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O papel das mulheres na agricultura familiar: a comunidade rancharia, Campo Alegre de Goiás / Women´s role in the familiar agriculture: the community rancharia, Campo Alegre de GoiásMesquita, Lívia Aparecida Pires de 20 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Familiar agriculture is an used concept to characterize the units of agricultural production, structuralized in the familiar work, who identify themselves by relationship among land, work and family. The (the) farmers (as) family have as one of the main characteristics of family control over the means of production, and this is primarily responsible for the execution of the work. The family is at the same time, unit of production and consumption, so, being from organized labor from and to the family, it becomes essential understand the spaces occupied by women in familiar agriculture. The recent transformations in the goiano agrarian space, with the advent of the modernization, had affected small and medium sized rural properties, leading to impoverishment and social exclusion of the small family farmer, what brought as a consequence the rural exodus. Given this context, it has been the constant adoption of different social and economic strategies for rural family production, which has enabled its insertion in capitalist society and the women's labor contributes to the permanence of the family in the countryside. However, the gender rations present in rural areas assigns different roles for each sex. Women are restricted to the private sphere of the home and even performing activities in the productive sphere these are considered as 'help'. While the man assumes the role of family provider, and him being booked the public place and the productive sphere. This division of labor causes the 'invisibility' of women's role in family farming, since his work in the domestic sphere does not generate income and tasks related to the production is considered only as aid. Given these considerations, we seek to understand the main aspects of family farming, as well the characteristics and importance of the role of women farmers in the community Rancharia, municipality of Campo Alegre de Goiás (GO). To carry out this work was performed a theoretical-conceptual review on familiar agriculture, women’s labor and gender relations. We also carried out desk research on the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and the Secretary of State for Management and Planning Goiás (SEGPLAN - GO). And field research, which was used as a source oral methodology with the completion of thirteen (13) Interviews with the producers and farmers community Ranchi, municipality of Campo Alegre de Goiás (GO) and four (4) interviews life history with two (2) younger and with two (2) older the Community. It is believed that the 'invisibility' of women's labor in familiar agriculture is associated with social and sexual division of labor. Moreover, the patriarchal culture, which is embedded in both the thinking of men and women, contributes to the view that the place of women's work is in the domestic sphere, connected care with the family and home, which characterizes work in production as complementary. / Agricultura familiar é um conceito utilizado para caracterizar as unidades de produção rural, estruturadas no trabalho familiar, que se identificam pela relação entre terra, trabalho e família. Os(as) agricultores(as) familiares têm como uma das principais características o controle da família sobre os meios de produção, sendo que esta é a principal responsável pela efetivação do trabalho. A família é ao mesmo tempo, unidade de produção e consumo, assim, por ser o trabalho organizado a partir e para a família, torna-se fundamental compreender os espaços ocupados pelas mulheres na agricultura familiar. As recentes transformações ocorridas no espaço agrário goiano, com o advento da modernização, afetaram as pequenas e médias propriedades rurais, provocando a descapitalização e a exclusão social do(a) pequeno(a) agricultor(a) familiar. Diante desse contexto, tem sido constante a adoção de diferentes estratégias sociais e econômicas pelas unidades de produção rural familiar, o que tem viabilizado sua inserção na sociedade capitalista e o trabalho das mulheres contribui para a permanência das famílias no campo. No entanto, a relação de gênero presente no meio rural atribui papéis diferenciados para cada um dos sexos. Às mulheres é reservada a esfera do privado, do doméstico e mesmo exercendo atividades na esfera produtiva estas são consideradas como ‘ajuda’. Enquanto os homens assumem o papel de provedores das famílias, sendo lhes reservados o local público e de produção. Essa divisão do trabalho causa a ‘invisibilidade’ do papel feminino na agricultura familiar, já que seu trabalho na esfera doméstica não gera renda, e nas tarefas relacionadas à produção é reduzido ao caráter de ajuda. Diante dessas considerações, busca-se compreender os principais aspectos da agricultura familiar, bem como as características e a importância do papel das mulheres agricultoras na comunidade Rancharia, município de Campo Alegre de Goiás. Para a realização deste trabalho foi efetuada uma revisão teórico-conceitual sobre os principais paradigmas do desenvolvimento rural, com ênfase na agricultura familiar, trabalho feminino e relações de gênero. Também foi realizada pesquisa documental no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás (SEGPLAN - GO). E pesquisa de campo, na qual foi utilizada como metodologia a fonte oral, com a realização de 13 entrevistas com as produtoras e os produtores rurais da comunidade Rancharia e 4 (quatro) entrevistas de história de vida com as 2 (duas) moradoras mais jovens e com 2 (duas) mais idosas da Comunidade. A ‘invisibilidade’ do trabalho das mulheres na agricultura familiar está associada à divisão sexual e social do trabalho. Além disso, a cultura patriarcal, que está inserida tanto no modo de pensar dos homens como das mulheres, contribui para a visão de que o lugar do trabalho da mulher é na esfera doméstica, ligados aos cuidados com a família e a casa, o que caracteriza o trabalho na produção como complementar.
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