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Efeitos do Phyllanthus niruri em parâmetros metabólicos de portadores de litíase urinária / Effect of Phyllanthus niruri on metabolic parameters of patients with kidney stone disease

Pucci, Nidia Denise 04 July 2017 (has links)
Introdução: O Phyllanthus niruri (P. niruri) ou quebra pedra é uma planta com ação antilitogênica. No entanto, estudos clínicos nesta área ainda são escassos na literatura. O objetivo principal deste estudo foi avaliar prospectivamente os efeitos do P. niruri nos parâmetros metabólicos de pacientes com litíase urinária e, secundariamente, avaliar o impacto da ingestão do chá da planta na eliminação de cálculos urinários. Material e Métodos: Foram estudados 56 pacientes portadores de cálculos renais <10 mm. Avaliação clínica, metabólica e ultrassonográfica do trato urinário foram realizadas antes do uso do P. niruri (infusão de 500 ml/dia com 9 g do extrato seco da planta), após a administração deste por 15 semanas e, finalmente após 12 semanas sem o uso (período de \"Wash out\"). Utilizamos o teste ANOVA e o teste de Tukey para comparação entre os períodos do estudo. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Trinta e seis pacientes (64%) eram mulheres. A média de idade dos 56 pacientes foi 44,1±9,16 anos. O IMC médio foi 27,2±4,4 Kg/m2. Não se observou alteração nos parâmetros antropométricos, séricos, no volume urinário ou efeitos adversos significativos durante todo o período de estudo. Houve redução da pressão arterial diastólica de 76±10,5 para 72,5±10,5 mmHg (p=0,02), quando comparado o período de uso do chá e o período de \"Wash out\". Aumento significativo dos valores do potássio urinário de 50,5±20,4 para 56,2±21,8 mEq/vol.24h (p=0,017); da relação magnésio/creatinina de 58±22,5 para 69,1±28,6 mEq/gCr.24h (p=0,013) e da relação potássio/creatinina, de 39,3±15,1 para 51,3±34,7 mEq/gCr.24h (p=0,008) foi observado ao final do período de uso do chá quando comparado com a avaliação inicial. O número de cálculos renais por paciente reduziu de 3,21±2,02 para 2,02±2,07 cálculos (p < 0,001) após o consumo do P. niruri quando comparado com o momento inicial. Na avaliação inicial, 24 pacientes apresentaram hipercalciúria e hipocitratúria (42,8%), seis apresentaram hiperuricosúria (10,7%) e cinco hiperoxalúria (8,9%). Após o uso do P. niruri, nos pacientes portadores de hiperuricosúria houve redução de 0,77±0,22 para 0,54±0,07 mg/vol.24h (p=0,0057) no valor do ácido úrico urinário. Nos portadores de hipocitratúria, o citrato urinário aumentou de 211,8±123,7 para 322,3±145,8 mg/vol.24h (p=0,0282) e nos pacientes com hiperoxalúria houve a redução no oxalato urinário de 59,0±11,7 para 28,8±16,0 mg/vol.24h (p=0,0002). Conclusão: O consumo do P. niruri se mostrou seguro e não provocou efeitos adversos ou alterações séricas relevantes e elevou a excreção urinária de magnésio e potássio. Algumas alterações metabólicas urinárias predisponentes a formação de cálculos normalizaram em subgrupos de pacientes estudados. O consumo do P. niruri contribuiu na eliminação de cálculos urinários / Introduction: Phyllanthus niruri (P. niruri) or breake-stone is a plant commonly used to reduce stone risk, however, clinical studies on this issue are lacking. The aim of this study was to prospectively evaluate the effects of P. niruri in metabolic parameters of patients with kidney stones and secondarily to evaluate the impact of the plant intake in the elimination of urinary calculi. Material and Methods: We studied 56 patients with kidney stones < 10 mm. Clinical, metabolic, and imaging studies were performed prior to P. niruri (tea infusion of 500 ml/day with 9 g of the dried plant extract), after 15 weeks of tea administration and finally after 12 weeks without the intake plant (wash out). ANOVA test for repeated measures and Tukey test and McNemars test for categorial variables. The significance level was set at 5%. Results: Thirty-six patients (64%) were female and mean age was 44.1±9.16 years-old. The mean BMI was 27.2±4.4 Kg/m2. There was no change in anthropometric and serum parameters or urinary volume throughout the study period. There was a reduction in diastolic blood pressure from 76±10.5 during the tea use to 72.5±10.5 mmHg after the wash out (p=0.02). When the tea use period was compared to the baseline assessment, there was a significant increase in urinary potassium from 50.5±20.4 to 56.2±21.8 mg/24-hour (p=0.017), magnesium/creatinine ratio from 58±22.5 to 69.1±28.6 mg/gCr24-hour (p=0.013) and potassium/creatinine ratio from 39.3±15.1 to 51.3±34.7 mg/gCr24-hour (p=0.008). The number of kidney stones per patient decreased from 3.21±2.02 to 2.02±2.07 calculi (p < 0.001) after consumption of tea compared with the initial stage. Initial evaluation showed hypercalciuria and hypocitraturia in 24 patients (42.8%), hyperuricosuria in six (10.7%) and hyperoxaluria in five cases (8.9%). In patients with hyperuricosuria there was a decrease in the amount of urinary uric acid from 0.77±0.22 to 0.54±0.07 mg/24-hour (p=0.0057). After the use of P. niruri, in patients with hypocitraturia, urinary citrate increased from 211.8±123.7 to 322.3±145.8 mg/24-hour (p=0.0282). In patients with hyperoxaluria there was a reduction in urinary oxalate from 59.0±11.7 to 28.8±16.0 mg/24-hour (p=0.0002). Conclusion: P. niruri intake is safe and does not cause significant adverse effects or significative serum metabolic changes. The use of the tea plant increases urinary excretion of magnesium and potassium. Some urinary metabolic changes predisposing to the formation of calculi normalized in subgroups of patients studied. The consumption of P. niruri contributed to the elimination of urinary calculi
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Efeitos do Phyllanthus niruri em parâmetros metabólicos de portadores de litíase urinária / Effect of Phyllanthus niruri on metabolic parameters of patients with kidney stone disease

Nidia Denise Pucci 04 July 2017 (has links)
Introdução: O Phyllanthus niruri (P. niruri) ou quebra pedra é uma planta com ação antilitogênica. No entanto, estudos clínicos nesta área ainda são escassos na literatura. O objetivo principal deste estudo foi avaliar prospectivamente os efeitos do P. niruri nos parâmetros metabólicos de pacientes com litíase urinária e, secundariamente, avaliar o impacto da ingestão do chá da planta na eliminação de cálculos urinários. Material e Métodos: Foram estudados 56 pacientes portadores de cálculos renais <10 mm. Avaliação clínica, metabólica e ultrassonográfica do trato urinário foram realizadas antes do uso do P. niruri (infusão de 500 ml/dia com 9 g do extrato seco da planta), após a administração deste por 15 semanas e, finalmente após 12 semanas sem o uso (período de \"Wash out\"). Utilizamos o teste ANOVA e o teste de Tukey para comparação entre os períodos do estudo. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Trinta e seis pacientes (64%) eram mulheres. A média de idade dos 56 pacientes foi 44,1±9,16 anos. O IMC médio foi 27,2±4,4 Kg/m2. Não se observou alteração nos parâmetros antropométricos, séricos, no volume urinário ou efeitos adversos significativos durante todo o período de estudo. Houve redução da pressão arterial diastólica de 76±10,5 para 72,5±10,5 mmHg (p=0,02), quando comparado o período de uso do chá e o período de \"Wash out\". Aumento significativo dos valores do potássio urinário de 50,5±20,4 para 56,2±21,8 mEq/vol.24h (p=0,017); da relação magnésio/creatinina de 58±22,5 para 69,1±28,6 mEq/gCr.24h (p=0,013) e da relação potássio/creatinina, de 39,3±15,1 para 51,3±34,7 mEq/gCr.24h (p=0,008) foi observado ao final do período de uso do chá quando comparado com a avaliação inicial. O número de cálculos renais por paciente reduziu de 3,21±2,02 para 2,02±2,07 cálculos (p < 0,001) após o consumo do P. niruri quando comparado com o momento inicial. Na avaliação inicial, 24 pacientes apresentaram hipercalciúria e hipocitratúria (42,8%), seis apresentaram hiperuricosúria (10,7%) e cinco hiperoxalúria (8,9%). Após o uso do P. niruri, nos pacientes portadores de hiperuricosúria houve redução de 0,77±0,22 para 0,54±0,07 mg/vol.24h (p=0,0057) no valor do ácido úrico urinário. Nos portadores de hipocitratúria, o citrato urinário aumentou de 211,8±123,7 para 322,3±145,8 mg/vol.24h (p=0,0282) e nos pacientes com hiperoxalúria houve a redução no oxalato urinário de 59,0±11,7 para 28,8±16,0 mg/vol.24h (p=0,0002). Conclusão: O consumo do P. niruri se mostrou seguro e não provocou efeitos adversos ou alterações séricas relevantes e elevou a excreção urinária de magnésio e potássio. Algumas alterações metabólicas urinárias predisponentes a formação de cálculos normalizaram em subgrupos de pacientes estudados. O consumo do P. niruri contribuiu na eliminação de cálculos urinários / Introduction: Phyllanthus niruri (P. niruri) or breake-stone is a plant commonly used to reduce stone risk, however, clinical studies on this issue are lacking. The aim of this study was to prospectively evaluate the effects of P. niruri in metabolic parameters of patients with kidney stones and secondarily to evaluate the impact of the plant intake in the elimination of urinary calculi. Material and Methods: We studied 56 patients with kidney stones < 10 mm. Clinical, metabolic, and imaging studies were performed prior to P. niruri (tea infusion of 500 ml/day with 9 g of the dried plant extract), after 15 weeks of tea administration and finally after 12 weeks without the intake plant (wash out). ANOVA test for repeated measures and Tukey test and McNemars test for categorial variables. The significance level was set at 5%. Results: Thirty-six patients (64%) were female and mean age was 44.1±9.16 years-old. The mean BMI was 27.2±4.4 Kg/m2. There was no change in anthropometric and serum parameters or urinary volume throughout the study period. There was a reduction in diastolic blood pressure from 76±10.5 during the tea use to 72.5±10.5 mmHg after the wash out (p=0.02). When the tea use period was compared to the baseline assessment, there was a significant increase in urinary potassium from 50.5±20.4 to 56.2±21.8 mg/24-hour (p=0.017), magnesium/creatinine ratio from 58±22.5 to 69.1±28.6 mg/gCr24-hour (p=0.013) and potassium/creatinine ratio from 39.3±15.1 to 51.3±34.7 mg/gCr24-hour (p=0.008). The number of kidney stones per patient decreased from 3.21±2.02 to 2.02±2.07 calculi (p < 0.001) after consumption of tea compared with the initial stage. Initial evaluation showed hypercalciuria and hypocitraturia in 24 patients (42.8%), hyperuricosuria in six (10.7%) and hyperoxaluria in five cases (8.9%). In patients with hyperuricosuria there was a decrease in the amount of urinary uric acid from 0.77±0.22 to 0.54±0.07 mg/24-hour (p=0.0057). After the use of P. niruri, in patients with hypocitraturia, urinary citrate increased from 211.8±123.7 to 322.3±145.8 mg/24-hour (p=0.0282). In patients with hyperoxaluria there was a reduction in urinary oxalate from 59.0±11.7 to 28.8±16.0 mg/24-hour (p=0.0002). Conclusion: P. niruri intake is safe and does not cause significant adverse effects or significative serum metabolic changes. The use of the tea plant increases urinary excretion of magnesium and potassium. Some urinary metabolic changes predisposing to the formation of calculi normalized in subgroups of patients studied. The consumption of P. niruri contributed to the elimination of urinary calculi

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