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Mulheres chefes de família em áreas zeis: gênero, poder e trabalho

MENDES, Mary Alves January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:16:06Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9321_1.pdf: 894056 bytes, checksum: df9a568860e3ab1765230525aba6e4bf (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho analisa como se processa e se efetiva a chefia feminina em um bairro pobre da cidade do Recife-Pe. O pressuposto analítico que norteia a investigação pauta-se na presença das categorias poder (empoderamento feminino) e desigualdades (sociais, de gênero) como tradução da questão, considerando que a mesma se inscreve num contexto de pobreza e as relações de gênero se configuram, simultaneamente, em ganho de poder feminino na família, obtido através da provisão econômica, e em desigualdade de gênero, presente na divisão sexual do trabalho e nas práticas de violência doméstica. O estudo baseia-se em pesquisa qualitativa, realizada a partir de entrevistas em profundidade e reconstrução das histórias de vida de 35 mulheres chefes de família, residentes nas áreas ZEIS do bairro da Várzea onde se verifica, através das trajetórias de vida, trabalho e cotidiano, o significado das práticas e valores instaurados como fatores de mudanças e permanências, igualdades e desigualdades presentes em suas vidas, tanto no que se refere às condições socioeconômicas, quanto às relações de gênero. O aporte teórico de discussão e análise dos dados está referendado na interlocução entre a abordagem de gênero e teoria social, priorizando como base central de investigação o aspecto relacional em suas dimensões micro e macro social. A discussão estende-se, ainda, aos campos da família e do trabalho. A análise dos dados revela que as condições atuais de vida e a situação de provisão econômica da família estão associadas a um contexto de vulnerabilidades socioeconômicas que reporta às histórias de vida dessas mulheres, marcadas pela pobreza e trabalho infantil. Como trabalhadoras encontram-se, atualmente, inscritas num quadro geral de precarização, informalidade e feminização das ocupações. As relações de gênero se constituem a partir de um quadro ambivalente de práticas e valores que transitam entre posturas tradicionais e modernas, sendo a esfera doméstica, paradoxalmente, um lócus de desigualdades e de poder feminino. As responsabilidades pela manutenção e cuidados da casa e filhos continuam sob encargo feminino e geram sobrecarga de trabalho e doenças. A violência doméstica, também, aparece como um foco importante de desigualdade e discriminação de gênero, mas não se configura em passividade feminina. Por outro lado, estar provendo economicamente a família, diante da falta de provisão masculina, as tornam mais autônomas e com maior poder de decisão na esfera doméstica. Atesta-se, por fim, que as ambivalências e desigualdades sociais e de gênero, vividas por essas mulheres, não lhes confere um estado vitimário absolutizado nas condições de pobreza e eternização da dominação masculina, haja vista as estratégias de sobrevivência, resistência e poder que empreendem, ao longo da vida, seja em relação às condições socioeconômicas de vida ou relações de gênero no contexto familiar

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