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O TANATOPODER E AS EPIDEMIAS: discurso civilizador e saúde pública no centro urbano de São Luís no início do século XX / THE TANATOPODER AND THE EPIDEMICS: civilizing discourse and public health in the inner city of São Luís in the early twentieth centuryBezerra, Mariza Pinheiro 21 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-21 / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO DO MARANHÃO / Analysis of social control exercised before the dead bodies in the inner city of São Luís - MA, in the early twentieth century (1900-1905). The early years of the twentieth century to society ludovicense were marked by outbreaks of smallpox and bubonic plague, and various public health problems. The presence of these diseases and epidemics also listed among the population Tanatopoder encouraged the emergence of the region, whose aim was to exert social control before the dead bodies, considered at the time, vectors of disease. This is a historical, genealogical character who tries to reveal the dispute between some instances of power (São Luís Public Administration - supported by scientism of the time, the Ecclesiastical Discourse and Market) before the dead bodies. Based on documents from the Province of Hygiene of the State of Maranhão (letters and reports), speeches of the political, journalistic discourses, literature and books of doctors in the period, presents initially the urban characteristics, and economic health of São Luís then characterized the civilizing discourse ludovicense that, based on principles of biopolitics in effect, encouraged social practices aimed at standardizing the dead under the guise of health of the living. Finally, it identifies the emergence of a market in this area that speech on the principles of asepsis missed the dead and new consumption patterns, weakened the role of religious discourse in the face of human finitude and proposed a new model of dying. / Análise do controle social exercido perante os corpos mortos no centro urbano de São Luís - MA, no início do século XX (1900-1905). Os anos iniciais do século XX para a sociedade ludovicense foram marcados pelos surtos de varíola e peste bubônica, além de vários problemas de saúde pública. A presença dessas doenças e as endemias também constantes entre a população incentivou a emergência do Tanatopoder na região, cujo objetivo era exercer controle social perante os corpos falecidos, considerados à época, vetores de epidemias. Trata-se de uma pesquisa histórica, de caráter genealógico que busca evidenciar a disputa entre algumas instâncias de poder (Administração pública de São Luís apoiada pelo cientificismo da época, o Discurso Eclesiástico e o Mercado) perante os corpos mortos. Com base em documentos da Inspetoria de Higiene do Estado do Maranhão (relatórios e ofícios), falas de autoridades políticas, discursos jornalísticos, literaturas e livros de médicos atuantes no período, apresenta-se, inicialmente, as características urbanas, sanitárias e econômicas de São Luís. Em seguida, caracteriza-se o discurso civilizador ludovicense que, alicerçado em princípios da biopolítica vigente, incentivou práticas de normalização social voltadas para os mortos, sob o pretexto da saúde dos vivos. Por fim, identifica-se a emergência de um discurso mercantil nessa área que, ligado a preceitos da assepsia dispensada aos mortos, a civilização dos costumes funerários e novos modelos de consumo, enfraqueceu a atuação do discurso religioso perante a finitude humana, propondo, assim, um novo modelo de morrer.
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