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A formação ética em Martin Buber e suas contribuições à Pedagogiae Silva Lima, Rafael 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A discussão ética continua sendo objeto de muitas problematizações, especialmente filosóficas. Este trabalho procura realizar uma investigação dos fundamentos conceituais da ética em Martin Buber, reconhecidamente o filósofo do diálogo. Resgatar e interpretar as bases filosóficas de Buber tem como finalidade identificar a possibilidade de formação ética dos homens a partir da compreensão dialógica desse pensador. Para isso, o trabalho faz uma exposição e análise da dupla atitude do homem no mundo: Eu-Tu e Eu-Isso; da conversação genuína e da significação existencial do homem sustentada na dialogicidade entre os homens. Buber elabora uma ética explicitamente sustentada na religião, representada pela condição de uma vivência pessoal com o Absoluto. A ética de Buber é transcendente: a ação humana justifica-se em valores inerentes ao homem. As relações inter-humanas têm por critério essencial um reconhecimento pessoal do lugar ocupado pelas outras pessoas, em sua inquestionável alteridade, possível com um conhecimento individual de si mesmo, que permite promover no campo das relações, uma aproximação autêntica e coerente com os pressupostos essenciais que constituem a alma humana. O homem ético, para Buber, pode ser descrito como o homem capaz de dispor-se corajosamente em atender solicitamente aos apelos da alma, que tem uma constituição feita da mesma fonte inspiradora da vontade de Deus. No fenômeno educativo, a relação autêntica entre os homens assume papel decisivo na realização existencial dos homens. As questões envolvidas no fenômeno educativo dizem respeito à formação humana do educando ao sentido transcendente que se dá na relação entre os homens, o que pressupõe um sentido ampliado de religiosidade, onde o homem relaciona-se com o Absoluto enquanto, simultaneamente, tem uma vida dialógica com os homens. O diálogo é a atitude condicional para haver educação autêntica. Educar é uma ação intencional que se firma numa visão de mundo particular de quem propõe um fundamento das relações educativas. Deste modo, Buber não pensa a educação sem antes descrever e defender um tipo de homem enquanto indivíduo e enquanto partícipe de uma dinâmica maior que ele: o humano, comum aos indivíduos. Buber acredita no homem singular, cuja vida é uma tarefa a ser desempenhada sob a direção da realização do próprio ser. A existência do homem está orientada a revelar no mundo a substância essencial do homem. No fenômeno educativo, tem-se em conta o âmbito da interioridade do homem, isto é, da individualidade a ser resgatada e posta à prova na existência verdadeiramente vivida na relação com os outros homens e com o mundo. Tal âmbito da individualidade a ser incluído nas metas pedagógicas encontra uma abordagem peculiar no pensamento de Buber, pois este pensador ampliou o entendimento de educação para a transcendência e alteridade
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