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InventÃrio de uma memÃria consagrada: Benjamin Santos nos interstÃcios do teatro pernambucano (1960-1970) / Inventory of a consecrated memory: Benjamim Santos in the interstices of the Pernambuco theater (1960-1970)Idelmar Gomes Cavalcante Junior 27 March 2017 (has links)
FundaÃÃo de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauà / Esta tese analisa a constituiÃÃo de uma âmemÃria oficialâ para o teatro pernambucano. Para isso, procurou observar a sua constituiÃÃo em um espaÃo marcado nÃo apenas por lembranÃas, mas tambÃm pelo esquecimento. Nele, essa memÃria se tornou possÃvel graÃas aos apelos de uma tradiÃÃo intelectual e artÃstica pernambucana voltada inequivocamente para o fortalecimento do sentimento de pernambucanidade. A memÃria do teatro em Pernambuco se estabelece, portanto, dentro de uma narrativa que acompanha a trajetÃria dos grupos que tiveram grande inserÃÃo nos meios intelectuais e midiÃticos, alÃm de sucesso nos palcos. Grupos que nÃo apenas souberam se auto-representar de forma clara, criando assim, um lugar social privilegiado para si dentro da cultura pernambucana, mas que encontraram meios para que sua jornada se fixasse na memÃria coletiva. A vitÃria desses grupos, que procuraram expressar os valores e tradiÃÃes de Pernambuco, tornou-se equivalente à vitÃria do teatro pernambucano e, por extensÃo, à vitÃria da prÃpria cultura pernambucana; e por isso ela foi se fixando no tempo, pois no fundo nÃo à sà sobre teatro que se quer falar, mas de Pernambuco. Um estado que â considera-se â seria capaz de liderar o Nordeste. Pernambuco de Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho e Valdemar de Oliveira; um estado de intelectuais consagrados e onde a tradiÃÃo se apropria da modernidade. Na mesma proporÃÃo, e em sentido contrÃrio, um teatro que nÃo presta tributo ou que possui atitudes iconoclastas despertam nos meios oficiais de divulgaÃÃo cultural desconfianÃa ou silÃncio. Foi o que aconteceu com o teatro que se verificou na segunda metade dos anos sessenta, do qual o dramaturgo e diretor Benjamim Santos participou. Considerado âvazioâ pelas narrativas consagradas que dÃo sentido à memÃria coletiva, esse teatro costuma ter pouco ou nenhum espaÃo na historiografia local e nos empreendimentos memorialÃsticos. Neste sentido, Benjamim à apresentado neste trabalho como um mediador que possibilita argumentar os consensos e dissensos inerentes à construÃÃo dessa âmemÃria oficialâ do teatro pernambucano, cuja constituiÃÃo à pensada de forma genealÃgica. Para tanto, especialmente livros, jornais e memÃrias individuais foram analisados para que fosse possÃvel pensar a criaÃÃo dessa memÃria numa ambiÃncia em que ela nÃo tivesse surgido plena, por ato de uma potÃncia antecipadora de um sentido, mas o resultado de acontecimentos dispersos, resultado possÃvel do jogo casual das dominaÃÃes. O trabalho està vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em PatrimÃnio e MemÃria â GEPPM â UFC/ CNPq. / This doctoral thesis analyzes the constitution of an âofficial memoryâ to the theater of Pernambuco. In order to do that, it attempted to observe its constitution in a space marked not only by remembrances, but also by forgetfulness. At this space, this memory became possible thanks to appeal of an intellectual and artistic memory of Pernambuco wrongly dedicated to strength the feeling of âpernambucanidadeâ. The memory of theater in Pernambuco is set, therefore, inside a narrative that follows the trajectory of groups which had a large access to intellectual and media fields, besides huge success on stages. Groups which not only knew how to represent themselves, creating a social privileged space for themselves in the culture of Pernambuco, but also found ways to insert their journey into the collective memory. These group victories which tried to express values and traditions of Pernambuco became equivalent to the victory of the theater of Pernambuco and, by extension, to the victory of Pernambucoâs own culture; and because of that it started to get fixed into time, as its main interest is not to speak about the theater, but about Pernambuco. A state that considers itself able to lead the northeast. Pernambuco of Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho and Valdemar de Oliveira; a state of renowned intellectuals and where tradition incorporates modernity. At the same proportion, and in the opposite way, a theater which does not pay tribute or have iconoclast attitudes arise, in the official means of cultural divulgation, distrust or silence. This is what happened with the theater in the second half of the 1960s, when Benjamim Santos, playwright and director, took part of it. This theater is considered âemptyâ by renowned narratives that attribute meanings to the collective memory for it usually has little or no space at the local historiography and in memorialist ploys. So that, this essay presents Benjamim as a mediator who enables the discussion of the consensus and the dissents related to the construction of this âofficial memoryâ of the theater of Pernambuco whose constitution is thought in a genealogic way. This way, books, newspapers and individual memories were analyzed in order to think this memory creation in an ambience from which it did not emerge fully, caused by a meaning anticipatory potency, but as the result of vague happenings, possible result of casual domination games. The essay is linked to the âGrupo de Estudos e Pesquisa em PatrimÃnio e MemÃria â GEPPM â UFC/ CNPqâ.
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