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As partes e o todo: Pascal, Kant e os caminhos da dialética segundo Lucien Goldmann / Pascal, Kant and the ways of dialetics according to Lucien Goldmann

Bergmann, Ricardo [UNIFESP] 05 1900 (has links) (PDF)
Submitted by Andrea Hayashi (deachan@gmail.com) on 2016-06-22T18:20:16Z No. of bitstreams: 1 dissertacao-ricardo-bergmann.pdf: 1211623 bytes, checksum: 475f3191bc2c99ba36d2bb58428f1ead (MD5) / Approved for entry into archive by Andrea Hayashi (deachan@gmail.com) on 2016-06-22T18:21:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao-ricardo-bergmann.pdf: 1211623 bytes, checksum: 475f3191bc2c99ba36d2bb58428f1ead (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-22T18:21:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao-ricardo-bergmann.pdf: 1211623 bytes, checksum: 475f3191bc2c99ba36d2bb58428f1ead (MD5) Previous issue date: 2014-05-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente dissertação tem por objetivo central analisar as origens da dialética marxiana segundo Lucien Goldmann, pensador marxista, que de forma original defende a ideia que a referida dialética tem suas origens nas filosofias de Pascal e de Kant. Em primeiro lugar será feita uma introdução ao tema da dialética em três pensadores que no decorrer da História da Filosofia dedicaram enorme importância ao tema: Platão, Hegel e Marx. A questão da totalidade, ou processos totalizadores, bem como a metafísica e sua superação, fornecerão o pano de fundo para as análises das mesmas. Isso pavimentará o caminho para que seja abordada a origem da dialética marxiana em Pascal e em Kant. O primeiro é visto por Goldmann como aquele que critica o racionalismo individualista representado por Descartes, filósofo que constrói sua filosofia centrada na ideia do Eu. Pascal contrapõe ao Eu cartesiano o Nós, o todo, ou a relação partes e todo que se esclarecem mutuamente. Já o segundo é visto como o filósofo que leva o racionalismo individualista às últimas consequências, e mesmo não conseguindo superá-lo, traz de volta a ideia de comunidade humana, ideia perdida desde o fim da Idade Média, e que abre caminho para as Filosofias da História posteriores, principalmente a marxiana. Pascal e Kant ainda possuem mais dois pontos em comum: Em primeiro lugar a visão trágica do mundo, visão que se opõe ao racionalismo individualista, e cuja principal característica é tender para objetos suprassensíveis sem nunca atingi-los. E em segundo lugar o fragmento da aposta nos Pensamentos de Pascal, que com sua ideia de possibilidade de risco e fracasso, abre caminho para toda filosofia prática posterior, seja o imperativo categórico em Kant, seja a possibilidade da construção da sociedade comunista em Marx / This dissertation is aimed to analyse the origins of Marxian dialectics based on Lucien Goldmann, a Marxist philosopher who, in an original way, supports the idea that Marxian dialectics has its origins in the philosophies of Pascal and Kant. First, the idea of dialectics is introduced according to the view of three philosophers who, throughout the history of philosophy, devoted an enormous importance to this theme: Plato, Hegel and Marx. The issues of totalisation, or totalising processes, together with metaphysics and its overcoming, provide the background for their analysis, and paves the way for addressing Marxian dialectics in Pascal and Kant. Goldmann sees Pascal as the one who criticizes the individualist rationalism represented by Descartes, a philosopher who builds his philosophy centred on the Self (Moi). Pascal opposed to the Cartesian Self (Moi) to the idea of We (Nous), the whole, or a mutually clarifying relationship amongst the parts and the whole. Then Goldmann portrays Kant as a philosopher who takes the individualist rationalism to its ultimate consequences. Even though Kant could not overcome it, he brings back the idea of human community, something lost since the end of the Middle Ages, and clears the way for later history philosophies, especially the Marxian. Pascal and Kant still have two points in common. First they share a tragic view of the world. A view that opposes the individualistic rationalism, whose the main characteristic is to tend to supersensible objects, never reaching them. Secondly Pascal's Wager, as presented in his Pensées, introduces his idea of risk and failure. Such idea leads the way for all subsequent practical philosophy, either Kant 's categorical imperative or Marx’s work on the possibility of building a communist society.

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