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Avaliação da aprendizagem no ensino superior na área de saúde: unidade de produção de sentidos sob a perspectiva histórico-cultural

Cavalcante, Leila Pacheco Ferreira 17 February 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3592.pdf: 1551275 bytes, checksum: b5de042949a43c32d060c44dbf4926c7 (MD5) Previous issue date: 2010-02-17 / The current research has the assessment in Health graduation teaching within a Higher Teaching Institution as its object of study. It is a qualitative investigation aiming at identifying and analyzing the discourses and the meanings of the learning assessment produced among the professors and students from the Nursing and Medicine graduation course. Such object of study assumes a specific dimension in the Historical-Cultural referent, focusing on Leontiev‟s proposed Activity Theory, as it conceives the relation among assessment, teaching and learning as a unit of producing meanings, when professors and students are formed and transformed into combined activity. Students and professors from both courses were the subjects of such investigation. The data were obtained through interviews, application of the focal groups‟ technique and the documental analysis of the Political-Pedagogical Plans. The analyzed statements reveal assessment conceptions that carry different epistemologies and some contradictions between the discourse and the praxis. Among them, there are the ones who see it as coercion and control tools, and others who direct it as an essential strategy to teaching quality, thus recognizing that the social conditions are determinant in producing knowledge. In spite of the fact that it is conceived as a process, most professors are concerned in providing answers to the academic system. Most of them accomplish it through a conservative perspective, placing the formation process as something of individual responsibility, when it should be understood as a collective activity mediated by the subjects who make part of the teaching activity. There is the prevalence of considering assessment as an activity aimed at providing marks that stand as passing signs so that students are allowed to carry on within the course. Therefore, the assessment carried out by the professors follows towards a direction that is opposite to the students‟ conception, because the latter are concerned about learning whereas the former ones prioritize the capacity of answering questions about the syllabus. The subjects qualify assessment as a necessary tool in teaching planning, in guiding the pedagogical management and in the institutional development, although they are still not able to make it an appropriate tool so as to diagnose the teaching deficiencies and their implications in learning. Thus, they question the pertinence of the assessment they carry out and the tools they have in order to identify whether the student has learned or not. They attribute the insufficient formation for the teaching carreer as the cause for the vague knowledge they have about this situation, as well as the defficiency of the ability to deal with assessment in an appropriate way and they confirm the lack of objective working conditions that provide them such learning in an equivalent proportion to the specificities of the area in which they work. The professors state various reasons so as to explain the need of assessing. Some of them are related to the mechanisms of management and the structure of the very working process and, consequently, the objective conditions that mediate their accomplishment. It can be highlighted among them: the need of meeting the expectations of the academic system; introducing qualified professionals within the working market; forcing students to study hard; conferring marks and providing with information about the professors‟ work; stimulating students to study and correct mistakes identified in the learning process; promoting learners‟ autonomy and raising their will to learn, the feeling of pertaining to and the responsibility for the choice they have made. It seems to us that the role of assessment is not still very clear for the professors, as its focus is aimed at the formal scheme in order to fulfill the bureaucratic requirements of the academic system, which stands as the manager of the teaching activities and, therefore, it is the prevalent sense of assessment within the Health graduation teaching. / Esta pesquisa tem como objeto de estudo a avaliação no ensino de graduação em Saúde de uma Instituição de Ensino Superior. Trata-se de uma investigação qualitativa com o objetivo de identificar e analisar os discursos e os sentidos da avaliação da aprendizagem produzidos em meio às relações entre professores e alunos de graduação em Enfermagem e Medicina. Esse objeto de estudo assume dimensão específica no referencial Histórico-Cultural, com foco na Teoria da Atividade proposta por Leontiev, uma vez que concebe a relação entre avaliação, ensino e aprendizagem como unidade de produção de sentidos, quando professores e estudantes se formam e se transformam na atividade conjunta. Foram sujeitos dessa investigação alunos e professores de ambos os cursos. As informações foram obtidas por meio de entrevistas, da aplicação da técnica de grupos focais e da análise documental dos Projetos Político-Pedagógicos. Os depoimentos analisados revelam concepções de avaliação com diferentes epistemologias e algumas contradições entre o discurso e a prática. Entre eles, estão os que a enxergam como instrumentos de coerção e controle, e os que a direcionam como estratégia essencial à qualidade do ensino, reconhecendo que as condições sociais são determinantes na produção do conhecimento. Não obstante a concebam como processo, a maioria dos professores está preocupada em dar respostas ao sistema acadêmico. Muitos a realizam numa perspectiva conservadora, situando o processo de formação como algo de responsabilidade individual, quando este deveria ser compreendido como atividade coletiva mediada pelos sujeitos que compõem a atividade de ensino. Há prevalência da avaliação como atividade dirigida à atribuição de notas que figuram como senhas de passagem para o aluno prosseguir no curso. Logo, a avaliação praticada pelos professores caminha numa direção oposta à concepção dos alunos, pois enquanto estes estão preocupados em aprender, aqueles priorizam a capacidade de resposta às questões sobre o conteúdo. Os sujeitos qualificam a avaliação um instrumento necessário no planejamento do ensino, na orientação da gestão pedagógica e no desenvolvimento institucional, mas ainda não conseguem fazer dela uma ferramenta apropriada para diagnosticar as deficiências do ensino e suas implicações na aprendizagem. Em vista disso, questionam a pertinência da avaliação que praticam e dos instrumentos que dispõem para identificar se o aluno aprendeu ou não. Atribuem a insuficiente formação para o exercício da docência como elemento responsável pela vaga compreensão que possuem dessa situação, bem como pela deficiência de habilidades para lidar de forma apropriada com a avaliação e confirmam a inexistência de condições objetivas de trabalho que lhes proporcionem esse aprendizado na medida equivalente às especificidades da área que atuam. São muitos os motivos anunciados pelos professores para justificar a necessidade de avaliar. Alguns estão relacionados aos mecanismos de gestão e da estrutura do próprio processo de trabalho e, consequentemente, das condições objetivas que mediatiza a sua realização. Entre eles, destacamos: a necessidade de atender às demandas do sistema acadêmico; inserir no mercado de trabalho profissional qualificado; forçar o aluno a estudar; atribuir notas e subsidiar informações acerca do trabalho do professor; estimular o aluno a estudar e corrigir erros identificados na aprendizagem; promover a autonomia do aluno e provocar nele o desejo de aprender, o sentimento de pertença e de responsabilidade pela escolha que fizeram. Parece-nos que ainda não há entre os professores clareza do papel da avaliação uma vez que o foco dessa atividade está direcionado ao esquema formal para preencher exigências burocráticas do sistema acadêmico que se posta como gerenciador das atividades de ensino e, portanto esse é o sentido prevalente da avaliação no ensino de graduação em Saúde.

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