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Dor cervical crônica  e postura em trabalhadores de escritório usuários de computador / Chronic neck pain and posture in computer office workers

Bragatto, Marcela Mendes 12 February 2015 (has links)
Introdução: A prevalência de disfunção musculoesquelética entre trabalhadores usuários de computador (TUC) pode variar entre 10 a 62% e os lugares mais acometidos são os membros superiores, pescoço, cabeça e a coluna vertebral. As queixas musculoesqueléticas nesses trabalhadores apresentam etiologia multifatorial e dentre as principais causas é possível citar aspectos posturais e fatores psicossociais. O Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) é uma das poucas ferramentas existentes na literatura para avaliar aspectos ergonômicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. A dor cervical é a queixa musculoesquelética mais comum em trabalhadores de escritório usuários de computador. A coexistência entre dor cervical e disfunção temporomandibular (DTM) é comumente citada na literatura. A adoção da postura em anteriorização da cabeça para uso do computador pode estar associada ao aparecimento de sintomas orofaciais e cervicais. A posição sentada é a mais adotada nos ambientes de trabalho especialmente quando este envolve o uso de computador, entretanto, a manutenção dessa posição por tempo prolongado pode acarretar a adoção de posturas inadequadas e intensificar a sobrecarga nas estruturas do sistema musculoesquelético. Desta forma, a manutenção da postura sentada pode estar relacionada ao desenvolvimento de alterações de postura corporal, DTM e disfunção cervical. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar associações entre dor cervical, DTM e alterações na postura estática em trabalhadores de escritório usuários de computador com e sem relato de dor cervical crônica. Material e Métodos: A amostra desse estudo foi selecionada a partir da aplicação do Maastricht Upper Extremity Questionnaire que contempla 7 domínios (posto de trabalho, postura corporal, controle do trabalho, demanda de trabalho, pausas, ambiente de trabalho e suporte social), preenchidos por trabalhadores usuários de computador. Participaram deste estudo 52 mulheres trabalhadoras de escritório usuárias de computador em dois grupos: Grupo com dor cervical crônica e incapacidade (GD, n=26 - 36.50 anos - IC95%: 33.40-36.60; 66.37 kg - IC 95%: 62.48-70.26 e 1.62 m - IC95%: 1.60-1.65) e Grupo sem relato de dor cervical (GS, n=26 - 33.81 anos - IC 95%: 33.66-36.95, 71.75 kg - IC95%: 65.90-77.60 e 1.64 m - IC95%: 1.62-1.67). Como critérios de inclusão as funcionárias deveriam exercer a mesma função há pelo menos 12 meses (GD, 110 meses - IC95%: 73-147 /GS, 91 meses - IC95%:63-119) e utilizar o computador ao menos 4 horas por dia durante a jornada de trabalho (GD, 7.46 horas/dia - IC95%: 7.10-7.83 /GS, 7.58 horas/dia - IC95%: 7.23-7.92). No grupo com dor cervical crônica as trabalhadoras deveriam apresentar relato positivo de dor crônica cervical e se enquadrarem nos seguintes critérios: a) dor cervical há pelo menos 3 meses; b) dor de intensidade 3 na maioria dos dias em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10, sendo 0 = sem dor e 10 = pior dor possível) e c) limitação funcional, pelo menos leve, no Índice de incapacidade relacionada ao pescoço (NDI): 10-28% (5-14 pontos) - incapacidade leve; 30-48% (15- 24 pontos) - incapacidade moderada; 50-68% (25 35 pontos) - incapacidade severa;72% ou mais (36 pontos ou mais) incapacidade completa. Foram realizadas avaliações clínicas para diagnóstico da DTM por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), avaliação da dor cervical e mastigatória através da palpação manual e algometria por pressão para obtenção do limiar de dor por pressão (LDP) de estruturas crânio-cervicais, bem como avaliação da postura corporal estática dessas trabalhadoras usando a fotogrametria. Os dados demonstraram distribuição normal de acordo com o teste Shapiro Wilks. O teste-t de student para amostras independentes (p<0.05) foi utilizado para comparar a pontuação máxima de cada domínio do MUEQ-Br entre os grupos sem e com dor cervical crônica. Para verificar diferenças entre os valores médios de LDP e palpação muscular entre os grupos de trabalhadores sem dor e com dor cervical crônica e para verificar diferenças entre os ângulos posturais foi utilizado também o teste-t de Student. Para análise das associações entre as variáveis disfunção temporomandibular, incapacidade relacionada à disfunção cervical, cervicalgia e aspectos do trabalho (domínios do MUEQ) foi utilizada a análise de regressão linear múltipla. Para verificação de diferenças entre valores de porcentagem foi utilizado o teste de Qui-quadrado (p<0.05). O pacote estatístico utilizado foi o SPSS versão 22. Resultados: Os resultados deste estudo demonstraram que ao compararmos os domínios do MUEQ-Br, o grupo com dor cervical crônica obteve maior pontuação no domínio postura corporal (GD, 12.58 - IC95%: 11.21-13.94/ GS, 9.42 - IC95%: 8-10.84) e no item queixas (GD, 17.46- IC95%: 14.17-20.75/ GS, 8.58 - IC95%: 6.14-11.02), bem como na pontuação total do questionário (GD, 40.08 - IC95%: 35.01-45.15/ GS, 33.31 - IC95%: 28.99-37.63). Os voluntários com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo sem dor (42.30% vs. 23.07%, p<0.05). O grupo com dor apresentou maior intensidade de dor na palpação manual dos músculos cervicais, trapézio (ponto médio) lado direito (GD, 4.03 - IC95%: 3.02-5.06/ GS, 1.46 - IC95%: 0.69-2.23) e suboccipitais direito (GD, 2.58 - IC95%: 1.64-3.51/ GS, 1.0 - IC95%: 0.42-1.58) e esquerdo (GD, 2.15 - IC95%: 1.21-3.09/ GS, 1.0 - IC95%: 0.46-1.54), porém os valores do LDP não foram significativos para nenhum dos músculos avaliados entre os grupos com e sem dor cervical crônica. Também não foram encontradas diferenças significativas na avaliação postural entre os grupos para os ângulos analisados no plano frontal face e vista anterior e para os ângulos analisados no plano sagital. Na análise de associação entre as variáveis, foi observado que quando a incapacidade foi considerada variável dependente em relação à cervicalgia, total da pontuação do MUEQ-Br (aspectos de trabalho) e DTM, foi observado um R2 = 0.93 e todos os preditores mostraram-se significativos no modelo. Nossos resultados demonstram que a incapacidade cervical é influenciada pela DTM, dor no pescoço e aspectos físicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. Os trabalhadores com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo de trabalhadores sem dor, bem como a intensidade da dor à palpação dos músculos cervicais mostrou-se significativamente maior nos trabalhadores usuários de computador com dor cervical. Assim, é possível sugerir uma associação entre relato de dor cervical, incapacidade cervical e DTM no contexto de trabalho envolvendo o computador em mulheres com dor relato de dor cervical crônica. / Introduction: The prevalence of musculoskeletal disorders among computer office workers (COW) can vary between 10-62% and the most affected regions affected are the upper extremities, neck, head and spine. Musculoskeletal complaints in these workers have a multifactorial etiology and the main causes are postural aspects and psychosocial factors. The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) is one of the few tools available in the literature to evaluate ergonomic and psychosocial aspects of work related to computer use. Neck pain is the most common musculoskeletal complaints in COW. Coexistence between neck pain and Temporomandibular Disorders (TMD) are commonly cited in the literature. The adoption of forward head posture for computer use may be linked to the onset of orofacial symptoms. The sitting position is the most widely adopted in the workplace especially when it involves the use of computer, however, to maintain this position for long periods, the adoption of awkward postures could be necessary, increasing the strain on the musculoskeletal system structures. Thus, maintenance of sitting posture may be related to the development of changes in body posture, TMD and neck disorders. Aim: The aim of this study was to examine associations between neck pain, TMD and changes in static body posture on COW with and without chronic neck pain. Material and Methods: The sample of this study was selected from the application of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire which includes seven domains (work station, body posture, job control, job demands, break time, work environment and social support). The study included 52 women which work using computer into two groups: Group with chronic neck pain and disability (NPG, n = 26 - 36.50 years confidence interval 95% (CI): 33.40-36.60; 66.37 kg -CI: 62.48-70.26 and 1.62m - 95% CI: 1.60-1.65) and group without neck pain (WONPG, n = 26 - 33.81 years - CI: 33.66-36.95, 71.75 kg - CI: 65.90-77.60 m and 1.64 - CI: 1.62-1.67). As criteria inclusion, the employees should exercise the same function for at least 12 months (NPG, 110 months - CI: 73-147 / WONPG, 91 months - CI: 63-119) and use the computer for at least 4 hours day during the work day (NPG, 7:46 hours / day - CI: 7.10-7.83 / WONPG, 7:58 hours/day - CI: 7.23-7.92). In the group with chronic neck pain workers should present a positive report of chronic neck pain and falling within the criteria: a) neck pain for at least 3 months; b) pain intensity 3 on most days on a numerical pain scale (NPS) (0-10, where 0 = no pain and 10 = worst possible pain) and c) Neck pain related disability at least mild in the Neck Disability Index (NDI): 10-28% (5-14 points) - mild disability; 30-48% (15- 24 points) - moderate disability; 50-68% (25 - 35 points) - severe disability, 72% or more (36 or more points) - Complete. Clinical assessments for diagnosis of TMD was conducted using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), evaluation of masticatory and neck pain through manual palpation and algometry pressure to obtain the pressure pain threshold (PPT) of craniocervical structures as well as evaluation of the static body posture by the use of photogrammetry. The data showed normal distribution according to the Shapiro Wilks test. The Student\'s t-test for independent samples (p <0.05) was used to compare the maximum score for each domain MUEQ-Br between the groups with and without chronic neck pain. Differences between the mean values of LDP and muscle tenderness between groups of workers without pain and chronic neck pain and to check for differences between the postural angles were verified by student t-test. For analysis of associations between TMD, disability related to neck pain, neck pain and \"aspects of the job\" (domains of MUEQ) a multivariate regression analysis was used. Differences between the percentage values were verified using chi-square test (p <0.05). The statistical package used was SPSS version 22. Results: The results showed that when comparing the domains of MUEQ-Br, the group with chronic neck pain scored highest in the area posture (NPG, 12.58 points - CI: 11.21-13.94 / WONPG, 9.42 - CI: 8-10.84) and complaints item (NPG, 17.46 - CI: 14.17-20.75 / WONPG, 8.58 - CI: 6.14 -11.02), and the total score of the questionnaire (NPG, 40.08 - CI: 35.01-45.15 / WONPG, 33.31 points - CI: 28.99-37.63). The volunteers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group without pain (42.30% vs. 23:07%, p <0.05). The group with pain had higher pain intensity on manual palpation of the neck muscles, trapezius (midpoint) right (NPG, 4.03 - CI: 3.02-5.06 / WONPG, 1.46 - CI: 0.69-2.23) and right suboccipital (WONPG, 2.58 NPS - CI: 1.64-3.51 / WONP, 1.0 - CI: 0.42-1.58) and left (NPG, 2.15 - CI: 1.21-3.09 / WONP, 1.0 - CI: 0.46 -1.54) but the values of the LDP were not significant for any of the muscles tested between the groups with and without chronic neck pain. Also no significant differences were found in postural assessment between groups for the analyzed angles in the frontal plane face and anterior views and angles analyzed in the sagittal plane. The analysis of association between the variables, it was observed that when disability was considered the dependent variable in relation to the neck pain, total score MUEQ-Br (aspects of work) and TMD, we observed a strong association (R2 = 0.93) and all predictors showed significant in the model. Our results demonstrate that cervical disability is influenced by the TMD, neck pain and physical and psychosocial aspects of the computer work. Workers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group of workers without neck pain, and the pain intensity on palpation of the neck muscles was significantly higher in computer workers with neck pain. Thus, it is possible to suggest an association between reporting of neck pain, neck related disability and TMD in the context of work involving the computer in women reporting chronic neck pain.
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Dor cervical crônica  e postura em trabalhadores de escritório usuários de computador / Chronic neck pain and posture in computer office workers

Marcela Mendes Bragatto 12 February 2015 (has links)
Introdução: A prevalência de disfunção musculoesquelética entre trabalhadores usuários de computador (TUC) pode variar entre 10 a 62% e os lugares mais acometidos são os membros superiores, pescoço, cabeça e a coluna vertebral. As queixas musculoesqueléticas nesses trabalhadores apresentam etiologia multifatorial e dentre as principais causas é possível citar aspectos posturais e fatores psicossociais. O Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) é uma das poucas ferramentas existentes na literatura para avaliar aspectos ergonômicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. A dor cervical é a queixa musculoesquelética mais comum em trabalhadores de escritório usuários de computador. A coexistência entre dor cervical e disfunção temporomandibular (DTM) é comumente citada na literatura. A adoção da postura em anteriorização da cabeça para uso do computador pode estar associada ao aparecimento de sintomas orofaciais e cervicais. A posição sentada é a mais adotada nos ambientes de trabalho especialmente quando este envolve o uso de computador, entretanto, a manutenção dessa posição por tempo prolongado pode acarretar a adoção de posturas inadequadas e intensificar a sobrecarga nas estruturas do sistema musculoesquelético. Desta forma, a manutenção da postura sentada pode estar relacionada ao desenvolvimento de alterações de postura corporal, DTM e disfunção cervical. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar associações entre dor cervical, DTM e alterações na postura estática em trabalhadores de escritório usuários de computador com e sem relato de dor cervical crônica. Material e Métodos: A amostra desse estudo foi selecionada a partir da aplicação do Maastricht Upper Extremity Questionnaire que contempla 7 domínios (posto de trabalho, postura corporal, controle do trabalho, demanda de trabalho, pausas, ambiente de trabalho e suporte social), preenchidos por trabalhadores usuários de computador. Participaram deste estudo 52 mulheres trabalhadoras de escritório usuárias de computador em dois grupos: Grupo com dor cervical crônica e incapacidade (GD, n=26 - 36.50 anos - IC95%: 33.40-36.60; 66.37 kg - IC 95%: 62.48-70.26 e 1.62 m - IC95%: 1.60-1.65) e Grupo sem relato de dor cervical (GS, n=26 - 33.81 anos - IC 95%: 33.66-36.95, 71.75 kg - IC95%: 65.90-77.60 e 1.64 m - IC95%: 1.62-1.67). Como critérios de inclusão as funcionárias deveriam exercer a mesma função há pelo menos 12 meses (GD, 110 meses - IC95%: 73-147 /GS, 91 meses - IC95%:63-119) e utilizar o computador ao menos 4 horas por dia durante a jornada de trabalho (GD, 7.46 horas/dia - IC95%: 7.10-7.83 /GS, 7.58 horas/dia - IC95%: 7.23-7.92). No grupo com dor cervical crônica as trabalhadoras deveriam apresentar relato positivo de dor crônica cervical e se enquadrarem nos seguintes critérios: a) dor cervical há pelo menos 3 meses; b) dor de intensidade 3 na maioria dos dias em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10, sendo 0 = sem dor e 10 = pior dor possível) e c) limitação funcional, pelo menos leve, no Índice de incapacidade relacionada ao pescoço (NDI): 10-28% (5-14 pontos) - incapacidade leve; 30-48% (15- 24 pontos) - incapacidade moderada; 50-68% (25 35 pontos) - incapacidade severa;72% ou mais (36 pontos ou mais) incapacidade completa. Foram realizadas avaliações clínicas para diagnóstico da DTM por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), avaliação da dor cervical e mastigatória através da palpação manual e algometria por pressão para obtenção do limiar de dor por pressão (LDP) de estruturas crânio-cervicais, bem como avaliação da postura corporal estática dessas trabalhadoras usando a fotogrametria. Os dados demonstraram distribuição normal de acordo com o teste Shapiro Wilks. O teste-t de student para amostras independentes (p<0.05) foi utilizado para comparar a pontuação máxima de cada domínio do MUEQ-Br entre os grupos sem e com dor cervical crônica. Para verificar diferenças entre os valores médios de LDP e palpação muscular entre os grupos de trabalhadores sem dor e com dor cervical crônica e para verificar diferenças entre os ângulos posturais foi utilizado também o teste-t de Student. Para análise das associações entre as variáveis disfunção temporomandibular, incapacidade relacionada à disfunção cervical, cervicalgia e aspectos do trabalho (domínios do MUEQ) foi utilizada a análise de regressão linear múltipla. Para verificação de diferenças entre valores de porcentagem foi utilizado o teste de Qui-quadrado (p<0.05). O pacote estatístico utilizado foi o SPSS versão 22. Resultados: Os resultados deste estudo demonstraram que ao compararmos os domínios do MUEQ-Br, o grupo com dor cervical crônica obteve maior pontuação no domínio postura corporal (GD, 12.58 - IC95%: 11.21-13.94/ GS, 9.42 - IC95%: 8-10.84) e no item queixas (GD, 17.46- IC95%: 14.17-20.75/ GS, 8.58 - IC95%: 6.14-11.02), bem como na pontuação total do questionário (GD, 40.08 - IC95%: 35.01-45.15/ GS, 33.31 - IC95%: 28.99-37.63). Os voluntários com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo sem dor (42.30% vs. 23.07%, p<0.05). O grupo com dor apresentou maior intensidade de dor na palpação manual dos músculos cervicais, trapézio (ponto médio) lado direito (GD, 4.03 - IC95%: 3.02-5.06/ GS, 1.46 - IC95%: 0.69-2.23) e suboccipitais direito (GD, 2.58 - IC95%: 1.64-3.51/ GS, 1.0 - IC95%: 0.42-1.58) e esquerdo (GD, 2.15 - IC95%: 1.21-3.09/ GS, 1.0 - IC95%: 0.46-1.54), porém os valores do LDP não foram significativos para nenhum dos músculos avaliados entre os grupos com e sem dor cervical crônica. Também não foram encontradas diferenças significativas na avaliação postural entre os grupos para os ângulos analisados no plano frontal face e vista anterior e para os ângulos analisados no plano sagital. Na análise de associação entre as variáveis, foi observado que quando a incapacidade foi considerada variável dependente em relação à cervicalgia, total da pontuação do MUEQ-Br (aspectos de trabalho) e DTM, foi observado um R2 = 0.93 e todos os preditores mostraram-se significativos no modelo. Nossos resultados demonstram que a incapacidade cervical é influenciada pela DTM, dor no pescoço e aspectos físicos e psicossociais relacionados ao trabalho com uso do computador. Os trabalhadores com dor cervical apresentaram maior porcentagem de diagnósticos de DTM quando comparados com o grupo de trabalhadores sem dor, bem como a intensidade da dor à palpação dos músculos cervicais mostrou-se significativamente maior nos trabalhadores usuários de computador com dor cervical. Assim, é possível sugerir uma associação entre relato de dor cervical, incapacidade cervical e DTM no contexto de trabalho envolvendo o computador em mulheres com dor relato de dor cervical crônica. / Introduction: The prevalence of musculoskeletal disorders among computer office workers (COW) can vary between 10-62% and the most affected regions affected are the upper extremities, neck, head and spine. Musculoskeletal complaints in these workers have a multifactorial etiology and the main causes are postural aspects and psychosocial factors. The Maastricht Upper Extremity Questionnaire (MUEQ-Br) is one of the few tools available in the literature to evaluate ergonomic and psychosocial aspects of work related to computer use. Neck pain is the most common musculoskeletal complaints in COW. Coexistence between neck pain and Temporomandibular Disorders (TMD) are commonly cited in the literature. The adoption of forward head posture for computer use may be linked to the onset of orofacial symptoms. The sitting position is the most widely adopted in the workplace especially when it involves the use of computer, however, to maintain this position for long periods, the adoption of awkward postures could be necessary, increasing the strain on the musculoskeletal system structures. Thus, maintenance of sitting posture may be related to the development of changes in body posture, TMD and neck disorders. Aim: The aim of this study was to examine associations between neck pain, TMD and changes in static body posture on COW with and without chronic neck pain. Material and Methods: The sample of this study was selected from the application of the Maastricht Upper Extremity Questionnaire which includes seven domains (work station, body posture, job control, job demands, break time, work environment and social support). The study included 52 women which work using computer into two groups: Group with chronic neck pain and disability (NPG, n = 26 - 36.50 years confidence interval 95% (CI): 33.40-36.60; 66.37 kg -CI: 62.48-70.26 and 1.62m - 95% CI: 1.60-1.65) and group without neck pain (WONPG, n = 26 - 33.81 years - CI: 33.66-36.95, 71.75 kg - CI: 65.90-77.60 m and 1.64 - CI: 1.62-1.67). As criteria inclusion, the employees should exercise the same function for at least 12 months (NPG, 110 months - CI: 73-147 / WONPG, 91 months - CI: 63-119) and use the computer for at least 4 hours day during the work day (NPG, 7:46 hours / day - CI: 7.10-7.83 / WONPG, 7:58 hours/day - CI: 7.23-7.92). In the group with chronic neck pain workers should present a positive report of chronic neck pain and falling within the criteria: a) neck pain for at least 3 months; b) pain intensity 3 on most days on a numerical pain scale (NPS) (0-10, where 0 = no pain and 10 = worst possible pain) and c) Neck pain related disability at least mild in the Neck Disability Index (NDI): 10-28% (5-14 points) - mild disability; 30-48% (15- 24 points) - moderate disability; 50-68% (25 - 35 points) - severe disability, 72% or more (36 or more points) - Complete. Clinical assessments for diagnosis of TMD was conducted using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), evaluation of masticatory and neck pain through manual palpation and algometry pressure to obtain the pressure pain threshold (PPT) of craniocervical structures as well as evaluation of the static body posture by the use of photogrammetry. The data showed normal distribution according to the Shapiro Wilks test. The Student\'s t-test for independent samples (p <0.05) was used to compare the maximum score for each domain MUEQ-Br between the groups with and without chronic neck pain. Differences between the mean values of LDP and muscle tenderness between groups of workers without pain and chronic neck pain and to check for differences between the postural angles were verified by student t-test. For analysis of associations between TMD, disability related to neck pain, neck pain and \"aspects of the job\" (domains of MUEQ) a multivariate regression analysis was used. Differences between the percentage values were verified using chi-square test (p <0.05). The statistical package used was SPSS version 22. Results: The results showed that when comparing the domains of MUEQ-Br, the group with chronic neck pain scored highest in the area posture (NPG, 12.58 points - CI: 11.21-13.94 / WONPG, 9.42 - CI: 8-10.84) and complaints item (NPG, 17.46 - CI: 14.17-20.75 / WONPG, 8.58 - CI: 6.14 -11.02), and the total score of the questionnaire (NPG, 40.08 - CI: 35.01-45.15 / WONPG, 33.31 points - CI: 28.99-37.63). The volunteers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group without pain (42.30% vs. 23:07%, p <0.05). The group with pain had higher pain intensity on manual palpation of the neck muscles, trapezius (midpoint) right (NPG, 4.03 - CI: 3.02-5.06 / WONPG, 1.46 - CI: 0.69-2.23) and right suboccipital (WONPG, 2.58 NPS - CI: 1.64-3.51 / WONP, 1.0 - CI: 0.42-1.58) and left (NPG, 2.15 - CI: 1.21-3.09 / WONP, 1.0 - CI: 0.46 -1.54) but the values of the LDP were not significant for any of the muscles tested between the groups with and without chronic neck pain. Also no significant differences were found in postural assessment between groups for the analyzed angles in the frontal plane face and anterior views and angles analyzed in the sagittal plane. The analysis of association between the variables, it was observed that when disability was considered the dependent variable in relation to the neck pain, total score MUEQ-Br (aspects of work) and TMD, we observed a strong association (R2 = 0.93) and all predictors showed significant in the model. Our results demonstrate that cervical disability is influenced by the TMD, neck pain and physical and psychosocial aspects of the computer work. Workers with neck pain showed a higher percentage of diagnoses of TMD when compared with the group of workers without neck pain, and the pain intensity on palpation of the neck muscles was significantly higher in computer workers with neck pain. Thus, it is possible to suggest an association between reporting of neck pain, neck related disability and TMD in the context of work involving the computer in women reporting chronic neck pain.
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Effect of a chair and computer screen height adjustment on the neck and upper back musculoskeletal symptoms in an office worker

Saggu, Rajinder Kaur 04 1900 (has links)
Thesis (MScPhysio)--Stellenbosch University, 2015. / ENGLISH ABSTRACT: Aims: To assess the effect of a chair and computer screen height adjustment on the neck and upper back musculoskeletal symptoms in an office worker. Methods: An N=1 study was conducted using the ABC design. Ethics approval was obtained for the study and the participant provided informed written consent. The participant was assessed over three four week phases as she performed her habitual computer work. The outcome measures assessed during the three phases were the pain intensity and perceived sitting comfort. The three phases were named the baseline, intervention and wash-out phases. During the baseline phase, the outcome measures were obtained at the participant‟s habitual work station. The intervention phase involved a vertical adjustment of the chair and computer screen height. The wash-out phase allowed the participant to adjust the chair and computer screen height to their choice. A follow-up interview was conducted with the participant three months after completion of the study. The mean values and the ranges of the pain intensity and perceived comfort were obtained and compared. The data collected was captured on a Microsoft Excel 2010 spread sheet, where after the data was tabulated and presented graphically. Results: The mean pain intensity of the participant increased slightly during the intervention phase in comparison to the baseline phase, but remained stable during the wash-out phase. The mean perceived sitting comfort deteriorated initially during the intervention phase, but improved later during the intervention phase and showed greater improvement during the wash out phase. The perceived sitting comfort showed more improvement than the pain intensity during the washout phase. Both the pain intensity and perceived sitting comfort showed improvement at the three months follow up assessment, post completion of the study. Conclusion: The vertical height adjustment of the chair and the VDT did not improve the participant‟s pain intensity and perceived sitting comfort when compared to the participant‟s habitual workstation parameters. The findings do not favour the horizontal viewing angle. The findings of this study however support the use of „slightly below horizontal‟ viewing angle as being conducive to reduce the pain intensity and improve the sitting comfort of an office worker. / AFRIKAANSE OPSOMMING: Doelstelling: Om die effek te bepaal van die hoogte aanpassing van die stoel en rekenaarskerm op die nek en bo-rug muskuloskeletale simptome van 'n kantoorwerker. Metodes: „n N=1 studie was uitgevoer deur gebruik te maak van die ABC ontwerp. Etiese goedkeuring was verkry vir die studie en die deelnemer het ingeligte skriftelike toestemming verleen. Die deelnemer was ge-evalueer oor drie vier week-lange fases terwyl sy haar gewone rekenaarwerk verrig het. Die uitkomsmetings ge-evalueer tydens die drie fases was pyn intensiteit en waargenome sitgemak. Die drie fases was genoem die basislyn, intervensie en uitwas fases. Gedurende die basislyn fase was die uitkomsmetings by die deelnemer se gewone werkstasie ingevorder. Die intervensie fase het 'n vertikale aanpassing van die stoel en rekenaarskerm behels. Die uitwas fase het die deelnemer toegelaat om haar stoel en rekenaarskerm se hoogte aan te pas volgens haar keuse. 'n Opvolg onderhoud was gevoer met die deelnemer drie maande na die voltooiing van die studie. Die resultate was vasgelê op 'n Microsoft Excel 2010 data bladsy, waarna die data getabuleer en grafies uitgebeeld is. Resultate: Die gemiddelde pyn intensiteit van die deelnermer het effens toegeneem tydens die intervensie fase in vergelyking met die basislyn fase, maar het stabiel gebly tydens die uitwas fase. Die gemiddelde waargenome sitgemak het aanvanklik verswak tydens die intervensie fase, maar het later verbeter tydens die intervensie fase en het aangehou verbeter tydens die uitwas fase. Die waargenome sitgemak het groter verbetering getoon as die pyn intensiteit tydens die uitwas fase. Beide pyn intensiteit en waargenome sitgemak het verbetering getoon by die drie maande opvolg evaluasie, na voltooiing van die studie. Gevolgtrekking. Die vertikale hoogte aanpassing van die stoel en rekenaarskerm het nie die deelnemer se pyn intensiteit en waargenome sitgemak in vergelyking met die deelnemer se gewone werkstasie parameters verbeter nie. Hierdie bevindinge is nie ten voordeel van die horisontale kykhoek nie. Nietemin, ondersteun die bevindinge van hierdie studie die gebruik van die "effens onder die horisontale" kykhoek as bevorderend om die pyn intensiteit te verminder en die sitgemak van 'n kantoorwerker te verbeter.

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