CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / L‟humanità raconte son histoire au long de la vie, au fil du temps, transmettant de gÃnÃration en gÃnÃration ses connaissances et expÃriences, et, à partir de cette toile de relations, elle est capable de se reconnaÃtre, de savoir oà elle est pour passer alors le relais et continuer, se former et se transformer, donnant suite à la spirale de la croissance. Cette recherche a eu comme but discuter l‟importance du rapport affectif avec l‟environnement, dans les expÃriences formatrices des Ãducateurs, spÃcialement avec le contexte environnemental caractÃristique d‟une communautà du sertÃo semi-aride du Cearà (BrÃsil), nommÃe Missi. J‟ai souhaità prÃsenter leurs histoires. Des histoires de vies simples, riches, d‟une rÃgion oà les Ãcoles sont trÃs vulnÃrables aux variations climatiques, son calendrier Ãtant modifià suivant les pluies ou les sÃcheresses. L‟affectività est la base de cette Ãtude et je mets en relief son importance dans les chemins de formation humaine, car je pense que toutes nos actions et tous nos choix sont influencÃs par les affects, qui sont ici compris comme tous les sentiments et toutes les Ãmotions. J‟ai choisi l‟abordage Histoires de Vie et Formation qui est, au mÃme temps, thÃorie, mÃthode et intervention par son aspect formateur. Dans l‟intention d‟avoir accÃs à l‟affectivitÃ, j‟ai utilisà plusieurs stratÃgies et langages, comme le dessin, la poÃsie, la musique, la photographie, les rÃcits oraux enregistrÃs et les rÃcits Ãcrits. Au long de ce parcours, dans lequel je suis moi mÃme passÃe par une (nouvelle) expÃrience de formation humaine, une mÃthodologie de recherche a Ãtà gÃnÃrÃe : le Cercle Dialogique-Affectif Ecobiographique, que j‟ai appelà synthÃtiquement Cercle Ecobiographique, dans lequel on valorise le rapport avec l‟environnement et les aspects affectifs et biographiques y concernÃs, mettant en Ãvidence leur rÃle formateur. Le Cercle Ecobiographique trouve sa racine dans la reconnaissance des affects comme tous les sentiments et toutes les Ãmotions (SAWAIA, 1997, 2000 ; DAMÃSIO, 2004) et il fleurit à partir des semences des Ãtudes orientÃes par le Cercle de Culture de Paulo Freire et sa perspective de l‟Education Populaire (FREIRE, 2000, 2005, 2007, 2008) ; par les Histoires de Vie et Formation, spÃcialement dans les perspectives intergÃnÃrationnelle (LANIBAYLE, 1997, 2006) et Ãcoformationnelle (PINEAU, 2008) ; par la relation affective avec l‟environnement au moyen de la Perspective Eco-Relationnelle (FIGUEIREDO, 2003) et des Cartes Affectives (BOMFIM, 2003). Le Cercle Dialogique-Affectif Ecobiographique se fonde essentiellement sur l‟intentionnalità de l‟apprÃhension de l‟affectivitÃ, sur la relation dialogique entre le(la) chercheur(se) et les sujets comme une maniÃre d‟Ãtablir et vivre les liens, sur l‟adoption d‟un parcours (auto)biographique qui privilÃgie les perspectives intergÃnÃrationnelle et environnementale, sur le rÃle attribuà à l‟interaction avec l‟environnement comme un aspect fondamental dans le procÃs de formation, sur l‟utilisation de plusieurs langages qui permettent l‟accÃs aux sentiments et aux Ãmotions par rapport à l‟environnement et sur l‟engagement d‟une investigation impliquant la formation et l‟intervention. / A humanidade conta a sua histÃria ao longo da vida, ao fio do tempo, transmitindo de geraÃÃo para geraÃÃo seus conhecimentos e experiÃncias e, a partir dessa teia de relaÃÃes, à capaz de se reconhecer, saber em que ponto està para entÃo passar o bastÃo e continuar, formar-se e transformar-se, dando continuidade à espiral de crescimento. Esta pesquisa teve como objetivo trazer à discussÃo a importÃncia da relaÃÃo afetiva com o ambiente, nas experiÃncias formadoras de educadores, em especial com o entorno caracterÃstico de uma comunidade do sertÃo semiÃrido cearense, chamada Missi. Vislumbrei apresentar suas histÃrias. HistÃrias de vidas simples, ricas, de uma regiÃo onde as escolas sÃo altamente vulnerÃveis Ãs variaÃÃes climÃticas, tendo seu calendÃrio alterado pelas chuvas ou pelas secas. A afetividade à a base deste estudo e destaco sua relevÃncia nos caminhos de formaÃÃo humana, por acreditar que todas as nossas aÃÃes e escolhas sÃo influenciadas pelos afetos, que sÃo compreendidos aqui como todos os sentimentos e emoÃÃes. Trabalhei com a abordagem HistÃrias de Vida e FormaÃÃo que Ã, ao mesmo tempo, teoria, mÃtodo e intervenÃÃo graÃas a seu aspecto formador. Com o intuito de ter acesso aos afetos, utilizei vÃrias estratÃgias e linguagens tais como desenho, poesia, mÃsica, fotografia, relatos orais gravados e narrativas escritas. Durante este percurso, em que eu mesma passei por uma (nova) experiÃncia de formaÃÃo humana, foi gerada uma metodologia de pesquisa: o CÃrculo DialÃgico-Afetivo EcobiogrÃfico, que chamei sinteticamente de CÃrculo EcobiogrÃfico, no qual à valorizada a relaÃÃo com o ambiente e os aspectos afetivos e biogrÃficos nela envolvidos, salientando seu papel formador. O CÃrculo EcobiogrÃfico encontra sua raiz no reconhecimento dos afetos como todos os sentimentos e todas as emoÃÃes (SAWAIA, 1997, 2000; DAMÃSIO, 2004) e floresce a partir das sementes dos estudos pautados no CÃrculo de Cultura de Paulo Freire e em sua proposta de EducaÃÃo Popular (FREIRE, 2000, 2005, 2007, 2008); nas HistÃrias de Vida e FormaÃÃo, em especial em suas perspectivas intergeracional (LANI-BAYLE, 1997, 2006) e voltada para o ambiente (PINEAU, 2008); na relaÃÃo afetiva com o ambiente atravÃs da Perspectiva Eco-Relacional (FIGUEIREDO, 2003) e dos Mapas Afetivos (BOMFIM, 2003). O CÃrculo DialÃgico-Afetivo EcobiogrÃfico pauta-se essencialmente na intencionalidade de apreensÃo da afetividade, na relaÃÃo dialÃgica entre pesquisador(a) e sujeitos como maneira de estabelecer e viver os vÃnculos, na adoÃÃo de um percurso (auto)biogrÃfico que privilegia as perspectivas intergeracional e ambiental, no destaque à interaÃÃo com o ambiente como um aspecto essencial no processo formador, na utilizaÃÃo de diversas linguagens que permitam o acesso aos sentimentos e emoÃÃes relacionados ao ambiente e no compromisso de uma investigaÃÃo que envolva formaÃÃo e intervenÃÃo.