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Caracterização da atividade física, composição corporal e força muscular da população rural e urbana / Characterization of physical activity, body composition and muscle strength in rural and urban populations

Paula Júnior, Célio Antônio de 28 June 2017 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2017-07-25T13:17:53Z No. of bitstreams: 2 Tese - Célio Antônio de Paula Júnior - 2017.pdf: 2180303 bytes, checksum: f217f0e42adb6f4ed39b8ccac751c161 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-07-26T12:00:54Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Célio Antônio de Paula Júnior - 2017.pdf: 2180303 bytes, checksum: f217f0e42adb6f4ed39b8ccac751c161 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-26T12:00:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Célio Antônio de Paula Júnior - 2017.pdf: 2180303 bytes, checksum: f217f0e42adb6f4ed39b8ccac751c161 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-06-28 / Population aging is a reality in Brazil, and this process can lead to increased incidence of chronic-degenerative illnesses as well as frailty syndrome and sarcopenia. Also, a general health condition is established, in which muscle strength is insufficient to carry out routine activities associated with an independent lifestyle. The situation is aggravated by the sedentary lifestyle of the population, as the clinical conditions derived from the lack of physical activity are directly responsible for the mortality of millions of people per year. In Brazil, studies on the health of the population are still very much attached to urban population, and the rural reality remains limited regarding epidemiological research. In the light of the above, this study has the objective of analyzing the body composition, level and volume of physical activity and muscle strength in urban (n=55), rural industrial (n=45) and rural family agriculture (n=44) residents. A cross-sectional study is presented herein. The study volunteers were initially approached at basic health units and therefore the proportion of individuals diagnosed with non-transmissible chronic diseases within the study sample is significant for the three realities studied. Tetrapolar bioimpedance was utilized to assess body composition, handgrip strength and dorsal dynamometer were used to measure muscle strength, and triaxial accelerometer was utilized by the volunteers during seven consecutive days. Descriptive statistical methods were utilized to characterize the population, and Kolmogorov-Smirnov and Shapiro-Wilk were applied to verify data normality. ANOVA and Kruskall Wallis were applied to repetitive measurements with post hoc Bonferroni and Dunn, respectively, to evaluate the differences between locations (urban, rural agricultural, and rural industrial). Binary logistic regression, with the forward method, was utilized to verify the relationship between the level of physical activity (independent variable) and location (dependent variable), adjusted by age, Body Mass Index (BMI), sex, and muscle strength. Spearman's coefficient was employed to verify the correlation between BMI and the Metabolic Equivalent (MET), daily caloric expenditure (kcal), and the number of steps taken, during one week, according to the location. An acceptable statistical significance level was established as p<0.05. The results of this study indicate that the level of physical activity is significantly lower and differs in volume and intensity patterns for urban subjects (p<0.001) in comparison with rural realities (p<0.001), both for rural agricultural families and those in rural industrial settings. Rural volunteers were more active overall, and presented higher levels of Moderate and Vigorous Physical Activity (MVPA) practice. Sedentary lifestyle, identified by the light activity pattern and time spent sitting, was a behavior more associated with urban population (9.05±1.72 sitting hours), resulting in higher accumulation of fat (35.55±7.9% fat) and BMI (27.3±4.7 kg/m2). This scenario represents additional risk for the development of non-transmissible chronic diseases, besides reducing the quality of the skeletal muscle and muscle strength. When related to family agriculture, urban, and rural industrial settings, statistically significant relationships were established for all levels of physical activity: light, p<0.001; moderate, p<0.001; vigorous, p<0.001; very vigorous, p=0.001; MVPA, p<0.001. Regarding the number of steps, it was observed that the fourth day for the rural family group was the most intense, with an average of 12.245.1±3.603.7 steps and significance p<0.001. For the urban volunteers, Sundays presented the lowest average, with 4.672.3±1420.3 steps and significance p<0.001. Overall, the rural family settings registered the highest averages of steps across all weekdays and weekends, while urban settings were responsible for the lowest values recorded during the study. It was concluded that the level of physical activity is significantly lower and differs in volume and intensity patterns for urban subjects in comparison with rural settings (family agriculture and rural industrial), which were more active and presented higher levels of MVPA. Sedentary lifestyle, identified by light activity patterns and time spent sitting, was more associated with urban populations, resulting in higher accumulation of fat and higher BMI, representing additional risks for the development of non-transmissible diseases, besides reducing the quality of the skeletal muscle and muscle strength. / O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil, sabe-se que tal processo pode desencadear o aumento na incidência de enfermidades crônico-degenerativas, além da síndrome da fragilidade e a sarcopenia, gerando uma condição geral de saúde na qual a força muscular torna-se insuficiente para a realização das tarefas habituais associadas a um estilo de vida independente. A situação se agrava com o sedentarismo da população, visto que as condições clínicas decorrentes da inatividade física, são responsáveis diretas pela mortalidade de milhões de pessoas ao ano. No Brasil os estudos sobre a saúde populacional ainda são muito atrelados à população urbana, ficando a realidade rural bastante limitada quanto ao efetivo de pesquisas epidemiológicas. Diante do exposto, este estudo tem como objetivos analisar a composição corporal, nível e volume de atividade física e força muscular, em moradores das realidades urbana (n= 55), rural industrializada (n= 45) e rural com agricultura familiar (n= 44). Trata-se de um estudo transversal. Os voluntários do estudo foram abordados inicicialmente em unidades básicas de saúde, sendo assim, a proporção de indivíduos com diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis é significativo para a amostra nas três realidades estudadas. Para avaliação da composição corporal foi utilizada a bioimpedância tetrapolar, para a força muscular a preensão manual e o dinamômetro dorsal, para o nível de atividade física, o acelerômetro triaxial foi utilizado pelos avaliados por sete dias consecutivos. O método estatístico descritivo foi utilizado na caracterização da população, para verificar a normalidade dos dados foi utilizado Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk. A ANOVA para medidas repetidas com post hoc de Bonferroni e o teste de Kruskall Wallis com o post hoc de Dunn, foram utilizados para avaliar as diferenças entre as localidades (urbana, rural familiar e rural industrializada). A regressão logística binária, método forward, foi usado para verificar a relação entre o nível de atividade física (variável independente) e a localidade (variável dependente) ajustados pela idade, Índice de Massa Corporal (IMC), sexo e força muscular. O coeficiente de Spearman foi empregado para verificar correlação entre o IMC e o coeficiente metabólico (MET), gasto calórico diário (kcal) e o número de passos por dia, durante uma semana, de acordo com a localidade. Foi estabelecido como nível aceitável de significância estatística p<0,05. Os resultados deste estudo apontam que o nível de atividade física é significativamente menor e difere no padrão de volume e intensidade em sujeitos urbanos (p<0,001) em comparação com as realidades rurais (p<0,001), nas diferentes perspectivas, tanto da agricultura tipicamente familiar, quanto na agricultura industrializada, sendo estes mais ativos e com maior padrão de pratica de atividade físicas moderadas à vigorosas (MVPA). O sedentarismo, identificado pelo padrão de atividades ligth e horas sentados, foi um comportamento mais característico da população urbana (9,05±1,72 horas sentado), resultando em um maior acúmulo de gordura (35,55±7,9% de gordura) e índice de massa corporal (27,3±4,7 kg/m2), representando um risco adicional para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, além de reduzir a qualidade do músculo esquelético e força muscular. Quando relacionadas a realidade rural familiar, com a urbana e a rural industrializada, teve-se relação estatisticamente significativa em todos os níveis de atividade física: light, p<0,001; moderada, p<0,001; vigorosa, p<0,001; muito vigorosa, p=0,001; MVPA, p<0,001. Quanto ao número de passos, percebe-se que o quarto dia do grupo rural familiar foi o de maior registro, com média de 12.245,1±3.603,7 passos e significância p<0,001. Enquanto que o domingo da realidade urbana registrou a menor média com 4.672,3±1420,3 passos e significância p<0,001. De um modo geral, a realidade rural familiar registrou as maiores médias de passos para todos os dias da semana e final de semana, enquanto a realidade urbana registrou as menores médias durante o estudo. Assim, conclui-se que o nível de atividade física é significativamente menor e difere no padrão de volume e intensidade em sujeitos urbanos em comparação com as realidades rurais, tanto da agricultura familiar, quanto na agricultura industrializada, sendo estes mais ativos e com maior padrão de pratica de atividade físicas moderadas à vigorosas. O sedentarismo, identificado pelo padrão de atividades ligth e horas sentados, foi um comportamento mais característico da população urbana, resultando em um maior acúmulo de gordura e índice de massa corporal, representando um risco adicional para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, além de reduzir a qualidade do músculo esquelético e força muscular.

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