intertwined with the themes upon which this thesis is elaborated: a building deemed as a city and state heritage, an old street cinema, and the memory of the audiovisual field in the state.