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Percepção do farmacêutico sobre a dispensação na atenção primária à saúde / Pharmacist’s perception of medication dispensing in primary health careSousa , Juliana Teotônio Mota 20 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-20 / Introduction. Medicine dispensing is an exclusive act of pharmacist where it is the delivery and do guidance about medicine using. This process can identify and resolve problems related to pharmacotherapy and to promote the rational drug use. Although medicine dispensing is part of pharmaceutical services policy, it is still rarely performed, especially considering the primary health care (PHC). In order to carry out medicine dispensing according to public policies and current legislation, the pharmacist has to demonstrate competencies in patient-centered care. Aim. The aim of this study was to evaluate pharmacists’ perception of medicine dispensing practice in the primary health care. Methods. This was a qualitative study, in which a semistructured interview was administered to explore pharmacists’ opinion and experiences on dispensing in PHC. The interviews were conducted following a script of questions and audio-recorded. The number of interviews was based on thematic saturation criteria. The data collected was transcribed and analyzed using the thematic content analysis. The study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Goias. Results. Seven pharmacists were interviewed, and the following thematic categories were identified: drug management; drug dispensing; pharmaceutical education. Medicine management and dispensing were mentioned as the main pharmaceutical services performed. However, these are hampered by poor facility conditions, lack of medicine, and problems related to service users, multidisciplinary team, manager and pharmacist assistant who was most of the times responsible for dispensing medicine. In addition, the interviewees pointed out that pharmaceutical education received during the undergraduate course was scarce, mentioning two disciplines in this regard: pharmacology and internship. Most pharmacists referred in the interview that the undergraduate course made only a small contribution to professional practice, resulting in limited knowledge and lack of confidence by the professionals, who admit that medicine delivery, instead of medicine dispensing, is currently performed. On the other hand, most of the interviewees recognized the necessity of a continuing education, such as a master’s degree course. Conclusions. In light of this, in their daily practice, the pharmacists have a distant relationship with the patients, and are dedicated to the management of medicines, whereas pharmacist assistants are in charge of medication dispensing. This professional believes that the Pharmaceutical Education in graduation was deficient. However, feel the need and are interested in Continuing Education. Therefore, investments in continuing education in medicine dispensing is required, to encourage pharmacists to perform it safely and committed to patients’ health. / Introdução. A dispensação é o ato privativo do farmacêutico em que se proporciona um ou mais medicamentos, ao usuário, seguida de orientações sobre utilização do produto. Esse processo pode identificar e resolver problemas relacionados a farmacoterapia, bem como promover o uso racional
de medicamentos. No Contexto da Atenção Primária à Saúde a dispensação é considerada um serviço farmacêutico incipiente, uma vez que as orientações necessárias ao uso adequado de medicamentos nem sempre estão presentes durante a disponibilização destes. Para desempenhar a dispensação conforme preconizado pelas políticas públicas e legislação vigente o farmacêutico precisa ter competências voltadas à orientação ao paciente. Objetivo. Analisar percepções de farmacêuticos sobre a prática de dispensação de medicamentos no contexto da Atenção Primária à Saúde. Metodologia. Foi realizado um estudo com abordagem qualitativa por meio de entrevista semiestruturada onde buscou-se explorar a opinião e experiências de farmacêuticos sobre a dispensação. Foram convidados farmacêuticos que trabalham com dispensação de medicamentos na Atenção Primária à Saúde. As entrevistas foram conduzidas por meio de um roteiro de questões, e foram gravadas em áudio. O número de entrevistas foi baseado no critério de saturação temática e os dados coletados foram transcritos e posteriormente analisados por meio da técnica de análise de conteúdo temática. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás. Resultados. Os relatos apresentados pelo grupo, formado por sete farmacêuticos, nos permitiram identificar as seguintes categorias-temáticas: gerenciamento de medicamentos, dispensação de medicamentos e educação farmacêutica. O gerenciamento e a disponibilização de medicamentos foram citados como os principais serviços realizados, no entanto, enfatizaram que têm dificuldades em executá-los, dentre elas foi destacado dificuldades relacionadas à estrutura física, com a falta de medicamentos, problemas com o usuário do serviço, equipe multiprofissional, auxiliar de farmácia que foi mencionado como principal executor da entrega de medicamentos. Além disso, foi pontuado que a educação farmacêutica recebida na graduação para a dispensação foi incipiente, sendo que as disciplinas consideradas mais importantes para esse serviço foram: farmacologia e o estágio em farmácias comunitárias. A maioria dos farmacêuticos entrevistados disse que as contribuições da graduação para a prática profissional foram poucas e que tal fato culmina em pouco conhecimento adquirido, pouca segurança no trabalho e reconhecem que não há dispensação, mas apenas disponibilização de medicamentos. Por outro lado, a maioria dos entrevistados relatou sentir necessidade em educação continuada, com destaque para o mestrado. Conclusões. Dessa forma pode-se observar que o farmacêutico está distante do paciente em suas atividades diárias, com dedicação predominantemente voltada ao gerenciamento de medicamentos, ficando a disponibilização a cargo dos auxiliares de farmácia. Esse profissional considera que a educação farmacêutica fornecida pela graduação foi frágil. Porém, sente necessidade e tem interesse em educação continuada. Portanto, faz se necessário investir em educação continuada e permanente em dispensação, de forma a motivar os farmacêuticos a exercer a dispensação de maneira segura e comprometida com a saúde dos usuários de medicamentos
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