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Estudo das alterações da variabilidade da freqüência cardíaca e troponina no paciente séptico / Heart rate variability and troponin in septic patients

Nogueira, Antonio Carlos 24 April 2006 (has links)
CONTEXTO: Estudos observacionais têm demonstrado alterações na variabilidade da freqüência cardíaca em pacientes em sepse, embora não exista publicação correlacionando lesão cardíaca causada pela inflamação sistêmica e redução da variabilidade da freqüência cardíaca. OBJETIVOS: Determinar, em pacientes em sepse, se a lesão cardíaca é causa das alterações da variabilidade da freqüência cardíaca e sua correlação com a mortalidade. Analisar também a associação entre evolução clínica e variabilidade da freqüência cardíaca, troponina, lesão celular à microscopia eletrônica e óptica e variáveis hemodinâmicas. MÉTODO: Estudo observacional, prospectivo, entre pacientes que desenvolveram sepse grave ou choque séptico, analisando sobrevida. Foram analisados: variabilidade da freqüência cardíca (alta e baixa freqüência, através da monitorização cardíaca contínua), dosagem dos níveis séricos de troponina, creatinofosfoquinase e creatinofosfoquinase fração MB, proteína C-reativa, alterações morfológicas e funcionais das células cardíacas por microscopia óptica e eletrônica e imunoistoquímica. Os dados hemodinâmicos foram obtidos por ecocardiograma e medida direta por cateter de artéria pulmonar. RESULTADOS: Dos 31 pacientes incluídos, 12 (38,7%) morreram durante o acompanhamento de 6 dias e 13 sobreviveram até o 28o dia (41,9%); 6 pacientes (19,4%) morreram nas primeiras 6 horas do estudo. O índice APACHE, utilizado como marcador prognóstico, foi igual nos dois grupos (27 +/- 2,6 nos sobreviventes e 26 +/- 2 nos não sobreviventes). A troponina plasmática se mostrou marcador de disfunção miocárdica na sepse (sobreviventes: 0,53 +/- 0,13 mg/ml, e não-sobreviventes: 2,31 +/- 1,01 mg/ml, p < 0,05), com informação prognostica, e se correlacionou com os piores dados hemodinâmicos do grupo de não-sobreviventes (índice de trabalho sistólico do ventrículo esquerdo no grupo de sobreviventes de 48,1 +/- 6,7 g.m/m2 e no de não-sobreviventes de 34,0 +/- 6,7 g.m/m2, p < 0,05). A variabilidade da freqüência cardíaca diminuída se correlacionou com pior prognóstico e a análise multivariada apontou a baixa freqüência cardíaca como uma variável independente para predizer alta da unidade de terapia intensiva (280 +/- 25 ms2 nos sobreviventes e 84 +/- 7,2 ms2 nos pacientes que evoluiram a óbito, freqüência mínima 129 +/- 19 ms2 e 65 +/- 9 ms2 na freqüência máxima, p < 0,05). A microscopia do coração evidenciou infiltrado inflamatório difuso e aumento do número de mitocôndrias e destruição destas organelas. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que a alteração da variabilidade da freqüência cardíaca está relacionada com a evolução para óbito, e correlaciona-se com a lesão cardíaca diagnosticada pela dosagem de troponina sérica e alteração do índice do trabalho sistólico do ventrículo esquerdo por sístole. A histologia do coração demonstrou importante lesão celular do coração, com destruição e aumento do número de mitocôndrias. / CONTEXT: Observational studies have shown alterations in the variability of heart rate in patients with sepsis, although there is not a published study showing correlation to cardiac lesion caused by systemic inflammation and reduction on the heart rate variability. OBJECTIVE: To determine, in patients in sepsis, if the cardiac lesion is caused by the alteration on the heart rate variability and access its correlation with mortality; and also, to analyze the association between clinical evolution and cardiac rate variability, plasmatic troponin, cellular lesion on electronic microscopy and optic and the patients\' hemodynamic data. METHOD: Observational study among patients that developed sepsis or septic shock, analyzing the survivors\' rate. The heart rate variability was analyzed (high and low rate through continuous cardiac monitorization), as well as plasma levels of troponin, CK, CK-MB, C-reactive protein, the morphologic alterations and of cardiac cells function, through electronic and optic microscopy and through immunohistochemistry. The hemodynamics\' data were analyzed though echocardiogram and pulmonary artery catheter. RESULTS: Among 31 patients included, 12 (38.7%) of them died during the course of 6 days and 13 (41.9%) survived until the 28th day, 6 (19.4%) died within the first 6 hours of the study. The APACHE index, used as a prognostic marker, was the same in both groups (27 +/- 2.6 in the survivor group and 26 +/- 2.0 in the non-survivors group). The plasmatic troponin became a marker in the myocardial dysfunction in sepsis (survivors 0.53 +/- 0.13 mg/ml and non-survivors 2.31 +/- 1.01 mg/ml, p < 0.05), with prognostic information, and it correlated with the worst hemodynamic parameters among non-survivors group (left ventricle systolic index was 48.1 +/-6.7 g.m/m2 in survivors and 34.0 +/- 6.7 g.m/m2 in non survivors group, p < 0.05). The decrease on the heart rate variability was correlated with the worst prognoses and analyses pointed to a low rate as an independent variable to predict the patients discharge from the intensive care unit (280 +/- 25 ms2 among survivors and 84 +/-7.2ms2 among non-survivors). The heart microscopy showed diffused inflammatory infiltration and increase in the number of mitochondrias and lesions in these organelles. CONCLUSION: Our results suggest that the alteration of the variability on the heart rate is related with the evolution to death, and correlated to cardiac lesion, evidenced through the dosage of troponin, and to alteration of the systolic workload of the left ventricle by systole. The heart histology demonstrated important cellular lesion of the heart, with a raise in number of and damage to mitochondrias.
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Alterações anatomopatológicas em corações de camundongos submetidos à inalação crônica de cocaína crack / Anatomopathological alterations in hearts of mice submitted to chronic inhalation of crack cocaine

Moraes, Alcides Gilberto 24 August 2009 (has links)
A cocaína crack é a forma popular da cocaína nos dias de hoje, em decorrência do baixo custo relativo da droga e da rapidez dos seus efeitos no sistema nervoso central. São conhecidas alterações provocadas pela cocaína no coração de humanos e animais, sendo frequentes graves transtornos no sistema cardiovascular, muitas vezes fatais. Mas diante do crescente e preocupante aumento do uso dessa forma fumada da cocaína, particularmente pelos jovens, tornam-se necessários estudos experimentais utilizando-se a droga in natura, que não se encontra habitualmente disponibilizada para experimentos, diante das dificuldades legais. Este estudo objetivou a avaliação dos efeitos da inalação crônica da cocaína crack no coração de camundongos, tendo sido utilizados 24 animais BALB/c machos, jovens e adultos, 6 animais de cada grupo (n=6), que foram expostos à fumaça originada da queima de 5 g de cocaína, por 5 minutos, 5 dias da semana, durante 39 dias, em um período de dois meses; utilizouse uma câmara de inalação para a manutenção dos animais durante as sessões e os animais do grupo controle, em igual nº (n=6), foram mantidos no biotério em condições favoráveis. A droga teve como origem a apreensão policial (195,2 g) e o seu uso, na pesquisa previamente autorizada pela justiça. A análise farmacológica da droga constatou a presença de 57,66% de cocaína nas pedras de crack, satisfazendo as necessidades para a experiência. A quantificação de cocaína de 212,5 ng/ml no sangue dos animais também foi considerada representativa para os nossos objetivos de pesquisar alterações morfológicas no coração dos camundongos. Os resultados foram analisados pela One-Way-Anova e Modelo Linear Generalizado, e as diferenças consideradas significativas quando p< 0,05. Os estudos mostraram diminuição significativa da media (±DP) de peso dos corações nos animais expostos à droga, adultos e jovens, quando comparados com os grupos controles correspondentes. No grupo jovem, o aumento do número de núcleos, por área ventricular, pode ser relacionada com atrofia miocárdica dos ventrículos, direito e esquerdo (p< 0,001), demonstrada pela morfometria das fibras musculares estriadas cardíacas, utilizando-se o sistema de retículo de pontos. Nos adultos expostos, apesar da diminuição de peso do coração, a morfometria não constatou atrofia de miocárdio de nenhum dos lados (p> 0,05). Nos exames microscópicos das paredes ventriculares, com a coloração da hematoxilina-eosina, foi detectado, discreto número de fibras musculares cardíacas, com perda das estriações e hialinizações do citoplasma, favorecendo apoptose. A morfometria dos vasos coronarianos intramurais, com medições das luzes, camadas médias e adventícias demonstrou diminuição significativa da proporção (razão) luz/parede nos animais expostos, independente da idade, quando comparado com os grupos controle (p=0,001). Esses dados caracterizam a vasoconstrição por provável ação simpaticomimética da droga, justificando uma isquemia relativa no coração e conseqüente aumento da apoptose, bem documentada pela imunoistoquímica através da coloração do TUNEL. Esta imunocoloração marcou extensamente os núcleos de células apoptóticas, nos ventrículos direito e esquerdo dos animais expostos, quando comparado aos animais não expostos (p<0,001). A microscopia óptica com H&E e Picro-sirius sugeriu fibrose peri-adventicial nos animais expostos adultos A quantificação do colágeno, após a polarização, mostrou aumento não significativo, nos ramos coronarianos dos animais expostos adultos e interstício do ventrículo direito dos dois grupos expostos (p>0,05). As pesquisas realizadas com um modelo experimental inédito confirmam alterações anatomopatológicas já descritas na literatura, como a vasoconstrição com isquemia aguda e aumento da apoptose e mostram alterações ainda não referidas, em efeitos crônicos da cocaína, como a diminuição de peso do coração e atrofia do miocárdio. Os estudos, embora tenham limitações por não ter sido isolada outra substância eventualmente presente na amostra teste, constataram achados morfológicos importantes para a saúde pública, que devem ser pesquisados nas autópsias. Novos estudos são recomendados, utilizando-se outros tempos e ambientes de exposição, com e sem a associação de drogas, assim como porcentagens diferentes de cocaína no crack e isolando-se as substâncias presentes na droga in natura. / Crack cocaine is the currently popular form of cocaine, due to its low cost and rapid effects on the central nervous system. Alterations caused by cocaine on the hearts of humans and animals are well known and severe disorders in the cardiovascular system, which are sometimes fatal, are frequent. Considering the growing concern regarding the increase in the use of this smoked form of cocaine, especially by young individuals, it becomes necessary to carry out experimental studies using the drug in its natural form, which is not usually available for experiments due to legal difficulties. The present study aimed at assessing the effects of the chronic inhalation of crack cocaine on the hearts of mice. A total of 24 BALB/c male animals were used in the experiment, both young and old, with 6 animals in each group (n=6), which were exposed to crack cocaine smoke that resulted from the burning of 5 g of cocaine, for 5 minutes, 5 days a week, for 39 days, except on weekends and holidays, during a two-month period. An inhalation chamber was used to keep the animals during the sessions, whereas the same number of animals from the control group (n=6) were kept at the animal facility of the institution under favorable conditions. The drug had been originally apprehended by the police in the course of criminal investigations and its use in research was previously authorized by the Department of Justice. The pharmacological analysis of the drug verified the presence of 57.66% of cocaine in the crack rocks, which satisfied the criterion used for the experience. The quantification of cocaine at 212.5 ng/mL in the blood of the animals was also considered representative for our objectives of assessing morphological alterations in the hearts of mice. The results were analyzed by One-Way-ANOVA and Generalized Linear Model, and the differences were considered significant when p<0.05. The studies showed a significant difference in the mean (±SD) weight of the hearts of the animals exposed to the crack cocaine smoke, both young and adult ones, when compared to the corresponding control groups. In the young group, the increased number of nuclei per ventricular area might be related to the myocardial atrophy of the right and left ventricles (p<0.001), demonstrated by the morphometry of the striated heart muscle fibers, using the system of point reticulum. In the exposed adult animals, in spite of the decreased heart weight, the morphometry did not show myocardial atrophy in neither side (p>0.05). The microscopic assessment of the ventricular walls, carried out with hematoxylin and eosin (H&E) staining, showed a small number of heart muscle fibers with loss of striations and hyalinization of the cytoplasm, which favored apoptosis. The morphometry of the intramural coronary vessels, with lumen, medial and adventitial layer measurement, showed a significant decrease in the lumen/wall ratio in exposed animals, regardless of age, when compared to the control group (p=0.001). These data characterize vasoconstriction, due to the probable sympatheticomimetic action of the drug, which justifies a relative ischemia of the heart and a consequent increase in apoptosis, well documented by immunohistochemistry through TUNEL staining. This immunostaining extensively identified the nuclei of apoptotic cells in the right and left ventricles of the exposed animals, when compared to the non-exposed animals (p< 0.001). Optical microcopy with H&E and Picrosirius suggested periadventitial fibrosis in the adult exposed animals. Collagen quantification after polarization showed a non-significant increase in the coronary branches of the adult exposed animals and in the right ventricular interstitium in the two exposed groups (p>0.05). The present study, carried out using a novel experimental model, confirmed the presence of anatomopathological alterations that had been previously described in the literature, such as vasoconstriction with acute ischemia and increased apoptosis and showed alterations that had not been previously reported as being chronic effects of cocaine, such as decreased heart weight and myocardial atrophy. Although there were limitations, considering that other substances eventually present in the test sample were not identified, the present study demonstrated important morphological findings for public health, which must be studied in autopsies. Further studies are recommended, using other exposure durations and environments, with and without the association of drugs, as well as different percentages of cocaine in crack rocks and isolating the substances present in the drug in its natural form.
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Estudo das alterações da variabilidade da freqüência cardíaca e troponina no paciente séptico / Heart rate variability and troponin in septic patients

Antonio Carlos Nogueira 24 April 2006 (has links)
CONTEXTO: Estudos observacionais têm demonstrado alterações na variabilidade da freqüência cardíaca em pacientes em sepse, embora não exista publicação correlacionando lesão cardíaca causada pela inflamação sistêmica e redução da variabilidade da freqüência cardíaca. OBJETIVOS: Determinar, em pacientes em sepse, se a lesão cardíaca é causa das alterações da variabilidade da freqüência cardíaca e sua correlação com a mortalidade. Analisar também a associação entre evolução clínica e variabilidade da freqüência cardíaca, troponina, lesão celular à microscopia eletrônica e óptica e variáveis hemodinâmicas. MÉTODO: Estudo observacional, prospectivo, entre pacientes que desenvolveram sepse grave ou choque séptico, analisando sobrevida. Foram analisados: variabilidade da freqüência cardíca (alta e baixa freqüência, através da monitorização cardíaca contínua), dosagem dos níveis séricos de troponina, creatinofosfoquinase e creatinofosfoquinase fração MB, proteína C-reativa, alterações morfológicas e funcionais das células cardíacas por microscopia óptica e eletrônica e imunoistoquímica. Os dados hemodinâmicos foram obtidos por ecocardiograma e medida direta por cateter de artéria pulmonar. RESULTADOS: Dos 31 pacientes incluídos, 12 (38,7%) morreram durante o acompanhamento de 6 dias e 13 sobreviveram até o 28o dia (41,9%); 6 pacientes (19,4%) morreram nas primeiras 6 horas do estudo. O índice APACHE, utilizado como marcador prognóstico, foi igual nos dois grupos (27 +/- 2,6 nos sobreviventes e 26 +/- 2 nos não sobreviventes). A troponina plasmática se mostrou marcador de disfunção miocárdica na sepse (sobreviventes: 0,53 +/- 0,13 mg/ml, e não-sobreviventes: 2,31 +/- 1,01 mg/ml, p < 0,05), com informação prognostica, e se correlacionou com os piores dados hemodinâmicos do grupo de não-sobreviventes (índice de trabalho sistólico do ventrículo esquerdo no grupo de sobreviventes de 48,1 +/- 6,7 g.m/m2 e no de não-sobreviventes de 34,0 +/- 6,7 g.m/m2, p < 0,05). A variabilidade da freqüência cardíaca diminuída se correlacionou com pior prognóstico e a análise multivariada apontou a baixa freqüência cardíaca como uma variável independente para predizer alta da unidade de terapia intensiva (280 +/- 25 ms2 nos sobreviventes e 84 +/- 7,2 ms2 nos pacientes que evoluiram a óbito, freqüência mínima 129 +/- 19 ms2 e 65 +/- 9 ms2 na freqüência máxima, p < 0,05). A microscopia do coração evidenciou infiltrado inflamatório difuso e aumento do número de mitocôndrias e destruição destas organelas. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que a alteração da variabilidade da freqüência cardíaca está relacionada com a evolução para óbito, e correlaciona-se com a lesão cardíaca diagnosticada pela dosagem de troponina sérica e alteração do índice do trabalho sistólico do ventrículo esquerdo por sístole. A histologia do coração demonstrou importante lesão celular do coração, com destruição e aumento do número de mitocôndrias. / CONTEXT: Observational studies have shown alterations in the variability of heart rate in patients with sepsis, although there is not a published study showing correlation to cardiac lesion caused by systemic inflammation and reduction on the heart rate variability. OBJECTIVE: To determine, in patients in sepsis, if the cardiac lesion is caused by the alteration on the heart rate variability and access its correlation with mortality; and also, to analyze the association between clinical evolution and cardiac rate variability, plasmatic troponin, cellular lesion on electronic microscopy and optic and the patients\' hemodynamic data. METHOD: Observational study among patients that developed sepsis or septic shock, analyzing the survivors\' rate. The heart rate variability was analyzed (high and low rate through continuous cardiac monitorization), as well as plasma levels of troponin, CK, CK-MB, C-reactive protein, the morphologic alterations and of cardiac cells function, through electronic and optic microscopy and through immunohistochemistry. The hemodynamics\' data were analyzed though echocardiogram and pulmonary artery catheter. RESULTS: Among 31 patients included, 12 (38.7%) of them died during the course of 6 days and 13 (41.9%) survived until the 28th day, 6 (19.4%) died within the first 6 hours of the study. The APACHE index, used as a prognostic marker, was the same in both groups (27 +/- 2.6 in the survivor group and 26 +/- 2.0 in the non-survivors group). The plasmatic troponin became a marker in the myocardial dysfunction in sepsis (survivors 0.53 +/- 0.13 mg/ml and non-survivors 2.31 +/- 1.01 mg/ml, p < 0.05), with prognostic information, and it correlated with the worst hemodynamic parameters among non-survivors group (left ventricle systolic index was 48.1 +/-6.7 g.m/m2 in survivors and 34.0 +/- 6.7 g.m/m2 in non survivors group, p < 0.05). The decrease on the heart rate variability was correlated with the worst prognoses and analyses pointed to a low rate as an independent variable to predict the patients discharge from the intensive care unit (280 +/- 25 ms2 among survivors and 84 +/-7.2ms2 among non-survivors). The heart microscopy showed diffused inflammatory infiltration and increase in the number of mitochondrias and lesions in these organelles. CONCLUSION: Our results suggest that the alteration of the variability on the heart rate is related with the evolution to death, and correlated to cardiac lesion, evidenced through the dosage of troponin, and to alteration of the systolic workload of the left ventricle by systole. The heart histology demonstrated important cellular lesion of the heart, with a raise in number of and damage to mitochondrias.
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Alterações anatomopatológicas em corações de camundongos submetidos à inalação crônica de cocaína crack / Anatomopathological alterations in hearts of mice submitted to chronic inhalation of crack cocaine

Alcides Gilberto Moraes 24 August 2009 (has links)
A cocaína crack é a forma popular da cocaína nos dias de hoje, em decorrência do baixo custo relativo da droga e da rapidez dos seus efeitos no sistema nervoso central. São conhecidas alterações provocadas pela cocaína no coração de humanos e animais, sendo frequentes graves transtornos no sistema cardiovascular, muitas vezes fatais. Mas diante do crescente e preocupante aumento do uso dessa forma fumada da cocaína, particularmente pelos jovens, tornam-se necessários estudos experimentais utilizando-se a droga in natura, que não se encontra habitualmente disponibilizada para experimentos, diante das dificuldades legais. Este estudo objetivou a avaliação dos efeitos da inalação crônica da cocaína crack no coração de camundongos, tendo sido utilizados 24 animais BALB/c machos, jovens e adultos, 6 animais de cada grupo (n=6), que foram expostos à fumaça originada da queima de 5 g de cocaína, por 5 minutos, 5 dias da semana, durante 39 dias, em um período de dois meses; utilizouse uma câmara de inalação para a manutenção dos animais durante as sessões e os animais do grupo controle, em igual nº (n=6), foram mantidos no biotério em condições favoráveis. A droga teve como origem a apreensão policial (195,2 g) e o seu uso, na pesquisa previamente autorizada pela justiça. A análise farmacológica da droga constatou a presença de 57,66% de cocaína nas pedras de crack, satisfazendo as necessidades para a experiência. A quantificação de cocaína de 212,5 ng/ml no sangue dos animais também foi considerada representativa para os nossos objetivos de pesquisar alterações morfológicas no coração dos camundongos. Os resultados foram analisados pela One-Way-Anova e Modelo Linear Generalizado, e as diferenças consideradas significativas quando p< 0,05. Os estudos mostraram diminuição significativa da media (±DP) de peso dos corações nos animais expostos à droga, adultos e jovens, quando comparados com os grupos controles correspondentes. No grupo jovem, o aumento do número de núcleos, por área ventricular, pode ser relacionada com atrofia miocárdica dos ventrículos, direito e esquerdo (p< 0,001), demonstrada pela morfometria das fibras musculares estriadas cardíacas, utilizando-se o sistema de retículo de pontos. Nos adultos expostos, apesar da diminuição de peso do coração, a morfometria não constatou atrofia de miocárdio de nenhum dos lados (p> 0,05). Nos exames microscópicos das paredes ventriculares, com a coloração da hematoxilina-eosina, foi detectado, discreto número de fibras musculares cardíacas, com perda das estriações e hialinizações do citoplasma, favorecendo apoptose. A morfometria dos vasos coronarianos intramurais, com medições das luzes, camadas médias e adventícias demonstrou diminuição significativa da proporção (razão) luz/parede nos animais expostos, independente da idade, quando comparado com os grupos controle (p=0,001). Esses dados caracterizam a vasoconstrição por provável ação simpaticomimética da droga, justificando uma isquemia relativa no coração e conseqüente aumento da apoptose, bem documentada pela imunoistoquímica através da coloração do TUNEL. Esta imunocoloração marcou extensamente os núcleos de células apoptóticas, nos ventrículos direito e esquerdo dos animais expostos, quando comparado aos animais não expostos (p<0,001). A microscopia óptica com H&E e Picro-sirius sugeriu fibrose peri-adventicial nos animais expostos adultos A quantificação do colágeno, após a polarização, mostrou aumento não significativo, nos ramos coronarianos dos animais expostos adultos e interstício do ventrículo direito dos dois grupos expostos (p>0,05). As pesquisas realizadas com um modelo experimental inédito confirmam alterações anatomopatológicas já descritas na literatura, como a vasoconstrição com isquemia aguda e aumento da apoptose e mostram alterações ainda não referidas, em efeitos crônicos da cocaína, como a diminuição de peso do coração e atrofia do miocárdio. Os estudos, embora tenham limitações por não ter sido isolada outra substância eventualmente presente na amostra teste, constataram achados morfológicos importantes para a saúde pública, que devem ser pesquisados nas autópsias. Novos estudos são recomendados, utilizando-se outros tempos e ambientes de exposição, com e sem a associação de drogas, assim como porcentagens diferentes de cocaína no crack e isolando-se as substâncias presentes na droga in natura. / Crack cocaine is the currently popular form of cocaine, due to its low cost and rapid effects on the central nervous system. Alterations caused by cocaine on the hearts of humans and animals are well known and severe disorders in the cardiovascular system, which are sometimes fatal, are frequent. Considering the growing concern regarding the increase in the use of this smoked form of cocaine, especially by young individuals, it becomes necessary to carry out experimental studies using the drug in its natural form, which is not usually available for experiments due to legal difficulties. The present study aimed at assessing the effects of the chronic inhalation of crack cocaine on the hearts of mice. A total of 24 BALB/c male animals were used in the experiment, both young and old, with 6 animals in each group (n=6), which were exposed to crack cocaine smoke that resulted from the burning of 5 g of cocaine, for 5 minutes, 5 days a week, for 39 days, except on weekends and holidays, during a two-month period. An inhalation chamber was used to keep the animals during the sessions, whereas the same number of animals from the control group (n=6) were kept at the animal facility of the institution under favorable conditions. The drug had been originally apprehended by the police in the course of criminal investigations and its use in research was previously authorized by the Department of Justice. The pharmacological analysis of the drug verified the presence of 57.66% of cocaine in the crack rocks, which satisfied the criterion used for the experience. The quantification of cocaine at 212.5 ng/mL in the blood of the animals was also considered representative for our objectives of assessing morphological alterations in the hearts of mice. The results were analyzed by One-Way-ANOVA and Generalized Linear Model, and the differences were considered significant when p<0.05. The studies showed a significant difference in the mean (±SD) weight of the hearts of the animals exposed to the crack cocaine smoke, both young and adult ones, when compared to the corresponding control groups. In the young group, the increased number of nuclei per ventricular area might be related to the myocardial atrophy of the right and left ventricles (p<0.001), demonstrated by the morphometry of the striated heart muscle fibers, using the system of point reticulum. In the exposed adult animals, in spite of the decreased heart weight, the morphometry did not show myocardial atrophy in neither side (p>0.05). The microscopic assessment of the ventricular walls, carried out with hematoxylin and eosin (H&E) staining, showed a small number of heart muscle fibers with loss of striations and hyalinization of the cytoplasm, which favored apoptosis. The morphometry of the intramural coronary vessels, with lumen, medial and adventitial layer measurement, showed a significant decrease in the lumen/wall ratio in exposed animals, regardless of age, when compared to the control group (p=0.001). These data characterize vasoconstriction, due to the probable sympatheticomimetic action of the drug, which justifies a relative ischemia of the heart and a consequent increase in apoptosis, well documented by immunohistochemistry through TUNEL staining. This immunostaining extensively identified the nuclei of apoptotic cells in the right and left ventricles of the exposed animals, when compared to the non-exposed animals (p< 0.001). Optical microcopy with H&E and Picrosirius suggested periadventitial fibrosis in the adult exposed animals. Collagen quantification after polarization showed a non-significant increase in the coronary branches of the adult exposed animals and in the right ventricular interstitium in the two exposed groups (p>0.05). The present study, carried out using a novel experimental model, confirmed the presence of anatomopathological alterations that had been previously described in the literature, such as vasoconstriction with acute ischemia and increased apoptosis and showed alterations that had not been previously reported as being chronic effects of cocaine, such as decreased heart weight and myocardial atrophy. Although there were limitations, considering that other substances eventually present in the test sample were not identified, the present study demonstrated important morphological findings for public health, which must be studied in autopsies. Further studies are recommended, using other exposure durations and environments, with and without the association of drugs, as well as different percentages of cocaine in crack rocks and isolating the substances present in the drug in its natural form.
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Análise histomorfológica de corações com atresia e estenose  mitral na síndrome do coração esquerdo hipoplásico / Histomorphologycal Analysis of Hearts with mitral atresia and stenosis in Hypoplastic Left Heart Syndrome

Abuchaim, Décio Cavalet-Soares 26 August 2013 (has links)
Introdução: A Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SCEH) compreende um espectro de malformações estruturais cardíacas caracterizadas por um hipodesenvolvimento significativo do complexo coração esquerdo-aorta, que apesar da evolução do tratamento, continua sendo um desafio. O objetivo deste trabalho é identificar diferenças morfológicas e histológicas em corações com atresia e estenose mitral na SCEH. Métodos: Estudo de 33 corações com SCEH e nove corações normais (controle), divididos em dois grupos, atresia mitral (AM) e estenose mitral (EM), obtidos em necrópsia e submetidos a análise morfológica dos segmentos da aorta, características da valva mitral e tricúspide, septo inter atrial, miocárdio, cavidades ventriculares e análise histológica com as colorações e hematoxilina/eosina e picro-sírius. Resultados: Observamos nove espécimes com Atresia Mitral e Atresia Aórtica (AMAA), 27,2%; treze com Atresia Mitral e Estenose Aórtica (AMEA), 39,3% e onze com Estenose Mitral e Estenose Aórtica (EMEA) 33,3%. Encontramos associação significativa de predominância de coronárias tortuosas no grupo EM (?2= 4,911; P=0,027) e a dominância coronariana esquerda está em 75% dos casos de EM, com diferença significativa entre os dois grupos (?2=9,298; P=0,01). No grupo AM encontramos correlação significativa entre aorta descendente e arco aórtico (r =0,692; P=0,039) e entre aorta descendente e istmo aórtico (r=0,796; P=0,010).No grupo EM, há correlação significativa entre as variáveis: Anel mitral e comprimento via de entrada de ventrículo direito (r=0,523; P=0,045); Anel mitral e istmo aórtico (r=0,692; P=0,003); ventrículo esquerdo cavidade e aorta ascendente (r=0,643; P=0,010); Arco aórtico e istmo aórtico (r=0,678; P=0,001); Aorta ascendente e arco aórtico (r=0,444; P = 0,044). Não existe diferença significativa no tamanho dos miócitos (coloração HE) entre o grupo AMAA e o grupo EMAA/EMEA (P=0,427), porém existe diferença significativa entre AMAA e controle (P=0,011) e entre EMAA/EMEA e controle (P=0,023). O percentual de colágeno (coloração de picro-sírius) é significantemente diferente entre os três grupos (P=0,0001) e o grupo AM é o que contém maior percentual de colágeno. Conclusões: 1. Na SCEH os corações com EM apresentam significativamente coronárias tortuosas e dominância coronariana esquerda em comparação com AM; 2. No grupo AM encontramos correlação significativa entre o diâmetro da aorta descendente e arco aórtico e entre aorta descendente e istmo aórtico; 3. No grupo EM, há correlação significativa entre as seguintes variáveis: anel mitral e comprimento via de entrada do ventrículo direito, anel mitral e istmo aórtico, cavidade do ventrículo esquerdo e aorta ascendente, arco aórtico e istmo aórtico e arco aórtico e aorta ascendente; 4. Há hipertrofia dos miócitos nos espécimes com AM e EM em comparação com o grupo controle; 5. Na SCEH o percentual de colágeno é superior ao grupo controle; 6. O grupo AM tem maior percentual de colágeno que o grupo EM / Introduction: Hypoplastic left heart syndrome (HLHS) comprises a spectrum of cardiac malformations characterized by a significant underdevelopment of the left heart-aorta complex, which remains a challenge despite the progress of treatment. The objective of this work is to identify morphological and histological differences in hearts with atresia and mitral stenosis with HLHS. Methods: 33 hearts with HLHS divided into two groups, mitral atresia (AM) and mitral stenosis (MS) and nine normal hearts (control),obtained at autopsy, submitted to morphological analysis of aortic segments, mitral and tricuspid valves, atrial septum, infarction, and ventricular cavities and histological study with Hematoxylin/eosin and picro sírius stain. Results: There were nine specimens with aortic atresia and mitral atresia (AMAA), 27.2%; thirteen with atresia Mitral and Aortic Stenosis (AMEA), 39.3% and eleven with Mitral Stenosis and Aortic Stenosis (EMEA) 33.3%. There is a significant association of prevalence of coronary tortuous in the MS group (x2 = 4.911, P=0.027) and left coronary dominance in 75% of cases of MS, with a significant difference between the two groups (x2 2 = 9.298, P=0,01). In the AM group we found a significant correlation between the descending aorta and aortic arch (r=0.692, P=0.039) and between the descending aorta and aortic isthmus (r =0.796, P=0.01). In the MS group there was a significant correlation between variables: mitral ring and length inlet right ventricle (r= 0.523, P=0.045), mitral and aortic isthmus (r=0.692, P=0.003), left ventricular cavity and ascending aorta (r=0.643, P=0.01); Aortic arch and aortic isthmus (r=0.678, P=0.001), ascending aorta and aortic arch (r=0.444, P=0.044).There is no significant difference in the size of myocites (HE staining) between the group and the group AMAA EMAA / EMEA (P = 0.427), but we found significant difference between AMAA and control (P = 0.011) and between EMAA / EMEA and control (P=0.023). The percentage of collagen (picrosirius staining) is different between the three groups (P=0.0001) and AM is the group that contains a higher percentage of collagen. Conclusions: 1. In HLHS hearts with MS present significant tortuous coronary and left coronary dominance compared with AM; 2. In the AM group there is a significant correlation between the diameter of the descending aorta and aortic arch and descending aorta and across the aortic isthmus; 3. In the MS group, there was significant correlation between the following variables: length and mitral inflow tract, mitral and aortic isthmus, left ventricular cavity and the ascending aorta, aortic arch and isthmus aorta and aortic arch and ascending aorta; 4. There is myocite hypertrophy in specimens with AM and EM compared with control; 5. In the HSLS collagen percentage is higher than control; 6. The AM group has a higher percentage of collagen than the EM group
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Estudo do remodelamento ventricular e dos anéis valvares na cardiomiopatia dilatada: avaliação anátomo-histopatológica / Study of ventricular remodeling and valve rings in dilated cardiomyopathy: anatomical and histological evaluation

Dalva, Moíse 18 January 2012 (has links)
Introdução: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ocasionada pela cardiomiopatia dilatada idiopática (CMDId) constitui-se em quadro causador de grande impacto na saúde pública, apresentando morbidade e mortalidade significativas, porém muitos aspectos referentes à sua fisiopatologia ainda permanecem desconhecidos, de modo que trabalhos que estudem tais aspectos poderão contribuir para melhor entendimento desta entidade. Objetivos: Avaliar aspectos anatômicos e histológicos de corações com CMDId e compará-los a um grupo controle de corações normais, obtendo-se as medidas dos perímetros dos anéis atrioventriculares direito (AVD) e esquerdo (AVE) e dos ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE) bem como a porcentagem por área de fibras colágenas e elásticas dos anéis atrioventriculares direito e esquerdo. Métodos: Foram analisados 13 corações de pacientes que faleceram vítimas de CMDId e 13 corações normais de pacientes que faleceram por causas não relacionadas à doenças cardiovasculares. Os corações foram fixados em formol, dissecados de forma a manter-se apenas os anéis atrioventriculares e a massa ventricular, com posterior laminação desta em segmentos transversais correspondentes a 20%, 50% e 80% da distância compreendida entre o sulco atrioventricular e o ápice ventricular esquerdo. Os cortes assim obtidos foram submetidos à digitalização fotográfica, que permitiu a aferição de ambos os perímetros ventriculares por meio de software específico, tornando possível a comparação de tais medidas entre os grupos e os segmentos. Os anéis atrioventriculares foram posteriormente dissecados, fotografados e medidos digitalmente para aferição das medidas perimetrais a direita e a esquerda, sendo posteriormente enviados ao laboratório de anatomia patológica, sendo realizadas colorações por meio de hematoxilinaeosina, picrossírius e resorcina fuccina oxidada, permitindo estudo das fibras colágenas e elásticas. Resultados: Com relação aos segmentos ventriculares, notou-se que no grupo CMDId ocorre dilatação nos segmentos apical, equatorial e basal, tanto a direita quanto a esquerda A medida do AVD foi maior no grupo CMDId , não havendo diferença estatisticamente significante com relação ao AVE entre os dois grupos. Com relação ao percentual por área de fibras colágenas, tanto o AVE quanto o AVD apresentaram percentagem de fibras menor no grupo CMDId em relação ao grupo normal. Com relação ao percentual por área de fibras elásticas, não houve diferença entre os grupos. Conclusões: Ocorre alteração da geometria ventricular com dilatação tanto a direita quanto a esquerda no grupo CMDId, porém com comportamento distinto entre o VE e o VD. O anel atrioventricular esquerdo não se dilata, ao contrário do direito, a despeito do fato de em ambos ocorrer diminuição da área total de colágeno, sugerindo que o mecanismo de dilatação possa apresentar particularidades oriundas de diferenças estruturais e pressóricas em ambos os ventrículos / Introduction: Congestive heart failure caused by idiopathic dilated cardiomyopathy causes great impact on public health, with significant morbidity and mortality, but many aspects related to its pathophysiology remain unknown, so further studies can contribute to better understanding of this entity. Objectives: To evaluate anatomical and histological aspects of hearts from patients who died victims of idiopathic dilated cardiomyopathy and compare them to a control group, to evaluate the behavior of the perimeters of the right and left atrioventricular rings and left and right ventricles and to compare the percentage area of collagen and elastic fibers of the right and left atrioventricular rings in both groups. Methods: We analyzed 13 hearts of patients who died from idiopathic dilated cardiomyopathy and 13 normal hearts from patients who died of causes not related to cardiovascular disease. The hearts were fixed in formalin, dissected in order to keep only the ventricular mass and atrioventricular rings, with subsequent lamination of segments corresponding to 20%, 50% and 80% of the distance between the atrioventricular groove and the left ventricular apex . The sections obtained were subjected to photo scanning, which allowed the measurement of ventricular perimeters by means of specific software, making it possible to compare these measures between groups and segments. The atrioventricular rings were then dissected, photographed and measured digitally to evaluate the right and left perimeters, later being sent to the pathology laboratory, and stained by hematoxylin-eosin, picrosirius and oxidized resorcin fuccin, enabling study of collagen and elastic fibers. Results: Regarding to ventricular segments, it was noted that in the idiopathic dilated cardiomyopathy group dilation occurs in the apical, equatorial and basal segments, at both sides, and the right atrioventricular ring measurement was higher in idiopathic dilated cardiomyopathy group, with no statistically significant difference in the left side between the two groups. With respect to the percentage by area of collagen fibers, both the left and the right sides had lower percentage of fibers in the idiopathic dilated cardiomyopathy group compared to the normal group. With respect to the percentage by area of elastic fibers, there was no difference between the groups. Conclusions: There is a change in ventricular geometry in idiopathic dilated cardiomyopathy group, but with different behavior between the left and right ventricles. The left atrioventricular ring does not dilate, in spite of the fact that in both ventricles there is lowering of the total area of collagen, suggesting that the mechanism of dilation may present peculiarities arising from structural differences and pressure load in both ventricles
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Estudo do remodelamento ventricular e dos anéis valvares na cardiomiopatia dilatada: avaliação anátomo-histopatológica / Study of ventricular remodeling and valve rings in dilated cardiomyopathy: anatomical and histological evaluation

Moíse Dalva 18 January 2012 (has links)
Introdução: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ocasionada pela cardiomiopatia dilatada idiopática (CMDId) constitui-se em quadro causador de grande impacto na saúde pública, apresentando morbidade e mortalidade significativas, porém muitos aspectos referentes à sua fisiopatologia ainda permanecem desconhecidos, de modo que trabalhos que estudem tais aspectos poderão contribuir para melhor entendimento desta entidade. Objetivos: Avaliar aspectos anatômicos e histológicos de corações com CMDId e compará-los a um grupo controle de corações normais, obtendo-se as medidas dos perímetros dos anéis atrioventriculares direito (AVD) e esquerdo (AVE) e dos ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE) bem como a porcentagem por área de fibras colágenas e elásticas dos anéis atrioventriculares direito e esquerdo. Métodos: Foram analisados 13 corações de pacientes que faleceram vítimas de CMDId e 13 corações normais de pacientes que faleceram por causas não relacionadas à doenças cardiovasculares. Os corações foram fixados em formol, dissecados de forma a manter-se apenas os anéis atrioventriculares e a massa ventricular, com posterior laminação desta em segmentos transversais correspondentes a 20%, 50% e 80% da distância compreendida entre o sulco atrioventricular e o ápice ventricular esquerdo. Os cortes assim obtidos foram submetidos à digitalização fotográfica, que permitiu a aferição de ambos os perímetros ventriculares por meio de software específico, tornando possível a comparação de tais medidas entre os grupos e os segmentos. Os anéis atrioventriculares foram posteriormente dissecados, fotografados e medidos digitalmente para aferição das medidas perimetrais a direita e a esquerda, sendo posteriormente enviados ao laboratório de anatomia patológica, sendo realizadas colorações por meio de hematoxilinaeosina, picrossírius e resorcina fuccina oxidada, permitindo estudo das fibras colágenas e elásticas. Resultados: Com relação aos segmentos ventriculares, notou-se que no grupo CMDId ocorre dilatação nos segmentos apical, equatorial e basal, tanto a direita quanto a esquerda A medida do AVD foi maior no grupo CMDId , não havendo diferença estatisticamente significante com relação ao AVE entre os dois grupos. Com relação ao percentual por área de fibras colágenas, tanto o AVE quanto o AVD apresentaram percentagem de fibras menor no grupo CMDId em relação ao grupo normal. Com relação ao percentual por área de fibras elásticas, não houve diferença entre os grupos. Conclusões: Ocorre alteração da geometria ventricular com dilatação tanto a direita quanto a esquerda no grupo CMDId, porém com comportamento distinto entre o VE e o VD. O anel atrioventricular esquerdo não se dilata, ao contrário do direito, a despeito do fato de em ambos ocorrer diminuição da área total de colágeno, sugerindo que o mecanismo de dilatação possa apresentar particularidades oriundas de diferenças estruturais e pressóricas em ambos os ventrículos / Introduction: Congestive heart failure caused by idiopathic dilated cardiomyopathy causes great impact on public health, with significant morbidity and mortality, but many aspects related to its pathophysiology remain unknown, so further studies can contribute to better understanding of this entity. Objectives: To evaluate anatomical and histological aspects of hearts from patients who died victims of idiopathic dilated cardiomyopathy and compare them to a control group, to evaluate the behavior of the perimeters of the right and left atrioventricular rings and left and right ventricles and to compare the percentage area of collagen and elastic fibers of the right and left atrioventricular rings in both groups. Methods: We analyzed 13 hearts of patients who died from idiopathic dilated cardiomyopathy and 13 normal hearts from patients who died of causes not related to cardiovascular disease. The hearts were fixed in formalin, dissected in order to keep only the ventricular mass and atrioventricular rings, with subsequent lamination of segments corresponding to 20%, 50% and 80% of the distance between the atrioventricular groove and the left ventricular apex . The sections obtained were subjected to photo scanning, which allowed the measurement of ventricular perimeters by means of specific software, making it possible to compare these measures between groups and segments. The atrioventricular rings were then dissected, photographed and measured digitally to evaluate the right and left perimeters, later being sent to the pathology laboratory, and stained by hematoxylin-eosin, picrosirius and oxidized resorcin fuccin, enabling study of collagen and elastic fibers. Results: Regarding to ventricular segments, it was noted that in the idiopathic dilated cardiomyopathy group dilation occurs in the apical, equatorial and basal segments, at both sides, and the right atrioventricular ring measurement was higher in idiopathic dilated cardiomyopathy group, with no statistically significant difference in the left side between the two groups. With respect to the percentage by area of collagen fibers, both the left and the right sides had lower percentage of fibers in the idiopathic dilated cardiomyopathy group compared to the normal group. With respect to the percentage by area of elastic fibers, there was no difference between the groups. Conclusions: There is a change in ventricular geometry in idiopathic dilated cardiomyopathy group, but with different behavior between the left and right ventricles. The left atrioventricular ring does not dilate, in spite of the fact that in both ventricles there is lowering of the total area of collagen, suggesting that the mechanism of dilation may present peculiarities arising from structural differences and pressure load in both ventricles
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Análise histomorfológica de corações com atresia e estenose  mitral na síndrome do coração esquerdo hipoplásico / Histomorphologycal Analysis of Hearts with mitral atresia and stenosis in Hypoplastic Left Heart Syndrome

Décio Cavalet-Soares Abuchaim 26 August 2013 (has links)
Introdução: A Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SCEH) compreende um espectro de malformações estruturais cardíacas caracterizadas por um hipodesenvolvimento significativo do complexo coração esquerdo-aorta, que apesar da evolução do tratamento, continua sendo um desafio. O objetivo deste trabalho é identificar diferenças morfológicas e histológicas em corações com atresia e estenose mitral na SCEH. Métodos: Estudo de 33 corações com SCEH e nove corações normais (controle), divididos em dois grupos, atresia mitral (AM) e estenose mitral (EM), obtidos em necrópsia e submetidos a análise morfológica dos segmentos da aorta, características da valva mitral e tricúspide, septo inter atrial, miocárdio, cavidades ventriculares e análise histológica com as colorações e hematoxilina/eosina e picro-sírius. Resultados: Observamos nove espécimes com Atresia Mitral e Atresia Aórtica (AMAA), 27,2%; treze com Atresia Mitral e Estenose Aórtica (AMEA), 39,3% e onze com Estenose Mitral e Estenose Aórtica (EMEA) 33,3%. Encontramos associação significativa de predominância de coronárias tortuosas no grupo EM (?2= 4,911; P=0,027) e a dominância coronariana esquerda está em 75% dos casos de EM, com diferença significativa entre os dois grupos (?2=9,298; P=0,01). No grupo AM encontramos correlação significativa entre aorta descendente e arco aórtico (r =0,692; P=0,039) e entre aorta descendente e istmo aórtico (r=0,796; P=0,010).No grupo EM, há correlação significativa entre as variáveis: Anel mitral e comprimento via de entrada de ventrículo direito (r=0,523; P=0,045); Anel mitral e istmo aórtico (r=0,692; P=0,003); ventrículo esquerdo cavidade e aorta ascendente (r=0,643; P=0,010); Arco aórtico e istmo aórtico (r=0,678; P=0,001); Aorta ascendente e arco aórtico (r=0,444; P = 0,044). Não existe diferença significativa no tamanho dos miócitos (coloração HE) entre o grupo AMAA e o grupo EMAA/EMEA (P=0,427), porém existe diferença significativa entre AMAA e controle (P=0,011) e entre EMAA/EMEA e controle (P=0,023). O percentual de colágeno (coloração de picro-sírius) é significantemente diferente entre os três grupos (P=0,0001) e o grupo AM é o que contém maior percentual de colágeno. Conclusões: 1. Na SCEH os corações com EM apresentam significativamente coronárias tortuosas e dominância coronariana esquerda em comparação com AM; 2. No grupo AM encontramos correlação significativa entre o diâmetro da aorta descendente e arco aórtico e entre aorta descendente e istmo aórtico; 3. No grupo EM, há correlação significativa entre as seguintes variáveis: anel mitral e comprimento via de entrada do ventrículo direito, anel mitral e istmo aórtico, cavidade do ventrículo esquerdo e aorta ascendente, arco aórtico e istmo aórtico e arco aórtico e aorta ascendente; 4. Há hipertrofia dos miócitos nos espécimes com AM e EM em comparação com o grupo controle; 5. Na SCEH o percentual de colágeno é superior ao grupo controle; 6. O grupo AM tem maior percentual de colágeno que o grupo EM / Introduction: Hypoplastic left heart syndrome (HLHS) comprises a spectrum of cardiac malformations characterized by a significant underdevelopment of the left heart-aorta complex, which remains a challenge despite the progress of treatment. The objective of this work is to identify morphological and histological differences in hearts with atresia and mitral stenosis with HLHS. Methods: 33 hearts with HLHS divided into two groups, mitral atresia (AM) and mitral stenosis (MS) and nine normal hearts (control),obtained at autopsy, submitted to morphological analysis of aortic segments, mitral and tricuspid valves, atrial septum, infarction, and ventricular cavities and histological study with Hematoxylin/eosin and picro sírius stain. Results: There were nine specimens with aortic atresia and mitral atresia (AMAA), 27.2%; thirteen with atresia Mitral and Aortic Stenosis (AMEA), 39.3% and eleven with Mitral Stenosis and Aortic Stenosis (EMEA) 33.3%. There is a significant association of prevalence of coronary tortuous in the MS group (x2 = 4.911, P=0.027) and left coronary dominance in 75% of cases of MS, with a significant difference between the two groups (x2 2 = 9.298, P=0,01). In the AM group we found a significant correlation between the descending aorta and aortic arch (r=0.692, P=0.039) and between the descending aorta and aortic isthmus (r =0.796, P=0.01). In the MS group there was a significant correlation between variables: mitral ring and length inlet right ventricle (r= 0.523, P=0.045), mitral and aortic isthmus (r=0.692, P=0.003), left ventricular cavity and ascending aorta (r=0.643, P=0.01); Aortic arch and aortic isthmus (r=0.678, P=0.001), ascending aorta and aortic arch (r=0.444, P=0.044).There is no significant difference in the size of myocites (HE staining) between the group and the group AMAA EMAA / EMEA (P = 0.427), but we found significant difference between AMAA and control (P = 0.011) and between EMAA / EMEA and control (P=0.023). The percentage of collagen (picrosirius staining) is different between the three groups (P=0.0001) and AM is the group that contains a higher percentage of collagen. Conclusions: 1. In HLHS hearts with MS present significant tortuous coronary and left coronary dominance compared with AM; 2. In the AM group there is a significant correlation between the diameter of the descending aorta and aortic arch and descending aorta and across the aortic isthmus; 3. In the MS group, there was significant correlation between the following variables: length and mitral inflow tract, mitral and aortic isthmus, left ventricular cavity and the ascending aorta, aortic arch and isthmus aorta and aortic arch and ascending aorta; 4. There is myocite hypertrophy in specimens with AM and EM compared with control; 5. In the HSLS collagen percentage is higher than control; 6. The AM group has a higher percentage of collagen than the EM group
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Avaliação morfogeométrica do ventrículo esquerdo e do anel valvar mitral na cardiomiopatia dilatada isquêmica ou idiopática: estudo comparativo computadorizado / Morphogeometric evaluation of left cardiac ventricle and mitral valval ring in dilated ischemic and idiopathic cardiomyopathies: computer assisted comparative study

Juliani, Paulo Sergio 09 January 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O conhecimento anatômico desempenha importante papel no desenvolvimento de técnicas diagnósticas e cirúrgicas. Com esse objetivo, na área cardiológica, se mostra fundamental para o entendimento do processo de remodelamento cardíaco que acompanha as cardiomiopatias dilatadas (CMD) tanto isquêmicas (CMDIsq) como idiopáticas (CMDId), de modo particular do ventrículo esquerdo (VE) e sua correlação com alterações do anel atrioventricular esquerdo, levando a graus variáveis de insuficiência cardíaca (IC). OBJETIVOS: Os objetivos desta pesquisa são: 1) Obter medidas do anel atrioventricular esquerdo (mitral) e do ventrículo esquerdo em corações normais, com CMDIsq ou CMDId, comparando-as entre si; 2) Analisar a proporcionalidade entre segmentos da câmara ventricular esquerda dos corações com CMDIsq ou CMDId em relação ao normal; 3) Determinar a esfericidade ou não da câmara ventricular esquerda nos corações com CMDIsq ou CMDId. MÉTODO: Foram analisados 43 corações humanos, divididos em três grupos: NORMAL (n=10), CMDIsq (n=15) e CMDId (n=18). De posse da medida da distância do sulco atrioventricular posterior até o ápice do VE, foram realizados cortes transversais baso-apicais seqüenciais e, após digitalização dos mesmos, por meio de método computadorizado, foram obtidas medidas perimetrais e espessura das paredes. Empregando-se o mesmo método, mensurou-se o perímetro do anel mitral. Foram criados índices de proporção porcentual entre os perímetros dos segmentos provenientes dos cortes do VE, comparando-os intergrupos. Nos dilatados os perímetros segmentares mensurados foram comparados com os perímetros esperados se considerássemos a câmara ventricular como uma esfera perfeita. Realizou-se a análise estatística dessas medidas e índices. RESULTADOS: O perímetro do anel mitral teve o seguinte resultado: somente o grupo CMDIsq teve média significativamente maior que o grupo NORMAL e houve baixo coeficiente de correlação com os perímetros ventriculares segmentares nos corações dilatados. Distância do sulco atrioventricular até o ápice do VE: CMDId = CMDIsq > NORMAL. Perímetros segmentares ventriculares basais (PerB), equatoriais (PerE) e apicais (PerA): grupo NORMAL-> PerE = PerB > PerA; grupos CMDId e CMDIsq- > PerE > PerB > PerA, sendo que o grupo CMDId teve essas 3 medidas maiores que o grupo CMDIsq e ambos tiveram essas 3 medidas maiores que o grupo NORMAL. Nos 3 grupos as medidas de espessura das paredes ventriculares foram iguais estatisticamente. O índice de proporção perimetral PerB/PerE foi igual nos 3 grupos, enquanto o índice PerA/PerE foi igual entre os corações dilatados, mas em ambos foi menor que no grupo NORMAL. Todos perímetros segmentares ventriculares dos corações dilatados foram menores do que os calculados segundo a fórmula da esfera. CONCLUSÕES: 1) O anel atrioventricular esquerdo dilata-se na CMDIsq, sendo essa alteração independente da dilatação dos três segmentos do VE; 2) Os corações com CMDId e CMDIsq desenvolvem uma similar dilatação longitudinal do VE; 3) Ocorre uma dilatação trans versal do VE nessas afecções, sendo essa maior nos corações com CMDId; 4) A espessura das paredes ventriculares esquerdas dos corações com CMDIsq ou CMDId não se altera quando comparada aos corações normais; 5) A dilatação transversal da câmara ventricular esquerda nos corações com CMD não se dá de forma proporcional ao longo do seu eixo longitudinal, sendo mais acentuada nas regiões basal e equatorial; 6) A câmara ventricular esquerda nos corações com CMD de origem isquêmica ou idiopática não apresenta formato esférico. / BACKGROUND: Anatomic knowledge is the cornerstone for the development of surgical and diagnostic image techniques and for understanding pathological entities. Understanding cardiac anatomy is essential for understanding cardiac remodeling in both ischemic and idiopathic dilated cardiomyopathies. Dysfunction in the physiological relationship between the morphology of left ventricle and its mitral ring plays an important role in the cardiac insufficiency etiopathogenesis. OBJECTIVES: 1) To compare morphology of left ventricle and its mitral ring among normal, ischemic and idiopathic dilated cardiomyophatic anatomic specimens; 2) To compare intra specimen ventricular segmental perimeters relationships between normal and dilated specimens; 3) To verify the presence of the spheroid shape of left ventricular chamber in dilated specimens. METHODS: It was analyzed 43 specimens of human hearts, classified in three groups: normal (n=10), dilated due to ischemic (n=15) or idiopathic cardiomyopathies (n=18). Several lengths were measured: the length from the posterior atrioventricular sulcus to the ventricular apex in the intact specimen; followed by three sequential transversal ventricular slicing in the basal, equatorial and apical level. Digital pictures were taken from these slices, in order to be analyzed in a computer assisted fashion. Internal perimeter and ventricular walls width of each slice were measured, as well the mitral ring perimeter. The three intra group perimeters were compared and correlated between themselves. Basal, equatorial and apical perimeter of each group was compared to their correspondent pairs inter groups. Regarding intra group relationships, for a given group, each slice perimeter was measured and considered as a percentage of the equatorial slice (index). This percentage was compared inter groups. Three perimeters were evaluated in both dilated groups, each one was compared to its expected value when considering left ventricular chamber as a perfect sphere (hypothesis). Measurements and index statistical analysis was performed. RESULTS: Mitral ring perimeter was longer than the NORMAL group only in ischemic group. There was a low correlation coefficient between mitral ring perimeter and ventricular segmental perimeters in both dilated groups. Longitudinal length from the left atrioventricular sulcus until the apex was similar in dilated specimens and higher compared to the normal group. Regarding sequential perimeters of ventricular slices in the normal specimens, the equatorial perimeter was as long as the basal ones, but both of them longer than the apical one. In the other hand, for dilated specimens, equatorial diameter was the longest one and apic al the smallest one. Comparing ventricular slices perimeters between dilated groups, all the perimeters lengths were longer in the idiopathic group than in the ischemic one. All the ventricular slices perimeters were longer for both dilated groups than for the normal group. There was no difference of ventricular wall width between groups. The proposed index of proportional perimeter: considering the proportion between basal and equatorial perimeter, there was no difference between any groups; but considering the proportion between apical and equatorial perimeter, dilated specimens displayed a lower index when compared to normal specimens. All the observed ventricular slice perimeters were smaller than the hypothetical (sphere) expected ones in both dilated groups. CONCLUSIONS: 1) Left atrioventricular ring dilatation occurs in ischemic dilated cardiomyopathy and it is independent of the dilatation of segments (apical, basal and equatorial) ventricular; 2) Longitudinal left ventricular dilatation is similar between dilated groups; 3) A transversal ventricular chamber dilatation was observed in dilated diseases and it is greater in the idiopathic disease; 4) The left ventricular wall widths in both dilated cardiomyopathies were similar to normal hearts; 5) Transversal dilatation of left ventricular chamber in both dilated cardiomyopathies is not proporcional along their longitudinal axis because it is more accentuated in equatorial and basal regions; 6) Left ventricular chamber in both dilated cardiomyopathies does not keep spherical shape.
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Avaliação morfogeométrica do ventrículo esquerdo e do anel valvar mitral na cardiomiopatia dilatada isquêmica ou idiopática: estudo comparativo computadorizado / Morphogeometric evaluation of left cardiac ventricle and mitral valval ring in dilated ischemic and idiopathic cardiomyopathies: computer assisted comparative study

Paulo Sergio Juliani 09 January 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O conhecimento anatômico desempenha importante papel no desenvolvimento de técnicas diagnósticas e cirúrgicas. Com esse objetivo, na área cardiológica, se mostra fundamental para o entendimento do processo de remodelamento cardíaco que acompanha as cardiomiopatias dilatadas (CMD) tanto isquêmicas (CMDIsq) como idiopáticas (CMDId), de modo particular do ventrículo esquerdo (VE) e sua correlação com alterações do anel atrioventricular esquerdo, levando a graus variáveis de insuficiência cardíaca (IC). OBJETIVOS: Os objetivos desta pesquisa são: 1) Obter medidas do anel atrioventricular esquerdo (mitral) e do ventrículo esquerdo em corações normais, com CMDIsq ou CMDId, comparando-as entre si; 2) Analisar a proporcionalidade entre segmentos da câmara ventricular esquerda dos corações com CMDIsq ou CMDId em relação ao normal; 3) Determinar a esfericidade ou não da câmara ventricular esquerda nos corações com CMDIsq ou CMDId. MÉTODO: Foram analisados 43 corações humanos, divididos em três grupos: NORMAL (n=10), CMDIsq (n=15) e CMDId (n=18). De posse da medida da distância do sulco atrioventricular posterior até o ápice do VE, foram realizados cortes transversais baso-apicais seqüenciais e, após digitalização dos mesmos, por meio de método computadorizado, foram obtidas medidas perimetrais e espessura das paredes. Empregando-se o mesmo método, mensurou-se o perímetro do anel mitral. Foram criados índices de proporção porcentual entre os perímetros dos segmentos provenientes dos cortes do VE, comparando-os intergrupos. Nos dilatados os perímetros segmentares mensurados foram comparados com os perímetros esperados se considerássemos a câmara ventricular como uma esfera perfeita. Realizou-se a análise estatística dessas medidas e índices. RESULTADOS: O perímetro do anel mitral teve o seguinte resultado: somente o grupo CMDIsq teve média significativamente maior que o grupo NORMAL e houve baixo coeficiente de correlação com os perímetros ventriculares segmentares nos corações dilatados. Distância do sulco atrioventricular até o ápice do VE: CMDId = CMDIsq > NORMAL. Perímetros segmentares ventriculares basais (PerB), equatoriais (PerE) e apicais (PerA): grupo NORMAL-> PerE = PerB > PerA; grupos CMDId e CMDIsq- > PerE > PerB > PerA, sendo que o grupo CMDId teve essas 3 medidas maiores que o grupo CMDIsq e ambos tiveram essas 3 medidas maiores que o grupo NORMAL. Nos 3 grupos as medidas de espessura das paredes ventriculares foram iguais estatisticamente. O índice de proporção perimetral PerB/PerE foi igual nos 3 grupos, enquanto o índice PerA/PerE foi igual entre os corações dilatados, mas em ambos foi menor que no grupo NORMAL. Todos perímetros segmentares ventriculares dos corações dilatados foram menores do que os calculados segundo a fórmula da esfera. CONCLUSÕES: 1) O anel atrioventricular esquerdo dilata-se na CMDIsq, sendo essa alteração independente da dilatação dos três segmentos do VE; 2) Os corações com CMDId e CMDIsq desenvolvem uma similar dilatação longitudinal do VE; 3) Ocorre uma dilatação trans versal do VE nessas afecções, sendo essa maior nos corações com CMDId; 4) A espessura das paredes ventriculares esquerdas dos corações com CMDIsq ou CMDId não se altera quando comparada aos corações normais; 5) A dilatação transversal da câmara ventricular esquerda nos corações com CMD não se dá de forma proporcional ao longo do seu eixo longitudinal, sendo mais acentuada nas regiões basal e equatorial; 6) A câmara ventricular esquerda nos corações com CMD de origem isquêmica ou idiopática não apresenta formato esférico. / BACKGROUND: Anatomic knowledge is the cornerstone for the development of surgical and diagnostic image techniques and for understanding pathological entities. Understanding cardiac anatomy is essential for understanding cardiac remodeling in both ischemic and idiopathic dilated cardiomyopathies. Dysfunction in the physiological relationship between the morphology of left ventricle and its mitral ring plays an important role in the cardiac insufficiency etiopathogenesis. OBJECTIVES: 1) To compare morphology of left ventricle and its mitral ring among normal, ischemic and idiopathic dilated cardiomyophatic anatomic specimens; 2) To compare intra specimen ventricular segmental perimeters relationships between normal and dilated specimens; 3) To verify the presence of the spheroid shape of left ventricular chamber in dilated specimens. METHODS: It was analyzed 43 specimens of human hearts, classified in three groups: normal (n=10), dilated due to ischemic (n=15) or idiopathic cardiomyopathies (n=18). Several lengths were measured: the length from the posterior atrioventricular sulcus to the ventricular apex in the intact specimen; followed by three sequential transversal ventricular slicing in the basal, equatorial and apical level. Digital pictures were taken from these slices, in order to be analyzed in a computer assisted fashion. Internal perimeter and ventricular walls width of each slice were measured, as well the mitral ring perimeter. The three intra group perimeters were compared and correlated between themselves. Basal, equatorial and apical perimeter of each group was compared to their correspondent pairs inter groups. Regarding intra group relationships, for a given group, each slice perimeter was measured and considered as a percentage of the equatorial slice (index). This percentage was compared inter groups. Three perimeters were evaluated in both dilated groups, each one was compared to its expected value when considering left ventricular chamber as a perfect sphere (hypothesis). Measurements and index statistical analysis was performed. RESULTS: Mitral ring perimeter was longer than the NORMAL group only in ischemic group. There was a low correlation coefficient between mitral ring perimeter and ventricular segmental perimeters in both dilated groups. Longitudinal length from the left atrioventricular sulcus until the apex was similar in dilated specimens and higher compared to the normal group. Regarding sequential perimeters of ventricular slices in the normal specimens, the equatorial perimeter was as long as the basal ones, but both of them longer than the apical one. In the other hand, for dilated specimens, equatorial diameter was the longest one and apic al the smallest one. Comparing ventricular slices perimeters between dilated groups, all the perimeters lengths were longer in the idiopathic group than in the ischemic one. All the ventricular slices perimeters were longer for both dilated groups than for the normal group. There was no difference of ventricular wall width between groups. The proposed index of proportional perimeter: considering the proportion between basal and equatorial perimeter, there was no difference between any groups; but considering the proportion between apical and equatorial perimeter, dilated specimens displayed a lower index when compared to normal specimens. All the observed ventricular slice perimeters were smaller than the hypothetical (sphere) expected ones in both dilated groups. CONCLUSIONS: 1) Left atrioventricular ring dilatation occurs in ischemic dilated cardiomyopathy and it is independent of the dilatation of segments (apical, basal and equatorial) ventricular; 2) Longitudinal left ventricular dilatation is similar between dilated groups; 3) A transversal ventricular chamber dilatation was observed in dilated diseases and it is greater in the idiopathic disease; 4) The left ventricular wall widths in both dilated cardiomyopathies were similar to normal hearts; 5) Transversal dilatation of left ventricular chamber in both dilated cardiomyopathies is not proporcional along their longitudinal axis because it is more accentuated in equatorial and basal regions; 6) Left ventricular chamber in both dilated cardiomyopathies does not keep spherical shape.

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