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Índice glicêmico e carga glicêmica de frutos brasileiros / Glycemic index and glycemic load of Brazilian fruitsSouza, Alessandra Gonçalves de 02 March 2005 (has links)
Os carboidratos presentes nos alimentos são responsáveis por mais da metade do valor energético da alimentação do homem. Além do aporte energético, esse nutriente tem importante função na manutenção da glicose sanguínea e na integridade e funcionamento do trato gastrintestinal. Os produtos finais da digestão de carboidratos consistem, quase que exclusivamente, em glicose, frutose e galactose. Os carboidratos digeridos e absorvidos no intestino delgado provocam alterações na resposta glicêmica; essa elevação, ao longo do tempo, depende de fatores que interferem na velocidade de digestão e de difusão dos produtos de hidrólise no intestino delgado. Os carboidratos podem ser classificados de acordo com a glicemia pós prandial produzida. O índice glicêmico (IG) expressa de forma indireta, como cada alimento se comporta em termos de velocidade de digestão e absorção de seus carboidratos. A partir dos valores de IG dos alimentos pode-se calcular a carga glicêmica (CG), a qual inclui tanto a quantidade como a qualidade dos carboidratos ingeridos. O presente estudo teve como objetivo avaliar o IG e a CG de cinco frutos nacionais em indivíduos saudáveis. Em cada ensaio foram elaboradas as curvas glicêmicas produzidas após a ingestão de porções contento exatamente 25g ou 50g de carboidrato disponível dos seguintes frutos: abacaxi pérola (Ananas comosus); amora silvestre (Rubus rosaefoluis); morango oso grande (Fragaria ananassa Duch) e bananas (Musa spp.) mysore e nanica. A partir da relação entre a área abaixo da curva glicêmica dos alimentos teste e a área do pão (controle) foi calculado o IG. A CG foi calculada para cada fruto de acordo com o seu IG e a quantidade de alimento consumida habitualmente pela população. Tanto o cerne quanto a polpa de abacaxi apresentaram alto IG. A banana nanica apresentou IG médio e os demais frutos, banana mysore, morango e amora, apresentaram baixo IG. Em relação à carga glicêmica, a banana nanica apresentou CG média, enquanto os demais frutos apresentaram baixa CG. Nos frutos estudados, a CG demonstrou ser a melhor ferramenta para escolha destes alimentos no plano alimentar, pois expressa não somente a quantidade como a qualidade dos carboidratos. / The carbohydrates are responsible for more than half of the energy value in people\'s nourishment. Besides energy, this nutrient plays an important role in the maintenance of blood glucose levels and in the integrity and functioning of the gastrointestinal tract. The final products of the carbohydrates digestion are, almost exclusively, glucose, fructose and galactose. The carbohydrates digested and absorbed in the small intestine cause an increase in the glycemic response, which depends on factors that interfere in the speed of both digestion and diffusion of hydrolysis products in the small intestine. The carbohydrates can be classified according to the post prandial glycemia. The glycemic index (GI) predicts, indirectly, how each food behaves in terms of digestion and absorption speed of its carbohydrates. From the GI values of foods, it is possible to calculate the glycemic load (GL), which includes both quantity and quality of the ingested carbohydrates. This study aimed to evaluate the GI and GL of five Brazilian fruits in healthy subjects. The glycemic curves were elaborated in each essay. These curves were produced after the intake of portions containing exactly 25g or 50g of \"available\" carbohydrate in the fruits: pineapple (Ananas comosus); blackberry (Rubus rosaefoluis); strawberry (Fragaria ananassa Duch) and bananas (Musa spp.) mysore and nanica. The GI was calculated from the relation between the area below the glycemic curve of the test foods and the area of bread (standard food). The GL was calculated for each fruit according to its GI and the amount of food usually consumed by the population. Both core and pulp of pineapple presented high GI. Banana nanica presented medium GI and the other fruits, banana mysore, strawberry and blackberry, presented a low GI. The banana nanica showed medium GL, while the other fruits showed low GL. In the studied fruits, the GL proved to be the best tool in order to choose these foods in the food planning, once it expresses not only quality but also quantity of the carbohydrates
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Índice glicêmico e carga glicêmica de frutos brasileiros / Glycemic index and glycemic load of Brazilian fruitsAlessandra Gonçalves de Souza 02 March 2005 (has links)
Os carboidratos presentes nos alimentos são responsáveis por mais da metade do valor energético da alimentação do homem. Além do aporte energético, esse nutriente tem importante função na manutenção da glicose sanguínea e na integridade e funcionamento do trato gastrintestinal. Os produtos finais da digestão de carboidratos consistem, quase que exclusivamente, em glicose, frutose e galactose. Os carboidratos digeridos e absorvidos no intestino delgado provocam alterações na resposta glicêmica; essa elevação, ao longo do tempo, depende de fatores que interferem na velocidade de digestão e de difusão dos produtos de hidrólise no intestino delgado. Os carboidratos podem ser classificados de acordo com a glicemia pós prandial produzida. O índice glicêmico (IG) expressa de forma indireta, como cada alimento se comporta em termos de velocidade de digestão e absorção de seus carboidratos. A partir dos valores de IG dos alimentos pode-se calcular a carga glicêmica (CG), a qual inclui tanto a quantidade como a qualidade dos carboidratos ingeridos. O presente estudo teve como objetivo avaliar o IG e a CG de cinco frutos nacionais em indivíduos saudáveis. Em cada ensaio foram elaboradas as curvas glicêmicas produzidas após a ingestão de porções contento exatamente 25g ou 50g de carboidrato disponível dos seguintes frutos: abacaxi pérola (Ananas comosus); amora silvestre (Rubus rosaefoluis); morango oso grande (Fragaria ananassa Duch) e bananas (Musa spp.) mysore e nanica. A partir da relação entre a área abaixo da curva glicêmica dos alimentos teste e a área do pão (controle) foi calculado o IG. A CG foi calculada para cada fruto de acordo com o seu IG e a quantidade de alimento consumida habitualmente pela população. Tanto o cerne quanto a polpa de abacaxi apresentaram alto IG. A banana nanica apresentou IG médio e os demais frutos, banana mysore, morango e amora, apresentaram baixo IG. Em relação à carga glicêmica, a banana nanica apresentou CG média, enquanto os demais frutos apresentaram baixa CG. Nos frutos estudados, a CG demonstrou ser a melhor ferramenta para escolha destes alimentos no plano alimentar, pois expressa não somente a quantidade como a qualidade dos carboidratos. / The carbohydrates are responsible for more than half of the energy value in people\'s nourishment. Besides energy, this nutrient plays an important role in the maintenance of blood glucose levels and in the integrity and functioning of the gastrointestinal tract. The final products of the carbohydrates digestion are, almost exclusively, glucose, fructose and galactose. The carbohydrates digested and absorbed in the small intestine cause an increase in the glycemic response, which depends on factors that interfere in the speed of both digestion and diffusion of hydrolysis products in the small intestine. The carbohydrates can be classified according to the post prandial glycemia. The glycemic index (GI) predicts, indirectly, how each food behaves in terms of digestion and absorption speed of its carbohydrates. From the GI values of foods, it is possible to calculate the glycemic load (GL), which includes both quantity and quality of the ingested carbohydrates. This study aimed to evaluate the GI and GL of five Brazilian fruits in healthy subjects. The glycemic curves were elaborated in each essay. These curves were produced after the intake of portions containing exactly 25g or 50g of \"available\" carbohydrate in the fruits: pineapple (Ananas comosus); blackberry (Rubus rosaefoluis); strawberry (Fragaria ananassa Duch) and bananas (Musa spp.) mysore and nanica. The GI was calculated from the relation between the area below the glycemic curve of the test foods and the area of bread (standard food). The GL was calculated for each fruit according to its GI and the amount of food usually consumed by the population. Both core and pulp of pineapple presented high GI. Banana nanica presented medium GI and the other fruits, banana mysore, strawberry and blackberry, presented a low GI. The banana nanica showed medium GL, while the other fruits showed low GL. In the studied fruits, the GL proved to be the best tool in order to choose these foods in the food planning, once it expresses not only quality but also quantity of the carbohydrates
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Adequação e variabilidade teórica e experimental da composição química, índice glicêmico e carga glicêmica em refeições para diabéticosOLIVEIRA, Michelle Galindo de 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Considerando ser comum encontrar variações em dados fornecidos por
diferentes fontes, podendo estas variações levar a informações erradas e
consequentemente erros na conduta nutricional, este trabalho teve como objetivo
avaliar a variabilidade teórica e experimental da composição química, índice
glicêmico (IG) e carga glicemia (CG) de almoços para diabéticos, bem como avaliar
a adequação de dietas fornecidas a diabéticos internados em hospital público,
considerando as recomendações da American Diabetes Association (ADA) e
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Foi determinado composição química, IG e
CG por análises laboratoriais e teóricos, baseados nos dados de tabelas de
composição e dois softwares (1 e 2)utilizados por profissionais da área em geral.
Além das calorias (71,51 à 165,26 cals/100g), os nutrientes que mostraram maior
variação foram: carboidratos (6,69 à 30,56g/100g), fibras alimentares (0,33 à
3,41g/100g) e lipídios (0,59 à 2,79g/100g), enquanto que proteína foi o nutriente com
menor variação (7,76 à 8,42g/100g). O IG e CG dos cardápios compostos por carne
bovina (31,32 e 16,51) foram mais elevados que os demais (frango e peixe). O IG e
CG fornecidos pelo laboratório e software 2 apresentaram grandes variações. Em
relação a adequação às recomendações os resultados encontrados mostraram que
o percentual de calorias provenientes dos carboidratos (39 61%) e da gordura total
(7 21%), apesar da grande variabilidade foi de uma forma geral inferior ao
recomendado, enquanto que o percentual de calorias proveniente das proteínas foi
bem superior ao recomendado, ficando entre 32 e 44%, como também o teor de
fibra alimentar (11,40 13,71g). Todavia o teor calórico fornecido pelas refeições
apresentou valores bem próximos ao recomendado. O IG e CG obtidos em
laboratório apresentaram valores baixos, ficando entre 6,85 à 21,90 e 4,50 à 11,55,
respectivamente. Pode-se concluir que os dados fornecidos pela tabela de
composição foram mais próximos à análise laboratorial. Portanto, dados fornecidos
por softwares ao serem utilizados na elaboração de dietas requerem maior atenção
para atenderem a real necessidade dos pacientes. As dietas estudadas, apesar de
adequadas em calorias, apresentaram distribuição inadequada dos macronutrientes,
restritas em gordura total e carboidratos, apresentado conseqüentemente percentual
protéico elevado. Os valores muito baixos para IG e CG das amostras analisadas,
sugerem a necessidade de maiores estudos com refeições completas
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Impacto do consumo de pães integrais na resposta glicêmica de voluntários saudáveis / Impact of consuming whole meal breads in the glycaemic response of healthy volunteersNegrini, Juliana de Almeida Egas 06 March 2015 (has links)
Pães integrais são alimentos de consumo habitual da população brasileira, porém há poucas informações a respeito da resposta glicêmica pós-prandial, O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta glicêmica produzida, em indivíduos saudáveis, após o consumo de pães de fôrma rotulados como integrais. Oito pães de fôrma integrais de três categorias (clássico, light e com grãos) foram avaliados, após o consumo de porcão equivalente a 25 g de carboidratos disponíveis, através do índice glicêmico (IG) e carga glicêmica (CG). Os voluntários (n=15) compareceram ao laboratório em jejum (10 a 12 horas), pela manhã, em onze ocasiões (três dias para o consumo do pão controle e um dia para cada tipo de pão de fôrma integral). A glicemia foi determinada em jejum (t=0) e após o consumo de cada pão nos tempos: 15; 30; 45; 60; 90 e 120 minutos. A curva de resposta glicêmica, a área sob a curva (ASC) e o cálculo do IG e CG para cada um dos pães foram realizados. Considerando a glicose como referência, os pães integrais clássicos (n=2) apresentaram alto IG (71 %); os light (n=2), IG baixo (50 %) e médio (58 %) e; os com grãos (n=4), IG baixo (44 e 49 %) e médio (57 e 60 %). Os pães de fôrma light e com grãos apresentaram IG menor que os do tipo clássico (p<0,05), os quais apresentaram IG igual ao pão francês (controle). Como foi consumida a mesma quantidade de carboidratos disponíveis, a menor proporção de açúcar solúvel na categoria light parece ter sido o fator que induziu ao menor IG observado. Em relação à CG, um pão de fôrma integral light (CG=10) e outro com grãos (CG=7) foram classificados como baixa CG; os demais pães integrais (n=6) foram classificados como média CG (11 a 16). Todos os pães integrais apresentaram CG inferior a do pão controle (CG=18) (p<0,05) e entre os integrais novamente os da categoria light e com grãos foram os que apresentaram menor CG. Assim, foi observada variação na resposta glicêmica após o consumo de pães de fôrma integrais, sendo que a redução no conteúdo de açúcares solúveis, para os pães light, e a adição de grãos integrais, nos pães com grãos, favoreceram menor elevação da resposta glicêmica pós-prandial. / Whole meal breads are part of the habitual daily diet of the Brazilian population, but there is little information on the postprandial glycaemic response. The aim of this work was to evaluate the glycaemic response produced, in healthy volunteers, following the consumption of breads labeled as whole meal. Eight whole meal breads of three different categories (classic, light and grains) were evaluated, after the consumption of a portion containing approximately 25 g of available carbohydrates, using the glycaemic index (GI) and glycaemic load (GL). The subjects (n=15) attended to the laboratory after an overnight fasting (10 to 12 hours), in eleven different occasions (three days for the consumption of the control bread and a day for each whole meal bread). In every occasion, a portion of bread containing 25 g of available carbohydrate was consumed. Capillary blood samples were taken immediately before (t=0) and 15, 30, 45, 60, 90 and 120 minutes after the consumption of test breads. The glycaemic response curve, area under the curve (AUC), GI and GL for each bread were obtained. Considering glucose as reference, the classic breads (n=2) had high GI (71 %); the light (n=2), low (50 %) and medium (58 %) GI; and grains (n=4), low (44 and 49 %) and medium (57 and 60 %) GI. The light and grain breads had lower GI than the classic (p<0,05), which presented GI similar to white bread (control). As the same amount of available carbohydrates was consumed, the reduced proportion of soluble sugars in the light category breads seems to be a factor that induced the lower GI observed. In relation to the GL, one light bread (GL=10) and a grain bread (GL=7) were classified as low GL; the other whole meal breads (n=6) were classified as medium GL (11 to 16). All whole meal breads had lower GL than the control bread (GL=18) (p<0,05), and among the whole meal breads the ones in both light and grain categories presented the lower GL. Therefore, it was possible to observe variation on the glycaemic responses following the consumption of whole meal breads, the reduction in soluble sugar content, in the light breads, and the addition of whole grains, in the grain breads, favored lower elevation in the postprandial glycaemic response.
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Validade do diabetes mellitus autorreferido, prevalência de síndrome metabólica e sua relação com índice glicêmico e carga glicêmica em adultos e idosos do município de São Paulo / Validation of self-reported diabetes mellitus, prevalence of metabolic syndrome and its relationship with glycemic index and glycemic load among adults and elderly in São PauloMariane de Mello Fontanelli 28 September 2015 (has links)
Introdução: O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico e carga glicêmica tem sido associado ao aumento no risco de desenvolvimento de síndrome metabólica, importante precursor da doença cardiovascular e do diabetes mellitus tipo 2. Entretanto, esses achados ainda são inconsistentes e a utilização do índice glicêmico e da carga glicêmica para prevenção ou tratamento da síndrome metabólica e dos fatores de risco que a compõe ainda é controversa. Objetivos: Validar o diabetes mellitus autorreferido e verificar a associação do índice glicêmico e da carga glicêmica com a síndrome metabólica e seus componentes. Métodos: Foram utilizados dados provenientes do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital 2008) referentes a adultos e idosos de ambos os sexos residentes nessa cidade. Trata-se de estudo transversal, de base populacional, com amostra probabilística de indivíduos residentes em domicílios permanentes localizados na área urbana do município. As informações utilizadas são provenientes de um questionário estruturado, dois recordatórios alimentares de 24 horas, exames bioquímicos, valores aferidos de pressão arterial e medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura). Foram estimadas as prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica para o município de São Paulo. A validação diabetes mellitus autorreferido foi realizada mediante cálculo da sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo. O consumo alimentar habitual foi obtido por meio da incorporação dos dados alimentares no software Multiple Source Method. A associação entre índice glicêmico e carga glicêmica da dieta e síndrome metabólica e seus componentes foi verificada por meio de modelos de regressão logística estimados segundo faixa etária. Todas as análises levaram em consideração o desenho amostral do estudo. Resultados: As prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica no município de São Paulo foram estimadas em 8,0 por cento e 30,2 por cento , respectivamente. A sensibilidade do diabetes mellitus autorreferido foi 63,8 por cento (IC 95 por cento : 49,2-76,3), a especificidade 99,7 por cento (IC 95 por cento : 99,1-99,9), o valor preditivo positivo 95,5 por cento (IC 95 por cento : 84,4-98,8) e o valor preditivo negativo 96,9 por cento (IC 95 por cento : 94,9-98,2). O índice glicêmico associou-se com a lipoproteína de alta densidade (OR: 1,16; IC 95 por cento : 1,02-1,32) em adultos e com a síndrome metabólica (OR: 1,24; IC 95 por cento : 1,1-1,37), a glicemia de jejum (OR: 1,15; IC 95 por cento : 1,01-1,31) e a pressão arterial (OR: 1,26; IC 95 por cento : 1,05-1,51) em idosos. Conclusão: O dado de diabetes mellitus autorreferido é válido, especialmente entre idosos residentes no município de São Paulo. Os resultados evidenciam a necessidade do rastreamento do diabetes mellitus em indivíduos assintomáticos que apresentem um ou mais fatores de risco para essa condição, principalmente na população adulta. No presente estudo, o IG da dieta associou-se à SM, glicemia de jejum e pressão arterial elevadas em idosos e apenas ao HDL-c baixo em adultos. As diferentes respostas entre os adultos e idosos podem sugerir que o índice glicêmico tem ação distinta entre os grupos etários. Ressalta-se que a qualidade do carboidrato parece ser mais importante do que a junção da qualidade-quantidade do carboidrato consumido para os parâmetros metabólicos avaliados na população da cidade São Paulo. / Introduction: High glycemic index and glycemic load intake has been associated with an increased risk for developing metabolic syndrome, an important precursor of cardiovascular disease and type 2 diabetes mellitus. However, these findings are inconsistent and the use of glycemic index and glycemic load for prevention or treatment of metabolic syndrome and the risk factors components is still controversial. Objectives: To validate self-reported diabetes mellitus and evaluate the association between glycemic index, glycemic load and metabolic syndrome and its components. Methods: Data were used from the Health Survey of São Paulo (ISA-Capital 2008) related to adults and elderly of both sexes living in this city. It is cross-sectional population-based study of individuals living in permanent homes located in the urban area of the municipality. Information used came from a structured questionnaire, two 24-hour dietary recalls, biochemical analysis, blood pressure and anthropometric measurements (weight, height and waist circumference). Prevalences of diabetes mellitus and metabolic syndrome were estimated for the city of São Paulo. The validation of self-reported diabetes mellitus was made by calculating the sensitivity, specificity, positive and negative predictive values. Usual food intake was achieved by the incorporation of food data in Multiple Source Method software. The association between glycemic index and glycemic load of the diet and metabolic syndrome and its components was verified by logistic regression models according to age group. All analysis took into account the sampling design of the study. Results: Diabetes mellitus and metabolic syndrome prevalences in São Paulo city were 8.0 per cent and 30.2 per cent , respectively. The sensitivity of self-reported diabetes mellitus was 63.8 per cent (95 per cent CI: 49.2 to 76.3), specificity was 99.7 per cent (95 per cent CI: 99.1 to 99.9), the positive predictive value was 95.5 per cent (95 per cent CI: 84.4 to 98.8) and the negative predictive value was 96.9 per cent (95 per cent CI: 94.9 to 98.2). Glycemic index was associated with high density lipoprotein cholesterol (OR: 1.16; 95 per cent CI: 1.02 to 1.32) in adults and with metabolic syndrome (OR: 1.24; 95 per cent CI: 1.1 to 1, 37), fasting blood glucose (OR: 1.15; 95 per cent CI: 1.01 to 1.31) and blood pressure (OR: 1.26; 95 per cent CI: 1.05 to 1.51) in elderly. Conclusion: Self- report diabetes mellitus data is valid, especially among elderly people living in São Paulo. The results show the need for diabetes mellitus screening in asymptomatic individuals who have one or more risk factors for this condition, especially in adults. Glycemic index was associated with metabolic syndrome and elevated fasting blood glucose and blood pressure in elderly and only with low high density lipoprotein cholesterol in adults. The different responses among adults and elderly may suggest that glycemic index has distinct action between age groups. Carbohydrate quality seems to be more important than the joint quality-quantity of the ingested carbohydrate for metabolic parameters evaluated in the population of São Paulo city.
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Validade do diabetes mellitus autorreferido, prevalência de síndrome metabólica e sua relação com índice glicêmico e carga glicêmica em adultos e idosos do município de São Paulo / Validation of self-reported diabetes mellitus, prevalence of metabolic syndrome and its relationship with glycemic index and glycemic load among adults and elderly in São PauloFontanelli, Mariane de Mello 28 September 2015 (has links)
Introdução: O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico e carga glicêmica tem sido associado ao aumento no risco de desenvolvimento de síndrome metabólica, importante precursor da doença cardiovascular e do diabetes mellitus tipo 2. Entretanto, esses achados ainda são inconsistentes e a utilização do índice glicêmico e da carga glicêmica para prevenção ou tratamento da síndrome metabólica e dos fatores de risco que a compõe ainda é controversa. Objetivos: Validar o diabetes mellitus autorreferido e verificar a associação do índice glicêmico e da carga glicêmica com a síndrome metabólica e seus componentes. Métodos: Foram utilizados dados provenientes do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital 2008) referentes a adultos e idosos de ambos os sexos residentes nessa cidade. Trata-se de estudo transversal, de base populacional, com amostra probabilística de indivíduos residentes em domicílios permanentes localizados na área urbana do município. As informações utilizadas são provenientes de um questionário estruturado, dois recordatórios alimentares de 24 horas, exames bioquímicos, valores aferidos de pressão arterial e medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura). Foram estimadas as prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica para o município de São Paulo. A validação diabetes mellitus autorreferido foi realizada mediante cálculo da sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo. O consumo alimentar habitual foi obtido por meio da incorporação dos dados alimentares no software Multiple Source Method. A associação entre índice glicêmico e carga glicêmica da dieta e síndrome metabólica e seus componentes foi verificada por meio de modelos de regressão logística estimados segundo faixa etária. Todas as análises levaram em consideração o desenho amostral do estudo. Resultados: As prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica no município de São Paulo foram estimadas em 8,0 por cento e 30,2 por cento , respectivamente. A sensibilidade do diabetes mellitus autorreferido foi 63,8 por cento (IC 95 por cento : 49,2-76,3), a especificidade 99,7 por cento (IC 95 por cento : 99,1-99,9), o valor preditivo positivo 95,5 por cento (IC 95 por cento : 84,4-98,8) e o valor preditivo negativo 96,9 por cento (IC 95 por cento : 94,9-98,2). O índice glicêmico associou-se com a lipoproteína de alta densidade (OR: 1,16; IC 95 por cento : 1,02-1,32) em adultos e com a síndrome metabólica (OR: 1,24; IC 95 por cento : 1,1-1,37), a glicemia de jejum (OR: 1,15; IC 95 por cento : 1,01-1,31) e a pressão arterial (OR: 1,26; IC 95 por cento : 1,05-1,51) em idosos. Conclusão: O dado de diabetes mellitus autorreferido é válido, especialmente entre idosos residentes no município de São Paulo. Os resultados evidenciam a necessidade do rastreamento do diabetes mellitus em indivíduos assintomáticos que apresentem um ou mais fatores de risco para essa condição, principalmente na população adulta. No presente estudo, o IG da dieta associou-se à SM, glicemia de jejum e pressão arterial elevadas em idosos e apenas ao HDL-c baixo em adultos. As diferentes respostas entre os adultos e idosos podem sugerir que o índice glicêmico tem ação distinta entre os grupos etários. Ressalta-se que a qualidade do carboidrato parece ser mais importante do que a junção da qualidade-quantidade do carboidrato consumido para os parâmetros metabólicos avaliados na população da cidade São Paulo. / Introduction: High glycemic index and glycemic load intake has been associated with an increased risk for developing metabolic syndrome, an important precursor of cardiovascular disease and type 2 diabetes mellitus. However, these findings are inconsistent and the use of glycemic index and glycemic load for prevention or treatment of metabolic syndrome and the risk factors components is still controversial. Objectives: To validate self-reported diabetes mellitus and evaluate the association between glycemic index, glycemic load and metabolic syndrome and its components. Methods: Data were used from the Health Survey of São Paulo (ISA-Capital 2008) related to adults and elderly of both sexes living in this city. It is cross-sectional population-based study of individuals living in permanent homes located in the urban area of the municipality. Information used came from a structured questionnaire, two 24-hour dietary recalls, biochemical analysis, blood pressure and anthropometric measurements (weight, height and waist circumference). Prevalences of diabetes mellitus and metabolic syndrome were estimated for the city of São Paulo. The validation of self-reported diabetes mellitus was made by calculating the sensitivity, specificity, positive and negative predictive values. Usual food intake was achieved by the incorporation of food data in Multiple Source Method software. The association between glycemic index and glycemic load of the diet and metabolic syndrome and its components was verified by logistic regression models according to age group. All analysis took into account the sampling design of the study. Results: Diabetes mellitus and metabolic syndrome prevalences in São Paulo city were 8.0 per cent and 30.2 per cent , respectively. The sensitivity of self-reported diabetes mellitus was 63.8 per cent (95 per cent CI: 49.2 to 76.3), specificity was 99.7 per cent (95 per cent CI: 99.1 to 99.9), the positive predictive value was 95.5 per cent (95 per cent CI: 84.4 to 98.8) and the negative predictive value was 96.9 per cent (95 per cent CI: 94.9 to 98.2). Glycemic index was associated with high density lipoprotein cholesterol (OR: 1.16; 95 per cent CI: 1.02 to 1.32) in adults and with metabolic syndrome (OR: 1.24; 95 per cent CI: 1.1 to 1, 37), fasting blood glucose (OR: 1.15; 95 per cent CI: 1.01 to 1.31) and blood pressure (OR: 1.26; 95 per cent CI: 1.05 to 1.51) in elderly. Conclusion: Self- report diabetes mellitus data is valid, especially among elderly people living in São Paulo. The results show the need for diabetes mellitus screening in asymptomatic individuals who have one or more risk factors for this condition, especially in adults. Glycemic index was associated with metabolic syndrome and elevated fasting blood glucose and blood pressure in elderly and only with low high density lipoprotein cholesterol in adults. The different responses among adults and elderly may suggest that glycemic index has distinct action between age groups. Carbohydrate quality seems to be more important than the joint quality-quantity of the ingested carbohydrate for metabolic parameters evaluated in the population of São Paulo city.
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Impacto do consumo de pães integrais na resposta glicêmica de voluntários saudáveis / Impact of consuming whole meal breads in the glycaemic response of healthy volunteersJuliana de Almeida Egas Negrini 06 March 2015 (has links)
Pães integrais são alimentos de consumo habitual da população brasileira, porém há poucas informações a respeito da resposta glicêmica pós-prandial, O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta glicêmica produzida, em indivíduos saudáveis, após o consumo de pães de fôrma rotulados como integrais. Oito pães de fôrma integrais de três categorias (clássico, light e com grãos) foram avaliados, após o consumo de porcão equivalente a 25 g de carboidratos disponíveis, através do índice glicêmico (IG) e carga glicêmica (CG). Os voluntários (n=15) compareceram ao laboratório em jejum (10 a 12 horas), pela manhã, em onze ocasiões (três dias para o consumo do pão controle e um dia para cada tipo de pão de fôrma integral). A glicemia foi determinada em jejum (t=0) e após o consumo de cada pão nos tempos: 15; 30; 45; 60; 90 e 120 minutos. A curva de resposta glicêmica, a área sob a curva (ASC) e o cálculo do IG e CG para cada um dos pães foram realizados. Considerando a glicose como referência, os pães integrais clássicos (n=2) apresentaram alto IG (71 %); os light (n=2), IG baixo (50 %) e médio (58 %) e; os com grãos (n=4), IG baixo (44 e 49 %) e médio (57 e 60 %). Os pães de fôrma light e com grãos apresentaram IG menor que os do tipo clássico (p<0,05), os quais apresentaram IG igual ao pão francês (controle). Como foi consumida a mesma quantidade de carboidratos disponíveis, a menor proporção de açúcar solúvel na categoria light parece ter sido o fator que induziu ao menor IG observado. Em relação à CG, um pão de fôrma integral light (CG=10) e outro com grãos (CG=7) foram classificados como baixa CG; os demais pães integrais (n=6) foram classificados como média CG (11 a 16). Todos os pães integrais apresentaram CG inferior a do pão controle (CG=18) (p<0,05) e entre os integrais novamente os da categoria light e com grãos foram os que apresentaram menor CG. Assim, foi observada variação na resposta glicêmica após o consumo de pães de fôrma integrais, sendo que a redução no conteúdo de açúcares solúveis, para os pães light, e a adição de grãos integrais, nos pães com grãos, favoreceram menor elevação da resposta glicêmica pós-prandial. / Whole meal breads are part of the habitual daily diet of the Brazilian population, but there is little information on the postprandial glycaemic response. The aim of this work was to evaluate the glycaemic response produced, in healthy volunteers, following the consumption of breads labeled as whole meal. Eight whole meal breads of three different categories (classic, light and grains) were evaluated, after the consumption of a portion containing approximately 25 g of available carbohydrates, using the glycaemic index (GI) and glycaemic load (GL). The subjects (n=15) attended to the laboratory after an overnight fasting (10 to 12 hours), in eleven different occasions (three days for the consumption of the control bread and a day for each whole meal bread). In every occasion, a portion of bread containing 25 g of available carbohydrate was consumed. Capillary blood samples were taken immediately before (t=0) and 15, 30, 45, 60, 90 and 120 minutes after the consumption of test breads. The glycaemic response curve, area under the curve (AUC), GI and GL for each bread were obtained. Considering glucose as reference, the classic breads (n=2) had high GI (71 %); the light (n=2), low (50 %) and medium (58 %) GI; and grains (n=4), low (44 and 49 %) and medium (57 and 60 %) GI. The light and grain breads had lower GI than the classic (p<0,05), which presented GI similar to white bread (control). As the same amount of available carbohydrates was consumed, the reduced proportion of soluble sugars in the light category breads seems to be a factor that induced the lower GI observed. In relation to the GL, one light bread (GL=10) and a grain bread (GL=7) were classified as low GL; the other whole meal breads (n=6) were classified as medium GL (11 to 16). All whole meal breads had lower GL than the control bread (GL=18) (p<0,05), and among the whole meal breads the ones in both light and grain categories presented the lower GL. Therefore, it was possible to observe variation on the glycaemic responses following the consumption of whole meal breads, the reduction in soluble sugar content, in the light breads, and the addition of whole grains, in the grain breads, favored lower elevation in the postprandial glycaemic response.
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