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Avaliação imunoistoquimica de celulas mioepiteliais no diagnostico diferencial de lesões benignas e malignas da mama / Immunohistochemical assessment of myoepithelial cells in the differential diagnosis of benign and malignant lesions of the breast

Schenka, Natalia Guimarães de Moraes 30 June 2006 (has links)
Orientador: Jose Vassalo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-07T05:09:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Schenka_NataliaGuimaraesdeMoraes_D.pdf: 3809756 bytes, checksum: d4d7db8aeacfcd3c285cdee5b7c0a182 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: O sistema ductal da mama é revestido por duas camadas de células: uma constituída de células epiteliais luminais e outra de células mioepiteliais (CME). A identificação das CMEs é de grande importância na rotina em patologia cirúrgica, já que estas estão presentes em lesões benignas e geralmente ausentes nas malignas. Contudo, esta identificação morfológica (i.e., à hematoxilina-eosina) pode tornar-se difícil, sendo necessários marcadores imunoistoquímicos mioepiteliais. Até o momento, nenhum marcador mostrou-se, isoladamente, sensível e específico o bastante para auxiliar de maneira fidedigna em dilemas diagnósticos específicos, especialmente em: (1) lesões esclerosantes benignas vs. carcinoma tubular e (2) neoplasias papilíferas. No presente trabalho, dois novos marcadores mioepiteliais (p63 e CD10) foram testados e comparados com marcadores tradicionalmente empregados em patologia cirúrgica (1A4 e calponina). No primeiro dilema diagnóstico, foram estudados 10 casos de adenose esclerosante, 10 casos de cicatriz radiada e 10 casos de carcinoma tubular. Todos os marcadores demonstraram expressão nas CMEs de todas as lesões benignas e foram consistentemente negativos nos casos de carcinoma tubular, porém, p63 e CD10 mostraram maior especificidade. Os marcadores tradicionais mostraram positividade em células estromais em todos os casos de carcinoma tubular, sendo que esta reação-cruzada poderia causar problemas de interpretação ao simular uma camada de CMEs em quatro casos. Contudo, 1A4 mostrou uma positividade mais intensa e reprodutível nas CME. Concluímos, assim, que p63 e CD10 devem ser usados como anticorpos complementares ao 1A4 na distinção entre lesões esclerosantes benignas e carcinoma tubular da mama. No estudo das neoplasias papilíferas, foram avaliados 20 casos incluindo papilomas, papilomas atípicos e carcinomas papilíferos, além do tecido mamário normal adjacente. Todos os marcadores foram difusamente positivos no tecido mamário normal e papilomas, indicando sensibilidades semelhantes na identificação de CME. Uma positividade intensa foi encontrada em 100% dos casos corados para 1A4 e CD10, mas em apenas 76% e 60,5% dos corados para calponina e p63, respectivamente, sendo as diferenças estatisticamente significantes (p<0.05). Este dado sugere que os dois primeiros são tecnicamente mais reprodutíveis. Os marcadores mais específicos foram o p63 e CD10, mostrando reação-cruzada com células estromais em 0 e até 33% dos casos, respectivamente. Já os marcadores 1A4 e calponina mostraram reação-cruzada difusa em todos os casos. O CD10 mostrou uma combinação de uma maior especificidade e reprodutibilidade, com uma boa sensibilidade. Apesar de ser o mais específico, o p63 apresentou a menor sensibilidade e a impressão de uma camada de CMEs variavelmente interrompida (mesmo em tecido normal e lesões benignas), o que poderia causar problemas de interpretação. Além disto, o 1A4 mostrou-se também neste contexto, como o mais reprodutível tecnicamente. Assim sendo, no dilema diagnóstico das neoplasias papilíferas, defendemos o uso combinado do marcador CD10 com o 1A4. Em resumo, apesar de variarem em acurácia diagnóstica quando comparados entre si e com marcadores tradicionais, na dependência do dilema considerado, os novos marcadores testados neste trabalho parecem promissores no diagnóstico diferencial de lesões benignas e malignas da mama / Abstract: The myoepithelial cell (MEC) layer is usually present and continuous in normal breast tissue/benign lesions, and discontinuous to absent in atypical/malignant counterparts. Identifying MECs can be difficult on morphological grounds alone and currently relies on immunomarkers. So far, this detection has been carried out using antibodies such as alpha-smooth muscle actin (1A4) and calponin, but no immunomarker has proved to be accurate enough to identify MECs, particularly in specific diagnostic dilemmas such as: (1) benign sclerosing lesions vs. tubular carcinoma and (2) papillary neoplasms. The specificity of these markers has been questioned because they may be expressed in stromal myofibroblasts and vascular smooth muscle. Two novel myoepithelial markers have been described: the nuclear protein p63 and the surface antigen CD10. In the present study, we assessed the use of p63 and CD10 in comparison to the traditional markers in the specific diagnostic dilemmas specified above. In the first diagnostic problem, we studied 30 cases including sclerosing adenosis, radial scars and tubular carcinomas. All markers were expressed in MECs of all benign lesions and negative in all cases of tubular carcinoma. p63 and CD10 were mostly confined to MECs and thus more specific. Stromal positivity for 1A4 was present in all cases of tubular carcinoma and was misleading in 4 cases, as it simulated a MEC layer around malignant tubules. However, 1A4 was consistently more intensely expressed and thus more technically reproducible than the novel markers. So, we concluded that p63 and CD10 should be used as a complement to 1A4 in distinguishing benign sclerosing lesions from tubular carcinoma of the breast. Concerning the other diagnostic dilemma, we studied 20 cases of papillary neoplasms (including benign papillomas, atypical papillomas and papillary carcinomas), and adjacent normal breast tissue. All markers were diffusely positive in all samples of normal tissue and benign papillomas indicating similar sensitivities in the identification of MECs. Intense positivity was found in 100% of the cases stained with 1A4 and CD10, but in only 76% and 60,5% of those stained with calponin and p63, respectively; the differences were statistically significant (p<0.05), suggesting that the former two rendered more reproducible results. The most specific markers were p63 and CD10 which showed cross-reactivity in 0% and in up to 33% of the cases, respectively. 1A4 and calponin showed diffuse cross-reactivity in all cases. CD10 seems to combine the highest specificity and reproducibility with a good sensitivity. In spite of being the most specific, p63 was the least sensitive, also giving the impression of a discontinuous MEC layer even in normal tissue/benign lesions, which could potentially cause diagnostic problems. Moreover, in this context, 1A4 proved to be the most reproducible. Thus, a minimum panel for immunodetection of MEC to assess papillary lesions should include both markers. In conclusion, in spite of the variable accuracy depending on the diagnostic dilemma considered, the novel markers seem to be promising tools in the differential diagnosis between benign and malignant lesions of the breast / Doutorado / Anatomia Patologica / Doutor em Ciências Médicas

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