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Gravidez e nefrotoxidade causada pela ciclosporina A: um estudo experimentalMendes, Glória Elisa Florido 28 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Cyclosporine A (CsA) is a immunosuppressant drug, whose most serious toxic effect is chronic nephrotoxicity, characterized by decreased glomerular filtration rate and the development of irreversible renal fibrosis. It may go through the placenta to the developing fetus. Currently, a great number of women with childbearing potential is treated by CsA, increasing the chances of pregnancy under the effect of this drug. Our objectives were to assess CsA effects on the renal structure and function during pregnancy. The low-salt-diet (0.06%) model was used in pregnant (P/CsA) and virgin (V/CsA) Munich-Wistar female rats receiving CsA; in virgin (V/VH) and pregnant (P/VH) rats with vehicle at a dosage of 15 mg/kg/day of CsA subcutaneously or vehicle. Glomerular filtration rate (GFR, ml/min/100g) , renal blood flow (RBF, Doppler ultrasound, ml/min), renal vascular resistance (RVR, mmHg/ml/min), blood pressure (BP, intracarotid probe, mmHg), blood levels of CsA (BCsA, radioimmunoassay, ng/ml), urinary volume (UV, ml/min), plasma and urinary creatinine (mg/dl), urine sodium excretion (UNa, mEq/l), sodium excretion fraction (FeNa,%) urinary osmolality (UOsm, m/Osm/K), osmolar clearance (COsm, ml/min), urinary nitric-oxide (NO, griess, umol/mgCr), immunohistochemistry for angiotensin II-positive renal cells and renal histology were measured in the middle and at the end of the gestational period (21 days). Results are presented as mean ± standard error of mean and analyzed by ANOVA and Student-Neuman-Keuls test. After 10 days of treatment, the pregnancy caused significant increases of 27% in the GFR (GC; 1.19 ± 0.04 vs 0.94 ± 0.05 in V/C, p<0.05) and of 36% in RBF (G/C; 4.9 ± 0.2 vs 3.6 ± 0.1 in V/C, p< 0.001) and significant decreases of 13% in MBP (GC; 112 ± 4 vs 129 ± 5 in V/C, p<0.05) and of 29% in RVR ( GC; 24 ± 1 vs 34 ± 2 in VC, p<0.05) of vehicle treated animals. In contrast, in CsA-treated animals, there was no significant GFR increase in pregnancy (20%, G/CsA; 0.95 ± 0.07 vs 0.79 ± 0.07 in V/CsA, p>0.05) nor was there a significant MPB decrease (7%, G/CsA; 110 ± 3 vs 118 ± 4 in V/CsA, p>0.05). The significant RBF increase (38%, G/CsA; 3.3 ± 0.2 vs 2.4 ± 0.1 in V/CsA p<0,01) and significant RVR decrease ( 24%, G/CsA 38 ± 3 vs 50 ± 3 in V/CsA, p<0.05) were maintained in this group. Pregnancy caused a significant decrease of CsA serum levels (G/CsA; 544±58 vs 805±71 in V/CsA, p<0.01). CsA treated animals showed a trend to higher urinary nitric oxide levels, however, the difference was not statistically significant. There was no difference in urinary nitric oxide between virgin and pregnant rats. Pregnancy increased the number of angiotensin II-positive cells in the renal interstitium (3.9 ± 0.6 in G/CsA vs 2.5 ± 0.4 in V/CsA and 4 ± 1.4 in G/C vs 1.9 ± 0.86 in V/C), however these differences did not reach statistical significance. The number of angiotensin II-positive cells in the afferent arteriole was greater in pregnant rats when compared to virgin rats (G/C; 1.3 ± 0.3 vs 0.21 ± 0.2 in V/C) and greater in CsA-treated virgin rats when compared to vehicle-treated rats (V/CsA; 1 ± 0.3 vs 0.21 ± 0.2 in V/C), however these differences were not statistically significant. After 20 days, V and P rats had similar (NS) GFR and RBF decreases and CsA vs Control for GFR (p<0.001), for RBF (p<0.01), and a similar RVR increase (NS). MBP values showed similar decreases in V vs P rats (NS) and a decrease in Csa vs C animals (p<0.05). SCsA was lower in P vs V rats (p<0.001). AII expression in the interstice increased for V/CsA vs V/C rats (p<0.001) and for G/CsA vs P/C rats (p<0.05). The same was observed in the afferent arteriole, for V/CsA vs v/C (p<0.01); however it was not statistically significant for pregnant rats. Only the V/CsA group had an IF score of 0.2 ± 0.1 after 20 days. In the middle of normal pregnancy, CsA altered the renal hemodynamics, impairing both the increase of GFR and the decrease of BP, although the blood levels of the drug were lower in pregnant rats than in virgin rats. The NO urinary system does not seem to be connected to this phenomenon. AII expression in the interstice and in the afferent arteriole was greater for CsA treated-pregnant animals vs controls. Pregnancy did not impair CsA-induced interstitial fibrosis. / A ciclosporina A (CsA) é uma droga imunossupressora cujo efeito tóxico mais grave é a nefrotoxicidade, caracterizada pela queda da filtração glomerular e pelo desenvolvimento de fibrose intersticial renal irreversível. A CsA pode passar através da placenta para o feto em desenvolvimento. Atualmente, um grande número de mulheres em idade fértil são tratadas com CsA, aumentando a chance de gestação sob efeito desta droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da CsA sobre a função e estrutura renal durante a gravidez. Utilizou-se o modelo da manobra de restrição de sal na dieta (0,06%) em ratas Munich-Wistar, virgens que receberam CsA (V/CsA), grávidas com CsA (G/CsA), virgens com veículo (V/C) e grávidas com veículo (GIC), na dose de 15 mg/Kg/dia de CsA subcutâneo ou veículo. Avaliou-se na metade e no final do período gestacional a filtração glomerular (FGR, depuração de inulina, ml/min/100g), o fluxo sanguíneo renal (FSR, ultra-som Doppler, ml/min), a resistência vascular renal (RVR, mmHg/ml/min), a pressão arterial média (PAM, cateter intracarotídeo, mmHg), os níveis sanguíneos de CsA (SCsA, radioimunoensaio, ng/ml), o volume urinário (VU, l/min), a creatinina plasmática e urinária (mg/dl), a excreção urinária de sódio (UNa, mEqIl), a fração de excreção de sódio (FeNa,%), a osmolalidade urinária (Uosm, m/Osm/K), a depuração osmolar (Cosm, ml/min), o óxido nítrico urinário (NO, griess, pmol/mgCr), a imunohistoquímica para células renais positivas para angiotensina II (células/campo) e a histologia renal. Os resultados são apresentados como média erro padrão e comparados por ANOVA e StudentNeuman-Keuls. Após 10 dias de tratamento a gravidez provocou aumentos significantes de 27% na FGR (GC; 1,19 0,04 vs 0,94 0,05 em V/C, p<0,05) e de 36% no FSR (G/C 49 + 0,2 vs 36 + 0,1 em V/C, p< 0,001) e quedas significantes de 13% na PAM (GC; 112 4 vs 129 5 em V/C, p<0,05) e de 29% na RVR (GC; 24 1 vs 34 2 em VC, p<0,05)
Nota de Resumo dos animais tratados com veículo. Em contraste, nos animais tratados com CsA, na gravidez não houve aumento significante da FOR (20%, G/CsA; 0,95 + 0,07 vs 0,79 + 0,07 em V/CsA, p>0,05) ou queda significante da PAM (7%, G/CsA; 110 3 vs 118 4 em V/CsA, p>0,05). Neste grupo manteve-se a elevação significante do FSR (38%, G/CsA; 3,3 0,2 vs 2 4 0,1 em V/CsA p<0,01) e a diminuição significante da RVR (24%, C/CsA 38 3 vs 50 3 em V/CsA, p<0,05). A gravidez provocou diminuição significante dos níveis séricos de CsA (G/CsA; 544 58 vs 805 71 em V/CsA, p<0,0 1). Os animais tratados com CsA apresentaram tendência a níveis mais elevados de óxido nítrico urinário, porém a diferença não foi estatisticamente significante. Não houve diferença de óxido nítrico urinário entre ratas virgens e grávidas. A gravidez causou aumento do número de células positivas para angiotensina II no interstício renal (3,90,6 em G/CsA vs 2,5 0,4 em V/CsA e 4 1,4 em C/C vs 1,9 0,86 em V/C), porém estas diferenças não alcançaram signíficância estatística. O número de células positivas para angiotensina li na arteríola aferente foi maior nas ratas grávidas quando comparadas às virgens (G/C; 1,3 0,3 vs O 21 + O 2 em V/C) e maior nas ratas virgens tratadas com CsA quando comparadas às tratadas com veículo (V/CsA 1 + 0,3 vs 021 + 02 em V/C), porém, estas diferenças não foram estatisticamente significantes. Após 20 dias, V e O apresentaram queda similares (NS) na FGR e FSR, sendo CsA vs Controle para FGR (p<0.001), para FSR (p<0.01), e aumentando similar na RVR (NS). Os valores da PAM apresentaram quedas similares, em V vs G (NS) e diminuição nos animais com CsA vs C (p<0,05). A SCsA foi menor em G vs V (p<0,01). A expressão de AII no interstício aumentou, para V/CsA vs V/C (p<0,001) e para G/CsA vs G/C (p<0,05). O mesmo aconteceu na arteríola aferente, para V/CsA vs V/C (p<0,01); todavia não foi estatisticamente significante para as ratas prenhes.
Nota de Resumo Apenas o grupo V/CsA após 20 dias apresentou escore de 0,2 + 0,1 de IRF. A CsA alterou desfavoravelmente a hemodinâmica renal na metade da gravidez normal, prejudicando o aumento da FGR e prejudicando queda da PA na prenhez normal, apesar de as ratas prenhes apresentarem níveis sangüíneos da droga menores em relação às virgens. O NO não parece estar envolvido nesse fenômeno. A expressão da AII no interstício e na arteríola aferente foi maior para os animais com CsA e prenhes vs controles. A gravidez não prejudicou a fibrose intersticial causada pela CsA.
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