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Angina instável

Silva, Jose Antonio 28 May 2013 (has links)
Resumo: Com o objetivo de relacionar a classificação clínica da angina instável, proposta por Braunwald (1989), com os achados da cineangiocoronariografia, foram estudos 100 pacientes. A investigação foi desenvolvida na Unidade Coronariana do Hospital Cajuru, PUC - Paraná entre novembro/1994 e junho/1996. Todos pacientes foram classificados de acordo com: 1. Gravidade (classe I - angina progressiva e de início recente, 15 pacientes; classe II - angina de repouso, subaguda, 26 pacientes; classe III - angina de repouso, aguda, 59 pacientes). 2.Circunstância clínica (classe A - angina secundária, 2 pacientes; classe B - angina primária, 89 pacientes; classe C - angina pós infarto do miocárdio, 9 pacientes). 3. Tratamento: 3.a. tratamento inicial (mínimo ou sem tratamento, 68 pacientes; convencional, 30 pacientes; máximo, 2 pacientes). 3.b. tratamento evolutivo (mínimo, 36 pacientes; convencional, 55 pacientes; máximo, 9 pacientes). 4. Alterações de ST-T no eletrocardiograma (presença, 73 pacientes; ausência, 27 pacientes). Os achados cineangiocoronariográficos mostraram que as lesões culpadas estavam, localizadas mais freqüentemente (61%), no território da artéria descendente anterior e seus ramos. Todas as lesões culpadas eram críticas > 70%, sem haver oclusão total. Fluxo TIMI < 3 ocorreu em 36 pacientes: classe I, 5 de 15 pacientes (33,3%); classe II 4 em 26 (15,4%) e classe III, 27 de 59 (45,8%). Trombo intra coronariano foi observado em 21 pacientes: classe I, 2 em 15 pacientes (13,3%); classe II, 2 de 26 (7,7%) e 17 de 59 (28,8%) da classe III. Trombo foi observado em 16 de 89 pacientes (18%) da classe B e em 5 de 9 (55.5%) classe C. Em relação ao tratamento evolutivo, 12 de 36 (33,3%) com intensidade 1, 18 de 55 (32,7%) com intensidade 2, e 7 de 9 (77,7%) com intensidade 3 tinham lesões complexas. Lesões concêntricas foram observadas em 57 pacientes do total. Excêntricas em 43 e muito excêntricas em 10. Lesões lisas estavam presentes em 53 pacientes e irregulares em 45. Fissuras da placa foi observada em 1 paciente, ulceração em 5, dissecção da placa em 2 e calcificação em 16. A distribuição das freqüências dos diversos tipos de lesão, segundo Ambrose foi: lesão concêntrica, 45%, excêntricas tipo I, 18%; excêntricas tipo II, 16% e irregularidades múltiplas em 21%. A análise estatística da relação entre a classificação de Braunwald e achados angiográficos mostrou dependência entre as seguintes variáveis: 1. Severidade da angina (classe I,II e III) e TIMI <3, p= 0,0262; 2. Severidade da angina (classe II e III) e TIMI <3, p= 0,007; 3. Severidade da angina (classe II e III) e trombo, p= 0,0313; 4. Intensidade de tratamento evolutivo e presença de lesões complexas (excêntricas tipo II e irregularidades múltiplas), p= 0,0293; 5. Circunstância clínica da angina (classes B e C) e trombo, p=0,0202. A conclusão foi que a classificação de Braunwald da angina instável fornece subsídios úteis ao manejo deste paciente, revelando relação entre os dados clínicos e os achados da cineangiocoronariografia

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