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"Truce um triângulo no matulão [...] xote, maracatu e baião": a musicalidade de Luiz Gonzaga na construção da "identidade" nordestinaMoraes, Jonas Rodrigues de 16 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-16 / Fundação Ford / The discussion about the Northeast and the political division of the country regionalization take
part in the pathways institutors of history dynamics as a debate that goes beyond all discourses
and power circles present in academic, politic, artistic, and literary points of view. This context
has provided the structural elements of what can be called the invention or reinvention of spatial
identities, place, the northeast region, and subject, the northeastern people. This dissertation
discusses the musical production and the artistic trajectory of Luis Gonzaga, precisely with his
invention of the baião and other genres that are appropriated by the accordionist, which served as
structural discourses of the referred identity markers of a northeastern identity. The analysis of the
songs (lyrics and rhythms) and the performance of the author served as discursive tactics for the
construction of a northeastern imaginary. The baião and other genres played by a stage
performance organization, called musical trio, forged a type of music which embedded itself
naturally in the processes of identity negotiability with its audience. The discursive translation of
northeast and northeastern people was also engendered through images and symbols retrieved
from garments of regional traditions (the bandits and the cowboys) and reassigned meaning by the
artist within a socially urban context.The musicality of Gonzaga was constructed in an
intersection between the northeastern backwoods (backlands) and the urban centers (the civilized
lands). His production of sounds, themes, and acoustic culture combined were linked to the
northeastern regionalism. Gonzaga s music had the capacity to express a sense of northeastern
identity (northeasternity or nordestinidade) which reverberated and found resonance in its
audience (listeners/receivers). The analysis of the songs was systematically organized seeking to
observe the themes that demonstrated and corroborated with the identity landmarks in regards to
the northeastern territoriality. It should be noted that the use of such themes was genuinely related
to social experiences lived and Gonzaga s musicality so that the themes presented in his repertoire
were: drought, suffering, homesickness/nostalgia, baião, backwoods/backlands (countryside),
aboio (the cry of the Brazilian cowboy), and cowboy among others. It is a dissertation examined
within the perspective of Cultural History, approaching in its theoretical aspects the conceptual
categories of identity, traditions, acoustic culture, social imaginary, performance, rural/urban,
territory, images, cultural resistance and preservation, national-popular, hybridization, and other
rhythms referenced in consonance with the ways of living, the symbolic values, customs and
musical artistry. Finally, this work was constructed in a relationship of history with music and its
forms of interpretation / As discussões sobre o Nordeste e a política de regionalização do país fazem parte dos percursos
instituidores das dinâmicas da história, configurando-se enquanto debates que perpassam por
todos os discursos e esferas de poder, tanto do ponto de vista acadêmico, político e artístico como
do ponto de vista literário. Esse contexto forneceu elementos estruturantes do que se pode chamar
de invenção ou reinvenção de identidades, a espacial, a de lugar, a da região Nordeste e a de
nordestino. O presente trabalho discorre sobre a produção musical e a trajetória artística de Luiz
Gonzaga, precisamente sobre a invenção do baião e os outros gêneros apropriados pelo
sanfoneiro, os quais serviram como discursos fundantes dos referidos marcadores identitários.
Verifica-se que as músicas (letras e ritmos) e a performance do autor serviram como táticas
discursivas para a construção de um imaginário de Nordeste. O baião e outros gêneros tocados
pelo trio musical organização performática de palco forjaram uma prática de música que
entrou nos processos de negociação identitária com o seu público/ouvinte. A tradução discursiva
de Nordeste e de nordestino foi engendrada também por imagens e símbolos a partir de uma
indumentária retirada das tradições regionais (cangaceiros e vaqueiros) e ressignificada pelo
artista dentro de um contexto social urbano. A musicalidade de Gonzaga foi construída no entrelugar
sertão nordestino/ terras civilizadas. Sua produção de sons, temáticas e de cultura acústica,
artisticamente combinados, foi vinculada ao regionalismo nordestino. A sonoridade gonzagueana
teve a capacidade de expressar um sentimento de nordestinidade que reverberou e encontrou
ressonância em seus ouvintes/receptores. As análises das músicas foram sistematizadas
procurando-se observar os temas que demonstraram e corroboraram os marcos identitários nos
aspectos da territorialidade nordestina. Deve-se salientar que o emprego de tais temáticas se
relacionou com experiências sociais vividas e a musicalidade de Gonzaga; assim, os temas que se
apresentaram em seu repertório foram: seca, sofrimento, saudade, baião, sertão, aboio, vaqueiros,
entre outros. Trata-se de uma dissertação desenvolvida na perspectiva da História Cultural,
abordando em seus aspectos teóricos as categorias conceituais de identidade, tradições, cultura
acústica, imaginário, performance, campo/cidade, território, imagens, resistência cultural,
nacional-popular, hibridação e ritmos, categorias estas abordadas sob a óptica dos modos de vida,
dos valores simbólicos, dos costumes e da arte musical. Enfim, este trabalho se constrói numa
relação da história com a música e suas formas de interpretação
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