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A metamorfose do trabalho: direitos informais , deveres escravosAmador, Solange Monteiro 17 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis focuses on the work category in the Brazilian production and
social reproduction. This category was examined through the prism of Bolivian
immigrants, workers and residents in the sewing factories in the city of São
Paulo, in order to understand the modern slave labor. The research, both
theoretical and empirical, consists on the study of references about the Brazilian
historical process, highlighting the debate over the slave and free labor, the
implementation of neoliberal ideology, the flexibility of labor, the expansion of
informal work, the repetition on forms of organization and labor relations and the
resulting deregulation of rights, beyond the perpetuation of slave labor. The
productive restructuring in the textile garment sector enables the Bolivian
legal and illegal immigration, encouraged by the demand for labor in the sewing
garages, forming the modern slave labor. The research relies on interviews with
four Bolivians who work in sewing shops in the city of São Paulo, one of whom,
owner of the garage. The display of the results of field research supports all
bibliographic review, focusing on the concrete social process. São Paulo
registered 17.960 Bolivians living in the city in 2013. This number represents an
increase of 173 % since 2000 and puts the Bolivian immigrant colony in second
position in the city, whose leadership is Portuguese. Many Bolivians who live
and work in sewing garages in the central districts of São Paulo city are part of
the 21 million slave laborers in 2013 around the world. This manpower army
generated a profit to the private economy about 330 billion reais according to
the ILO, which also revealed this amount as twice the value generated by the
international drug dealing. Slavery abolished in Brazil in 1888 with the Golden
Law reveals itself under a new guise, positioning the work category at the
center of debate / Esta tese versa sobre a categoria trabalho no processo de produção e
reprodução social brasileiro. Tal categoria foi examinada pelo prisma dos
imigrantes bolivianos, trabalhadores da costura e residentes nas oficinas da
cidade de São Paulo, com o intuito de compreender o trabalho escravo
moderno. A pesquisa, de natureza teórico-empírica, constitui-se do estudo de
referências bibliográficas sobre o processo histórico brasileiro, com destaque
ao debate acerca do trabalho escravo e livre, da implementação do ideário
neoliberal, da flexibilização do trabalho, da ampliação do trabalho informal, do
rebatimento nas formas de organização e relações do trabalho e da decorrente
desregulamentação de direitos, além da perpetuação do trabalho escravo. A
reestruturação produtiva do setor-têxtil-vestuário viabiliza a imigração boliviana
legal e clandestina, alimentadas pela demanda de mão de obra nas oficinas de
costuras, compondo o trabalho escravo moderno. A pesquisa conta com
entrevistas realizadas com quatro bolivianos que trabalham em oficinas de
costura da cidade de São Paulo, sendo um dos quais, dono da oficina. A
exposição dos resultados da pesquisa de campo acompanha toda a revisão
bibliográfica, privilegiando o processo social concreto. São Paulo registrou
17.960 bolivianos vivendo na cidade em 2013. Esse número representa um
aumento de 173% desde o ano 2000 e coloca a colônia imigrante boliviana em
segunda posição na cidade, cuja liderança é portuguesa. Muitos dos bolivianos
que vivem e trabalham em oficinas de costura nos bairros centrais da cidade
de São Paulo compõem os 21 milhões de trabalhadores escravos mundiais de
2013. Esse exército de mão de obra gerou um lucro para a economia privada
de cerca de 330 bilhões de reais de acordo com a OIT, que revelou ainda, ser
esse saldo duas vezes superior ao resultante do tráfico internacional de
drogas. A escravidão abolida no Brasil em 1888 com a Lei Áurea se desvela
sob uma nova roupagem, posicionando a categoria trabalho no centro do
debate
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