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Sob o signo de Marte: relações conjugais, gênero e saúde reprodutiva no discurso de mulheres de baixa renda / Sob o signo de Marte: relações conjugais, genero e saude reprodutiva de mulheres de baixa renda em São PauloRaquel Souzas 02 February 2000 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a relação conjugal, em termos de questões como as negociações ou a impossibilidade de negociação, conflitos e violência de gênero, como elementos intervenientes na saúde reprodutiva de mulheres de baixa renda. Para isto realizamos uma pesquisa de campo do tipo qualitativa, utilizando a técnica de história oral temática com a qual obtivemos dezesseis depoimentos. A pesquisa foi desenvolvida na região da Zona Leste de São Paulo, em um posto de saúde do Modulo 14 - do PAS (Programa de Assistência a Saúde) - Ermelino Matarazzo. De posse deste material, procedemos análise de discurso. Procuramos articular na discussão as concepções de poder, sexualidade e gênero, partindo do pressuposto de que as pautas de negociação e de processos de negociação ou a impossibilidade de sua realização são passíveis de serem desvelados nos discursos das mulheres e, por conseguinte, as estratégias utilizadas e os objetos da negociação entre os pares. O Espaço de Vida, profundamente marcado por inúmeras desigualdades sociais e de gênero determinando uma baixa qualidade de vida e propiciando vivências caracterizadas muito mais pela ausência do que pela presença de diálogos e negociações entre os pares, com inúmeras violências, inclusive a conjugal , intervém no processo reprodutivo. O casamento é idealizado como um espaço de vivências afetivas, compartilhadas com o parceiro, filhos, família. Há situações em que os direitos das mulheres são profundamente desrespeitados, inclusive nos seus direitos reprodutivos, acarretando prejuízos à saúde da mulher em geral e à sua saúde reprodutiva. Reproduzindo-se uma forma de socialização conjugal em que a mulher encontra-se sobrecarregada com trabalho dentro e fora de casa, numa relação de subordinação e dominação histórica, senão tradicional, hierárquica e desigual. / The present paper aims at characterizing the connubial relationship in terms of questions concerned with gender negotiation - or the impossibility of it -, conflicts and, violence as intervening elements in the reproductive health of low-income women. With this target in mind, a field-research, of the qualitative type, was carried out using the oral-thematic history technique with which 16 statements were obtained. The research was developed at the Eastward Area of São Paulo city, State of São Paulo, Brazil, on the Module 14 health post belonging to the Ermelindo Matarazzo PAS (Program for Health Assistance). With this material in hand, the analysis of the womens discourse was proceeded. In the papers Discussion there is an attempt to articulate conceptions of power, sexuality and, gender starting from the supposition that either the agenda or the processes of negotiation, or even the impossibility of it, are able to be disclosed within the womens discourses and, as a consequence, the strategies used in, and the objects of, negotiation between the couples. The Life Space -- deeply marked by innumerable social and gender inequalities, determining a low-quality of life and propitiating life experiences which characterize themselves much more by the absence than the presence of dialogues and negotiations between the couples, with innumerable acts of violence, including the connubial ones -- intervenes in the reproductive process. Marriage is idealized as a space for living affectionate life experiences, shared with the partner, children and, family. There are circumstances in which the womens rights are profoundly disrespected, including in their reproductive rights, causing damages to the womans health, in general, and to her reproductive health, in particular, depicting a form of connubial socialization in which the woman finds herself overloaded with the work carried out both inside and outside home, in a relationship characterized by historical subordination and domination, which if not traditional, it is surely hierarchical and unequal.
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Sob o signo de Marte: relações conjugais, gênero e saúde reprodutiva no discurso de mulheres de baixa renda / Sob o signo de Marte: relações conjugais, genero e saude reprodutiva de mulheres de baixa renda em São PauloSouzas, Raquel 02 February 2000 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a relação conjugal, em termos de questões como as negociações ou a impossibilidade de negociação, conflitos e violência de gênero, como elementos intervenientes na saúde reprodutiva de mulheres de baixa renda. Para isto realizamos uma pesquisa de campo do tipo qualitativa, utilizando a técnica de história oral temática com a qual obtivemos dezesseis depoimentos. A pesquisa foi desenvolvida na região da Zona Leste de São Paulo, em um posto de saúde do Modulo 14 - do PAS (Programa de Assistência a Saúde) - Ermelino Matarazzo. De posse deste material, procedemos análise de discurso. Procuramos articular na discussão as concepções de poder, sexualidade e gênero, partindo do pressuposto de que as pautas de negociação e de processos de negociação ou a impossibilidade de sua realização são passíveis de serem desvelados nos discursos das mulheres e, por conseguinte, as estratégias utilizadas e os objetos da negociação entre os pares. O Espaço de Vida, profundamente marcado por inúmeras desigualdades sociais e de gênero determinando uma baixa qualidade de vida e propiciando vivências caracterizadas muito mais pela ausência do que pela presença de diálogos e negociações entre os pares, com inúmeras violências, inclusive a conjugal , intervém no processo reprodutivo. O casamento é idealizado como um espaço de vivências afetivas, compartilhadas com o parceiro, filhos, família. Há situações em que os direitos das mulheres são profundamente desrespeitados, inclusive nos seus direitos reprodutivos, acarretando prejuízos à saúde da mulher em geral e à sua saúde reprodutiva. Reproduzindo-se uma forma de socialização conjugal em que a mulher encontra-se sobrecarregada com trabalho dentro e fora de casa, numa relação de subordinação e dominação histórica, senão tradicional, hierárquica e desigual. / The present paper aims at characterizing the connubial relationship in terms of questions concerned with gender negotiation - or the impossibility of it -, conflicts and, violence as intervening elements in the reproductive health of low-income women. With this target in mind, a field-research, of the qualitative type, was carried out using the oral-thematic history technique with which 16 statements were obtained. The research was developed at the Eastward Area of São Paulo city, State of São Paulo, Brazil, on the Module 14 health post belonging to the Ermelindo Matarazzo PAS (Program for Health Assistance). With this material in hand, the analysis of the womens discourse was proceeded. In the papers Discussion there is an attempt to articulate conceptions of power, sexuality and, gender starting from the supposition that either the agenda or the processes of negotiation, or even the impossibility of it, are able to be disclosed within the womens discourses and, as a consequence, the strategies used in, and the objects of, negotiation between the couples. The Life Space -- deeply marked by innumerable social and gender inequalities, determining a low-quality of life and propitiating life experiences which characterize themselves much more by the absence than the presence of dialogues and negotiations between the couples, with innumerable acts of violence, including the connubial ones -- intervenes in the reproductive process. Marriage is idealized as a space for living affectionate life experiences, shared with the partner, children and, family. There are circumstances in which the womens rights are profoundly disrespected, including in their reproductive rights, causing damages to the womans health, in general, and to her reproductive health, in particular, depicting a form of connubial socialization in which the woman finds herself overloaded with the work carried out both inside and outside home, in a relationship characterized by historical subordination and domination, which if not traditional, it is surely hierarchical and unequal.
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