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Poder e afeto nas narrativas bÃblicas: uma anÃlise da construÃÃo do ethos discursivo nas parÃbolas contadas por Jesus

JoÃo Batista Costa GonÃalves 20 December 2006 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Dentro de um horizonte teÃrico atrelado à AnÃlise de Discurso de extraÃÃo francesa, o presente estudo tem como objetivo maior analisar as formas de Jesus se representar discursivamente nas parÃbolas contadas nos trÃs primeiros Evangelhos bÃblicos do Novo Testamento (Mateus, Marcos e Lucas) a partir da categoria do ethos discursivo, discutida, sobretudo, por Dominique Maingueneau ao longo de toda a sua obra. Para compor a nossa base teÃrica, fizemos inicialmente, sob um olhar discursivo, um esgarÃamento semÃntico do termo ethos, analisando diferentes perspectivas (filosÃfica, antropolÃgica, retÃrica, literÃria, pragmÃtica e discursiva) que exploraram o termo, bem como revelamos a relaÃÃo de proximidade conceitual entre o ethos discursivo e alguns termos afins (habitus, esquematizaÃÃo e estilo). Em seguida, no intuito de mostrar como os sujeitos, nas prÃticas enunciativas em que estÃo envolvidos, se submetem, mas, ao mesmo tempo, resistem Ãs coerÃÃes discursivas que procuram impingir-lhes, buscamos estudar algumas teorias lingÃÃsticas (pragmÃticas, enunciativas e discursivas) que, direta ou indiretamente, discutem uma proposta Ãtica para as representaÃÃes discursivas que os interlocutores assumem para si e para o outro nas trocas linguageiras. A seguir, propomo-nos a discutir a relaÃÃo entre ethos e gÃnero discursivo, tomando como ponto bÃsico as reflexÃes de Mikhail Bakhtin e Dominique Maingueneau, para mostrar como o gÃnero possibilita a criaÃÃo de determinadas imagens de si e do outro a partir do carÃter normativo e coercitivo que o gÃnero tem sobre a formaÃÃo das imagens discursivas. Posteriormente, para concluir o aporte teÃrico em que a pesquisa se estriba, tratamos de expor, baseados em diferentes posiÃÃes teÃricas (Mikhail Bakhtin, Michel PÃcheux, Jacqueline Authieur-Revuz, Oswald Ducrot e Dominique Maingueneau), como o ethos depende da heterogeneidade discursiva para manifestar, na materialidade lingÃÃstica, as imagens dos sujeitos no discurso. Na anÃlise propriamente dita, partindo de um debate teÃrico sobre os jogos de poder, discute-se, de maneira geral, como as relaÃÃes de poder e afeto se dÃo dentro do universo bÃblico neotestamentÃrio, onde as parÃbolas sÃo narradas por Jesus. Depois, procuramos estudar, com base na teoria das cenas enunciativas propostas por D. Maingueneau, a cena englobante em que o discurso parabÃlico se apÃia, destacando as principais caracterÃsticas que identificam o discurso religioso de que as parÃbolas fazem parte; a cena genÃrica para a qual as parÃbolas sÃo interpeladas, para o que mostramos a configuraÃÃo estrutural e discursiva do gÃnero parÃbola bÃblica; e, por fim, como as cenografias suscitadas por essas historietas narradas por Jesus cooperam para legitimar a imagem que o enunciador pretende dar de si para os seus ouvintes. Aqui, antes de proceder a essa anÃlise, firmamos os procedimentos metodolÃgicos utilizados, para, sà em seguida, buscarmos descrever, classificar e analisar os tipos de imagens que caracterizam os ethà da autoridade e da benevolÃncia na situaÃÃo comunicativa das narrativas parabÃlicas. Ao termo dessa investigaÃÃo sobre a construÃÃo do ethos de Jesus nas parÃbolas, podemos chegar a, pelo menos, duas constataÃÃes: em primeiro lugar, da polivalÃncia de imagens construÃdas nessa prÃtica discursiva, à possÃvel detectar algumas que se mostram como as mais recorrentes: a imagem de um enunciador detentor de autoridade e, ao mesmo tempo, possuidor de um carÃter afetuoso e, em segundo lugar, que essas diferentes figuras que compÃem o perfil de Jesus revelam como esse enunciador-narrador joga com um repertÃrio de imagens que, muitas vezes, se entrecruzam, se complementam ou se distanciam dentro desse regime de enunciaÃÃo de acordo com uma sÃrie de expedientes discursivos.

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