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A estruturação psíquica nos autismos: o enodamento entre real, simbólico e imaginárioSantos, Dayanna Pereira dos 19 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-19 / This research investigates the process o f psychic elaboration o f what is con1monly referred to as
passage from the infans to the speaker, considered, fro1n the point of view of this thesis, a
structuring operation, in which there is a subjective initiurn dependent on the speech function. The
analysis starts from the initial texts ofFreud and the theory ofknots at the end ofLacanian teaching
in arder to deal with the subjective structuring and, thus, to penetrate the particularities o f autism.
This investigative exercise brings the concepts o f drive, unary trait, lalangue, Real, Syrnbolic and
Imaginary with a view to explaining that the baby's body suffers the incidence of the brand
generated by maternal c are. In these conditions, in order for the infans to leave the category o f pure
organism and humanize itself, it 1nust ally itself with the signifiers from the Other. Along with this
question, we present the subjective structure supporied by the braiding between Real, Symbolic
and Imaginary whose incidence o f lapses in its structuring is capable o f producing effects such as
autism. To investigate this complex elaboration, we start with the following questions: Can the
effect ofthe other1
s speech on the child's body result in drifting speech? Is it possible for the autistic
child to be in language, even without the function of speech? In this context, we approach the
subjective constitution under the logic of the Borromean node and the RSI braid, evidencing the
synchronic structure o f the subj ective constitution and the necessity o f a fourth link for its 1nooring.
Given that autistic individuais are revealing of such impasses, we have made some considerations
about the understanding that node failures will only be differentiated after the repair oftheir lapses
with the fourth link. Such a proposition emphasizes a non-fixation of the psychic structure in
childhood. We argue, finally, that the autistic child is in language, is subject to it, even i f the
signifier is erased in relation to the sign. In addition, in arder to analyze issues related to the
treat1nent ofyoung children in autism, vve chose to present the Nadia case, conducted and described
by Rosine Lefort. Taking into account the context of Law 13.438 I 2017, this analysis evidenced
the need to search for nevv conjectures about the tiine and devices involved in both the diagnosis
and treatment o f children. This is because the establishn1ent o f a closed diagnosis can have negative
effects when fixing the idea o f the disease in place o f the treatment. Therefore, we reitera te that our
comn1itn1ent to the psychoanalytic treatn1ent ofthe autistic child is about the extraction ofthe object
as a way of access in the relation between it and the analyst, privileging the movetnent of the
significant network, the causation of a double, the instauration of a body iinage and, or the
forn1ulation o f an object o f substitution. / Esta pesquisa investiga o processo de elaboração psíquica do que se denonlina comun1ente como
passagen1 do infans ao falante, considerada, sob o ponto de vista desta tese, uma operação de
estruturação, e1n que há un1 initiun1 subjetivo dependente da função da fala. A análise parte dos
textos iniciais de Freud e da teoria dos nós no final do ensino lacaniano com o intuito de tratar da
estruturação subjetiva e, assin1, adentrar nas particularidades dos autismos. Esse exercício
investigativo traz os conceitos de pulsão, traço unário, lalangue, Real, Simbólico e In1aginário com
vistas a explicitar que o organisn1o do bebê sofre a incidência da marca gerada pelos cuidados
1naternos. Nessas condições) para que o infans saia da categoria de puro organismo e se humanize,
é preciso que ele se aliene aos significantes vindos do Outro. A par dessa questão, apresentan1os a
estruturação subjetiva suportada pelo trançarnento entre Real, Siinbólico e Imaginário cuja
incidência de lapsos en1 sua estruturação é capaz de produzir efeitos corno os autisrnos. Para
investigar essa complexa elaboração, partimos dos seguintes questionamentos: O efeito da fala do
outro sobre o corpo da criança pode resultar em un1a fala à deriva? É possível a criança autista estar
na linguagem, n1esmo sem a função da fala? Nesse contexto, abordan1os a constituição subjetiva
sob a lógica do nó borromeano e da trança RSI, evidenciando a estrutura sincrônica da constituição
subjetiva e a necessidade de um quarto elo para sua amarração. Tendo em vista que os autistas são
reveladores de tais impasses, tecemos algumas considerações acerca do entendimento de que as
falhas do nó apenas serão diferenciadas depois do reparo de seus lapsos com o quarto elo. Tal
proposição enfatiza uma não-fixação da estrutura psíquica na infância. Defendemos, por fim, que
a criança autista está na linguagem, assujeita-se a ela, mesmo que d significante seja apagado em
relação ao signo. Além disso, com a finalidade de analisarmos questões vinculadas ao tratamento
de crianças pequenas em vias de autismo optamos por apresentar o caso Nádia, conduzido e
descrito por Rosine Lefort. Levando em consideração o contexto da Lei 13.438/2017, essa análise
evidenciou a necessidade da busca por novas conjecturas acerca do tempo e dos dispositivos
implicados tanto no diagnóstico quanto no tratamento das crianças. Isso porque o estabelecimento
de um diagnóstico fechado pode causar efeitos negativos ao fixar a ideia da doença no lugar do
tratamento. Logo, reiteratnos que nossa aposta para o tratamento psicanalítico da criança autista
versa sobre a extração do objeto con1o via de acesso na relação entre ela e o analista, privilegiando
o movimento da rede significante, a causação de um duplo, a instauração de uma imagem corporal
e, ou a formulação de um objeto de suplência.
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