Spelling suggestions: "subject:"dadidade capitalista"" "subject:"dadidade çapitalista""
1 |
As contradições do espaço público na cidade de São Paulo: uma abordagem a partir do Minhocão e seus diferentes usos / The contradictions in the public space in the city of São Paulo: an approach from Minhocão and its different usagesOliveira, José Carlos de 18 March 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-02T13:20:51Z
No. of bitstreams: 1
Jose Carlos de Oliveira.pdf: 1590484 bytes, checksum: da6e5950e039a18d61bf7cfe776b003e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-02T13:20:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jose Carlos de Oliveira.pdf: 1590484 bytes, checksum: da6e5950e039a18d61bf7cfe776b003e (MD5)
Previous issue date: 2016-03-18 / This essay analyzes the different “appropriations” of Minhocão’s area, built as a road axis to
cars quick circulation and, more recently, appropriated for diverse usages, such as leisure,
mainly. São Paulo’s capitalist urbanization reached its peak in the 70s, mainly with the
market opening to cars industry. Nevertheless, since 1930, the implementation of an urban
management and planning model has produced deep socio-spatial impacts, such as a
fragmented urban web, the irradiation of urban areas to peripheral regions, the public area
privatization, the growth of socio-economic inequalities and spatial segregation. Minhocão,
built from this model, has become an emblematic piece of urban space submission to
highways culture, ideology that justifies the investment of most of public resources in
infrastructure towards individual transportation. By the end of the 80s decade, with the
inauguration of the new capitalism era, there were changes in the production system,
however, the socio-spatial impacts persisted in even more ample scales. In this period, the
ludic “appropriation” of Minhocão on Sundays and holidays started. It reunites a variety of
actors to the enjoyment of cultural events, sports practice and other leisure activities. On one
hand, the ludic “appropriation” enables the public space redemption as a place for social
conviviality and promotes the right to the city. On the other, it can also reproduce the
capitalist city’s demands. In order to develop this main hypothesis, we started from the
critic-dialectic benchmark and empiric research, of ethnographic bias, with Minhocão’s
users during the ludic activities. The authors who supported this analysis of public space and
the contradicting aspects of its different usages, in micro or macro structural scope, share a
common objective: the public space transformation, however resulting from diverse research
fields: architecture and urbanism, philosophy, urban sociology, history and politics. The
result of the theoretical analysis and the empiric research indicate that Minhocão reproduces
the capitalist city’s demands, however, as a place which reunites different groups for ludic
activities, can also promote new “appropriation” ways of the public space and the citizenship
participation in the diverse social actors / Esta dissertação analisa as diferentes “apropriações” do espaço do Minhocão, construído
como eixo viário para a circulação rápida do automóvel e, mais recentemente apropriado
para usos diversos, como o lazer, sobretudo. A urbanização capitalista de São Paulo atingiu
o ápice nos anos 70, sobretudo com a abertura do mercado para as indústrias do setor
automobilístico. Contudo, desde 1930, a implantação de um modelo de planejamento e
gestão urbanas produziu graves impactos socioespaciais, dentre os quais, um tecido urbano
fragmentado, o espraiamento da mancha urbana para regiões periféricas, a privatização do
espaço público, o crescimento das desigualdades socioeconômicas e a segregação espacial.
O Minhocão, construído a partir desse modelo, se tornou uma obra emblemática da
submissão do espaço urbano ao rodoviarismo, ideologia que justifica o investimento de
maior parte dos recursos públicos em infraestrutura voltada para o transporte individual. No
final da década de 80, com a inauguração da nova fase do capitalismo, houve mudanças no
modo de produção, no entanto, os impactos socioespaciais persistiram em escalas cada vez
mais amplas. Nesse período iniciou-se a “apropriação” lúdica do Minhocão aos domingos e
feriados. Ela reúne uma diversidade de atores para o usufruto de eventos culturais, práticas
esportivas e outras atividades de lazer. Se por um lado, a “apropriação” lúdica torna possível
o resgate do espaço público como lugar do convívio social e promove o direito à cidade, por
outro, também pode reproduzir as demandas da cidade capitalista. Para desenvolver essa
hipótese central, partimos do referencial crítico-dialético e da pesquisa empírica, de viés
etnográfico, com os usuários do Minhocão durante as atividades lúdicas. Os autores que
embasaram essa análise do espaço público e os aspectos contraditórios dos seus diferentes
usos, em âmbito micro ou macroestrutural, compartilham um objetivo comum: a
transformação do espaço público, embora oriundos de variados campos de pesquisa:
arquitetura e urbanismo, filosofia, sociologia urbana, história e política. O resultado da
análise teórica e da pesquisa empírica indica que o Minhocão reproduz demandas da cidade
capitalista, todavia, enquanto lugar que reúne diferentes grupos para atividades lúdicas, pode
também promover novas formas de “apropriação” do espaço público e a participação cidadã
de diversos atores sociais
|
2 |
DA TRAGÉDIA URBANA À FARSA DO URBANISMO REFORMISTA: a fetichização dos planos diretores participativos / OF THE TRAGEDY URBAN TO THE FARCE OF URBAN REFORM: the fetishism of participatory management plansBurnett, Carlos Frederico Lago 27 August 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-18T18:53:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT.pdf: 1742928 bytes, checksum: 191ff75fbac84f6cbc2d8f1e58549040 (MD5)
Previous issue date: 2007-08-27 / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO DO MARANHÃO / In the eighties, as a reaction to social-spatial inequity in Brazilian cities, the Urban
Reform program sought to unify academy intellectuals and organized community
entities in a movement for egalitarian and distributive urban policies. Partially
recognized by the Brazilian Federal Constitution of 1988, the ideas of the Urban
Reform movement were subjected to those of urban planning, since the Urban
Master Plan was declared the municipality s major instrument of urban policy. Initially
disputed by the Urban Reform movement, due to its technocratic and segregationist
character during the Brazilian military government, however regularized by the City
Statute, the Urban Master Plan proposes to insure, since 2005, urbanized and well
located land for the poorest in thousands of Brazilian cities. Despite the diminished
popular participation, low rates of legislation approval and almost null implementation
of its proposals, the Master Plan affirms itself as instrument of the Urban Reform
and the Movement condenses itself in the Urban Planning Law as a way to achieve
the city of all . By the means of a historical analysis of the twenty years that separate
the criticism from the adhesion to the Urban Master Plan, supported by a theoretical
study and field research on significant experiences of participative planning in Brazil,
the present study shows that, by partaking the values of the bourgeoisie democracy
and submitting the urban rights struggle to the institutional procedures of city
planning, the Urban Reform Movement compromises the autonomy of social
organizations and contributes to the capitalist accumulation and reproduction in the
urban space, aggravating the tragedy of the cities. In this way, under the leadership
of a technocratic elite and heavily influenced by the political and economic changes
that have occurred in Brazil conservative democratic consolidation, neoliberalism s
offensive and hegemony, political access of the Labor Party (Partido dos
Trabalhadores PT) to federal government -, the institutionalization process of the
Urban Reform project, through the fetishism of Participative Urban Master Plans,
turns into sham the purposes of reformist urbanism. / Nos anos 80, como reação às desigualdades sócio-espaciais das cidades
brasileiras, o projeto da Reforma Urbana logrou unificar, em torno de um movimento
por política urbana igualitária e distributiva, intelectuais da Academia e entidades da
organização popular. Parcialmente reconhecido pela Constituição Federal de 1988,
o ideário da Reforma Urbana ficou subordinado ao planejamento urbano, pois o
Plano Diretor foi declarado instrumento maior da política urbana municipal.
Inicialmente contestado pelo movimento, por seu caráter tecnocrata e
segregacionista durante o regime militar, mas regulamentado pelo Estatuto da
Cidade e através de campanha nacional do Ministério das Cidades, o Plano Diretor
se propõe garantir, a partir de 2005, terra urbanizada e bem localizada aos mais
pobres em milhares de municípios do país. Apesar da reduzida participação popular,
baixa taxa de aprovação da legislação e quase nula implementação de suas
propostas, se afirma como instrumento de Reforma Urbana e o Movimento se
concentra no Direito Urbanístico como meio para alcançar a cidade de todos .
Através da análise histórica dos vinte anos que separam a crítica da adesão ao
Plano Diretor, apoiada em estudo teórico e pesquisa de campo sobre experiências
significativas de planejamento participativo no Brasil, este trabalho demonstra que,
ao assumir valores da democracia burguesa e submeter a luta urbana aos
procedimentos institucionais do planejamento, o Movimento da Reforma Urbana
compromete a autonomia das organizações populares e contribui para acumulação
e reprodução capitalista no espaço urbano, agravante da tragédia das cidades.
Desta maneira, sob a liderança de uma elite tecnocrata e fortemente influenciado
pelas mudanças políticas e econômicas ocorridas no país - consolidação
democrática conservadora, ofensiva e hegemonia neoliberal, acesso do Partido dos
Trabalhadores ao governo federal -, o processo de institucionalização do projeto da
Reforma Urbana, por meio da fetichização dos Planos Diretores Participativos,
transmuda em farsa a proposta do urbanismo reformista.
|
Page generated in 0.0489 seconds