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Aborto: um fen?meno sem lugar ? uma experi?ncia de plant?o psicol?gico a mulheres em situa??o de abortamentoRebou?as, Melina S?fora Souza 27 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / O presente estudo discorre sobre a experi?ncia de um servi?o de plant?o psicol?gico na
Maternidade Escola Janu?rio Cicco (MEJC), na cidade de Natal, e apresenta como objetivo
principal investigar os limites e as possibilidades dessa pr?tica, ao oferecer atendimento para
mulheres em situa??o de abortamento. O Minist?rio da Sa?de considera o aborto um grave
problema de sa?de p?blica no Brasil e reconhece as repercuss?es que este provoca na vida
pessoal e familiar das mulheres, principalmente as jovens, em plena idade produtiva e
reprodutiva, que, se n?o forem amparadas, podem sofrer graves sequelas f?sicas e psicol?gicas.
Esta pesquisa insere-se no campo das pr?ticas psicol?gicas em institui??o, as quais visam
oferecer, por meio de modalidades diversas, entre elas o plant?o psicol?gico, uma aten??o
psicol?gica nas institui??es. A aten??o refere-se ao acolhimento daquele que sofre no momento
da crise e nos mais diversos contextos onde se fa?a presente uma demanda. Os sentidos dessa
experi?ncia foram analisados ? luz da hermen?utica heideggeriana, que busca um determinado
aspecto da realidade que se pretende conhecer/compreender, acompanhando o pr?prio
movimento do homem em sua exist?ncia. Elegeram-se a cartografia e o di?rio de bordo escrito
na forma de narrativa como recursos que possibilitam uma aproxima??o da experi?ncia
cotidiana. O plant?o foi realizado no setor de curetagem da MEJC, no per?odo de mar?o de
2013 a fevereiro de 2014, todas as ter?as e quintas, das 9h ?s 12h. A trama existencial destecida
nessa experi?ncia revelou algumas possibilidades e limites da pr?tica do plant?o no contexto
estudado. Entre as possibilidades, o plant?o favoreceu ?s mulheres em situa??o de abortamento
a produ??o de novos sentidos, como: perceber a necessidade de retomar o cuidado de si; ver
no encaminhamento para a psicoterapia uma possibilidade de lidar com a perda vivenciada ou
com outras quest?es de suas vidas; ampliar suas possibilidades de escolha; repensar sua vida
sexual e reprodutiva; e rever suas rela??es afetivas e seus projetos de vida. O plant?o
apresentou-se como um dispositivo de cuidado em sa?de ao sensibilizar as mulheres a
buscarem as condi??es necess?rias para cuidar de sua sa?de e a questionarem o que naquele
ambiente era encarado como natural. O plant?o revelou-se como uma pr?tica condizente com
as demandas da sa?de p?blica ao criar/inventar modos de atender ?s necessidades das mulheres.
Al?m disso, promoveu uma abertura no horizonte t?cnico das mulheres, o que foi visto a partir
do aparecimento de quest?es para al?m da sa?de f?sica. Quanto aos limites, algumas demandas
extrapolaram o servi?o de plant?o e exigiram encaminhamento para acompanhamento
psicol?gico e outros servi?os especializados. O plant?o n?o conseguiu abarcar a totalidade das
demandas existentes no setor e n?o sensibilizou a equipe de sa?de em rela??o ? sua procura e
a uma mudan?a de postura para al?m do saber t?cnico. Por?m, embora n?o tenha realizado
mudan?as concretas nesse contexto, denunciou suas principais dificuldades, como o despreparo
da equipe de sa?de em lidar com o aborto para al?m dos procedimentos t?cnicos e a
precariedade da infraestrutura e dos servi?os oferecidos. Por fim, o plant?o representou uma
morada para as mulheres em situa??o de abortamento, permitindo que o seu sofrimento tivesse
um lugar. / The present paper discusses the experience of a psychological emergency attendance in
Maternidade Escola Janu?rio Cicco (MEJC) in Natal and has as main objective to investigate
the limits and possibilities of this practice in offering psychological care to women in abortion
situation. The Ministry of Health considers the abortion a serious medical problem in Brazil
and acknowledge the repercussions it causes in personal life and between the women?s family,
most of all among the younger ones, in fully productive and reproductive age, that if not
supported may suffer deep psychological and physical wounds. This research inserts itself in
the field of psychological practices in institutions, by many ways, and aim to offer, by different
approaches, among then the psychological emergency attendance, a psychological attention at
the institutions. This attention refers to a care during the suffering at the time of crisis and in
the many ways that the problem is present. The results were analyzed at a heideggerian
hermeneutics optics, which search a determined aspect of reality that intends to
know/understand, accompanied by the man?s own movement in existence. The cartography
and the logbook were chosen in narrative form as a resource to allow the approximation of
daily experience. The emergency psychological attendance was realized on curettage setor of
MEJC between march of 2013 and february 2014 at tuesdays and Thursdays from 9h to 12h.
The existential plot unveiled at this experience showed some possibilities and limits of
emergency psychological attendance as studied. Among the possibilities, the emergency
attendance helped the women that suffered an abortion to find new meanings, as: realize the
need to self-care; see in the attendance a way to cope with the lost or other issues in their life?s;
to enlarge the possibilities of her choice; to rethink her sex e reproductive life, and rethink her
relationships and life projects. The attendance has proven itself as a health care mechanism
showing the women the need to search for the necessary condition to self-care and to question
what in that environment was saw as natural. The attendance showed itself as a suitable practice
to the health care demand by creating/inventing ways of meet the woman needs. The attendance
promoted an opening at the technical horizons of women?s, what was realized when the
complaints moved past the physical health. As refered to the limits, some needs was beyond
the emergency attendance service and demanded forwarding to regular psychological care or
others specialized services. The service was not able to attend all of the demands of the sector.
The attendance did not touched the medical staff to its need or made a change in posture to act
beyond the technicality. The attendance, although has not made change in this context, was
able to show the main difficulties, like the lack on prepare of the medical staff to deal with the
abortion past beyond the technical procedure and the precariousness of the infrastructure of the
services offered. At last, the attendance represented a shelter to the women in abortion situation,
allowing the suffering to have a place.
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Cuidados paliativos e ser-para-morte: reflex?es sobre um atendimento psicol?gicoMendon?a, Anna Valeska Proc?pio de Moura 03 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-03 / Death is a theme that fascinates, though at the same time, frightens and uneasy the human
being, despite the finitude being present at our daily lives. In each historical time, death has
been represented in a peculiar way, from familiar death (at Middle Ages), to interdicted death
(at contemporary times). Through this path it‟s possible to recognize several attitudes and
stages front of death and the process of dying as possibilities of coping and the understanding
of these occurrences. In other hand, the palliative care proposal came as a humanized
attention, front of the human finitude, recognizing death as a part of the vital cycle. The
Brazilian reality, in this context, still faces a lot of political, economic and social barriers that
makes difficult the consolidation of palliative care at the death process in the Brazilian Health
Care policies. Currently, according to the Brazilian Palliative Care Association, Brazil
presents an average of 40 services with this proposal. Such data portray our inexpressive
condition in relation to these cares when considering the territorial extension and population
of our country. Considering this scenario is relevant think about death and the process of
dying at contemporary times, at a health context in which palliative care, when trying to
humanize the process of dying, bring to light the issue of human finitude and the beingtowards-
death, as thought by the philosopher Martin Heidegger. According to him, the human
being (Dasein) is constituted as a being-towards-death, once death is its most own
potentiality-for-bein and its last possibility to be lived. In view of the ideas presented, the
proposed study appears as a qualitative research of existential-phenomenological inspiration
and aims to understand the experience of being-toward-death from the psychological care to a
person out of possibilities of cure living on palliative cares. The psychological care happened
at the patient‟s home, understanding the clinical process of being-with-the-other from the
written reports of the psychology/researcher, by the accompanying sessions, configured as an
experience report. These reports are focused on the experiences lived by the patient, as well as
apprehended by the psychologist at the intersubjectivity relation and its own experience with
Dasein and, therefore, being-toward-death. The reports were hermeneutically interpreted,
from the senses that emerged in this process, considering the notion of being-toward-death
proposed by Heidegger. Furthermore, it was important to dialogue with other authors that
approached the studied theme. It is perceived, through brief and meaningful reflections about
the clinical treatments started, that the experience of illness with no possibilities of cure
makes the Dasein revises feelings and experiences that were marked at the temporality and
historicity of existence. It is a stage of life in which the cultural dimension and the common
sense of finitude, often gains ground in the human condition, taken in its ordinary sense,
unlike the way it has been thought from an ontological and existential perspective of death.
Thus, there are singulars and revealing paths in the palliative care scenery as possible ways
for authenticity of being-toward-death / A morte ? um tema que fascina, mas que ao mesmo tempo assusta e inquieta o ser humano,
embora a finitude esteja sempre presente no nosso dia-a-dia. Em cada tempo hist?rico, a
morte foi representada de modo peculiar, desde a morte familiar, na Idade M?dia, ? morte
interditada, na contemporaneidade. Nesse percurso, s?o reconhecidas as diversas atitudes e
est?gios diante da morte e o processo de morrer como possibilidades de enfrentamento e
compreens?o destas ocorr?ncias. Por outro lado, a proposta de cuidados paliativos surgiu
como uma aten??o humanizada diante da finitude humana, reconhecendo a morte como parte
do ciclo vital. A realidade brasileira, nesse contexto, ainda vivencia muitos entraves pol?ticos,
econ?micos e sociais que dificultam a consolida??o dos cuidados paliativos perante o
processo de morrer na pol?tica da Sa?de Brasileira. Atualmente, segundo a Associa??o
Brasileira de Cuidados Paliativos, o Brasil apresenta, em m?dia, 40 servi?os com essa
proposta. Tais dados retratam a nossa condi??o inexpressiva, em rela??o a esses cuidados, se
levarmos em considera??o a extens?o territorial e a popula??o do nosso pa?s. Diante desse
cen?rio ? pertinente refletir acerca da morte e o processo de morrer na contemporaneidade,
num contexto de sa?de em que os cuidados paliativos, ao tentarem humanizar o processo de
morrer, trazem ? tona a quest?o da finitude humana e o ser-para-morte, tal como pensado pelo
fil?sofo Martin Heidegger. Segundo este, o ser humano, Dasein, se constitui como um serpara-
morte, uma vez que a morte ? o seu poder-ser mais pr?prio e a sua ?ltima possibilidade a
ser vivida. Em face das ideias apresentadas, o estudo proposto configura-se como uma
pesquisa qualitativa de inspira??o fenomenol?gico-existencial e tem como objetivo
compreender a viv?ncia de ser-para-a-morte a partir do atendimento psicol?gico a uma
pessoa fora de possibilidades de cura vivenciando os cuidados paliativos. O atendimento
psicol?gico foi desenvolvido em domic?lio a um paciente que se encontrava nessas condi??es,
compreendendo o processo cl?nico de ser-com-o-outro a partir dos relatos escritos da
psic?loga/pesquisadora, por meio das sess?es de acompanhamento, configurando-se como
relato de experi?ncia. Estes focalizam a experi?ncia vivida pelo paciente, tal como apreendida
pela psic?loga na rela??o de intersubjetividades e a sua pr?pria experi?ncia como Dasein e,
portanto, ser-para-a-morte. Os relatos foram interpretados hermeneuticamente, a partir dos
sentidos que emergiram nesse processo, considerando a no??o de ser-para-a-morte proposta
por Heidegger. Al?m disso, foi importante dialogar com os outros autores que abordam a
tem?tica estudada. Pode-se perceber, atrav?s de breves e significativas reflex?es acerca dos
atendimentos cl?nicos iniciados, que a viv?ncia da doen?a sem possibilidades de cura
proporciona ao Dasein reverem sentimentos e viv?ncias marcados na temporalidade e
historicidade da exist?ncia. ? um est?gio da vida em que a dimens?o cultural e do senso
comum da finitude, muitas vezes, ganha espa?o na condi??o humana, tomada no seu sentido
vulgar, diferentemente da forma como tem sido pensada numa perspectiva ontol?gica e
existencial da morte. Portanto, h? percursos singulares e reveladores no cen?rio da assist?ncia
em cuidados paliativos como caminhos poss?veis para a autenticidade de ser-para-a-morte
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