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Os Primeiros Processos Censitários Brasileiros e o desenvolvimento da Matemática-Estatística no Brasil de 1872 a 1938.

POUBEL, M. W. 18 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T11:03:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6807_TESE MARTHA.pdf: 5193645 bytes, checksum: 02f96d995471f00261dbf033da887323 (MD5) Previous issue date: 2013-09-18 / O objetivo central é elaborar uma trajetória histórica dos primeiros censos demográficos brasileiros, com questionamentos relacionados à elaboração e à realização desses processos censitários. Uma das delimitações foi o recorte temporal, estabelecido entre o primeiro censo brasileiro e a criação do IBGE. Avaliamos como, quando e quais conhecimentos de matemática e estatística foram destaques na realização dos primeiros censos. Assim, procedemos a uma reflexão histórica relacionada à constituição do campo de conhecimento da Estatística no Brasil, em busca de vestígios de sua inserção e de seu estado de desenvolvimento no ensino superior, como um meio de conhecer as bases estatísticas que estavam sendo introduzidas na educação brasileira oitocentista. Entre os referenciais teóricos utilizados, destacam-se Marc Bloch e Nelson Senra, adicionados por contribuições importantes referenciadas por outros autores. A metodologia é a de uma pesquisa histórica e documental. Entre as conclusões, observamos que, nos três primeiros censos, foram utilizados conhecimentos de Estatística Descritiva (conhecimentos matemático-estatísticos básicos), como contagens, proporções e tabulações; no quarto censo, a inovação foi por conta do uso da contagem com auxílio de máquinas calculadoras e de algumas representações gráficas da Estatística Descritiva. Nesses primeiros censos, as ferramentas foram, principalmente, observações de párocos, de agentes censitários, listas de família e formulários. As pessoas envolvidas mais diretamente na elaboração dos censos tinham formação variada (eram políticos, advogados, engenheiros, médicos), mas não se utilizaram de conhecimentos matemático-estatísticos e métodos que já tinham sido desenvolvidos e disponibilizados pela comunidade científica internacional dessa área. Notamos a importância de aprofundar conhecimentos da história da Estatística e os reflexos culturais dessa história para o desenvolvimento estatístico no Brasil.
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A classificação dos domicílios indígenas no censo demográfico 2000: subsídios para análise das condições de saúde / The classification of indigenous households in the census in 2000: subsidies for analysis of health conditions

Marinho, Gerson Luiz January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / Informações coletadas em um censo demográfico podem dizer muito a respeito das condições de vida de uma população e são amplamente utilizadas na formulação e implementação das políticas públicas sociais. Quanto maior a qualidade dos dados censitários, mais fidedigno será o painel da realidade da população. Baseando-se em microdados do Censo Demográfico 2000, o presente estudo trata de descrever as freqüências de domicílios cujos responsáveis se auto classificaram como indígenas e que foram classificadas como coletivo ou improvisado pelos recenseadores na área rural dos municípios brasileiros. Para este tipo de classificação não são coletados dados que caracterizam os domicílios, tais como perfil socioeconômico e condições de saneamento. Na análise para os grupos de cor / raça, os indígenas foram os que tiveram as maiores freqüências de domicílios classificados como coletivos (4,4 por cento) em relação aos não indígenas (0,1 por cento). A classificação como coletivo foi mais freqüente na macrorregião Centro Oeste, especificamente no estado de Mato Grosso (mais de 40 por cento deste tipo de classificação ocorreu em apenas cinco municípios de MT). Os domicílios indígenas classificados como improvisados (3,5 por cento) também foram superiores aos não-indígenas (1,3 por cento) e ao contrário dos coletivos, ocorreram em diferentes regiões do Brasil, com destaque para municípios da macrorregião Sul (6,6 por cento) e o estado de Mato Grosso do Sul (17,9 por cento). Para os municípios que estavam fora dos limites da Amazônia Legal houve 1,5 mais domicílios indígenas classificados como improvisados do que na Amazônia Legal. Nestes municípios constatou-se que quanto mais desenvolvido, maiores foram as proporções medianas de domicílios indígenas improvisados, e que neles estavam as menores extensões de terras indígenas. Foi possível concluir que há necessidade de um censo específico, com treinamento adequado dos recenseadores, para que sejam levadas em consideração as diferenças e particularidades de cada comunidade indígena. Acredita-se que somente ao considerar a diversidade étnica que há no Brasil, será possível diminuir as desigualdades e conseqüentemente, a invisibilidade demográfica e epidemiológica que insistem em acompanhar os indígenas. / Census data can say a lot about the living conditions of a population and are widely used in the formulation and implementation of public social policies. The higher the quality of census data, the more reliable will be the picture of the reality of the population. Based on microdata from the 2000 Demographic Census, this study describes the frequency of households whose heads self-classified as indigenous and which were classified as collective or improvised by the enumerators in rural municipalities. For households in these categories, additional data are not collected to characterize the households with respect to such aspects as socioeconomic profile and sanitation. In the analysis of color and race categories, indigenous people were those with the highest frequency of households classified as collective (4.4%) compared to non-indigenous people (0.1%). Classification as a collective was more frequent in the Central-West macro-region, specifically in the state of Mato Grosso (over 40% of households classified as collective nationally occurred in only five municipalities of MT). The number of indigenous households classified as improvised (3.5%) was also higher than for non-Indigenous households (1.3%). Unlike collective households, improvised households occurred in different regions of Brazil, especially in municipalities in the South macro-region (6.6% ) and in the state of Mato Grosso do Sul (17.9%). There were 1.5 times more households classified as improvised in municipalities located inside than outside the Legal Amazon. In this region, it was found that the more developed the municipality, the greater the median proportions of indigenous improvised households and the smaller the area of indigenous lands. It was concluded that there is need for a specific census, with proper training of enumerators, to take into consideration the differences and particularities of each indigenous community. It is believed that merely considering the ethnic diversity of Brazil will reduce inequalities and, therefore, the demographic and epidemiological invisibility that stubbornly accompanies indigenous people.

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