• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • No language data
  • Tagged with
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

OS JOGOS COOPERATIVOS E OS PROCESSOS DE INTERAÇÃO SOCIAL

MUNIZ, I. B. 29 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:35:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3877_Dissertação.Igor Barbarioli Muniz.pdf: 1656230 bytes, checksum: e04f34e5005a1ff22dba8cadda5d0549 (MD5) Previous issue date: 2010-03-29 / Este estudo aponta as implicações da utilização dos Jogos Cooperativos como estratégia metodológica para uma educação pautada exclusivamente na cooperação em detrimento da competição e da desvalorização pedagógica do conflito. Especula em que medida estes jogos, fundamentados nas idéias de Terry Orlick e de Fábio Brotto, priorizando a cooperação através da obediência às regras do jogo, poderiam contribuir para a formação de cidadãos acomodados, dependentes, acríticos e, portanto, incapazes de contestar a ordem vigente, resgatando ou acentuando gestos peculiares que grande parte da literatura do pensamento social brasileiro diz ser pertencentes à identidade do povo brasileiro, como no caso da cordialidade. Para tanto, foram analisadas dissertações e teses sobre os Jogos Cooperativos que tinham como perspectiva fins pedagógicos (educacionais), avaliando suas mensagens através de recortes interpretados pela Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Analisaram-se também vivências com os Jogos Cooperativos realizadas durante a experiência, ainda na graduação, em uma escola da rede municipal de Vitória-ES, além das vivências pré-experimentais de uma oficina sobre os Jogos Cooperativos ministrada durante o estágio docente da Universidade Federal do Espírito Santo. Os resultados apontam que os trabalhos analisados apresentam uma visão tradicional sobre os Jogos Cooperativos, entendendo-os como atividade adequada ao aprendizado da cooperação e da solidariedade, já os jogos competitivos são criticados por acentuar a dominação, a exclusão, a desonestidade e a agressividade. Enquanto a cooperação é defendida com louvor por desenvolver valores sociais positivos, a competição é mais combatida do que defendida por ser considerada um problema à humanidade, desenvolvendo valores anti-sociais. A reflexão feita a partir da literatura, especialmente nas obras de Georg Simmel, Karl Marx, Max Weber, Hugo Lovisolo e Go Tani et al., entrelaçada com a análise do material empírico, permitiu concluir que as situações cooperativas nem sempre foram hegemonicamente positivas, tampouco benéficas a todos os participantes dos Jogos Cooperativos. Resgatou-se a partir da literatura clássica do jogo, principalmente Johan Huizinga e Roger Caillois, que a essência da competição exige do jogador mais do que capacidades físicas para se consagrar um vencedor, mas sim valores sociais e morais, como por exemplo, a ética, a honra, o cavalheirismo e o respeito às regras e aos adversários. Valores, esses, silenciados na maioria dos trabalhos acadêmicos analisados. Com as reflexões de Richard Precht foi possível afirmar também que, a cooperação resultante da submissão e da obediência às regras do jogo é um sentimento de ―prazer fraco‖ que, ao que parece, é incapaz de produzir nos jogadores um significado sobre a importância de se agir de forma altruísta, podendo talvez conduzir para formação de pessoas submissas, acríticas e acomodadas. Além disso, as situações competitivas também marcaram os Jogos Cooperativos e nem por isso provocaram sentimentos de fracasso, inferioridade e desprazer em continuar jogando, muito pelo contrário, já que em alguns casos tornou o jogo mais dinâmico e produtivo.

Page generated in 0.024 seconds