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Estudo do comportamento territorial da ariranha (Pteronura Brasiliensis, Carnivora: Mustelidae, Zimmermann 1780) no Parque Estadual do Cantão, Estado do TocantinsAlmeida, Samara Bezerra 25 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A ariranha é uma espécie reconhecidamente social, vivendo em grupos de 2 a 16 indivíduos com cooperação reprodutiva. Os indivíduos do mesmo grupo costumam realizar a maioria das atividades diárias em conjunto. Uma das formas de organização espacial de animais que vivem em sociedade é a defesa de um território. Os grupos de ariranhas defendem ativamente seu território com vocalizações e encontros agonistico. O objetivo deste estudo foi saber como a organização social está relacionado ao espaço e tempo. Avaliar se existe mudança na composição e tamanho do grupo, e se há diferença entre o tamanho dos territórios nas estações (seca e cheia). Foram observados 48 indivíduos distribuídos em 12 grupos (35 adultos ou subadutos e 13 filhotes do ano) e 1 solitário, totalizando 49 indivíduos estudados, 40 destes foto-identificados. O tamanho dos grupos variou entre 2 e 12 indivíduos, e um indivíduo solitário identificado. O estudo ocorreu entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014 no Parque Estadual do Cantão, estado do Tocantins. Foram registrados 130 eventos de marcação territorial em 5 grupos, sendo 80 eventos no período de cheia e 50 eventos no período de seca. No período de cheia, 100% dos registros de marcação foi em latrinas comunais, e em contra partida, a maioria dos registros de marcação no período seco foi em complexos de locas e latrinas. Foi observado um total de marcação de territórios no período de cheia de 10,2 minutos e no período de seca de 8 minutos. Durante a cheia, foi registrado o tempo em horas continuas na presença dos grupos que correspondeu a 4h34minutos (n=10) e durante a seca o tempo foi de 52h41minutos (n=5). Para estimar os territórios de cada grupo, foi o utilizado o método MPC 100%. Os tamanhos dos territórios na cheia (0.1 - 16.2 km2) foram de 2 a 27 vezes maiores do que na estação seca (0.4 -1.49 km2) e a média da estimativa linear no período de cheia foi de 12,44 km e na seca de 4,19 km. Houve uma correlação significativa entre o tamanho de territórios e tamanho de grupos no período de cheia (r= 0.81, t = 3.16, p= 0.02), não apresentando, porém, relação significativa para o período seco (r= -0.26, t = -0.47, p= 0.66). Nos meses de seca, foi observada uma forte correlação negativa entre o tamanho do território e o tamanho da ninhada (r= -0.76, t= -1.19, p= 0.44). No Cantão, especialmente no período de cheia, a maioria dos grupos em algum momento sobrepôs os territórios de outros grupos, chegando até 4 grupos diferentes patrulhando o mesmo lago e em espaços de tempo curto. As sobreposições territoriais variaram de 6% a 28%. Sociedades de ariranhas são provavelmente moldadas pela dispersão espacial de lagos combinada com a abundância de alimentos e dispersão destes dentro de floresta de igapó no período de cheia. O partilhar de latrinas utilizadas nos lagos aponta para um caminho interessante para uma nova pesquisa sobre os comportamentos que podem surgir quando grupos diferentes de ariranhas patrulham ou usam suas escalas ampliadas na estação cheia. / The giant otter is a recognized social species, living in groups of 2 to 16 individuals with reproductive cooperative. Individuals of the same group often perform most of daily activities together. One form of organize spatially of animals living in society is defending a territory. The giant otter groups actively defend its territory with high vocalizations and agonism between groups. Therefore, the aim of this study was to know how the social organization is related in space and time. Assess whether there is a change in the group’s composition and size, as well as any difference between the size of the territories in the seasons – drought/dry season (DS) and flood/rainy season (RS). We observed 48 individuals in 12 groups (35 adults or sub-adults and 13 cubs of the year) and one solitary, totaling 49 individuals studied, 40 of these identified. The group sizes ranging from 2 to 12 individuals. The study took place between December 2013 and December 2014 at the State State Park of Cantão, Tocantins State, Brazil. We recorded 130 events of territorial marking in 5 groups, with 80 events during the RS and 50 during the DS. For the RS period, 100% of the marking records took place in communal latrines, meanwhile most of the marking records during the DS season happened in dens’ and latrines’ complexes. A total of territories marking was observed, with 10,2 minutes in the RS period and 8 minutes in the DS period. The time was recorded in continuous hours at the presence of the groups, corresponding to 4h 34 min (n = 10) during the RS, and 52 h 41min (n = 5) during the DS. To estimate each group areas a MPC 100% method was applied. The sizes of the territories in the RS (0.1 - 16.2 km2) have been 2 to 27 times greater than in the DS (0.4 - 1.49 km2); with the linear estimate averaging 4.19 km in the DS and 7.72 km in the RS. There was a significant correlation between the size of territories and groups in the RS period (r= 0.81, t = 3.16, p= 0.02) however, there was no significant relationship for the DS period (r= -0.26, t = -0.47, p= 0.66). During the ebb months, we observed a strong negative correlation between the size of the territory and the clutch (r= -0.76, t= -1.19, p= 0.44). At Cantão, especially in RS period, most groups overlapped each other territories at some point; reaching up to 4 different groups patrolling the same lake during short periods of time, with territorial overlaps ranging from 6% to 28%. Giant otters societies are probably shaped by the spatial dispersion of lakes combined through the food abundance and dispersion of both inside Igapó Forest in RS period. The sharing of latrines used in lakes indicates an interesting path to new research on the behaviors that can arise when different groups of giant otters are either patrolling or using their enlarged scales during the RS.
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Pulsão e instinto: um diálogo entre a psicanálise e a biologia do comportamentoMouammar, Christiane Carrijo Eckhardt 03 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-03 / The current paperwork intends to analyze the concept of drive in both first and second theories of drives according to the Freudian psychoanalysis and refers to the behavioral biology in order to initiate a debate about the Trieb concept between these two areas of knowledge. According to Sigmund Freud, the concept of drive is the most important one and also the most obscure for the metapsychology. The complications regarding the meaning of this concept begin with translation problems and with divergences among several schools of psychoanalysis, which postulate different comprehensions referring to the word Trieb and Instinkt and referring to the way Freud used them in his texts to talk about the development of the psychic apparatus and its place in the construction of metapsychology. The view on the Instinkt drive being a totally inherited and automatic behavior is a misunderstanding for the own scientists in the area of behavioral biology. Freud uses in his texts the concepts of Trieb and Instinkt in turns and this research tries to elucidate if there was the need of this distinction and, thus, an emphasis is given on the definitions that Freud has postulated about the nature of both, sexual drive and death drive. Besides, the beginning of a dialogue between these Freudian concepts and the sexual drive and the drive of aggressiveness in the sociobiology of Edward O. Wilson and in the behavioral biology of Konrad Lorenz is carried out. / O presente trabalho pretende analisar o conceito de pulsão na psicanálise freudiana, da primeira e da segunda teoria das pulsões, e recorrer à biologia do comportamento para iniciar um debate sobre o conceito de Trieb entre essas duas áreas do conhecimento. Segundo Sigmund Freud o conceito de pulsão é o mais importante e também o mais obscuro para a metapsicologia. As complicações quanto ao significado desse conceito começam por problemas de tradução e por divergências entre várias escolas de psicanálise que postulam compreensões diferentes quanto à palavra Trieb e Instinkt e quanto ao modo como Freud as utilizava em seus textos para referir-se ao desenvolvimento do aparelho psíquico e os seus lugares na construção da metapsicologia. O instinto é um conceito polêmico para os próprios cientistas da área da biologia do comportamento. Freud utiliza alternadamente os conceitos de Trieb ou Instinkt em seus textos e essa pesquisa procura elucidar se haveria a necessidade dessa distinção e, para tanto, é dada ênfase às definições que Freud postulou sobre a natureza da pulsão sexual e da pulsão de morte, como também é realizado o início de um diálogo entre esses conceitos freudianos e o conceito de instinto sexual e instinto de agressão na sociobiologia de Edward O. Wilson e na biologia do comportamento de Konrad Lorenz.
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