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Influência de ocorrência de Urânio nos níveis de Chumbo estável no leite e derivados produzidos no Agreste de Pernambucoda Silva Alcoforado, Elinaldo 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Na natureza ocorre quatro isótopos estáveis de chumbo: chumbo-204 (204Pb), chumbo-206 (206Pb), chumbo-207 (207Pb) e chumbo-208(208Pb). Exceto o 204Pb cuja abundância é apenas 1,4%, todos os demais isótopos com 98,6% de contribuição são radiogênicos, e produtos estáveis do processo de desintegração das séries do 238U, 235U, 232Th.
No final da década de 1980, a antiga NUCLEBRAS delimitou uma área de 20 km2 , localizada nos municípios de Pedra e Venturosa, que abrigam anomalias de urânio e tório. Esses municípios situam-se na meso região do agreste de Pernambuco que compreende a bacia leiteira do estado. A constatada ocorrência de urânio e tório nessa região contribuirão para elevar os níveis de chumbo nos solos, que, por conseguinte, contaminarão a água, os alimentos, animais e comprometerão toda cadeia alimentar.
Foram analisadas, em triplicata, 23 amostras de leites e derivados produzidos nas fazendas e laticínios situados na região que apresentam anomalias radiométrica, com o objetivo de avaliar os níveis de chumbo natural devido a ingestão, de água e alimentos contaminados, pelos animais. A quantificação do chumbo foi determinada por espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica em forno de grafite. As concentrações de chumbo no leite variaram de 6 a 130 μg.L-1; nas amostras de queijo de coalho variaram de 110 a 1100 μg.kg-1 e nas amostras de soro lácteo variaram de 6 a 20 μg.L-1. Sete amostras de leite e uma amostra de queijo de coalho apresentaram concentrações maiores do que os limites estabelecidos pela Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA). Apesar de amostras de leite de algumas fazendas apresentarem valores acima do limite, as concentrações de chumbo nas amostras de soro e de queijo apresentaram valores médios abaixo do limite de tolerância estabelecido pela legislação brasileira. Levando em consideração o efeito da diluição estima-se que a ocorrência do chumbo estável na região não trará danos a saúde coletiva, embora haja necessidade de monitoramento dos alimentos e água ingeridos pelos animais de algumas propriedades, tendo em vista que a anomalia de chumbo na região decorre do processo natural
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