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Efeitos agudos do fumo sobre a dinâmica cardiocirculatória da unidade feto-materno-placentária

Müller, Janine Santos January 2000 (has links)
O fumo é a droga mais comumente usada na gestação, e suas conseqüências podem se manifestar por associação com prematuridade, retardo de crescimento fetal e baixo peso do recém-nascido, entre outras complicações. O tabaco possut vários metabólitos, sendo a nicotina e o monóxido de carbono os mais estudados. A nicotina atinge o feto através da placenta e concentrase no sangue fetal, no líquido amniótico e no leite materno. O uso do tabaco pela mãe causa aumento de substâncias vasoconstritoras e diminuição de substâncias vasodilatadoras no cordão umbilical, o que pode estar relacionado com as alterações perfusionais encontradas na unidade feto-matemo-placentária de gestantes tabagistas, e que podem estar associadas às alterações crônicas causadas pelo fumo.O objetivo deste trabalho foi pesquisar as alterações hemodinâmicas agudas na circulação da unidade feto-matemo-placentária imediatamente após o ato de a mãe fumar um cigarro padronizado, contendo O,Smg de nicotina e 6mg de monóxido de carbono. A população estudada foi constituída de gestantes normais, sem fatores de risco para doenças cardíacas fetais, porém fumantes crônicas. A amostra constou de 21 gestantes, que foram submetidas a uma ultrasonografia obstétrica e à ecocardiografia fetal antes e depois da exposição da mãe ao fumo. Foram verificadas a freqüência cardíaca e a pressão arterial maternas, a freqüência cardíaca fetal e a avaliação da resistência vascular medida pela relação S/D nos vasos uterinos e fetais. Foi avaliada a função sistólica e diastólica do coração fetal, através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e do índice de redundância do septum primum, respectivamente. Os resultados foram analisados pelo teste de Wilcoxon para dados não paramétricas. A média de idade das pacientes foi de 22,95 anos e a idade gestacional variou de 18 a 36 semanas. A média de cigarros fumados por dia era de 9,67. Os resultados comparados antes e depois da exposição da mãe ao fumo mostraram um aumento da pressão sistólica materna (p=0,004), da pressão diastólica materna (p=0,033), da freqüência cardíaca materna (p<O,OOI) e da freqüência cardíaca fetal (p=0,044). Ocorreu diminuição da relação S/D na artéria uterina esquerda (p=0,039) e na artéria uterina direita (p=0,014), imediatamente após o ato de fumar. A relação S/D na artéria cerebral média fetal não se alterou (p=0,078). O mesmo ocorreu com o fluxo sistólico no ductus arteriosus (p=O,l54) e na artéria pulmonar (p=0,958). Não houve alteração significativa na relação S/D na artéria umbilical (p=0,554). Também não ocorreram modificações na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0,943) e no índice de redundância do septum primum (p=0,836). A exposição da mãe ao fumo altera variáveis fisiológicas maternas e fetais, sem repercussão na função cardíaca fetal. A diminuição da resistência vascular uterina observada provavelmente esteja relacionada a um padrão dose-dependente da nicotina ou de seus componentes presentes no cigarro utilizado nesta pesquisa.
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Efeitos agudos do fumo sobre a dinâmica cardiocirculatória da unidade feto-materno-placentária

Müller, Janine Santos January 2000 (has links)
O fumo é a droga mais comumente usada na gestação, e suas conseqüências podem se manifestar por associação com prematuridade, retardo de crescimento fetal e baixo peso do recém-nascido, entre outras complicações. O tabaco possut vários metabólitos, sendo a nicotina e o monóxido de carbono os mais estudados. A nicotina atinge o feto através da placenta e concentrase no sangue fetal, no líquido amniótico e no leite materno. O uso do tabaco pela mãe causa aumento de substâncias vasoconstritoras e diminuição de substâncias vasodilatadoras no cordão umbilical, o que pode estar relacionado com as alterações perfusionais encontradas na unidade feto-matemo-placentária de gestantes tabagistas, e que podem estar associadas às alterações crônicas causadas pelo fumo.O objetivo deste trabalho foi pesquisar as alterações hemodinâmicas agudas na circulação da unidade feto-matemo-placentária imediatamente após o ato de a mãe fumar um cigarro padronizado, contendo O,Smg de nicotina e 6mg de monóxido de carbono. A população estudada foi constituída de gestantes normais, sem fatores de risco para doenças cardíacas fetais, porém fumantes crônicas. A amostra constou de 21 gestantes, que foram submetidas a uma ultrasonografia obstétrica e à ecocardiografia fetal antes e depois da exposição da mãe ao fumo. Foram verificadas a freqüência cardíaca e a pressão arterial maternas, a freqüência cardíaca fetal e a avaliação da resistência vascular medida pela relação S/D nos vasos uterinos e fetais. Foi avaliada a função sistólica e diastólica do coração fetal, através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e do índice de redundância do septum primum, respectivamente. Os resultados foram analisados pelo teste de Wilcoxon para dados não paramétricas. A média de idade das pacientes foi de 22,95 anos e a idade gestacional variou de 18 a 36 semanas. A média de cigarros fumados por dia era de 9,67. Os resultados comparados antes e depois da exposição da mãe ao fumo mostraram um aumento da pressão sistólica materna (p=0,004), da pressão diastólica materna (p=0,033), da freqüência cardíaca materna (p<O,OOI) e da freqüência cardíaca fetal (p=0,044). Ocorreu diminuição da relação S/D na artéria uterina esquerda (p=0,039) e na artéria uterina direita (p=0,014), imediatamente após o ato de fumar. A relação S/D na artéria cerebral média fetal não se alterou (p=0,078). O mesmo ocorreu com o fluxo sistólico no ductus arteriosus (p=O,l54) e na artéria pulmonar (p=0,958). Não houve alteração significativa na relação S/D na artéria umbilical (p=0,554). Também não ocorreram modificações na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0,943) e no índice de redundância do septum primum (p=0,836). A exposição da mãe ao fumo altera variáveis fisiológicas maternas e fetais, sem repercussão na função cardíaca fetal. A diminuição da resistência vascular uterina observada provavelmente esteja relacionada a um padrão dose-dependente da nicotina ou de seus componentes presentes no cigarro utilizado nesta pesquisa.
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Repercussões do tabagismo na ultra-sonografia da placenta e na dopplervelocimetria uteroplacentária e no peso fetal / Repercussions of maternal smoking on placental sonography, uteroplacental doppler and fetal growth

Saraiva Filho, Sebastião José [UNIFESP] January 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:06:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2005 / Objetivo: Avaliar as repercussões ultra-sonográficas do tabagismo materno sobre a placenta, com ênfase no seu grau de maturação (calcificação), e correlacionar estes achados com o padrão hemodinâmico uteroplacentário através da dopplervelocimetria das artérias uterinas e umbilicais e com o peso fetal. Métodos: Estudo de coorte com 244 gestantes, sendo 210 gestantes não-fumantes e 34 fumantes. Incluídas pacientes com gestação tópica, de filho único e sem intercorrência clínica ou obstétrica que pudesse alterar os pontos investigados. Os exames foram realizados numa série de quatro: o primeiro, até a 16ª semana gestacional, para a datação da gravidez; e os três posteriores, com 28, 32 e 36 semanas gestacionais, para a obtenção dos dados. Placenta grau III evidenciada antes de 36 semanas gestacionais foi considerada como calcificação precoce da placenta. A análise estatística utilizou o programa Stata 6.0 e o nível de significância fixado em 5% (α≤0,05); foram aplicados o teste de associação qui-quadrado e o teste exato de Fisher na avaliação comparativa dos graus placentários, e o teste de Mann-Whitney para as variáveis índice de resistência (IR) das artérias uterinas e umbilicais e peso fetal. Resultados: observou-se maior freqüência de placenta grau III nas fumantes, quando comparadas com as não-fumantes, na 32ª semana (5,9% versus 2,4%) e na 36ª semana (20,6% versus 14,3%), embora as diferenças não tenham sido estatisticamente significantes. O estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas nos diferentes momentos gestacionais mostrou semelhança entre os dois grupos, enquanto o das artérias umbilicais exibiu uma diferença estatisticamente significante na 32ª semana de gravidez. O peso fetal foi menor entre as fumantes em todo o estudo, mas estatisticamente significante somente na 36ª semana. Conclusões: Não se evidenciou associação do tabagismo com a aceleração da maturação placentária. O tabagismo materno aumentou a impedância das artérias umbilicais na 32ª semana gestacional, mantendo as uterinas inalteradas. O vício de fumar apresentou associação negativa com o crescimento fetal potencial na 36ª semana de gravidez, possivelmente em decorrência das alterações vasculares no tecido placentário (calcificações), cuja incidência estatística ficou prejudicada pelo tamanho e característica da amostra estudada. / Objective: Study the effects of maternal cigarette smoking during pregnancy on placental maturation (calcifications) and on the placental-uterine circulation, evaluated through umbilical and uterine Doppler and on fetal weight. Methods: Prospective cohort study involving 244 pregnant women, 210 of them nonsmokers and 34 smokers. All were singleton pregnancies, without clinical or obstetric diseases that cold influence the variables studied. Participants were submitted to four serial sonographic examinations. The first was performed before the 16th week to determine gestational age and the other three at 28, 32 and 36 weeks to collect data. Premature placental calcification was defined as grade III before 36 week. The Stata 6.0 program was used for statistical analysis and significance established at 5% (alfa < 0,05). The Chi-square and Fisher exact tests were used to compare placental grading and the Mann-Whitney test to evaluate the resistance index (RI) of uterine and umbilical arteries. Results: Smokers had more grade III placentas than non-smokers at 32 weeks (5,9% versus 2,4%) and also at 36 weeks (20,6% versus 14,3%), but the difference was not significant. Uterine artery Doppler at various gestational ages was similar in both groups and umbilical Doppler differed significantly at 32 weeks. Fetuses of smokers weighed less than non-smokers in all examinations, but the difference was significant only at 36 weeks. Conclusions: No association was found between cigarette smoking and premature placental calcification. Smoking was associated with increased umbilical artery resistance at 32 weeks, without affecting uterine artery resistance. Three was a negative correlation between smoking and fetal growth at 36 weeks. This could be due to placental vascular modifications (calcifications), although this finding did not reach significance, possibly due to sample characteristics and size. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeitos agudos do fumo sobre a dinâmica cardiocirculatória da unidade feto-materno-placentária

Müller, Janine Santos January 2000 (has links)
O fumo é a droga mais comumente usada na gestação, e suas conseqüências podem se manifestar por associação com prematuridade, retardo de crescimento fetal e baixo peso do recém-nascido, entre outras complicações. O tabaco possut vários metabólitos, sendo a nicotina e o monóxido de carbono os mais estudados. A nicotina atinge o feto através da placenta e concentrase no sangue fetal, no líquido amniótico e no leite materno. O uso do tabaco pela mãe causa aumento de substâncias vasoconstritoras e diminuição de substâncias vasodilatadoras no cordão umbilical, o que pode estar relacionado com as alterações perfusionais encontradas na unidade feto-matemo-placentária de gestantes tabagistas, e que podem estar associadas às alterações crônicas causadas pelo fumo.O objetivo deste trabalho foi pesquisar as alterações hemodinâmicas agudas na circulação da unidade feto-matemo-placentária imediatamente após o ato de a mãe fumar um cigarro padronizado, contendo O,Smg de nicotina e 6mg de monóxido de carbono. A população estudada foi constituída de gestantes normais, sem fatores de risco para doenças cardíacas fetais, porém fumantes crônicas. A amostra constou de 21 gestantes, que foram submetidas a uma ultrasonografia obstétrica e à ecocardiografia fetal antes e depois da exposição da mãe ao fumo. Foram verificadas a freqüência cardíaca e a pressão arterial maternas, a freqüência cardíaca fetal e a avaliação da resistência vascular medida pela relação S/D nos vasos uterinos e fetais. Foi avaliada a função sistólica e diastólica do coração fetal, através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e do índice de redundância do septum primum, respectivamente. Os resultados foram analisados pelo teste de Wilcoxon para dados não paramétricas. A média de idade das pacientes foi de 22,95 anos e a idade gestacional variou de 18 a 36 semanas. A média de cigarros fumados por dia era de 9,67. Os resultados comparados antes e depois da exposição da mãe ao fumo mostraram um aumento da pressão sistólica materna (p=0,004), da pressão diastólica materna (p=0,033), da freqüência cardíaca materna (p<O,OOI) e da freqüência cardíaca fetal (p=0,044). Ocorreu diminuição da relação S/D na artéria uterina esquerda (p=0,039) e na artéria uterina direita (p=0,014), imediatamente após o ato de fumar. A relação S/D na artéria cerebral média fetal não se alterou (p=0,078). O mesmo ocorreu com o fluxo sistólico no ductus arteriosus (p=O,l54) e na artéria pulmonar (p=0,958). Não houve alteração significativa na relação S/D na artéria umbilical (p=0,554). Também não ocorreram modificações na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0,943) e no índice de redundância do septum primum (p=0,836). A exposição da mãe ao fumo altera variáveis fisiológicas maternas e fetais, sem repercussão na função cardíaca fetal. A diminuição da resistência vascular uterina observada provavelmente esteja relacionada a um padrão dose-dependente da nicotina ou de seus componentes presentes no cigarro utilizado nesta pesquisa.
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Mensuração do volume e quantificação dos índices vasculares placentários pela ultra-sonografia tridimensional com power Doppler em gestações normais / Measurements of placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasound power Doppler in normal pregnancies

Paula, Carla Fagundes Silva de 03 December 2008 (has links)
Objetivo: Confeccionar curvas de normalidade do volume e dos índices de vascularização placentária segundo a idade gestacional (IG) e o peso fetal estimado (PFE). Métodos: Durante o período compreendido entre março e novembro de 2007 foi realizado estudo observacional transversal envolvendo 280 gestantes com idades gestacionais compreendidas entre 12 a 38 semanas. As gestantes foram submetidas à ultra-sonografia para avaliação do volume placentário tridimensional calculado pelo método VOCAL com quantificação da vascularização placentária por meio dos índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de vascularização e fluxo (IVF) e índice de fluxo (IF), usando-se o power Doppler. Os critérios de inclusão foram gestações únicas com idade gestacional confirmada à ultra-sonografia, sem doenças maternas e/ou malformações fetais. Foram derivadas equações matemáticas para as curvas do volume placentário e dos índices vasculares (IF, IV e IFV) por meio de modelo de regressão linear, assim como os percentis 10, 50 e 90 para volume placentário em relação à idade gestacional e o peso fetal estimado. Resultados: Foram incluídas no estudo 280 gestantes, das quais 14 (5%) foram excluídas por apresentarem intercorrências maternas, abortamento tardio e impossibilidade de obtenção dos dados no pósparto. Houve correlação significativa do volume placentário com a idade gestacional (r =0,572; p<0,001) e com o peso fetal estimado (r=0,505; p<0,001). O volume placentário médio variou de 83,0 cm3 para 12 semanas a 403,1 cm3 para 38 semanas. Os índices vasculares placentários não se correlacionaram com a idade gestacional, mantendo-se constante seus valores (IV vs. IG r=0,03, p=0,61; IF vs. IG r=0,03, p=0,58; VFI vs. IG r=0,06, p=0,27). Conclusão: Foram confeccionadas curvas de volume placentário segundo a idade gestacional e o peso fetal estimado, obtendo-se valores de referência. Diferentemente dos relatos prévios, os presentes resultados mostraram distribuição constante dos índices de vascularização em diferentes idades gestacionais. / Objectives: The purpose of this study was to construct normograms of placental volume and placental vascular indices in normal gestations according to gestational age and fetal weight by three dimensional ultrasound power Doppler. Methods: A study was performed with 280 normal pregnant women presenting 12 to 38 weeks of pregnancy, during the period between March and November 2007. Study patients were submitted to ultrasound examination and placental volume was obtained through VOCAL method. Placental perfusion was evaluated through three-dimensional power Doppler indices: (VI) vascularization index, (FI) flow index and (VFI) vascularization and flow index. The inclusion criteria were singleton pregnancies without known clinical complications or fetal abnormalities. Equations and regression coefficients for placental volume and vascular indices were calculated according to gestational age and fetal weight. The 10th, 50th, and 90th percentiles of volumes by gestational age and estimated fetal weight were calculated. Results: The sample studied consisted of 280 pregnant women, 14 (5%) of whom were excluded from the final analysis due to some presented problems, such as maternal clinical complications, late abortion or impossibility to obtain childbirth data. There was a statistically significant correlation between placental volumes, gestational age (r=0.572; p<0.001) and estimated fetal weight (r= 0.505; p< 0.001). Mean placental volume ranged from 83,0cm3 at 12 weeks to 403,1cm3 at 38. All placental vascular indices showed a constant distribution throughout gestational age. (VI vs. GA r=0, 03, p=0, 61; FI vs. GA r=0, 03, p=0, 58; VFI vs. GA r=0, 06, p=0,27). Conclusion: Normograms of placental volumes according to gestational age and estimated fetal weight were described, generating references values. Differently from previous reports, our results showed constant distributions of all 3D-power Doppler placental volumes according to gestational age.
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Mensuração do volume e quantificação dos índices vasculares placentários pela ultra-sonografia tridimensional com power Doppler em gestações normais / Measurements of placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasound power Doppler in normal pregnancies

Carla Fagundes Silva de Paula 03 December 2008 (has links)
Objetivo: Confeccionar curvas de normalidade do volume e dos índices de vascularização placentária segundo a idade gestacional (IG) e o peso fetal estimado (PFE). Métodos: Durante o período compreendido entre março e novembro de 2007 foi realizado estudo observacional transversal envolvendo 280 gestantes com idades gestacionais compreendidas entre 12 a 38 semanas. As gestantes foram submetidas à ultra-sonografia para avaliação do volume placentário tridimensional calculado pelo método VOCAL com quantificação da vascularização placentária por meio dos índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de vascularização e fluxo (IVF) e índice de fluxo (IF), usando-se o power Doppler. Os critérios de inclusão foram gestações únicas com idade gestacional confirmada à ultra-sonografia, sem doenças maternas e/ou malformações fetais. Foram derivadas equações matemáticas para as curvas do volume placentário e dos índices vasculares (IF, IV e IFV) por meio de modelo de regressão linear, assim como os percentis 10, 50 e 90 para volume placentário em relação à idade gestacional e o peso fetal estimado. Resultados: Foram incluídas no estudo 280 gestantes, das quais 14 (5%) foram excluídas por apresentarem intercorrências maternas, abortamento tardio e impossibilidade de obtenção dos dados no pósparto. Houve correlação significativa do volume placentário com a idade gestacional (r =0,572; p<0,001) e com o peso fetal estimado (r=0,505; p<0,001). O volume placentário médio variou de 83,0 cm3 para 12 semanas a 403,1 cm3 para 38 semanas. Os índices vasculares placentários não se correlacionaram com a idade gestacional, mantendo-se constante seus valores (IV vs. IG r=0,03, p=0,61; IF vs. IG r=0,03, p=0,58; VFI vs. IG r=0,06, p=0,27). Conclusão: Foram confeccionadas curvas de volume placentário segundo a idade gestacional e o peso fetal estimado, obtendo-se valores de referência. Diferentemente dos relatos prévios, os presentes resultados mostraram distribuição constante dos índices de vascularização em diferentes idades gestacionais. / Objectives: The purpose of this study was to construct normograms of placental volume and placental vascular indices in normal gestations according to gestational age and fetal weight by three dimensional ultrasound power Doppler. Methods: A study was performed with 280 normal pregnant women presenting 12 to 38 weeks of pregnancy, during the period between March and November 2007. Study patients were submitted to ultrasound examination and placental volume was obtained through VOCAL method. Placental perfusion was evaluated through three-dimensional power Doppler indices: (VI) vascularization index, (FI) flow index and (VFI) vascularization and flow index. The inclusion criteria were singleton pregnancies without known clinical complications or fetal abnormalities. Equations and regression coefficients for placental volume and vascular indices were calculated according to gestational age and fetal weight. The 10th, 50th, and 90th percentiles of volumes by gestational age and estimated fetal weight were calculated. Results: The sample studied consisted of 280 pregnant women, 14 (5%) of whom were excluded from the final analysis due to some presented problems, such as maternal clinical complications, late abortion or impossibility to obtain childbirth data. There was a statistically significant correlation between placental volumes, gestational age (r=0.572; p<0.001) and estimated fetal weight (r= 0.505; p< 0.001). Mean placental volume ranged from 83,0cm3 at 12 weeks to 403,1cm3 at 38. All placental vascular indices showed a constant distribution throughout gestational age. (VI vs. GA r=0, 03, p=0, 61; FI vs. GA r=0, 03, p=0, 58; VFI vs. GA r=0, 06, p=0,27). Conclusion: Normograms of placental volumes according to gestational age and estimated fetal weight were described, generating references values. Differently from previous reports, our results showed constant distributions of all 3D-power Doppler placental volumes according to gestational age.
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Avaliação do volume e índices vasculares placentários pela ultrassonografia tridimensional em gestações com restrição grave de crescimento fetal / Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction

Abulé, Renata Montes Dourado 09 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU / INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI
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Avaliação do volume e índices vasculares placentários pela ultrassonografia tridimensional em gestações com restrição grave de crescimento fetal / Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction

Renata Montes Dourado Abulé 09 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU / INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI
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Construção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária, fetoplacentária e fetal / Reference ranges for Doppler flow velocity indices of the uteroplacental, fetoplacental and fetal circulation in normal pregnancies

Kathia Sakamoto 04 April 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A dopplervelocimetria foi incorporada à propedêutica obstétrica por ser um método rotineiro e não-invasivo, que possibilita a avaliação da função placentária e da resposta fetal à hipoxia em gestações de alto risco. Várias curvas de valores de referência dos índices dopplervelocimétricos dos vasos de interesse na especialidade já foram publicados, porém os mais antigos utilizaram tecnologia ultra-sonográfica inferior à disponível atualmente; outros apresentaram falhas na execução do estudo (por ex. tamanho e seleção da amostra, número de exames; método estatística na análise dos dados). OBJETIVO: Este estudo tem como finalidade a confecção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária (artérias uterinas direita e esquerda maternas - AUT), fetoplacentária (artérias umbilicais - AU) e fetal (artéria cerebral média - ACM, aorta torácica descendente - ATD e ducto venoso - DV), da 14ª à 42ª semana de gestação, confeccionadas a partir de dados obtidos prospectivamente e longitudinalmente, de gestações normais cujos resultados de parto e neonatal não foram adversos. MÉTODOS: As gestantes foram recrutadas e avaliadas nas unidades de atendimento pré-natal de baixo risco da Clínica Obstétrica no Setor de Avaliação da Vitalidade Fetal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; no período de abril de 2000 a maio de 2004. Das 294 pacientes que foram recrutadas, somente 154 foram selecionadas para fazer parte da amostra analisada. As 908 avaliações dopplervelocimétricas foram realizadas somente por um operador, com taxa de sucesso de exame maior que 94% para cada vaso estudado. Foram utilizados aparelhos de ultra-sonografia com Doppler pulsátil e imagem em tempo real com dispositivo de mapeamento colorido de fluxo. Na análise estatística, adotou-se método de efeitos aleatórios ou modelo de múltiplos níveis descrito por Royston (1995). A distribuição dos valores dos índices para cada idade gestacional (IG em semanas) foi estudada. Quando verificada distribuição não-normal dos valores, aplicou-se modelos de transformação, sendo escolhido o modelo mais simples. Os valores originais dos índices foram mantidos quando a transformação não surtiu melhora da distribuição dos dados. A variável tempo (IG em semanas) foi testada por modelos de transformação polinomial (polinômios fracionários), sendo escolhido aquele que apresentou melhor desempenho. RESULTADOS: Foram determinados os intervalos de referência condicional e não-condicional dos valores dos índices dopplervelocimétricos de cada vaso, utilizando-se intervalo de confiança de 90% (alfa = 0,10). Após comparação, por sobreposição das curvas obtidas, considerando-se os intervalos de referência condicional e não-condicional, optou-se pelo uso dos valores calculados a partir de intervalos de referência não-condicionais por apresentarem curvas mais suaves e os valores serem muito semelhantes. CONCLUSÃO: foram obtidas as curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das AUT, das AU, das ACM e ATD fetais (relação S/D, IP e IR); e do DV (relação S/a, IPV e IDV), da 14ª à 42ª semana de gestação, a partir de dados coletados longitudinalmente de população brasileira, apresentando os percentis 5, 50 e 95. / INTRODUCTION: The Doppler velocimetry is a non-invasive method that allows the evaluation of the placental function and the fetal response to hypoxia in high-risk pregnancies. Many publications have presented the Doppler velocimetric indices reference ranges of the vessels. However, the oldest ones used inferior Doppler ultrasound technology when compared to what is currently available. Others have shown flaws in the methods size and selection of the samples, number of exams performed, the use of inappropriate statistical method to analyze the obtained data. OBJECTIVE: The purpose of this study is to construct the normal Doppler velocimetric indices reference ranges of the uteroplacental (maternal right and left uterine arteries - UAT), fetoplacental (umbilical arteries - UA) and fetal (middle cerebral artery - MCA, descendent thoracic aorta - DTA, ductus venosus - DV) circulations. Prospective and longitudinal data was obtained from normal pregnancies from 14 to 42 gestational weeks with normal delivery and neonatal outcomes. METHODS: Pregnant women were recruited from low-risk prenatal care units, and examined in the Fetal Surveillance Unit at the Obstetric Clinic (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brazil), between April 2000 and May 2004. Two-hundred ninety-four patients were recruited and 154 qualified to be part of the sample. A total of 908 Doppler velocimetric evaluations were performed by the same operator with a success rate of greater than 94% for each vessel studied, using ultrasound equipment with pulsatile Doppler and real-time color flow mapping technology. Random effects or multilevel models described by Royston (1995) were used in the analysis of the data obtained. The indices and the gestational age (in weeks) were tested for normal distribution by using fitted models and fractional polynomials transformation, respectively. When the transformed data did not show improvement in the normal distribution, the original values were used. RESULTS: The conditional and unconditional reference intervals for the 90% confidence interval were obtained for the indices of each vessel. Since the comparison between the unconditional and conditional reference intervals curves were very similar, the curves of the unconditional reference intervals were presented as they showed smoothed lines. CONCLUSION: The normal reference ranges of the Doppler velocimetric indices S/D ration, pulsatility index (PI) and resistance index (RI) of the UAT, UA, fetal MCA and DTA; and the S/a ratio, pulsatility index for veins (IPV) and DV index (IDV) of the DV were obtained from normal pregnancies between 14 and 42 weeks\' gestation, in a prospective and longitudinal study of the Brazilian population.
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Construção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária, fetoplacentária e fetal / Reference ranges for Doppler flow velocity indices of the uteroplacental, fetoplacental and fetal circulation in normal pregnancies

Sakamoto, Kathia 04 April 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A dopplervelocimetria foi incorporada à propedêutica obstétrica por ser um método rotineiro e não-invasivo, que possibilita a avaliação da função placentária e da resposta fetal à hipoxia em gestações de alto risco. Várias curvas de valores de referência dos índices dopplervelocimétricos dos vasos de interesse na especialidade já foram publicados, porém os mais antigos utilizaram tecnologia ultra-sonográfica inferior à disponível atualmente; outros apresentaram falhas na execução do estudo (por ex. tamanho e seleção da amostra, número de exames; método estatística na análise dos dados). OBJETIVO: Este estudo tem como finalidade a confecção de curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das circulações uteroplacentária (artérias uterinas direita e esquerda maternas - AUT), fetoplacentária (artérias umbilicais - AU) e fetal (artéria cerebral média - ACM, aorta torácica descendente - ATD e ducto venoso - DV), da 14ª à 42ª semana de gestação, confeccionadas a partir de dados obtidos prospectivamente e longitudinalmente, de gestações normais cujos resultados de parto e neonatal não foram adversos. MÉTODOS: As gestantes foram recrutadas e avaliadas nas unidades de atendimento pré-natal de baixo risco da Clínica Obstétrica no Setor de Avaliação da Vitalidade Fetal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; no período de abril de 2000 a maio de 2004. Das 294 pacientes que foram recrutadas, somente 154 foram selecionadas para fazer parte da amostra analisada. As 908 avaliações dopplervelocimétricas foram realizadas somente por um operador, com taxa de sucesso de exame maior que 94% para cada vaso estudado. Foram utilizados aparelhos de ultra-sonografia com Doppler pulsátil e imagem em tempo real com dispositivo de mapeamento colorido de fluxo. Na análise estatística, adotou-se método de efeitos aleatórios ou modelo de múltiplos níveis descrito por Royston (1995). A distribuição dos valores dos índices para cada idade gestacional (IG em semanas) foi estudada. Quando verificada distribuição não-normal dos valores, aplicou-se modelos de transformação, sendo escolhido o modelo mais simples. Os valores originais dos índices foram mantidos quando a transformação não surtiu melhora da distribuição dos dados. A variável tempo (IG em semanas) foi testada por modelos de transformação polinomial (polinômios fracionários), sendo escolhido aquele que apresentou melhor desempenho. RESULTADOS: Foram determinados os intervalos de referência condicional e não-condicional dos valores dos índices dopplervelocimétricos de cada vaso, utilizando-se intervalo de confiança de 90% (alfa = 0,10). Após comparação, por sobreposição das curvas obtidas, considerando-se os intervalos de referência condicional e não-condicional, optou-se pelo uso dos valores calculados a partir de intervalos de referência não-condicionais por apresentarem curvas mais suaves e os valores serem muito semelhantes. CONCLUSÃO: foram obtidas as curvas de normalidade dos índices dopplervelocimétricos das AUT, das AU, das ACM e ATD fetais (relação S/D, IP e IR); e do DV (relação S/a, IPV e IDV), da 14ª à 42ª semana de gestação, a partir de dados coletados longitudinalmente de população brasileira, apresentando os percentis 5, 50 e 95. / INTRODUCTION: The Doppler velocimetry is a non-invasive method that allows the evaluation of the placental function and the fetal response to hypoxia in high-risk pregnancies. Many publications have presented the Doppler velocimetric indices reference ranges of the vessels. However, the oldest ones used inferior Doppler ultrasound technology when compared to what is currently available. Others have shown flaws in the methods size and selection of the samples, number of exams performed, the use of inappropriate statistical method to analyze the obtained data. OBJECTIVE: The purpose of this study is to construct the normal Doppler velocimetric indices reference ranges of the uteroplacental (maternal right and left uterine arteries - UAT), fetoplacental (umbilical arteries - UA) and fetal (middle cerebral artery - MCA, descendent thoracic aorta - DTA, ductus venosus - DV) circulations. Prospective and longitudinal data was obtained from normal pregnancies from 14 to 42 gestational weeks with normal delivery and neonatal outcomes. METHODS: Pregnant women were recruited from low-risk prenatal care units, and examined in the Fetal Surveillance Unit at the Obstetric Clinic (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, SP, Brazil), between April 2000 and May 2004. Two-hundred ninety-four patients were recruited and 154 qualified to be part of the sample. A total of 908 Doppler velocimetric evaluations were performed by the same operator with a success rate of greater than 94% for each vessel studied, using ultrasound equipment with pulsatile Doppler and real-time color flow mapping technology. Random effects or multilevel models described by Royston (1995) were used in the analysis of the data obtained. The indices and the gestational age (in weeks) were tested for normal distribution by using fitted models and fractional polynomials transformation, respectively. When the transformed data did not show improvement in the normal distribution, the original values were used. RESULTS: The conditional and unconditional reference intervals for the 90% confidence interval were obtained for the indices of each vessel. Since the comparison between the unconditional and conditional reference intervals curves were very similar, the curves of the unconditional reference intervals were presented as they showed smoothed lines. CONCLUSION: The normal reference ranges of the Doppler velocimetric indices S/D ration, pulsatility index (PI) and resistance index (RI) of the UAT, UA, fetal MCA and DTA; and the S/a ratio, pulsatility index for veins (IPV) and DV index (IDV) of the DV were obtained from normal pregnancies between 14 and 42 weeks\' gestation, in a prospective and longitudinal study of the Brazilian population.

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