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Influência da inflamação na carcinogênese oral : estudo experimentalLeite, Danielle Prado 26 August 2015 (has links)
Introduction: The oral squamous cell carcinoma (OSCC) is the most common malignancy of
the oral cavity and can manifest itself as an ulcer, one exophytic lesion or a nodule of varying
consistency anywhere in the mouth, being tongue the most commited place. There is evidence
that inflammation caused by the repair process due to an incisional biopsy or similar trauma,
can stimulate the transformation and/or progression of tumor cells, and that is real the
possibility of promoting tumor growth called out by the inflammatory response and the repair
process. Objective: Evaluate the influence of inflammation in the process of oral
carcinogenesis through macroscopical and histological analysis and enzyme immunoassay.
Material and Method: An experimental study was conducted in Wistar rats subdivided into
negative control group (group 0), positive control groups (1A and 1B), groups submitted to
inflammatory stimulus (2A and 2B) and groups subject to the administration of
corticosteroids (3A and 3B), in which groups 1A, 2A and 3A were induced for 15 weeks and
the groups 1B, 2B and 3B for 33 weeks, by brushing the 4NQO diluted in 0.7% propylene
glycol on the tongue of the animals. Macroscopic and histological studies were performed to
characterize the lesions, besides enzyme immunoassay to evaluate interleukins 2 and 10 in the
development and progression of oral carcinogenesis. Results: Macroscopic analysis revealed
that whitish mucosa was observed in all animals submitted to the application of 4NQO. White
and/or erythematous plates were found in all groups, with high prevalence between animals
induced for more weeks. Lesions in later stages were found only in one animal in 1A group,
one animal in 1B group and two animals in 2B group. The mean score of epithelial dysplasia
was 30.3 (1A), 51.0 (1B), 29.8 (2A), 41.8 (2B), 30.8 (3A) and 34.0 (3B), with difference
statistically significant (p<0.05) between 1A x 1B, 1B x 2B and 1B x 3B. Concerning to IL-2
and IL-10 concentrations, there was no difference statistically significant between groups (p>
0.05), but there was a visible increase in IL-10 levels in 1A group, early stage of tumor
transformation, suggesting that IL-10 increase can interfere in this transformation. Evaluating
IL-2 between A and B groups (15 and 33 weeks of indução, respectively), it was noticed a
more marked difference between the groups 2A and 2B (inflammatory stimulus), while
between groups 3A and 3B (corticosteroids), the concentration remained virtually unchanged.
Conclusion: It is suggested that the inflammatory stimulus is not sufficient to cause any
histological alteration, but the use of corticosteroids appears to interfere with tumor
progression; it is necessary to carry out new studies to evaluate the IL -2 and IL-10 concentrations in a larger sample and/or within the lesions, relating them to the concentrations
in the peripheral blood. / Introdução: O carcinoma de células escamosas orais (CCEO) é o tumor maligno mais
comum da cavidade oral e pode se manifestar como uma úlcera, uma lesão exofítica ou um
nódulo de consistência variável em qualquer parte da boca, sendo a língua o sítio mais
acometido. Existem evidências de que a inflamação, provocada pelo processo de reparo
decorrente de uma biópsia incisional ou de traumas semelhantes, pode estimular a
transformação e/ou progressão das células tumorais, e que é real a possibilidade de promoção
do crescimento tumoral acarretado pela resposta inflamatória e pelo processo de reparo.
Objetivo: Avaliar a influência da inflamação no processo de carcinogênese oral através de
análise macroscópica, histológica e imunoenzimática. Material e Método: Foi realizado um
estudo experimental em ratas Wistar subdivididas em grupos controle negativo (grupo 0),
controles positivos (1A e 1B), grupos submetidos a estímulo inflamatório (2A e 2B) e grupos
submetidos à administração de corticosteroide (3A e 3B), em que os grupos 1A, 2A e 3A
foram induzidos por 15 semanas e os grupos 1B, 2B e 3B por 33 semanas, através do
pincelamento de 4NQO a 0,7% diluído em propilenoglicol na língua dos animais. Estudo
macroscópico e análise histológica foram realizados para caracterização das lesões
desenvolvidas, além de ensaio imunoenzimático para avaliação das interleucinas 2 e 10 no
desenvolvimento e progressão da carcinogênese oral. Resultado: A análise macroscópica
revelou que mucosa de aspecto esbranquiçado foi observada em todos os animais submetidos
à aplicação de 4NQO. Lesões brancas e/ou placas eritematosas foram encontradas em todos
os grupos, com predomínio entre os animais induzidos por mais semanas. Lesões exofíticas
foram observadas somente em um animal do grupo 1A, um animal do grupo 1B e dois
animais do grupo 2B. O escore médio de displasia epitelial foi de 30,3 (1A), 51,0 (1B), 29,8
(2A), 41,8 (2B), 30,8 (3A) e 34,0 (3B), com diferença estatística significante (p<0,05) entre
os grupos 1A x 1B, 1B x 2B e 1B x 3B. Com relação às concentrações de IL-2 e IL-10, não
foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05), porém houve
um aumento visível da IL-10 no grupo 1A, estágio inicial de transformação tumoral,
sugerindo que o aumento de IL-10 possa interferir nessa transformação. Avaliando a IL-2
entre os grupos A e B (15 e 33 semanas de indução, respectivamente), notou-se uma diferença
mais acentuada entre os grupos 2A e 2B (estímulo inflamatório), enquanto que, entre os
grupos 3A e 3B (corticosteroide), a concentração permaneceu praticamente inalterada.
Conclusão: O estímulo inflamatório não foi suficiente para causar alteração histológica, mas
o uso do corticosteroide interferiu na progressão tumoral; é necessária a realização de novos estudos que avaliem as concentrações de IL-2 e IL-10 em uma amostra maior e/ou dentro das
lesões, relacionando-os com as concentrações no sangue periférico, para confirmação dos
achados.
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