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Aborto: um fen?meno sem lugar ? uma experi?ncia de plant?o psicol?gico a mulheres em situa??o de abortamento

Rebou?as, Melina S?fora Souza 27 March 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-03-22T00:00:08Z No. of bitstreams: 1 MelinaSeforaSouzaReboucas_TESE.pdf: 1506536 bytes, checksum: 1ea4855a9413cb151437328a54af22fd (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-03-22T20:08:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MelinaSeforaSouzaReboucas_TESE.pdf: 1506536 bytes, checksum: 1ea4855a9413cb151437328a54af22fd (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-22T20:08:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MelinaSeforaSouzaReboucas_TESE.pdf: 1506536 bytes, checksum: 1ea4855a9413cb151437328a54af22fd (MD5) Previous issue date: 2015-03-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / O presente estudo discorre sobre a experi?ncia de um servi?o de plant?o psicol?gico na Maternidade Escola Janu?rio Cicco (MEJC), na cidade de Natal, e apresenta como objetivo principal investigar os limites e as possibilidades dessa pr?tica, ao oferecer atendimento para mulheres em situa??o de abortamento. O Minist?rio da Sa?de considera o aborto um grave problema de sa?de p?blica no Brasil e reconhece as repercuss?es que este provoca na vida pessoal e familiar das mulheres, principalmente as jovens, em plena idade produtiva e reprodutiva, que, se n?o forem amparadas, podem sofrer graves sequelas f?sicas e psicol?gicas. Esta pesquisa insere-se no campo das pr?ticas psicol?gicas em institui??o, as quais visam oferecer, por meio de modalidades diversas, entre elas o plant?o psicol?gico, uma aten??o psicol?gica nas institui??es. A aten??o refere-se ao acolhimento daquele que sofre no momento da crise e nos mais diversos contextos onde se fa?a presente uma demanda. Os sentidos dessa experi?ncia foram analisados ? luz da hermen?utica heideggeriana, que busca um determinado aspecto da realidade que se pretende conhecer/compreender, acompanhando o pr?prio movimento do homem em sua exist?ncia. Elegeram-se a cartografia e o di?rio de bordo escrito na forma de narrativa como recursos que possibilitam uma aproxima??o da experi?ncia cotidiana. O plant?o foi realizado no setor de curetagem da MEJC, no per?odo de mar?o de 2013 a fevereiro de 2014, todas as ter?as e quintas, das 9h ?s 12h. A trama existencial destecida nessa experi?ncia revelou algumas possibilidades e limites da pr?tica do plant?o no contexto estudado. Entre as possibilidades, o plant?o favoreceu ?s mulheres em situa??o de abortamento a produ??o de novos sentidos, como: perceber a necessidade de retomar o cuidado de si; ver no encaminhamento para a psicoterapia uma possibilidade de lidar com a perda vivenciada ou com outras quest?es de suas vidas; ampliar suas possibilidades de escolha; repensar sua vida sexual e reprodutiva; e rever suas rela??es afetivas e seus projetos de vida. O plant?o apresentou-se como um dispositivo de cuidado em sa?de ao sensibilizar as mulheres a buscarem as condi??es necess?rias para cuidar de sua sa?de e a questionarem o que naquele ambiente era encarado como natural. O plant?o revelou-se como uma pr?tica condizente com as demandas da sa?de p?blica ao criar/inventar modos de atender ?s necessidades das mulheres. Al?m disso, promoveu uma abertura no horizonte t?cnico das mulheres, o que foi visto a partir do aparecimento de quest?es para al?m da sa?de f?sica. Quanto aos limites, algumas demandas extrapolaram o servi?o de plant?o e exigiram encaminhamento para acompanhamento psicol?gico e outros servi?os especializados. O plant?o n?o conseguiu abarcar a totalidade das demandas existentes no setor e n?o sensibilizou a equipe de sa?de em rela??o ? sua procura e a uma mudan?a de postura para al?m do saber t?cnico. Por?m, embora n?o tenha realizado mudan?as concretas nesse contexto, denunciou suas principais dificuldades, como o despreparo da equipe de sa?de em lidar com o aborto para al?m dos procedimentos t?cnicos e a precariedade da infraestrutura e dos servi?os oferecidos. Por fim, o plant?o representou uma morada para as mulheres em situa??o de abortamento, permitindo que o seu sofrimento tivesse um lugar. / The present paper discusses the experience of a psychological emergency attendance in Maternidade Escola Janu?rio Cicco (MEJC) in Natal and has as main objective to investigate the limits and possibilities of this practice in offering psychological care to women in abortion situation. The Ministry of Health considers the abortion a serious medical problem in Brazil and acknowledge the repercussions it causes in personal life and between the women?s family, most of all among the younger ones, in fully productive and reproductive age, that if not supported may suffer deep psychological and physical wounds. This research inserts itself in the field of psychological practices in institutions, by many ways, and aim to offer, by different approaches, among then the psychological emergency attendance, a psychological attention at the institutions. This attention refers to a care during the suffering at the time of crisis and in the many ways that the problem is present. The results were analyzed at a heideggerian hermeneutics optics, which search a determined aspect of reality that intends to know/understand, accompanied by the man?s own movement in existence. The cartography and the logbook were chosen in narrative form as a resource to allow the approximation of daily experience. The emergency psychological attendance was realized on curettage setor of MEJC between march of 2013 and february 2014 at tuesdays and Thursdays from 9h to 12h. The existential plot unveiled at this experience showed some possibilities and limits of emergency psychological attendance as studied. Among the possibilities, the emergency attendance helped the women that suffered an abortion to find new meanings, as: realize the need to self-care; see in the attendance a way to cope with the lost or other issues in their life?s; to enlarge the possibilities of her choice; to rethink her sex e reproductive life, and rethink her relationships and life projects. The attendance has proven itself as a health care mechanism showing the women the need to search for the necessary condition to self-care and to question what in that environment was saw as natural. The attendance showed itself as a suitable practice to the health care demand by creating/inventing ways of meet the woman needs. The attendance promoted an opening at the technical horizons of women?s, what was realized when the complaints moved past the physical health. As refered to the limits, some needs was beyond the emergency attendance service and demanded forwarding to regular psychological care or others specialized services. The service was not able to attend all of the demands of the sector. The attendance did not touched the medical staff to its need or made a change in posture to act beyond the technicality. The attendance, although has not made change in this context, was able to show the main difficulties, like the lack on prepare of the medical staff to deal with the abortion past beyond the technical procedure and the precariousness of the infrastructure of the services offered. At last, the attendance represented a shelter to the women in abortion situation, allowing the suffering to have a place.
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Cuidados paliativos e ser-para-morte: reflex?es sobre um atendimento psicol?gico

Mendon?a, Anna Valeska Proc?pio de Moura 03 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:39:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AnnaVPMM_DISSERT.pdf: 1711640 bytes, checksum: 3bc464f995fcfef467668a79f0dbba8c (MD5) Previous issue date: 2012-12-03 / Death is a theme that fascinates, though at the same time, frightens and uneasy the human being, despite the finitude being present at our daily lives. In each historical time, death has been represented in a peculiar way, from familiar death (at Middle Ages), to interdicted death (at contemporary times). Through this path it‟s possible to recognize several attitudes and stages front of death and the process of dying as possibilities of coping and the understanding of these occurrences. In other hand, the palliative care proposal came as a humanized attention, front of the human finitude, recognizing death as a part of the vital cycle. The Brazilian reality, in this context, still faces a lot of political, economic and social barriers that makes difficult the consolidation of palliative care at the death process in the Brazilian Health Care policies. Currently, according to the Brazilian Palliative Care Association, Brazil presents an average of 40 services with this proposal. Such data portray our inexpressive condition in relation to these cares when considering the territorial extension and population of our country. Considering this scenario is relevant think about death and the process of dying at contemporary times, at a health context in which palliative care, when trying to humanize the process of dying, bring to light the issue of human finitude and the beingtowards- death, as thought by the philosopher Martin Heidegger. According to him, the human being (Dasein) is constituted as a being-towards-death, once death is its most own potentiality-for-bein and its last possibility to be lived. In view of the ideas presented, the proposed study appears as a qualitative research of existential-phenomenological inspiration and aims to understand the experience of being-toward-death from the psychological care to a person out of possibilities of cure living on palliative cares. The psychological care happened at the patient‟s home, understanding the clinical process of being-with-the-other from the written reports of the psychology/researcher, by the accompanying sessions, configured as an experience report. These reports are focused on the experiences lived by the patient, as well as apprehended by the psychologist at the intersubjectivity relation and its own experience with Dasein and, therefore, being-toward-death. The reports were hermeneutically interpreted, from the senses that emerged in this process, considering the notion of being-toward-death proposed by Heidegger. Furthermore, it was important to dialogue with other authors that approached the studied theme. It is perceived, through brief and meaningful reflections about the clinical treatments started, that the experience of illness with no possibilities of cure makes the Dasein revises feelings and experiences that were marked at the temporality and historicity of existence. It is a stage of life in which the cultural dimension and the common sense of finitude, often gains ground in the human condition, taken in its ordinary sense, unlike the way it has been thought from an ontological and existential perspective of death. Thus, there are singulars and revealing paths in the palliative care scenery as possible ways for authenticity of being-toward-death / A morte ? um tema que fascina, mas que ao mesmo tempo assusta e inquieta o ser humano, embora a finitude esteja sempre presente no nosso dia-a-dia. Em cada tempo hist?rico, a morte foi representada de modo peculiar, desde a morte familiar, na Idade M?dia, ? morte interditada, na contemporaneidade. Nesse percurso, s?o reconhecidas as diversas atitudes e est?gios diante da morte e o processo de morrer como possibilidades de enfrentamento e compreens?o destas ocorr?ncias. Por outro lado, a proposta de cuidados paliativos surgiu como uma aten??o humanizada diante da finitude humana, reconhecendo a morte como parte do ciclo vital. A realidade brasileira, nesse contexto, ainda vivencia muitos entraves pol?ticos, econ?micos e sociais que dificultam a consolida??o dos cuidados paliativos perante o processo de morrer na pol?tica da Sa?de Brasileira. Atualmente, segundo a Associa??o Brasileira de Cuidados Paliativos, o Brasil apresenta, em m?dia, 40 servi?os com essa proposta. Tais dados retratam a nossa condi??o inexpressiva, em rela??o a esses cuidados, se levarmos em considera??o a extens?o territorial e a popula??o do nosso pa?s. Diante desse cen?rio ? pertinente refletir acerca da morte e o processo de morrer na contemporaneidade, num contexto de sa?de em que os cuidados paliativos, ao tentarem humanizar o processo de morrer, trazem ? tona a quest?o da finitude humana e o ser-para-morte, tal como pensado pelo fil?sofo Martin Heidegger. Segundo este, o ser humano, Dasein, se constitui como um serpara- morte, uma vez que a morte ? o seu poder-ser mais pr?prio e a sua ?ltima possibilidade a ser vivida. Em face das ideias apresentadas, o estudo proposto configura-se como uma pesquisa qualitativa de inspira??o fenomenol?gico-existencial e tem como objetivo compreender a viv?ncia de ser-para-a-morte a partir do atendimento psicol?gico a uma pessoa fora de possibilidades de cura vivenciando os cuidados paliativos. O atendimento psicol?gico foi desenvolvido em domic?lio a um paciente que se encontrava nessas condi??es, compreendendo o processo cl?nico de ser-com-o-outro a partir dos relatos escritos da psic?loga/pesquisadora, por meio das sess?es de acompanhamento, configurando-se como relato de experi?ncia. Estes focalizam a experi?ncia vivida pelo paciente, tal como apreendida pela psic?loga na rela??o de intersubjetividades e a sua pr?pria experi?ncia como Dasein e, portanto, ser-para-a-morte. Os relatos foram interpretados hermeneuticamente, a partir dos sentidos que emergiram nesse processo, considerando a no??o de ser-para-a-morte proposta por Heidegger. Al?m disso, foi importante dialogar com os outros autores que abordam a tem?tica estudada. Pode-se perceber, atrav?s de breves e significativas reflex?es acerca dos atendimentos cl?nicos iniciados, que a viv?ncia da doen?a sem possibilidades de cura proporciona ao Dasein reverem sentimentos e viv?ncias marcados na temporalidade e historicidade da exist?ncia. ? um est?gio da vida em que a dimens?o cultural e do senso comum da finitude, muitas vezes, ganha espa?o na condi??o humana, tomada no seu sentido vulgar, diferentemente da forma como tem sido pensada numa perspectiva ontol?gica e existencial da morte. Portanto, h? percursos singulares e reveladores no cen?rio da assist?ncia em cuidados paliativos como caminhos poss?veis para a autenticidade de ser-para-a-morte

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