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Colaboração interprofissional entre docente de ensino superior e profissionais de saúde da estratégia de saúde da família em Juazeiro do Norte: estudo de caso. / Lecturer in Interprofessional Collaboration between Higher Education and Professional Health Family Health Strategy in Juazeiro: Case Study.

Rocha Araújo, Francisca Alanny January 2013 (has links)
ROCHA, F.A.A Colaboração interprofissional entre docente de ensino superior e profissionais de saúde da estratégia de saúde da família em Juazeiro do Norte: estudo de caso. 2013. 106 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) - Campus Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2013. / Submitted by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2017-09-27T12:41:40Z No. of bitstreams: 1 2013_dis_faarocha.pdf: 835020 bytes, checksum: a554d2b40a25d4e467a4f83b46b3baae (MD5) / Approved for entry into archive by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2017-10-05T15:23:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_dis_faarocha.pdf: 835020 bytes, checksum: a554d2b40a25d4e467a4f83b46b3baae (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-05T15:23:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_dis_faarocha.pdf: 835020 bytes, checksum: a554d2b40a25d4e467a4f83b46b3baae (MD5) Previous issue date: 2013 / This is a case study, qualitative approach, exploratory. The theoretical framework that guided the creation, design and the process of data collection, creation of research tools and further analysis of the data corpus paid field work was the concept of interprofessional collaboration and Typology of Interprofessional Collaboration D'AMOUR et al. (2008). The study took place in the town of Juazeiro where we investigated the collaborative process of managers and teachers from three private institutions that adopt the Family Health Strategy (FHS) as a field internship curriculum for their students, and managers and professional teams FHS. Data collection occurred during the month of August 2011 and in October 2012, having used the following techniques: field diary, open interview and review and analysis of documents with registration agreements and partnerships between the Municipal Health and HEIs. We analyzed each institution separately, discussing the process of interprofessional collaboration between teachers and health professionals, considering four dimensions: governance, shared goals and vision, formalization and internalisation, and ten indicators of the model reproduced schematically in chart Kiviat. To construct the graph of each IES, analyzed the interviewees' discourse, seeking to promote the mainstreaming of interviews of professionals from the municipal health system, which allowed visualization of the level of collaboration between organizations. The study was submitted to the Ethics Committee of the Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Protocol n ° 911. Thus, considering the question posed, the inferences regarding interprofessional collaboration between IES investigated and the ESF contribute incipient to the quality of undergraduate training and continuing education of professionals FHS has many weaknesses. The workspace of health facilities does not seem to be seen as a common ground for teachers, students and health professionals, and it probably results from a lack of leadership that lead the integration, aiming at strengthening practices qualified health community. Further research revealed the importance of inter-institutional and inter to promote activities such as health education, which end up being left in the background by the bureaucratization of work processes and the immediate demand that must be met in FHS units. It would be a fundamental approach of health literature that deals with the integration of teaching and service to bring clarity of what it means and what it proposes. Despite the limitations of the research, we did not assess, for example, the results of this process in vocational training, this can help to awaken in IES managers and health care systems and the need for closer ties to contribute to strengthening the quality of attention, promotion and continuing health education. / Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, do tipo exploratório. O referencial teórico que orientou a criação, o desenho e o processo de coleta dos dados, a criação dos instrumentos de pesquisa e a posterior análise do corpus de dados integralizado no trabalho de campo foi o conceito de colaboração interprofissional e a Tipologia da Colaboração Interprofissional de D’AMOUR et al.(2008). O estudo ocorreu no município de Juazeiro do Norte ondefoi investigado o processo de colaboração de gestores e docentes de três IES privadas que adotam a Estratégia Saúde da Família (ESF) como campo de estágio curricular para os seus discentes, e gestores e profissionais das equipes da ESF. A coleta de dados ocorreu durante o mês de agosto de 2011 e em outubro de 2012, tendo-seutilizadoas seguintes técnicas: diário de campo, entrevista aberta e revisão e análise de documentos comregistro de acordos e parcerias entre a Secretaria Municipal de Saúde e as IES. Analisou-se cada instituição separadamente, discutindo o processo de colaboração interprofissional entre docentes e profissionais de saúde, considerando quatro dimensões: governança, objetivos e visão compartilhadas, formalização e internalização, e dez indicadores do modelo, reproduzido de forma esquemática no gráfico de Kiviat. Para a construção do gráfico de cada IES, analisou-se as falas dos entrevistados, buscando promover a transversalidade das entrevistas dos profissionais do sistema municipal de saúde, o que permitiu visualizar o nível de colaboração entre as organizações. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), protocolo n° 911. Desta forma, considerando a questão proposta, as inferências quanto à colaboração interprofissional entre as IES investigadas e a ESF contribuem de forma bastante incipiente para a qualidade da formação de graduandos e a educação permanente dos profissionais da ESF, apresenta muitas fragilidades. O espaço de trabalho das unidades de saúde parece não ser visto como campo comum para professores, estudantes e profissionais de saúde e isso resulta provavelmente da falta de lideranças que induzam a integração, objetivando o fortalecimento de práticas qualificadas de saúde à comunidade. Ademais a investigação revelou a importância da articulação interinstitucional e interprofissional para a promoção de atividades, como as de educação em saúde, que acabam sendo deixadas em segundo plano pela burocratização dos processos de trabalho e pela demanda imediata que precisa ser atendida nas unidades da ESF. Seria fundamental uma aproximação dos profissionais de saúde à literatura que trata da integração ensino-serviço para que haja clareza do que significa e do que propõe. Apesar das limitações da pesquisa, que não avaliou, por exemplo, os resultados deste processo na formação profissional, esta pode contribuir para despertar nos gestores de IES e de sistemas e serviços de saúde a necessidade de estreitar laços para contribuir com o fortalecimento da qualidade da atenção, da promoção e da educação permanente em saúde.
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Colaboração Interprofissional no Sistema Municipal Saúde Escola de Sobral / Interprofessional collaboration in Sobral-CE Health System School

Magalhães Torres, Jander January 2012 (has links)
TORRES, J.M. Colaboração Interprofissional no Sistema Municipal Saúde Escola de Sobral. 2012. 118 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) - Campus Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2012. / Submitted by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2017-09-27T13:26:15Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_jmtorres.pdf: 1832074 bytes, checksum: 2d94ccaea9aa7cde799e926d820c4472 (MD5) / Approved for entry into archive by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2017-10-05T15:37:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_jmtorres.pdf: 1832074 bytes, checksum: 2d94ccaea9aa7cde799e926d820c4472 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-05T15:37:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_jmtorres.pdf: 1832074 bytes, checksum: 2d94ccaea9aa7cde799e926d820c4472 (MD5) Previous issue date: 2012 / The concept of Health System School can be defined as a management strategy idea whose strength is to transform all health services in areas of teaching and learning, with the aim of improving the quality of service, professional development of health workers and provide contextualized training professionals according to the needs of the Unified Health System (SUS). In Sobral, city university vocation that is home to two higher education institutions (HEIs) public and two private, structuring Health System School started from the implementation of a process of continuing health education in the late 1990s, Concomitant to the municipalization process. A remarkable fact was the creation of the School of Education in Family Health Vicomte de Savoie (EFSFVS) in 2001, which later took over the coordination of the integration of teaching and health services. The aim of this study was to assess interprofessional collaboration between health managers and higher education, academics and health professionals in the Municipal Health System School of Sobral. This is a case study, based on a review of documents, interviews with health managers and HEI and self-completed questionnaires applied to teachers and managers of health centers that receive students, conducted between January 2011 and June 2012. The methodology of data analysis was thematic analysis, grounded in theoretical model built by (D'AMOUR, Goulet ET AL. 2003; D'AMOUR, screwed-VIDELA ET AL. 2005; D'AMOUR, 2008) as reference for analyzing interprofessional collaboration processes. As a product of the analysis of the results it was found that shared goals and vision, of the dimensions of interprofessional collaboration, seem to be stronger among managers or leaders Formal System Municipal Health and HEI among professionals that tip. In Governance dimension, the centrality and leadership in fostering the integration between health services and IES was very present in the discourse of managers both managers and teachers agreed that there is support for the process of collaboration, having been cited logistical support and encouragement by the managers. The lack of financial incentive as recovery of the health professional who guides students was mentioned as weakness. The existence of devices covenants and an ordinance regulating the teaching-service integration, improved support for shared action. In the group management has been found that there is a consolidation of discussion spaces in formal permitting the exchange of experience, especially in terms of assessing the collaborative work to improve planning. / O conceito de Sistema Saúde Escola estabelece-se como estratégia de gestão cuja ideia força é transformar todos os serviços de saúde em espaços de ensino-aprendizagem, com a finalidade de aperfeiçoar a qualidade do serviço, o desenvolvimento profissional dos trabalhadores em saúde e propiciar a formação contextualizada de profissionais de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Sobral, cidade de vocação universitária que é sede de duas Instituicões de Ensino Superior (IES) públicas e duas privadas, a estruturação do Sistema Saúde Escola iniciou a partir da implantação de um processo de educação permanente em saúde no final da década de 1990, concomitante ao processo de municipalização. Um fato marcante foi a criação da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS) em 2001, que posteriormente assumiu a coordenação da integração ensino-serviços de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a colaboração interprofissional entre gestores da saúde e do ensino superior, professores universitários e profissionais de saúde no Sistema Municipal de Saúde Escola de Sobral. Trata-se de um estudo de caso, com base em revisão documental, entrevistas abertas com gestores da saúde e das IES e questionários auto-preenchidos aplicados a professores e erentes de entros de a de ue rece em estudantes, reali ado entre aneiro de e un o de metodolo ia de an lise dos dados oi a an lise tem tica, ancorada no modelo te rico constru do pela pes uisadora canadense Danielle D'Amour como re erencial para an lise de processos de colaborac o interpro issional. Como produto da análise dos resultados verificou-se que, Objetivos e visão compartilhados, uma das dimensões da colaboração interprofissional, parecem ser mais fortes entre os gestores ou lideranças formais do Sistema Municipal de Saúde e das IES que entre os profissionais da ponta. Na dimensão Governança, a centralidade e a liderança no estímulo à integração entre serviços de saúde e IES foi muito presente no discurso dos gestores; tanto gerentes como professores concordaram que há suporte para o processo de colaboração, tendo sido citados apoio logístico e estimulo por parte dos gestores. A ausência do incentivo financeiro como valorização do profissional de saúde que orienta os estudantes foi mencionada como fragilidade. A existência de dispositivos legais que regulam a integração ensino-serviço oferece suporte para melhoria das ações compartilhadas. No grupo dos gestores verificou-se que não há uma consolidação dos espaços de discussão em situações formais que permitam a troca de experiência, principalmente no sentido da avaliação do trabalho colaborativo para a melhoria do planejamento.
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Prática interprofissional colaborativa e clima do trabalho em equipe na Atenção Primária à Saúde / Interprofessional collaborative practice and team climate in Primary Health Care

Agreli, Heloise Lima Fernandes 07 March 2017 (has links)
Introdução: Nas organizações de saúde, a Prática Interprofissional Colaborativa (PIC) e Clima do Trabalho em Equipe (CTE) são essenciais para promoção do cuidado integrado e melhoria na qualidade da assistência em saúde. Entretanto, a implementação da PIC tem se mostrado um desafio, com lacuna de conhecimentos relacionados a sua operacionalização no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como a PIC, o CTE preocupa-se com aspectos relacionais e organizacionais do trabalho interprofissional. Poucas investigações têm explorado a relação entre PIC e CTE. Este estudo considera as implicações do CTE para a PIC, destaca as ligações teóricas e empíricas entre os dois, e sugere como o CTE pode ter um papel na compreensão e operacionalização da PIC. Objetivo geral: Analisar a PIC em equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) com diferentes perfis de CTE. Método: estudo de método misto sequencial explanatório (quantitativo-qualitativo) realizado em 18 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), em município da região metropolitana de São Paulo. Na fase 1 (quantitativa), o CTE foi avaliado com a aplicação da Escala de Clima do Trabalho em equipe (ECTE) em 18 equipes da ESF (N=144). Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, análise de agrupamentos (método Ward) e análise bivariada (t student). Na fase 2 (qualitativa), realizou-se estudo de caso múltiplo com entrevistas em profundidade com membros das equipes (N=24) que apresentaram escores contrastantes na ECTE. Na coleta e análise dos achados qualitativos foram utilizadas técnicas da teoria fundamentada em dados. Os resultados das fases 1 e 2 foram integrados. Resultados: Na fase 1 foram identificados dois agrupamentos de equipes: (A) com maiores e (B) de menores escores na ECTE. As diferenças entre os grupos foram estatisticamente significativas em todos os fatores da escala: participação na equipe (p<0,001), apoio para ideias novas (p=0,002), objetivos da equipe (p=0,001) e orientação para as tarefas (p=0,015). Achados da fase 2 corroboram os achados da fase 1, sendo as equipes do agrupamento A aquelas que apresentaram características relacionais e processuais mais favoráveis ao CTE e também à PIC. A análise interpretativa permitiu a identificação de duas modalidades contingenciais e dinâmicas de colaboração: 1) colaboração em equipe e 2) colaboração intersetorial, em rede e com a comunidade. Em torno das modalidades identificadas foi proposto um modelo da PIC. O modelo descreve as condições em que a PIC ocorre, as formas como se apresenta e suas consequências na organização da assistência à saúde. Conclusões: A análise do CTE mostrou-se capaz de prover insights sobre a PIC nas equipes. O modelo proposto apresenta conhecimentos que contribuem para compreensão e operacionalização da PIC. Os resultados sugerem que embora o clima de equipe tenha um papel importante na construção da colaboração, a compreensão da PIC no âmbito do SUS requer a consideração de elementos pertinentes à inovação no trabalho interprofissional e da própria forma de organização da APS e das Redes de Atenção à Saúde. / Background: In health care organizations, Interprofessional Collaborative Practice (ICP) and Team Climate (TC) are essential means to promote integrated care and improve health care quality. However, implementing ICP presents a series of challenges, and there is a lack of knowledge of how to operationalize this approach within the Brazilian Health Care System (SUS). Like Interprofessional Collaborative Practice, Team Climate is concerned with the effectiveness of relational and organisational aspects of interprofessional work. Few studies have explored the relationship between these two concepts or the role that Team Climate might play in establishing the operational conditions needed for Interprofessional Collaborative Practice. This study considers the implications of Team Climate for Interprofessional Practice, highlights the theoretical and empirical links between the two, and suggests how Team Climate may have a role in understanding and operationalising Interprofessional Collaborative Practice more effectively. Aim: To analyse ICP in Primary Health Care (PHC) teams with different TC. Methods: This is a mixed methods sequential explanatory study (quantitative-qualitative) conducted with 18 primary care teams from the Family Health Strategy (FHS), in the metropolitan region of São Paulo. In Stage 1 (quantitative), Team Climate was assessed using the Team Climate Inventory (TCI) in all 18 teams (144 participants in total). Data from the TCI were analysed using descriptive statistics, cluster analysis (Wards method) and bivariate analysis (Student t). In Stage 2, which used a multiple qualitative case study approach, data were collected through in-depth interviews with members (N=24) from teams with contrasting scores on the TCI. Grounded theory techniques were employed to analyse the qualitative data. Findings from both stages of the research were then compared and considered together. Results: Two different clusters of teams were identified in Stage 1: (A) teams with the highest mean scores; and (B), teams with the lowest mean scores on the TCI. Differences between cluster A and B were statistically significant for all TCI factors: participative safety (p <0.001), support for new ideas (p = 0.002), team goals (p = 0.001) and task orientation (p=0.015). Findings from Stage 2 reinforced quantitative findings from Stage 1. Teams from cluster A demonstrated more positive relational and processual characteristics to support TC and ICP. Interpretative analysis revealed two dynamic and contingent modalities of collaboration: 1) team collaboration; and 2) collaboration between different health and social sectors, within a healthcare network, and with the community. A framework for Interprofessional Collaborative Practice in primary health care was developed, based on these modalities of collaboration, and describing the conditions, modalities and health care consequences of ICP. Conclusions: Analysis of Team Climate provided insights into ICP in healthcare teams. The proposed framework provides fresh insights into the understanding and operationalization of ICP, and suggests that although Team Climate is important in establishing collaboration, the understanding of ICP within SUS also requires consideration of a range of other factors, including innovation in interprofessional work and the organizational structure of PHC and Health Care Networks.
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Colaboração interprofissional na Estratégia Saúde da Família e a produção do cuidado em saúde durante o pré-natal / Interprofessional collaboration on the Family Health Strategy: aspects of production care during the antenatal .

Faquim, Juliana Pereira da Silva 04 March 2016 (has links)
Introdução: Uma das mudanças mais importantes na produção do cuidado à saúde é a reorganização do processo de trabalho para a atuação de equipes multiprofissionais com abordagens interdisciplinares. A colaboração interprofissional tem sido apontada como um recurso que pode ser mobilizado para elevar a efetividade dos sistemas de saúde, e como estratégia inovadora, ela pode desempenhar um importante papel para enfrentar problemas do modelo de atenção e da força de trabalho em saúde. Objetivo: Descrever as percepções e atitudes de profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família sobre as relações interprofissionais na atenção ao pré-natal, construir coletivamente e testar um protocolo de atenção à gestante para impulsionar as competências no trabalho colaborativo com vistas ao incremento da qualidade do cuidado. Métodos: Para isso, realizou-se previamente um estudo observacional descritivo para seleção de duas unidades de saúde. Na sequência foi realizado um estudo de intervenção do tipo antes e depois, com um grupo de controle pós-teste, incluindo métodos mistos. A população do estudo compreendeu oito profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos em saúde bucal) e 60 gestantes cadastradas em duas unidades de saúde da família do município de Uberlândia, sendo 36 incluídas no grupo intervenção e 24 no grupo controle. Dados numéricos, narrativas provenientes de entrevistas e registros de diário de campo foram usados para identificar mudanças na autoavaliação da saúde bucal, na qualidade de vida relacionada à saúde bucal medida pelo OHIP-14, na percepção das gestantes sobre o trabalho em equipe e nas práticas profissionais. Testes estatísticos para detectar diferenças de significância e análise temática de conteúdo foram empregados para interpretar os desfechos. Resultados: Em geral, observou-se percepção/atitude favorável dos profissionais em relação à colaboração interprofissional. Diferenças entre as categorias profissionais podem representar uma barreira subjetiva à implementação de protocolos que demandariam maior grau de trabalho colaborativo. Diferenças entre as unidades de atenção primária mostraram que a interação entre membros das equipes multiprofissionais pode sobrepujar dificuldades decorrentes do modo isolado e distinto no qual cada categoria profissional é formada. Foi produzido um Protocolo de Atenção à Gestante abrangendo o fluxo e a dinâmica dos processos de trabalho dentro de uma perspectiva de colaboração interprofissional. Segundo os profissionais, a intervenção apesar do seu caráter desafiador, estimulou o comprometimento da equipe para reorientar o processo de trabalho resultando em maior interação profissional colaborativa. Em relação às gestantes, a maioria era jovem (menos de 26 anos de idade) e tinha ensino médio incompleto ou completo sem diferenças significativas entre os grupos teste e controle. Gestantes do grupo intervenção perceberam que os profissionais trabalhavam mais em equipe do que as gestantes do grupo controle. De modo geral, as gestantes avaliaram que a saúde bucal e a qualidade de vida decorrente da saúde bucal melhoraram após a intervenção. Conclusões: Concluiu-se que apesar da percepção geral dos profissionais favorável à colaboração interprofissional, recursos formais e organizacionais não estavam sendo empregados. O método ZOPP se mostrou flexível e adequado para o desenvolvimento de competências para o trabalho colaborativo e para a construção de um protocolo de organização de serviços na atenção primária à saúde. O Protocolo de Atenção à Gestante testado provocou tensões e produziu efeitos positivos na colaboração interprofissional e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal contribuindo para qualificar a atenção ao pré-natal oferecido. / Introduction: One of the most important changes in health care production is the reorganization of the work process including multi-professional teams and interdisciplinary approaches. The interprofessional collaboration has been identified as a resource that can be mobilized to increase the effectiveness of health systems, and as an innovative strategy, it can play an important role in facing problems of the health care model and health workforce. Objectives: To describe the perceptions and attitudes on interprofessional relations in dental care within antenatal care, to build collectively and test a pregnant care protocol to boost skills in collaborative work for improving the quality of care. Methods: For this, an observational study for selection of two health units was carried out. After that, a before-after study, with a post-test control group, including mixed methods was undertaken. The study population comprised eight health professionals (doctors, dentists, nurses and technicians in oral health) and 60 pregnant women enrolled in two health units of the family of Uberlândia city, 36 categorized in the intervention group and 24 in the control group. Numerical data, narratives from interviews and field diary records were used to identify changes in self-rated oral health, quality of life related to oral health measured by OHIP-14, in the perception of pregnant women about the teamwork and the professional practices. Statistical tests to detect differences of significance and thematic content analysis were used to interpret the outcomes. Results: In general, the perception/attitude of health professionals was favorable on interprofessional collaboration. Differences among the determined professions can represent a subjective barrier before implementation of collaborating protocols. Differences among primary healthcare showed that interaction among workers of multi-professional team can surpass difficulties derived of isolated and distinct way in which every worker is graduated. A Pregnant Care Protocol was produced and tested covering the flow and dynamics of work processes within an interprofessional collaborative perspective. According to the professionals, the intervention despite its challenging character, encouraged the teams commitment to refocus the work process resulting in more collaborative professional interaction. Most of pregnant women were young (under 26 years old) and had incomplete or complete high school with no significant differences between the test and control groups. Pregnant women realized that professionals worked more as a team in the intervention group than in the control group. Self-rated oral health and oral health-related quality of life in pregnant women improved after intervention. Conclusions: In conclusion, despite the general perception in favor of, formal and organizational resources associated with interprofessional collaboration are not being employed. The ZOPP method proved flexible and suitable for the development of skills for collaborative work and the construction of a protocol services organization in primary health care. It was concluded that the Pregnant Care Protocol tested caused tensions and produced positive effects on interprofessional collaboration and on oral health-related quality of life contributing to improve antenatal care offered.
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Colaboração interprofissional na Estratégia Saúde da Família e a produção do cuidado em saúde durante o pré-natal / Interprofessional collaboration on the Family Health Strategy: aspects of production care during the antenatal .

Juliana Pereira da Silva Faquim 04 March 2016 (has links)
Introdução: Uma das mudanças mais importantes na produção do cuidado à saúde é a reorganização do processo de trabalho para a atuação de equipes multiprofissionais com abordagens interdisciplinares. A colaboração interprofissional tem sido apontada como um recurso que pode ser mobilizado para elevar a efetividade dos sistemas de saúde, e como estratégia inovadora, ela pode desempenhar um importante papel para enfrentar problemas do modelo de atenção e da força de trabalho em saúde. Objetivo: Descrever as percepções e atitudes de profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família sobre as relações interprofissionais na atenção ao pré-natal, construir coletivamente e testar um protocolo de atenção à gestante para impulsionar as competências no trabalho colaborativo com vistas ao incremento da qualidade do cuidado. Métodos: Para isso, realizou-se previamente um estudo observacional descritivo para seleção de duas unidades de saúde. Na sequência foi realizado um estudo de intervenção do tipo antes e depois, com um grupo de controle pós-teste, incluindo métodos mistos. A população do estudo compreendeu oito profissionais de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos em saúde bucal) e 60 gestantes cadastradas em duas unidades de saúde da família do município de Uberlândia, sendo 36 incluídas no grupo intervenção e 24 no grupo controle. Dados numéricos, narrativas provenientes de entrevistas e registros de diário de campo foram usados para identificar mudanças na autoavaliação da saúde bucal, na qualidade de vida relacionada à saúde bucal medida pelo OHIP-14, na percepção das gestantes sobre o trabalho em equipe e nas práticas profissionais. Testes estatísticos para detectar diferenças de significância e análise temática de conteúdo foram empregados para interpretar os desfechos. Resultados: Em geral, observou-se percepção/atitude favorável dos profissionais em relação à colaboração interprofissional. Diferenças entre as categorias profissionais podem representar uma barreira subjetiva à implementação de protocolos que demandariam maior grau de trabalho colaborativo. Diferenças entre as unidades de atenção primária mostraram que a interação entre membros das equipes multiprofissionais pode sobrepujar dificuldades decorrentes do modo isolado e distinto no qual cada categoria profissional é formada. Foi produzido um Protocolo de Atenção à Gestante abrangendo o fluxo e a dinâmica dos processos de trabalho dentro de uma perspectiva de colaboração interprofissional. Segundo os profissionais, a intervenção apesar do seu caráter desafiador, estimulou o comprometimento da equipe para reorientar o processo de trabalho resultando em maior interação profissional colaborativa. Em relação às gestantes, a maioria era jovem (menos de 26 anos de idade) e tinha ensino médio incompleto ou completo sem diferenças significativas entre os grupos teste e controle. Gestantes do grupo intervenção perceberam que os profissionais trabalhavam mais em equipe do que as gestantes do grupo controle. De modo geral, as gestantes avaliaram que a saúde bucal e a qualidade de vida decorrente da saúde bucal melhoraram após a intervenção. Conclusões: Concluiu-se que apesar da percepção geral dos profissionais favorável à colaboração interprofissional, recursos formais e organizacionais não estavam sendo empregados. O método ZOPP se mostrou flexível e adequado para o desenvolvimento de competências para o trabalho colaborativo e para a construção de um protocolo de organização de serviços na atenção primária à saúde. O Protocolo de Atenção à Gestante testado provocou tensões e produziu efeitos positivos na colaboração interprofissional e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal contribuindo para qualificar a atenção ao pré-natal oferecido. / Introduction: One of the most important changes in health care production is the reorganization of the work process including multi-professional teams and interdisciplinary approaches. The interprofessional collaboration has been identified as a resource that can be mobilized to increase the effectiveness of health systems, and as an innovative strategy, it can play an important role in facing problems of the health care model and health workforce. Objectives: To describe the perceptions and attitudes on interprofessional relations in dental care within antenatal care, to build collectively and test a pregnant care protocol to boost skills in collaborative work for improving the quality of care. Methods: For this, an observational study for selection of two health units was carried out. After that, a before-after study, with a post-test control group, including mixed methods was undertaken. The study population comprised eight health professionals (doctors, dentists, nurses and technicians in oral health) and 60 pregnant women enrolled in two health units of the family of Uberlândia city, 36 categorized in the intervention group and 24 in the control group. Numerical data, narratives from interviews and field diary records were used to identify changes in self-rated oral health, quality of life related to oral health measured by OHIP-14, in the perception of pregnant women about the teamwork and the professional practices. Statistical tests to detect differences of significance and thematic content analysis were used to interpret the outcomes. Results: In general, the perception/attitude of health professionals was favorable on interprofessional collaboration. Differences among the determined professions can represent a subjective barrier before implementation of collaborating protocols. Differences among primary healthcare showed that interaction among workers of multi-professional team can surpass difficulties derived of isolated and distinct way in which every worker is graduated. A Pregnant Care Protocol was produced and tested covering the flow and dynamics of work processes within an interprofessional collaborative perspective. According to the professionals, the intervention despite its challenging character, encouraged the teams commitment to refocus the work process resulting in more collaborative professional interaction. Most of pregnant women were young (under 26 years old) and had incomplete or complete high school with no significant differences between the test and control groups. Pregnant women realized that professionals worked more as a team in the intervention group than in the control group. Self-rated oral health and oral health-related quality of life in pregnant women improved after intervention. Conclusions: In conclusion, despite the general perception in favor of, formal and organizational resources associated with interprofessional collaboration are not being employed. The ZOPP method proved flexible and suitable for the development of skills for collaborative work and the construction of a protocol services organization in primary health care. It was concluded that the Pregnant Care Protocol tested caused tensions and produced positive effects on interprofessional collaboration and on oral health-related quality of life contributing to improve antenatal care offered.
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A implementação da residência integrada em saúde com ênfase em saúde da família e comunidade em municípios cearenses: um estudo de caso / The implementation of integrated residency in health with emphasis on family and community health in municipalities of Ceará: a case study

Gadelha, Ana Karina de Sousa 31 October 2016 (has links)
GADELHA, A.K. A Implementação da residência integrada em saúde enfâse em saúde da família e comunidade em municípios cearenses: um estudo de caso, Ceará. 2016. 221f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) - Curso de Medicina , Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2016. / Submitted by Mestrado Saúde da Família (saudedafamiliasobral@gmail.com) on 2016-12-14T19:12:44Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_agadelha.pdf: 3285198 bytes, checksum: fa18c892bb798dcfaf17a00a9e714432 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Márcia Sousa (marciasousa@ufc.br) on 2017-01-19T13:30:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_agadelha.pdf: 3285198 bytes, checksum: fa18c892bb798dcfaf17a00a9e714432 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-19T13:30:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_agadelha.pdf: 3285198 bytes, checksum: fa18c892bb798dcfaf17a00a9e714432 (MD5) Previous issue date: 2016-10-31 / The objective of this study is to analyze the implementation of the Integrated Residency in Health with Emphasis on Family and Community Health of the School of Public Health of Ceará, in seven municipalities where they began their activities starting in 2013: Aracati, Brejo Santo, Horizonte, Iguatu , Maracanaú, Quixadá and Tauá. The methodology used was the case study (YIN, 2015), which proposes the analysis of contemporary phenomena in the context in which they occur, using as data collection techniques the document review and half-structured and open interviews. The case of RIS-ESP/CE with emphasis on Family and Community Health is a revealing case, since although there are similar programs in the country, it has a differentiated design of decentralization for several municipalities in the interior, in addition to the management carried out through collaboration between agencies at the three levels of government (federal, state and municipal), with a greater scale and complexity in management. It is classified as a single integrated case study, since it presents two units of analysis within the same case: historical-structural analysis of RIS-ESP/CE with emphasis on Family and Community Health and analysis of the implementation process of RIS-ESP/CE with an emphasis on Family and Community Health. The study sample was intentional, having been selected to participate the various social actors involved in the emphasis of Family and Community Health. Seven (7) interviews were conducted with municipal health secretaries, 6 (six) with primary care coordinators, 5 (five) with articulators of residency in municipalities, 7 (seven) with CSF managers, 4 Teams received residents, 6 (six) with preceptors, 7 (seven) with residents and 2 (two) with the program's general and programmatic coordinators. For the theoretical basis, a review of the literature on Primary Health Care and Family Health Strategy (FHS), Permanent Health Education and Multiprofessional Health Residency was carried out. The data collection and analysis period began in July 2015, considering the availability of the subjects and the research is in compliance with resolution nº 466/12 of the National Health Council that provides for research on human beings and received a favorable opinion from the Research Ethics Committee of the UFC, under Opinion nº 1.121.574. We analyze all the material from the Bardin Content Analysis (2014), specifically applying the thematic analysis. We observed that the insertion of the residence in the health teams of the family of the municipalities investigated changed the work process of these teams, which had repercussions in the improvement of the care and attention to the health of the attached population, by means of the strengthening of the essential components of the FHS, such Such as: being a first contact service, longitudinal follow-up, integrality, community participation, accessibility, bonding, coordination of care and interprofessionality. The provision of professionals contributed to the mobilization of health services and to the reorganization of municipal systems, but the dynamics of education through the work triggered by RIS-ESP/CE's political-pedagogical actions in Family and Community Health also played a fundamental role . Examples include the initiation of community health diagnosis and mentor-led local planning, which helped prioritize health problems and develop intervention plans for teams. We also highlight the stimulus for innovation and concern for the resolubility of health care, promoted by RISESP/CE with emphasis on Family and Community Health, as contributions to the strengthening of the FHS in the territories in which the residence acted. The results of the research presented contributions related to Permanent Education in Health and Interprofessional Education, towards the strengthening and consolidation of the FHS and SUS. A challenge to be overcome in the internalization process of the residence is the insufficient infrastructure of the services. Among the limits of the present study we highlight: operational difficulties, as a consequence of the short time for the investigation, the large number of scenarios and actors involved and the distances between the participating municipalities. Through the research, we have explored the possibility of deepening studies on RIS-ESP/CE, emphasizing Family and Community Health in each municipality, since each context has peculiarities and can be more explored. We also perceive the need to conduct evaluative research on the program and this emphasis, to identify possible impacts on health indicators, training in the area and the implementation of public policies. / O estudo tem como objetivo analisar a implementação da Residência Integrada em Saúde com Ênfase em Saúde da Família e Comunidade da Escola de Saúde Pública do Ceará, em sete municípios onde foram iniciadas suas atividades a partir de 2013: Aracati, Brejo Santo, Horizonte, Iguatu, Maracanaú, Quixadá e Tauá. A metodologia utilizada foi o estudo de caso (YIN, 2015), que propõe a análise de fenômenos contemporâneos no contexto em que acontecem, tendo como técnicas de coleta de dados a revisão documental e entrevistas semiestruturadas e abertas. O caso da RIS-ESP/CE com ênfase em Saúde da Família e Comunidade trata-se de um caso único revelador, pois apesar de existirem programas similares no país, possui um desenho diferenciado de descentralização para vários municípios do interior, além da gestão efetuada por meio da colaboração entre órgãos das três esferas de governo (federal, estadual e municipal), tendo uma maior escala e complexidade na gestão. Classifica-se como estudo de caso único integrado, pois apresenta duas unidades de análise dentro do mesmo caso: análise histórico-estrutural da RIS-ESP/CE com ênfase em Saúde da Família e Comunidade e análise do processo de implementação da RIS-ESP/CE com ênfase em Saúde da família e Comunidade. A amostra do estudo foi intencional, tendo sido selecionados para participar os diversos atores sociais envolvidos na ênfase de Saúde da Família e Comunidade. Foram realizadas 7 (sete) entrevistas com secretários municipais de saúde, 6 (seis) com coordenadores de Atenção Primária, 5 (cinco) com articuladores da residência nos municípios, 7 (sete) com gerentes de CSF, 4 (quatro) com trabalhadores cujas equipes receberam residentes, 6 (seis) com preceptores, 7 (sete) com residentes e 2 (duas) com os coordenadores geral e de ênfase do programa. Para a fundamentação teórica, foi realizada revisão de literatura acerca da Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família (ESF), Educação Permanente em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde. O período de coleta e análise dos dados iniciou em julho de 2015, considerando a disponibilidade dos sujeitos e o cronograma do projeto de pesquisa, sendo executado até agosto de 2016. A pesquisa está em conformidade com a Resolução n.º466/12 do Conselho Nacional de Saúde que dispõe sobre pesquisas com seres humanos e recebeu parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da UFC, sob o parecer nº 1.121.574. Analisamos todo o material a partir da Análise de Conteúdo de Bardin (2014), aplicando especificamente a análise temática. Observamos que a inserção da residência nas equipes de saúde da família dos municípios investigados promoveu mudanças no processo de trabalho destas equipes, as quais repercutiram na melhoria do cuidado e atenção à saúde da população adscrita, por meio do fortalecimento dos componentes essenciais da ESF, tais como: ser um serviço de primeiro contato, acompanhamento longitudinal, integralidade, participação comunitária, acessibilidade, vínculo, coordenação do cuidado e interprofissionalidade. O provimento de profissionais contribuiu para a mobilização dos serviços de saúde e para a reorganização dos sistemas municipais, mas a dinâmica da educação pelo trabalho desencadeada pelas ações político-pedagógicas da RIS-ESP/CE em Saúde da Família e Comunidade também desempenharam um papel fundamental. Como exemplos, podemos citar o desencadeamento do diagnóstico de saúde da comunidade e o planejamento local orientado pelos tutores, que ajudaram a priorizar problemas de saúde e elaborar planos de intervenção para as equipes. Destacamos ainda o estímulo para inovação e a preocupação com a resolubilidade da atenção à saúde, promovidas pela RIS-ESP/CE com ênfase em Saúde da Família e Comunidade, como contribuições para o fortalecimento da ESF nos territórios em que a residência atuou. Os resultados da pesquisa apresentaram contribuições relacionadas à Educação Permanente em Saúde e à Educação Interprofissional, na direção do fortalecimento e consolidação da ESF e do SUS. Um desafio a ser superado no processo de interiorização da residência é a infraestrutura insuficiente dos serviços. Dentre os limites do presente estudo destacamos: as dificuldades operacionais, em conseqüência do curto tempo para a realização da investigação, a grande quantidade de cenários e atores envolvidos e as distâncias entre os municípios participantes. Através da pesquisa deflagramos a possibilidade de aprofundar os estudos sobre a RIS-ESP/CE ênfase de Saúde da Família e Comunidade em cada município, por entender que cada contexto possui peculiaridades e que estas podem ser mais exploradas. Percebemos também a necessidade da realização de pesquisas avaliativas sobre o programa e sobre esta ênfase, para identificar os possíveis impactos sobre os indicadores de saúde, a formação na área e a efetivação das políticas públicas.
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Prática interprofissional colaborativa e clima do trabalho em equipe na Atenção Primária à Saúde / Interprofessional collaborative practice and team climate in Primary Health Care

Heloise Lima Fernandes Agreli 07 March 2017 (has links)
Introdução: Nas organizações de saúde, a Prática Interprofissional Colaborativa (PIC) e Clima do Trabalho em Equipe (CTE) são essenciais para promoção do cuidado integrado e melhoria na qualidade da assistência em saúde. Entretanto, a implementação da PIC tem se mostrado um desafio, com lacuna de conhecimentos relacionados a sua operacionalização no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como a PIC, o CTE preocupa-se com aspectos relacionais e organizacionais do trabalho interprofissional. Poucas investigações têm explorado a relação entre PIC e CTE. Este estudo considera as implicações do CTE para a PIC, destaca as ligações teóricas e empíricas entre os dois, e sugere como o CTE pode ter um papel na compreensão e operacionalização da PIC. Objetivo geral: Analisar a PIC em equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) com diferentes perfis de CTE. Método: estudo de método misto sequencial explanatório (quantitativo-qualitativo) realizado em 18 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), em município da região metropolitana de São Paulo. Na fase 1 (quantitativa), o CTE foi avaliado com a aplicação da Escala de Clima do Trabalho em equipe (ECTE) em 18 equipes da ESF (N=144). Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, análise de agrupamentos (método Ward) e análise bivariada (t student). Na fase 2 (qualitativa), realizou-se estudo de caso múltiplo com entrevistas em profundidade com membros das equipes (N=24) que apresentaram escores contrastantes na ECTE. Na coleta e análise dos achados qualitativos foram utilizadas técnicas da teoria fundamentada em dados. Os resultados das fases 1 e 2 foram integrados. Resultados: Na fase 1 foram identificados dois agrupamentos de equipes: (A) com maiores e (B) de menores escores na ECTE. As diferenças entre os grupos foram estatisticamente significativas em todos os fatores da escala: participação na equipe (p<0,001), apoio para ideias novas (p=0,002), objetivos da equipe (p=0,001) e orientação para as tarefas (p=0,015). Achados da fase 2 corroboram os achados da fase 1, sendo as equipes do agrupamento A aquelas que apresentaram características relacionais e processuais mais favoráveis ao CTE e também à PIC. A análise interpretativa permitiu a identificação de duas modalidades contingenciais e dinâmicas de colaboração: 1) colaboração em equipe e 2) colaboração intersetorial, em rede e com a comunidade. Em torno das modalidades identificadas foi proposto um modelo da PIC. O modelo descreve as condições em que a PIC ocorre, as formas como se apresenta e suas consequências na organização da assistência à saúde. Conclusões: A análise do CTE mostrou-se capaz de prover insights sobre a PIC nas equipes. O modelo proposto apresenta conhecimentos que contribuem para compreensão e operacionalização da PIC. Os resultados sugerem que embora o clima de equipe tenha um papel importante na construção da colaboração, a compreensão da PIC no âmbito do SUS requer a consideração de elementos pertinentes à inovação no trabalho interprofissional e da própria forma de organização da APS e das Redes de Atenção à Saúde. / Background: In health care organizations, Interprofessional Collaborative Practice (ICP) and Team Climate (TC) are essential means to promote integrated care and improve health care quality. However, implementing ICP presents a series of challenges, and there is a lack of knowledge of how to operationalize this approach within the Brazilian Health Care System (SUS). Like Interprofessional Collaborative Practice, Team Climate is concerned with the effectiveness of relational and organisational aspects of interprofessional work. Few studies have explored the relationship between these two concepts or the role that Team Climate might play in establishing the operational conditions needed for Interprofessional Collaborative Practice. This study considers the implications of Team Climate for Interprofessional Practice, highlights the theoretical and empirical links between the two, and suggests how Team Climate may have a role in understanding and operationalising Interprofessional Collaborative Practice more effectively. Aim: To analyse ICP in Primary Health Care (PHC) teams with different TC. Methods: This is a mixed methods sequential explanatory study (quantitative-qualitative) conducted with 18 primary care teams from the Family Health Strategy (FHS), in the metropolitan region of São Paulo. In Stage 1 (quantitative), Team Climate was assessed using the Team Climate Inventory (TCI) in all 18 teams (144 participants in total). Data from the TCI were analysed using descriptive statistics, cluster analysis (Wards method) and bivariate analysis (Student t). In Stage 2, which used a multiple qualitative case study approach, data were collected through in-depth interviews with members (N=24) from teams with contrasting scores on the TCI. Grounded theory techniques were employed to analyse the qualitative data. Findings from both stages of the research were then compared and considered together. Results: Two different clusters of teams were identified in Stage 1: (A) teams with the highest mean scores; and (B), teams with the lowest mean scores on the TCI. Differences between cluster A and B were statistically significant for all TCI factors: participative safety (p <0.001), support for new ideas (p = 0.002), team goals (p = 0.001) and task orientation (p=0.015). Findings from Stage 2 reinforced quantitative findings from Stage 1. Teams from cluster A demonstrated more positive relational and processual characteristics to support TC and ICP. Interpretative analysis revealed two dynamic and contingent modalities of collaboration: 1) team collaboration; and 2) collaboration between different health and social sectors, within a healthcare network, and with the community. A framework for Interprofessional Collaborative Practice in primary health care was developed, based on these modalities of collaboration, and describing the conditions, modalities and health care consequences of ICP. Conclusions: Analysis of Team Climate provided insights into ICP in healthcare teams. The proposed framework provides fresh insights into the understanding and operationalization of ICP, and suggests that although Team Climate is important in establishing collaboration, the understanding of ICP within SUS also requires consideration of a range of other factors, including innovation in interprofessional work and the organizational structure of PHC and Health Care Networks.

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