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A abdicação de D. Pedro I: espaço público da política e opinião pública no final do Primeiro ReinadoPandolfi, Fernanda Cláudia [UNESP] 18 April 2007 (has links) (PDF)
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pandolfi_fc_dr_assis.pdf: 1025927 bytes, checksum: b9e63a22c42fec02050782116e872770 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Esta tese postula que a Abdicação do rei d. Pedro I que governou o Brasil durante nove anos - de 1822 até 7 de abril de 1831, quando abdicou em favor de seu filho d. Pedro II - resultou, sobretudo, da ampliação do espaço público na sociedade brasileira. Tal ampliação decorreu fundamentalmente de uma liberdade de imprensa considerável nesse momento, propiciando o aparecimento de inúmeros periódicos na cidade do Rio de Janeiro, cujos redatores pertenciam às elites políticas e às camadas médias da sociedade carioca. Através da análise de periódicos, pasquins, memórias, atas e cartas, pode-se reconstituir de que forma a política mobilizou um público mais amplo. Foi possível identificar os significados e as apropriações do liberalismo na sociedade brasileira do século XIX, bem como sua contribuição para um acontecimento tão singular na história de um país: a saída de um rei de seu governo. Dessa forma, a imprensa estabelecia identidades políticas, ampliava a participação das pessoas no debate político, influenciava e era influenciada pela opinião pública. As acusações ao governo de d. Pedro I ser anti-nacional, de proteger os portugueses e de almejar a recolonização do Brasil, eram feitas por grupos que atuavam na imprensa e que se colocavam como brasileiros e patrióticos. O acirramento das disputas políticas entre segmentos populares que iam se agrupando como brasileiros versus portugueses, anulou qualquer possibilidade de uma recomposição de forças com as elites por parte de d. Pedro I. No que se refere a participação das camadas populares, pode-se identificar, mesmo que de forma episódica e circunstancial, como estas, por exemplo os militares de baixa patente, vivenciaram esse momento político e quais seus interesses específicos. Essa análise fornece elementos para... / This thesis postulates that the Abdication of the king d. Pedro I that governed Brazil for nine years - since 1822, year of the Independence of Brazil, to April 7, 1831, when he abdicated in favor of his 7 year-old son Pedro II - resulted mainly of the enlargement of the public space in the Brazilian society in that time. Such enlargement resulted fundamentally of a considerable press freedom, which allowed the emergence of countless newspapers in the city of Rio de Janeiro, whose editors belonged to the political elites and to the medium segments of the Rio de Janeiro's society. Through the analysis of newspapers, lampoons, memoirs, minutes and letters, it was possible to understand how a wider public could be mobilized in the process. It was also possible to identify the meanings and the appropriations of the liberal ideology in the 19th century Brazilian society, as well as its contribution for such a singular event in the history of a country: a king deposition. In that process, the press established political identities, enlarged the people's participation in the political debate, and influenced and was influenced by the public opinion. The accusations to the d. Pedro I to be anti-national, of protecting the Portuguese and of wanting the re-colonization of Brazil, were done by groups that acted in the press and that considered themselves as Brazilian and patriotic. The worsening of the political disputes among popular segments known as Brazilians versus Portugueses, prevented any possibility of a composition of forces among the elites and d. Pedro I. As far as the participation of the popular segments, we identified, even if in an episodic and incidental form, how they participated of the events and which were their specific interests. That analysis gave elements for, in futures works, further studies emphasizing the clientelistic character of the Brazilian society in the XIXth century.
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A abdicação de D. Pedro I : espaço público da política e opinião pública no final do Primeiro Reinado /Pandolfi, Fernanda Cláudia. January 2007 (has links)
Orientador: José Carlos Barreiro / Banca: Jurandir Malerba / Banca: Fátima Maria Neves / Banca: Tania Regina de Luca / Banca: Claudinei Magno Magre Mendes / Resumo: Esta tese postula que a Abdicação do rei d. Pedro I que governou o Brasil durante nove anos - de 1822 até 7 de abril de 1831, quando abdicou em favor de seu filho d. Pedro II - resultou, sobretudo, da ampliação do espaço público na sociedade brasileira. Tal ampliação decorreu fundamentalmente de uma liberdade de imprensa considerável nesse momento, propiciando o aparecimento de inúmeros periódicos na cidade do Rio de Janeiro, cujos redatores pertenciam às elites políticas e às camadas médias da sociedade carioca. Através da análise de periódicos, pasquins, memórias, atas e cartas, pode-se reconstituir de que forma a política mobilizou um público mais amplo. Foi possível identificar os significados e as apropriações do liberalismo na sociedade brasileira do século XIX, bem como sua contribuição para um acontecimento tão singular na história de um país: a saída de um rei de seu governo. Dessa forma, a imprensa estabelecia identidades políticas, ampliava a participação das pessoas no debate político, influenciava e era influenciada pela opinião pública. As acusações ao governo de d. Pedro I ser anti-nacional, de proteger os portugueses e de almejar a recolonização do Brasil, eram feitas por grupos que atuavam na imprensa e que se colocavam como "brasileiros" e "patrióticos". O acirramento das disputas políticas entre segmentos populares que iam se agrupando como "brasileiros" versus "portugueses", anulou qualquer possibilidade de uma recomposição de forças com as elites por parte de d. Pedro I. No que se refere a participação das camadas populares, pode-se identificar, mesmo que de forma episódica e circunstancial, como estas, por exemplo os militares de baixa patente, vivenciaram esse momento político e quais seus interesses específicos. Essa análise fornece elementos para... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This thesis postulates that the Abdication of the king d. Pedro I that governed Brazil for nine years - since 1822, year of the Independence of Brazil, to April 7, 1831, when he abdicated in favor of his 7 year-old son Pedro II - resulted mainly of the enlargement of the public space in the Brazilian society in that time. Such enlargement resulted fundamentally of a considerable press freedom, which allowed the emergence of countless newspapers in the city of Rio de Janeiro, whose editors belonged to the political elites and to the medium segments of the Rio de Janeiro's society. Through the analysis of newspapers, lampoons, memoirs, minutes and letters, it was possible to understand how a wider public could be mobilized in the process. It was also possible to identify the meanings and the appropriations of the liberal ideology in the 19th century Brazilian society, as well as its contribution for such a singular event in the history of a country: a king deposition. In that process, the press established political identities, enlarged the people's participation in the political debate, and influenced and was influenced by the public opinion. The accusations to the d. Pedro I to be anti-national, of protecting the Portuguese and of wanting the re-colonization of Brazil, were done by groups that acted in the press and that considered themselves as "Brazilian" and "patriotic". The worsening of the political disputes among popular segments known as "Brazilians" versus "Portugueses", prevented any possibility of a composition of forces among the elites and d. Pedro I. As far as the participation of the popular segments, we identified, even if in an episodic and incidental form, how they participated of the events and which were their specific interests. That analysis gave elements for, in futures works, further studies emphasizing the clientelistic character of the Brazilian society in the XIXth century. / Doutor
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