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Paleobiologia de Cloudina sp. (Ediacarano, Grupo Corumbá): implicações tafonômicas, taxonômicas e paleoecológicas / not available

Kerber, Bruno Becker 09 June 2015 (has links)
Cloudina foi o primeiro fóssil de um organismo biomineralizado encontrado no final do Ediacarano. Também figuram nesse período Corumbella, Namacalathus, Sinotubulites e Namapoikia entre a biota esquelética. No Grupo Corumbá (MS), em carbonatos e pelitos da Formação Tamengo, ocorrem os fósseis de Cloudina e Corumbella, respectivamente. Este trabalho teve como objetivo analisar questões paleobiológicas referentes ao fóssil esquelético Cloudina, como seu contexto tafonômico, taxonômico e paleoecológico. Análises geoquímicas e de microestrutura foram realizadas para permitir melhor compreensão da esqueletogênese desse fóssil. Para tanto, foram utilizadas técnicas paleométricas, como: Espectroscopia Raman, Energia Dispersiva de Raios-x (EDS), Fluorescência de Raios-x por Energia Dispersiva (EDXRF) e Fluorescência de Raios-x Sincrotron (XRF-SRS) - para as análises de composição química e mineralógica; e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microtomografia Computadorizada (MicroCT) - para imageamento de microestruturas e feições morfológicas não visíveis na superfície, respectivamente. As análises tafonômicas de orientação revelaram padrões NNE-SSW e NE-SW, assim como WNW-ESSE, sugerindo correntes que variaram desde quase paralelas, até, possivelmente, perpendiculares com relação à linha de costa. As alterações tafonômicas encontradas incluem fragmentação das porções externas da concha, deformação plástica, neomorfismo, dissolução da parede e presença de calcita eodiagenética entre as abas dos funis. Esse contexto tafonômico indica uma deposição por retrabalhamento dos bioclastos e sugere que informações morfológicas, como diâmetro, são alteradas tafonomicamente. A análise biométrica das amostras alóctones indicou bimodalidades para populações estatísticas de Cloudina considerando 1, 2, 3 ou 4 camadas em corte transversal, e conjuntamente com a distribuição de tamanho normal para uma assembleia autóctone sugere uma mistura de populações originais de tamanhos diferentes. Esses resultados trazem implicações para a taxonomia de Cloudina para esses depósitos, definindo C. lucianoi como tafotáxon. A análise da amostra autóctone demonstra a ocorrência de Cloudina com biolaminitos e microfósseis e fortalecem a interpretação de que esse metazoário vivia em habitats associados com microbialitos. A presença de goethita e calcita eodiagenética entre as abas de Cloudina, assim como microesferas silicificadas sugerem a presença de uma matéria orgânica nessas porções externas do organismo que podem estar relacionadas com o desenvolvimento de possíveis biofilmes simbiontes. A posição de vida horizontal verificada para Cloudina na amostra autóctone indica a versatilidade de modo de vida dessa organismo quando comparada a ocorrências de espécimes verticais em outras localidades. Nessa mesma amostra, indivíduos com mudanças na direção de crescimento podem ser resultantes da proximidade com outros espécimes, o que sugere capacidade sensoriais que auxiliariam na ocupação do substrato. Os resultados de MEV demonstraram que geralmente a microestrutura não está preservada, mas em alguns casos pode-se notar microgrânulos de calcita e um padrão reticulado. Conjuntamente com MEV, em análises petrográficas foram observadas duas camadas formando a parede de Cloudina. As análises geoquímicas de EDS e Raman demonstraram a presença de carbono na concha e corroboram trabalhos anteriores que postularam uma concha rica em matéria orgânica. As quantidades de Mg% e MgO% verificadas por EDS caracterizaram os fósseis da Formação Tamengo como de baixo teor de magnésio e fitting de bandas de calcita em espectros Raman fortalecem essa interpretação. Mesmo assim, alterações diagenéticas de estabilização por perda de Mg podem ter ocorrido. Os resultados de XRF-SRS mostraram que não há variação de Sr maior que 1000 ppm entre o fóssil e a rocha, indicando que, pelo menos, a mineralogia da concha não era aragonítica. Sendo assim, o presente trabalho traz novos cenários para a paleobiologia de Cloudina da Fm. Tamengo: Cloudina lucianoi é considerado como tafotáxon pelo contexto tafonômico e análise biométrica, indica ambientes de vida associados com microbialitos e possíveis cianobactérias, relações simbióticas podem ter ocorrido entre esse metazoário e biofilmes, é inferido modo de vida horizontal a sub-horizontal, é sugerido comportamentos de competição por espaço, a esqueletogênese de Cloudina é caracterizada por funis compostos por uma parede com duas camadas, rica em matéria orgânica e com microgrânulos de calcita. / Cloudina was the first fossil of a biomineralized organism found in latest Ediacaran. Also in this period, there was Corumbella, Namacalathus, Sinotubulites and Namapoikia within the skeletal biota. In the Corumbá Group (MS), in carbonates and pelites of Tamengo Formation, occur the fossils of Cloudina and Corumbella, respectively. This work aims to analyze paleobiological questions regarding Cloudina, such as its taphonomical, taxonomical and paleoecological context. Geochemical and microstructural analyses were performed to better understand the skeletogenesis of this fossil. For this, were utilized paleometrical techniques, such: Raman Spectroscopy, Energy-Dispersive X-ray Spectroscopy (EDS), X-ray Fluorescence Synchrotron based (XRF-SRS) - for chemical and mineralogical analyses; and Scanning Electron Microscopy (SEM) and Computerized Microtomography (MicroCT) - for imaging of non-visible surficial microstructures and morphological attributes. The taphonomical analyses of orientation revealed NNE-SSW and NE-SW, as well as WNW-ESSE patterns, indicating currents that varied from almost parallel, to, possibly, perpendicular with relation to the ancient coastline. The taphonomical alterations include fragmentation of the external portions of the flares, plastic deformation, neomorphism, dissolution of the wall and the presence of eodiagenetic calcite between the flares of the funnels. This taphonomical context suggests a deposition by reworking and indicates that morphological information, such as diameter, is taphonomical altered. The biometrical analysis for the allochthonous specimens indicated bimodality for the statistical populations of Cloudina considering one, two, three or four layers in cross section, and together with the normal size distribution for the autochthonous assemblage suggest a mixture of original populations of different sizes. These results bring implications to the taxonomy of Cloudina, defining C. lucianoi as a taphotaxon. The study of the autochthonous assemblage demonstrated the occurrence of Cloudina with biolaminites and microfossils, and strengthens the interpretation that this metazoan lived in habitats associated with microbialites. The presence of goethite and eodiagenetic calcite between the flares of Cloudina, as well as silicified microspheres suggest the presence of organic matter in these external portions of the organism that can be related to de development of possibly symbiotic biofilms. The horizontal life position verified for Cloudina in the autochthonous assemblage together with occurrences in other localities of vertical specimens indicates the versatility of the life modes of this organism. Also in this sample, individuals with changes in the growing direction could be resultant of the proximity with other specimens, suggesting sensorial capacities, which assisted in the occupation of the substrate. SEM results demonstrated that often the microstructure is not preserved, but in some cases can be noted microgranules of calcite and a reticulate pattern. Allied with SEM, in petrographic sections were observed two layers forming the wall of Cloudina. EDS and Raman analysis showed the presence of carbon in the carapace and corroborate previous studies that postulated a shell with high amount of organic matter. Quantities of Mg% and MgO% verified by EDS characterized the fossils as low-magnesian calcites and fitting of calcite bands from Raman spectra strengthen this interpretation. Nevertheless, diagenetical alterations of stabilization by loss of Mg could have occurred. The results from XRF-SRS showed that there is no great variation in the Sr content between the fossil and the rock matrix, indicating that the mineralogy was not aragonitic. Thus, this work brings new scenarios for the paleobiology of Cloudina from the Tamengo Fm: Cloudina lucianoi is considered as a taphotaxon by the taphonomical and biometrical results, indicates habitats associated with microbialites and possible cyanobacteria, symbiotic relations could have occurred between this metazoan and biofilms, is inferred a horizontal to sub-horizontal life position and behaviors for space competition, the skeletogenesis of Cloudina is characterized by funnels composed of a wall with two layers, rich in organic matter and with microgranules of calcite.
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Paleobiologia de Cloudina sp. (Ediacarano, Grupo Corumbá): implicações tafonômicas, taxonômicas e paleoecológicas / not available

Bruno Becker Kerber 09 June 2015 (has links)
Cloudina foi o primeiro fóssil de um organismo biomineralizado encontrado no final do Ediacarano. Também figuram nesse período Corumbella, Namacalathus, Sinotubulites e Namapoikia entre a biota esquelética. No Grupo Corumbá (MS), em carbonatos e pelitos da Formação Tamengo, ocorrem os fósseis de Cloudina e Corumbella, respectivamente. Este trabalho teve como objetivo analisar questões paleobiológicas referentes ao fóssil esquelético Cloudina, como seu contexto tafonômico, taxonômico e paleoecológico. Análises geoquímicas e de microestrutura foram realizadas para permitir melhor compreensão da esqueletogênese desse fóssil. Para tanto, foram utilizadas técnicas paleométricas, como: Espectroscopia Raman, Energia Dispersiva de Raios-x (EDS), Fluorescência de Raios-x por Energia Dispersiva (EDXRF) e Fluorescência de Raios-x Sincrotron (XRF-SRS) - para as análises de composição química e mineralógica; e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microtomografia Computadorizada (MicroCT) - para imageamento de microestruturas e feições morfológicas não visíveis na superfície, respectivamente. As análises tafonômicas de orientação revelaram padrões NNE-SSW e NE-SW, assim como WNW-ESSE, sugerindo correntes que variaram desde quase paralelas, até, possivelmente, perpendiculares com relação à linha de costa. As alterações tafonômicas encontradas incluem fragmentação das porções externas da concha, deformação plástica, neomorfismo, dissolução da parede e presença de calcita eodiagenética entre as abas dos funis. Esse contexto tafonômico indica uma deposição por retrabalhamento dos bioclastos e sugere que informações morfológicas, como diâmetro, são alteradas tafonomicamente. A análise biométrica das amostras alóctones indicou bimodalidades para populações estatísticas de Cloudina considerando 1, 2, 3 ou 4 camadas em corte transversal, e conjuntamente com a distribuição de tamanho normal para uma assembleia autóctone sugere uma mistura de populações originais de tamanhos diferentes. Esses resultados trazem implicações para a taxonomia de Cloudina para esses depósitos, definindo C. lucianoi como tafotáxon. A análise da amostra autóctone demonstra a ocorrência de Cloudina com biolaminitos e microfósseis e fortalecem a interpretação de que esse metazoário vivia em habitats associados com microbialitos. A presença de goethita e calcita eodiagenética entre as abas de Cloudina, assim como microesferas silicificadas sugerem a presença de uma matéria orgânica nessas porções externas do organismo que podem estar relacionadas com o desenvolvimento de possíveis biofilmes simbiontes. A posição de vida horizontal verificada para Cloudina na amostra autóctone indica a versatilidade de modo de vida dessa organismo quando comparada a ocorrências de espécimes verticais em outras localidades. Nessa mesma amostra, indivíduos com mudanças na direção de crescimento podem ser resultantes da proximidade com outros espécimes, o que sugere capacidade sensoriais que auxiliariam na ocupação do substrato. Os resultados de MEV demonstraram que geralmente a microestrutura não está preservada, mas em alguns casos pode-se notar microgrânulos de calcita e um padrão reticulado. Conjuntamente com MEV, em análises petrográficas foram observadas duas camadas formando a parede de Cloudina. As análises geoquímicas de EDS e Raman demonstraram a presença de carbono na concha e corroboram trabalhos anteriores que postularam uma concha rica em matéria orgânica. As quantidades de Mg% e MgO% verificadas por EDS caracterizaram os fósseis da Formação Tamengo como de baixo teor de magnésio e fitting de bandas de calcita em espectros Raman fortalecem essa interpretação. Mesmo assim, alterações diagenéticas de estabilização por perda de Mg podem ter ocorrido. Os resultados de XRF-SRS mostraram que não há variação de Sr maior que 1000 ppm entre o fóssil e a rocha, indicando que, pelo menos, a mineralogia da concha não era aragonítica. Sendo assim, o presente trabalho traz novos cenários para a paleobiologia de Cloudina da Fm. Tamengo: Cloudina lucianoi é considerado como tafotáxon pelo contexto tafonômico e análise biométrica, indica ambientes de vida associados com microbialitos e possíveis cianobactérias, relações simbióticas podem ter ocorrido entre esse metazoário e biofilmes, é inferido modo de vida horizontal a sub-horizontal, é sugerido comportamentos de competição por espaço, a esqueletogênese de Cloudina é caracterizada por funis compostos por uma parede com duas camadas, rica em matéria orgânica e com microgrânulos de calcita. / Cloudina was the first fossil of a biomineralized organism found in latest Ediacaran. Also in this period, there was Corumbella, Namacalathus, Sinotubulites and Namapoikia within the skeletal biota. In the Corumbá Group (MS), in carbonates and pelites of Tamengo Formation, occur the fossils of Cloudina and Corumbella, respectively. This work aims to analyze paleobiological questions regarding Cloudina, such as its taphonomical, taxonomical and paleoecological context. Geochemical and microstructural analyses were performed to better understand the skeletogenesis of this fossil. For this, were utilized paleometrical techniques, such: Raman Spectroscopy, Energy-Dispersive X-ray Spectroscopy (EDS), X-ray Fluorescence Synchrotron based (XRF-SRS) - for chemical and mineralogical analyses; and Scanning Electron Microscopy (SEM) and Computerized Microtomography (MicroCT) - for imaging of non-visible surficial microstructures and morphological attributes. The taphonomical analyses of orientation revealed NNE-SSW and NE-SW, as well as WNW-ESSE patterns, indicating currents that varied from almost parallel, to, possibly, perpendicular with relation to the ancient coastline. The taphonomical alterations include fragmentation of the external portions of the flares, plastic deformation, neomorphism, dissolution of the wall and the presence of eodiagenetic calcite between the flares of the funnels. This taphonomical context suggests a deposition by reworking and indicates that morphological information, such as diameter, is taphonomical altered. The biometrical analysis for the allochthonous specimens indicated bimodality for the statistical populations of Cloudina considering one, two, three or four layers in cross section, and together with the normal size distribution for the autochthonous assemblage suggest a mixture of original populations of different sizes. These results bring implications to the taxonomy of Cloudina, defining C. lucianoi as a taphotaxon. The study of the autochthonous assemblage demonstrated the occurrence of Cloudina with biolaminites and microfossils, and strengthens the interpretation that this metazoan lived in habitats associated with microbialites. The presence of goethite and eodiagenetic calcite between the flares of Cloudina, as well as silicified microspheres suggest the presence of organic matter in these external portions of the organism that can be related to de development of possibly symbiotic biofilms. The horizontal life position verified for Cloudina in the autochthonous assemblage together with occurrences in other localities of vertical specimens indicates the versatility of the life modes of this organism. Also in this sample, individuals with changes in the growing direction could be resultant of the proximity with other specimens, suggesting sensorial capacities, which assisted in the occupation of the substrate. SEM results demonstrated that often the microstructure is not preserved, but in some cases can be noted microgranules of calcite and a reticulate pattern. Allied with SEM, in petrographic sections were observed two layers forming the wall of Cloudina. EDS and Raman analysis showed the presence of carbon in the carapace and corroborate previous studies that postulated a shell with high amount of organic matter. Quantities of Mg% and MgO% verified by EDS characterized the fossils as low-magnesian calcites and fitting of calcite bands from Raman spectra strengthen this interpretation. Nevertheless, diagenetical alterations of stabilization by loss of Mg could have occurred. The results from XRF-SRS showed that there is no great variation in the Sr content between the fossil and the rock matrix, indicating that the mineralogy was not aragonitic. Thus, this work brings new scenarios for the paleobiology of Cloudina from the Tamengo Fm: Cloudina lucianoi is considered as a taphotaxon by the taphonomical and biometrical results, indicates habitats associated with microbialites and possible cyanobacteria, symbiotic relations could have occurred between this metazoan and biofilms, is inferred a horizontal to sub-horizontal life position and behaviors for space competition, the skeletogenesis of Cloudina is characterized by funnels composed of a wall with two layers, rich in organic matter and with microgranules of calcite.
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Caracterização tafonômica e estratigráfica de Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer, 1957) Zaine & Faircild, 1985, no Grupo Corumbá, ediacarano do sudeste do Brasil

Meira, Felipe van Enck 18 October 2011 (has links)
Estudos do fóssil-índice Cloudina Germs 1972, do Neo-ediacarano, representado no Brasil por Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer) Zaine & Fairchild 1985, foram realizados nos calcários da Formação Tamengo, Grupo Corumbá, SW Brasil, nas pedreiras de Saladeiro, Corcal e Laginha na região de Corumbá, MS. Cloudina foi encontrada em cinco fáceis, previamente definidas por outros autores, na Formação Tamengo: grainstones oolíticos, calcários cristalinos maciços, packstones bioclasticos, ritmitos de mudstone calcífero/ folhelhos e mudstones com Cloudina. Estas fáceis foram depositadas numa variedade de contextos deposicionais numa rampa carbonática marcada por depósitos frequentes provocados por tempestades (representados pelos calcários cristalinos maciços e packstones bioclasticos) e caracterizada por bancos e baixios de ooides, que, em direção ao continente, protegiam um habitat calmo não apenas para Cloudina e esteiras microbianas e trombólitos associados, mas possivelmente para o outro metazoário na formação, Corumbella, também. Dentre as descobertas paleontológicas desta pesquisa, destacam-se duas: 1) Uma espécie nova de Cloudina, C. latilabrum nov. sp., caracterizada por seu diâmetro estreito e extensas abas finas partindo da borda distal dos segmentos sucessivos que constituem a concha; 2) A coexistência de fragmentos de colônias de cianobactérias e intraclastos tromboíticos com conchas de Cloudina, uma ocorrência coerente com a bem conhecida associação Cloudina-trombólitos, presente em Namíbia, Canadá e Omã. Fósseis de Cloudina são fragmentos em sua grande maioria, em razão dos processos de transporte, mas espécimes da nova espécie, aparentemente inteiros, e possivelmente autóctones, foram observados na fácies de mudstones com Cloudina, e espécimes quase completos constituem um tempestito na forma de coquinito (packstone bioclástico). Acontribuição estratigráfica mais importante desta pesquisa foi a descoberta de Cloudina na Formação Guaicurus, acima da Formação Tamengo, descoberta esta que estende a biozona de Cloudina até quase o topo do Grupo Corumbá / New studies of the late Ediacaran index fossil Cloudina Germs 1972, as represented in Brazil by Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer) Zaine & Fairchild 1985, were carried out in the limestones of the Tamengo Formation, Corumbá Group, SW Brazil, in the Saladeiro, Corcal and Laginha quarries near Corumbá, MS. Cloudina was found in five facies of this formation previously defined for this region: ooid grainstones, massive crystalline limestone, bioclastic packstones, calciferous mudstone / shale rhythmites, and mudstones with Cloudina. These facies were deposited in a variety of depositional settings on a carbonate ramp marked by frequent storm deposits (represented by the massive crystalline limestone and bioclastic packstone facies) and characterized by banks and shoals of ooid grainstones that landward provided a calm protected habitat not only for Cloudina and associated microbial mats and thrombolites, but also possibly for Corumbella as well. Paleontological discoveries of this research include: 1) a new species of Cloudina, C. latilabrum nov. sp., characterized by narrow diameter and flanges flaring outward from the distal borders of successive segments of the shell; 2) fragments of cyanobacterial colonies and thrombolitic intraclasts together with shells of Cloudina, an occurrence consistent with the well-known Cloudina-thrombolite association of Nambia, Canada, and Oman. Fossils of Cloudina are mostly fragmented as the result of transport, but apparently whole, possibly autochthonous specimens of the new species were observed in the mudstone facies, and nearly complete specimens comprise a coquinite storm deposit (bioclastic packstones). The most important stratigraphic contribution of the present research is the discovery of Cloudina in the Guaicurus Formation overlying the Tamengo Formation, thereby extending the Cloudina biozone almost to the top of the Corumbá Group.
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Caracterização tafonômica e estratigráfica de Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer, 1957) Zaine & Faircild, 1985, no Grupo Corumbá, ediacarano do sudeste do Brasil

Felipe van Enck Meira 18 October 2011 (has links)
Estudos do fóssil-índice Cloudina Germs 1972, do Neo-ediacarano, representado no Brasil por Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer) Zaine & Fairchild 1985, foram realizados nos calcários da Formação Tamengo, Grupo Corumbá, SW Brasil, nas pedreiras de Saladeiro, Corcal e Laginha na região de Corumbá, MS. Cloudina foi encontrada em cinco fáceis, previamente definidas por outros autores, na Formação Tamengo: grainstones oolíticos, calcários cristalinos maciços, packstones bioclasticos, ritmitos de mudstone calcífero/ folhelhos e mudstones com Cloudina. Estas fáceis foram depositadas numa variedade de contextos deposicionais numa rampa carbonática marcada por depósitos frequentes provocados por tempestades (representados pelos calcários cristalinos maciços e packstones bioclasticos) e caracterizada por bancos e baixios de ooides, que, em direção ao continente, protegiam um habitat calmo não apenas para Cloudina e esteiras microbianas e trombólitos associados, mas possivelmente para o outro metazoário na formação, Corumbella, também. Dentre as descobertas paleontológicas desta pesquisa, destacam-se duas: 1) Uma espécie nova de Cloudina, C. latilabrum nov. sp., caracterizada por seu diâmetro estreito e extensas abas finas partindo da borda distal dos segmentos sucessivos que constituem a concha; 2) A coexistência de fragmentos de colônias de cianobactérias e intraclastos tromboíticos com conchas de Cloudina, uma ocorrência coerente com a bem conhecida associação Cloudina-trombólitos, presente em Namíbia, Canadá e Omã. Fósseis de Cloudina são fragmentos em sua grande maioria, em razão dos processos de transporte, mas espécimes da nova espécie, aparentemente inteiros, e possivelmente autóctones, foram observados na fácies de mudstones com Cloudina, e espécimes quase completos constituem um tempestito na forma de coquinito (packstone bioclástico). Acontribuição estratigráfica mais importante desta pesquisa foi a descoberta de Cloudina na Formação Guaicurus, acima da Formação Tamengo, descoberta esta que estende a biozona de Cloudina até quase o topo do Grupo Corumbá / New studies of the late Ediacaran index fossil Cloudina Germs 1972, as represented in Brazil by Cloudina lucianoi (Beurlen & Sommer) Zaine & Fairchild 1985, were carried out in the limestones of the Tamengo Formation, Corumbá Group, SW Brazil, in the Saladeiro, Corcal and Laginha quarries near Corumbá, MS. Cloudina was found in five facies of this formation previously defined for this region: ooid grainstones, massive crystalline limestone, bioclastic packstones, calciferous mudstone / shale rhythmites, and mudstones with Cloudina. These facies were deposited in a variety of depositional settings on a carbonate ramp marked by frequent storm deposits (represented by the massive crystalline limestone and bioclastic packstone facies) and characterized by banks and shoals of ooid grainstones that landward provided a calm protected habitat not only for Cloudina and associated microbial mats and thrombolites, but also possibly for Corumbella as well. Paleontological discoveries of this research include: 1) a new species of Cloudina, C. latilabrum nov. sp., characterized by narrow diameter and flanges flaring outward from the distal borders of successive segments of the shell; 2) fragments of cyanobacterial colonies and thrombolitic intraclasts together with shells of Cloudina, an occurrence consistent with the well-known Cloudina-thrombolite association of Nambia, Canada, and Oman. Fossils of Cloudina are mostly fragmented as the result of transport, but apparently whole, possibly autochthonous specimens of the new species were observed in the mudstone facies, and nearly complete specimens comprise a coquinite storm deposit (bioclastic packstones). The most important stratigraphic contribution of the present research is the discovery of Cloudina in the Guaicurus Formation overlying the Tamengo Formation, thereby extending the Cloudina biozone almost to the top of the Corumbá Group.
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C and O Isotopes of the middle and upper Tamengo Formation (Corumbá Group - Upper Ediacaran): effects of the sedimentary facies and diagenesis / not available

Montenegro Rivera, Laura Carolina 03 May 2019 (has links)
The Tamengo Formation holds important and well preserved sedimentological and paleontological records of Upper Ediacaran Period. Previous works had centred on Corcal Mine, Saladeiro (now Sobramil Port) and Laginha Sections. However, there is no reports of detailed sedimentological and geochemical surveys on those and other outcrops of the Tamengo Formation at Corumbá-Ladário escarpment located at Paraguay River margins where the paleontological occurrences are concentrated. In the aim of contribute to the understanding of the paleo-environmental conditions, paleontological occurrences and its relationship at Tamengo Formation, detailed stratigraphic columns, description and interpretation of sedimentary facies, sampling, petrography, C and O isotope analysis along with other geochemical analysis were carried out on Corcal Mine, Sobramil Port and six new sections located along the Escarpment. From the obtained data, eight different facies and its C isotope signature were recognized: Wavy Bedding Mudstone (mean \'delta 13C, PDB\' =3.83%o PDB), Hummocky/Cross-Stratified Wackestone (mean \'delta 13C, PDB\' =3.98%o PDB), Cloudina Grainstone (mean \'delta 13C, PDB\' =4.36%o PDB), Intraclastic Packstone-Grainstone (mean \'delta 13C, PDB\' =4.19%o PDB), Low-Angle Cross-Laminated/Laminated Wackestone (mean \'delta 13C, PDB\'=4.93%o PDB), Cloudina Packstone (mean \'delta 13C, PDB\' =4.74%o PDB), Pelite, and Reworked Volcanic Tuff Facies, in which the Formation was dated by other authors, yielding an approximated age of 542 Ma. Also, very well-preserved C and O isotopic signatures were recognized. The carbon isotope data reveal more positive \'delta 13C, PDB\' values on coarser facies (Grainstone, Wackestone, Packstone) and in the calcareous beds overlying the Pelite facies, conforming six main distinctive patterns for carbonate facies that match with coarsening upwards cycles composing the Tamengo Formation. A ramp context of sedimentation has been interpreted for the Tamengo Formation, under strong storms influence, with a progressive tendency towards more positive \'delta 13C, PDB\' values from the deepest to shallower facies. A mid to outer ramp context was inferred for the Ladário-Corumbá, Goldfish, Sobramil and lower part of the Corcal Mine sections, with a mean \'delta 13C, PDB\' value of 3.97%o. For the mid part of the ramp two settings were interpreted; bioclastic lens represented by the Cloudina Grainstone and Intraclastic Packstone-Grainstone Facies and subcoastal setting, represented by the Low-Angle Cross-Laminated/Laminated Wackestone and Cloudina Packstone Facies with mean \'delta 13C, PDB\' values of \'delta 13C, PDB\' =4.33%o and \'delta 13C, PDB\' =4.87%o respectively, represented in the middle and upper part of the Corcal Mine Section. Also, the commonly addressed distribution of Cloudina and Corumbella on different facies could be the reflex of the oscillation between storms and fair-weather conditions; periodic influence of storm-waves or even typhoons in the ramp could avoid Cloudina fixation promoting constantly reworking and accumulating the shells on carbonate facies, while Corumbellas, probably restricted to deepest part of the ramp, expanded to the shallow parts of the ramp on fair weather conditions between storms, as settling by decantation of the Pelite Facies take place at the ramp, explaining the typic distribution of Cloudina restricted to carbonate facies and Corumbella to the interbedded Pelite Facies. / A Formação Tamengo possui importantes e bem preservados registros sedimentológicos e paleontológicos da parte superior do período Ediacarano. Trabalhos anteriores centraram-se nas secções das minas Corcal, Saladeiro (atual Porto Sobramil) e Laginha. No entanto, não há descrições de levantamentos sedimentológicos e geoquímicos detalhados sobre esses e outros afloramentos da Formação Tamengo na escarpa de Corumbá- Ladário, as margens do Rio Paraguai, onde as ocorrências paleontológicas estão concentradas. Com o objetivo de contribuir para o entendimento das condições paleoambientais, ocorrências paleontológicas e sua relação com a Formação Tamengo, perfis estratigráficos, amostragem, petrografia, análises de isótopos C e O e outras investigações geoquímicas foram realizadas na mina Corcal e Porto Sobramil e seis novas seções localizadas ao longo da referida escarpa. A partir dos dados obtidos, oito diferentes facies foram reconhecidas com suas respectivas assinaturas de isótopos de C: Wavy Bedding Mudstone (média \'delta 13C, PDB\'=3.83%o PDB), Hummocky/Cross-Stratified Wackestone (média \'delta 13C, PDB\' =3.98%o PDB), Cloudina Grainstone (média \'delta 13C, PDB\' =4.36%o PDB), Intraclastic Packstone-Grainstone (média \'delta 13C, PDB\' =4.19%o PDB), Low-Angle Cross-Laminated/Laminated Wackestone (média \'delta 13C, PDB\' =4.93%o PDB), Cloudina Packstone (média \'delta 13C, PDB\' =4.74%o PDB),Pelite e Reworked Volcanic Tuff Facies, na qual o topo da Formação Tamengo foi datada por outros autores, com idade aproximada de 542 Ma . Os valores de isótopos revelam valores de \'delta 13C, PDB\' mais positivos nas facies carbonáticas sobrepostas às Facies Pelito e nas de granulação mais grossa (Grainstone, Packstone, Wackstone), configurando seis padrões distintos para as fácies carbonáticas que coincidem, por sua vez, com os ciclos de raseamento ascendentes que compõem a Formação Tamengo. A Formação Tamengo tem sido interpretada como depositada em rampa carbonática sob ação de tempestades, onde se observa uma tendência para valores mais positivos do \'delta 13C, PDB\' das partes mais profundas para as partes rasas da rampa. Um contexto de rampa média para externa foi inferido para as seções Ladário-Corumbá, Goldfish, Sobramil e parte inferior da Mina Corcal, com um valor médio de \'delta 13C, PDB\' = 3,97 %o. Para a parte media da rampa, duas configurações foram interpretadas; lentes bioclásticos marcada pela presença das facies Cloudina Grainstone e Intraclastic Packstone-Grainstone e sublitoraneo marcada pela presença das facies Low-Angle Cross-Laminated/Laminated Wackestone e Cloudina Packstone, as duas configurações com valores médios de \'delta 13C, PDB\' = 4,33 e \'delta 13C, PDB\' = 4,87%o, respectivamente, representados na parte média e superior da Seção Mina Corcal. Além disso, a distribuição comumente observada de Cloudina e Corumbella em diferentes fácies poderia ser o reflexo da oscilação entre tempestades e condições de bom tempo; a influência periódica das ondas de tempestades ou possível tufões na rampa, teriam evitado a fixação das Cloudinas e promovido o constante retrabalhamento de suas caparaças, acumuladas nas fácies carbonáticas. Enquanto os Corumbellas provavelmente restritas às partes profundas da rampa, avançavam para as partes mais rasas durantes os intervalos das tempestades, quando se estabeleciam também, as condições de decantação de argila na rampa (Fácies Pelito), o que explicaria a típica distribuição de Cloudinas, apenas nas fácies carbonáticas, e Corumbella restritas às intercalações de pelitos.
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Paleobiologia da Formação Bocaina (Grupo Corumbá), Ediacarano, Mato Grosso do Sul

Soares, Luana Pereira Costa de Morais 05 April 2013 (has links)
O Grupo Corumbá, SW Brasil, documenta uma etapa importante na evolução da vida por causa de seu registro fóssil de microbialitos, microfósseis, e organismos multicelulares indicativos da complexidade cada vez maior da biosfera no final do período Ediacarano. A importância paleobiológica da Formação Bocaina, inserido no meio do Grupo Corumbá, e datado em cerca de 560 Ma, é embasada em sua diversidade de microbialitos e registro de significativo evento fosfogenético, associados a supostos \"microfósseis em forma de vaso\", semelhantes à tecamebas, interpretadas como os primeiros protistas heterótrofos. Estes fósseis, bem como formas semelhantes reconhecidos em outras unidades geológicas do mundo, precedem o registro da explosão de organismos multicelulares macroscópicos esqueléticos (Cloudina, Corumbella) na formação sobrejacente Tamengo (543 Ma). A morfologia do microbialitos fornece evidências de variação local do nível do mar durante a deposição da Form ação Bocaina. As análises morfológicas e químicas dos microfósseis usando microscopia óptica e eletrônica de varredura, EDS e espectroscopia Raman ajudaram a esclarecer a natureza biológica desses objetos e, assim, contribuir para a compreensão da importância da evolução da vida no Ediacarano, na Formação Bocaina, Grupo Corumbá. / The Corumbá Group, SW Brazil, documents an important stage in the evolution of life because of its fossil record of microbialites, microfossils, and early multicellular organisms indicative of the rapidly increasing complexity of the biosphere at the very end of the Ediacaran period. The paleobiological importance of the Bocaina Formation, in middle of the Corumbá Group and dated at about 560 Ma, lies in its diversity of microbialites and its record of a significant phosphogenesis event with associated putative \"vase-shaped microfossils\", similar to testate amoebae, interpreted as early protistan heterotrophs. Th ese fossils, as well as similar forms recognized in other geologic units in the world precede the record of the explosion of macroscopic multicellular skeletal organisms (Cloudina, Corumbella) in the overlying Tamengo Formation (543 Ma). The morphology of microbialites provides evidence of local sea level variation during deposition of the Bocaina Formation. Morphological and chemical analyses of the microfossils using optical and scanning electron microscopy, EDS and Raman spectroscopy helped clarify the biological nature of these objects and thereby contribute to the understanding of the importance of the Bocaina Formation the evolution of late Ediacaran life in the Corumbá Group.
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Paleobiologia da Formação Bocaina (Grupo Corumbá), Ediacarano, Mato Grosso do Sul

Luana Pereira Costa de Morais Soares 05 April 2013 (has links)
O Grupo Corumbá, SW Brasil, documenta uma etapa importante na evolução da vida por causa de seu registro fóssil de microbialitos, microfósseis, e organismos multicelulares indicativos da complexidade cada vez maior da biosfera no final do período Ediacarano. A importância paleobiológica da Formação Bocaina, inserido no meio do Grupo Corumbá, e datado em cerca de 560 Ma, é embasada em sua diversidade de microbialitos e registro de significativo evento fosfogenético, associados a supostos \"microfósseis em forma de vaso\", semelhantes à tecamebas, interpretadas como os primeiros protistas heterótrofos. Estes fósseis, bem como formas semelhantes reconhecidos em outras unidades geológicas do mundo, precedem o registro da explosão de organismos multicelulares macroscópicos esqueléticos (Cloudina, Corumbella) na formação sobrejacente Tamengo (543 Ma). A morfologia do microbialitos fornece evidências de variação local do nível do mar durante a deposição da Form ação Bocaina. As análises morfológicas e químicas dos microfósseis usando microscopia óptica e eletrônica de varredura, EDS e espectroscopia Raman ajudaram a esclarecer a natureza biológica desses objetos e, assim, contribuir para a compreensão da importância da evolução da vida no Ediacarano, na Formação Bocaina, Grupo Corumbá. / The Corumbá Group, SW Brazil, documents an important stage in the evolution of life because of its fossil record of microbialites, microfossils, and early multicellular organisms indicative of the rapidly increasing complexity of the biosphere at the very end of the Ediacaran period. The paleobiological importance of the Bocaina Formation, in middle of the Corumbá Group and dated at about 560 Ma, lies in its diversity of microbialites and its record of a significant phosphogenesis event with associated putative \"vase-shaped microfossils\", similar to testate amoebae, interpreted as early protistan heterotrophs. Th ese fossils, as well as similar forms recognized in other geologic units in the world precede the record of the explosion of macroscopic multicellular skeletal organisms (Cloudina, Corumbella) in the overlying Tamengo Formation (543 Ma). The morphology of microbialites provides evidence of local sea level variation during deposition of the Bocaina Formation. Morphological and chemical analyses of the microfossils using optical and scanning electron microscopy, EDS and Raman spectroscopy helped clarify the biological nature of these objects and thereby contribute to the understanding of the importance of the Bocaina Formation the evolution of late Ediacaran life in the Corumbá Group.
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Análise da distribuição estratigráfica de Corumbella Werneri HAHN ET AL. 1982 (Formação Tamengo, Ediacarano): Implicações Tafonômicas e Paleoambientais / Analysis of the stratigrahphic distribution of Corumbella werneri Hahn et al. 1982 (Tamengo Formation, Ediacarano): Tafonomic and paleo-environmental implications

Diniz, Cleber Quidute Clemente 30 March 2017 (has links)
Fósseis de Corumbella werneri, cnidário Ediacarano com carapaça biomineralizada são encontrados em pelitos da Formação Tamengo, Grupo Corumbá (MS). Este trabalho teve como objetivos analisar a distribuição estratigráfica de detalhe de Corumbella werneri nessa formação, correlacionar a distribuição estratigráfica às características tafonômicas desses fósseis e estabelecer condições paleoecológicas e paleoambientais, a partir das análises estratigráficas e tafonômicas. Foram analisadas 160 amostras de mão. Para realização da descrição e identificação dos fósseis foram realizadas imagens digitais e em Microscopia Eletrônica de Varredura, medições de características morfológicas e análises químicas através da Espectroscopia de Energia Dispersiva. Para a realização da análise tafonômica básica, foram utilizadas algumas assinaturas tafonômicas como fragmentação, grau de empacotamento e preservação da carapaça. Foi realizada a medição centímetrica das seções pelíticas estudadas e efetuou-se a descrição de fácies sedimentares, estruturas sedimentares, granulometria e conteúdo fossilífero. Foi observado que as ocorrências de Corumbella werneri são na parte pelítica e mais concentradas na base da Formação Tamengo. A ocorrência em determinados níveis estratigráficos onde apresentam abundância de carapaças de C. werneri, pode ser provavelmente, explicada por variações ambientais, como a variação na taxa de sedimentação que eventualmente, proporcionava condições para a preservação das carapaças. A análise estratigráfica de detalhe também permitiu observar as associações de C. werneri com outros organismos e com icnofósseis que também aparecem de forma isolada como estruturas sedimentares circulares de provável origem bioinduzida, estruturas fragmentadas, possível estrutura basal, além de macroalgas, vendotaenídeos e icnofósseis. Com esses registros pode-se dizer que a paleodiversidade da Formação Tamengo é maior do que se pensava anteriormente. Essas associações podem evidenciar correlações paleoecológicas e paleoambientais. Dois grupos tafonômicos distintos de C. werneri foram interpretados. O grupo 1, representado por indivíduos incompletos, apresentariam um ambiente deposicional com aumento da taxa de sedimentação, capaz de preservar o corpo em uma forma mais completa e, em alguns casos, preservar a carapaça de forma tridimensional. O grupo 2, caracterizado por indivíduos fragmentados, apresentam um ambiente com baixa energia e baixa taxa de sedimentação, resultando em um maior tempo de exposição do organismo no substrato, causando a fragmentação das carapaças. Amostras apresentando os dois grupos tafonômicos podem indicar mistura temporal resultando em uma registro intra-habitat no qual várias gerações de uma espécie se preservam em uma mesmo registro fossilífero devido à baixa taxa de sedimentação. A ocorrência de C. werneri exclusivamente nos pelitos, enquanto, Cloudina lucianoi apenas nas camadas de calcário, indica que provavelmente habitaram ambientes diferentes, ou pelo menos o modo e a capacidade de preservação das carapaças deveriam ser distintos. A associação de C. werneri juntamente com macroalgas e a presença de Paraconularia sp. podem indicar condições de águas mais rasas, ainda em zona fótica. Esses novos dados mostram que, talvez, mesmo ocorrendo em pelitos, indicando deposição em águas calmas, seria possível que C. werneri tivesse condições paleoecológicas de habitat desde águas mais rasas, acima do nível de base de ondas de tempestades até mesmo, mais profundas. No entanto, os níveis de ocorrência e de maior abundância de C.werneri devem estar associados a momentos de aumento na taxa de sedimentação e deposição de partículas finas, em substrato abaixo do nível de base de ondas de tempestades. / Fossils of Corumbella werneri, Ediacaran cnidarian with biomineralized carapace are found in pelite of the Tamengo Formation, Corumbá Group (MS). The objective of this work was to analyze a stratigraphic distribution of Corumbella werneri in this Formation, to correlate the stratigraphic distribution to the taphonomic characteristics of fossils and to establish paleoecological and paleoenvironmental conditions, based on the stratigraphic and taphonomic analyzes. A total of 160 hand samples were analyzed. For the description and identification of fossils, digital images and scanning electron microscopy, measurements of morphological characteristics and chemical analyzes using Dispersive Energy Spectroscopy were performed. To perform the basic taphonomic analysis, taphonomic signatures was adopted, such as fragmentation, degree of packing and carapace preservation. A centimeter measurement of the pelitie sections was done and a description of sedimentary facies, sedimentary structures, granulometry and fossiliferous content was made. It was observed that the occurrences of Corumbella werneri are in the pelite part and more concentrated in the base of the Tamengo Formation. The occurrence at certain stratigraphic levels where an abundance of C. werneri carapaces can be explained by environmental variations as a change in the sedimentation rate that eventually, provides conditions for a preservation of the carapaces. The stratigraphic analysis of detail also allowed to observe a correlation of C. werneri with other organisms and with icnofósseis that also appear isolated, like a sedimentary structures in circular form of probable bio-induced origin, fragmented structures, possible basal structure, macroalgae, vendotaenídeos and icnofósseis. With these records, it can be said that the paleodiversity of the Tamengo Formation is greater than previously thought. These associations can show paleoecological and paleoenvironmental correlations. Two distinct taphonomic groups of C. werneri were interpreted. Group 1, represented by incomplete individuals, interpreted a deposited environment with increased sedimentation rate, capable of preserving the body in a more complete form and, in some cases, preserving a three-dimensional shape carapace. Group 2, characterized by having fragmented individuals, presents in an environment with low energy and low sedimentation rate, resulting in a longer exposure time of the organism in the substrate, causing fragmentation of the carapaces. Samples showing the two taphonomic groups results an intra-habitat record when multiple genarations of species preserved in a single fossil record due to the low sedimentation rate. The occurrence of C. werneri exclusively in the pelitics, while, Cloudina lucianoi only in the layers of limestone, indicates that they inhabited different environments, or at least the way and capacity of preservation of the carapaces should be different. An association of C. werneri with macroalgae and a presence of Paraconularia sp. may indicate shallower water conditions, still in the photic zone. These new data show that even C. werneri occurring in pelitcs, indicating deposition in calm waters, it would be possible to have paleoecological conditions of habitat from shallower waters, above the base level of waves of thunderstorms or even deeper. However, C. werneri occurrence levels and greater abundance are associated with growth times in sedimentation rate and fine particle deposition in substrate below the storm level.
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Geobiologia de microbialitos do Ediacarano da Faixa Paraguai e do sul do Cráton Amazônico (MS e MT): implicações paleoambientais, paleoecológicas e estratigráficas / not available

Romero, Guilherme Raffaeli 16 November 2015 (has links)
A Faixa Paraguai é uma faixa de dobramentos neoproterozoicos ao sul do Cráton Amazônico. No Brasil, está, localizada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esta faixa tem sido alvo de constantes discussões sobre questões paleoambientais, paleoecológicas e evolutivas globais, uma vez que, em suas unidades ocorrem depósitos pós-glaciais marinoanos, as chamadas capas carbonáticas, típicas do inicio do Ediacarano, além de Cloudina lucianoi, fóssil índice do Ediacarano final, associado a outros metazoários. Nesta tese, foram estudados oito afloramentos: três pertencentes à Faixa Paraguai Sul- Formação Bocaina (FB) - Grupo Corumbá e cinco, à Faixa Paraguai Norte- Grupo Araras, sendo dois afloramentos na Formação Mirassol D\'Oeste (FMO), base do grupo e três afloramentos na Formação Nobres (FN), última formação do Grupo Araras. No total foram analisadas 73 amostras representativas de estromatólitos e 37 lâminas petrográficas de estromatólitos e rocha encaixante. Em três afloramentos, definidos como capas carbonáticas, a análise e a comparação entre a associação de estruturas tubulares e estromatólitos indicou que estas estruturas sedimentares são um importante marcador estratigráfico dos depósitos de capas carbonáticas Marinoanas. No entanto, as estruturas previamente descritas como tubulares no afloramento de Porto Morrinhos (FB), são interpretados aqui como estromatólitos colunares sem associação com os eventos do início do Ediacarano. Com a caracterização das associações de estromatólitos e estruturas tubulares nos afloramentos de Morraria do Sul e Forte de Coimbra, foi proposto, neste trabalho, que estes afloramentos não fazem parte da Formação Bocaina, e sim cronocorrelatos à Formação Mirassol D\'Oeste, no inicio do Ediacarano. O escape de fluidos foi considerado a explicação mais adequada para a origem das estruturas tubulares, corroborando alguns estudos originais. Neste sentido, é provável que o fluido tenha se originado do acúmulo de matéria orgânica nos estromatólitos. A comparação entre diferentes ocorrências de estruturas tubulares indicaram que estas possuem uma origem comum, porém, diferem em relação a sua história sedimentar. Em alguns ambientes, as estruturas tubulares eram espaços abertos na interface água-sedimento, enquanto que em outros eram espaços sem esse tipo de contato. A textura dos microbialitos de capas carbonáticas é composta por peloides amalgamados em grumos arredondados interpretados como restos micritizados de colônias cocooidais de cianobactérias. A alternância laminar observada na Pedreira Terconi pode ser relacionada a mudanças sazonais das comunidades dominantes. Os laminitos microbianos de capa carbonática formaram-se em plataformas bem iluminadas, calmas, abaixo do nível de ondas de tempestade, sem contribuição de siliciclásticos, concordante com o ambiente transgressivo proposto para o pós-glacial. A Formação Mirassol D\'Oeste, base do Grupo Araras, apresenta aproximadamente 10 metros de laminitos microbianos seguidos de camadas de megamarcas onduladas com lentes de megapelóides gerados pela ação de ondas de \"hypercanes\" que ocorreram durante a deposição das capas carbonáticasMarinoanas. Estes furações e a ação de ondas foram o motivo para o fim da deposição microbiana na Formação Mirassol D\'Oeste. Na Formação Nobres, última formação do Grupo Araras, foram identificados 15 níveis de estromatólitos, silicificados. A silicificação ocorreu durante a diagênese, obliterando em muitos níveis a laminação estromatolítica. Os estromatólitos da Formação Nobres foram divididos em quatro associações de morfotipos. A distribuição, desenvolvimento e abundância dos morfotipos foi regida por fatores sedimentológicos, devido a variações do nível do mar. O fim dos estromatóltios da Formação Nobres é concomitante com o fim da sedimentação carbonática do Grupo Araras. A evolução dos estromatólitos do Grupo Araras revelou uma variação nas formas e participação dos estromatólitos na composição litofaciológica desta plataforma carbonática. Na Formação Mirassol D\'Oeste, os estromatólitos são abundantes e considerados um dos principais componentes arquiteturais da plataforma carbonática, enquanto na Formação Nobres, apesar da alta frequência e variação de morfotipos dos estromatólitos, a contribuição na composição litofaciológica da plataforma carbonática é mínima. As variações de formas e abundância dos estromatólitos ao longo do Grupo Araras sugerem mudanças em relação importância dos microbialitos na composição das unidades estratigráficas, bem como a alteração nas condições de sedimentação do sistema deposicional -variação do nível do mar e influxo de siliciclásticos- do Grupo Araras. / The Paraguay Belt is a Neoproterozoic fold belt at the south of the Amazon Craton. In Brazil, the Paraguay belt is located in the states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, central Brazil. The Paraguay Belt has been the subject of constant discussion of paleoenvironmental, paleoecological and evolutionary questions, since, in their units occur the Marinoan post-glacial deposits, the so called \"cap carbonates\", typical of the beginning of the Ediacaran, and Cloudina lucianoi, index fossil of the late Ediacaran, associated with other metazoans. In this thesis, eight outcrops were studied: three belonging to the Southern Paraguay Belt -Bocaina Formation (FB)-Corumbá Group and five outcrops belonging to the Northern Paraguay Belt- Araras Group, two outcrops in Mirassol D\'Oeste Formaton (FMO), the group\'s base and three outcrops in the Nobres Formation (FN), the last unit of the Araras Group. In total 73 representative samples of stromatolites and 37 thin sections of stromatolites and host rock were analyzed. In three outcrops, defined as cap carbonates, analysis and comparison of the tubestone structures and microbial laminites association indicated that these sedimentary structures are an important stratigraphic marker for the deposits of Marinoan cap carbonates. However, the tubular structures previously assigned as tubestone structures in Porto Morrinhos outcrop (FB) are interpreted here as columnar stromatolites unassociated with the events of the early Ediacaran.With the characterization of the tubestone-stromatolite association in the outcrops of Morraria do Sul and Forte de Coimbra, it was proposed in this study that these outcrops are not part of Bocaina Formation but are cronocorrelated to MirassolD\'Oeste Formation, at the beggining of the Ediacaran. The fluid escape was considered the most suitable explanation for the origin of tubestone structures, corroborating some original studies. Therefore, it is likely that the fluids had originated from the accumulation of organic matter in the stromatolites within the cap carbonates. The comparison between different occurrences of tubular structures indicated that they have a common origin, however, differ in their sedimentary history. In some environments, the tubular structures were open spaces in the water-sediment interface, while others were in areas the structures were without such contact. The texture of cap carbonate microbialites comprises peloids amalgamated into rounded microclots interpreted as micritization remains of cocooidal colonies of cyanobacteria. The laminar alternation observed in the quarry Terconi (Mirassol D\'Oeste Formation) may be related to seasonal changes of the dominant communities. The microbial laminites of the Marinoan cap carbonates formed in well-lit platforms, calm, below the level of storm waves, without contribution of siliciclastic, concordant with the transgressive environment proposed for the post-glacial. At the Mirassol D\'Oeste Formation, base of the Araras Group, approximately 10 meters of microbial laminites where described, covered by a packstone deposit of megaripple marks with megapeloid lenses generated by the action of wave \"hypercanes\" that occurred during the deposition of the Marinoan Cap Carbonates. These hypercanes and the wave action were the reason for the waning of microbial deposition in Mirassol D\'Oeste Formation. In the Nobres Formation, at the upper part of the Araras Group, 15 levels of silicified stromatolites were identified. The silicification occurred during late diagenesis, obliterating many portions of stromatolitic lamination. Stromatolites of Nobres Formation were divided into four morphotypes associations. The distribution, development and abundance of morphotypes was governed by sedimentological factors, due to sea level variations. The end of stromatolites in the Nobres Formation is concomitant with the end of carbonate sedimentation of the Araras Group. In Mirassol D\'Oeste Formation, stromatolites are plentiful and considered one of the major architectural components of the carbonate platform, while the Nobres Formation, despite the high frequency and morphotypes variation of stromatolites, the contribution in the litofaciological composition of carbonate platform is minimal. The variations of forms and the abundance of stromatolites along the Araras Group suggest changes regarding importance of microbialites in the composition of stratigraphic units as well as the change in the depositional system - variation in sedimentation conditions of the sea level and the influx of terrigenous in the Araras Group.
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Geobiologia de microbialitos do Ediacarano da Faixa Paraguai e do sul do Cráton Amazônico (MS e MT): implicações paleoambientais, paleoecológicas e estratigráficas / not available

Guilherme Raffaeli Romero 16 November 2015 (has links)
A Faixa Paraguai é uma faixa de dobramentos neoproterozoicos ao sul do Cráton Amazônico. No Brasil, está, localizada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esta faixa tem sido alvo de constantes discussões sobre questões paleoambientais, paleoecológicas e evolutivas globais, uma vez que, em suas unidades ocorrem depósitos pós-glaciais marinoanos, as chamadas capas carbonáticas, típicas do inicio do Ediacarano, além de Cloudina lucianoi, fóssil índice do Ediacarano final, associado a outros metazoários. Nesta tese, foram estudados oito afloramentos: três pertencentes à Faixa Paraguai Sul- Formação Bocaina (FB) - Grupo Corumbá e cinco, à Faixa Paraguai Norte- Grupo Araras, sendo dois afloramentos na Formação Mirassol D\'Oeste (FMO), base do grupo e três afloramentos na Formação Nobres (FN), última formação do Grupo Araras. No total foram analisadas 73 amostras representativas de estromatólitos e 37 lâminas petrográficas de estromatólitos e rocha encaixante. Em três afloramentos, definidos como capas carbonáticas, a análise e a comparação entre a associação de estruturas tubulares e estromatólitos indicou que estas estruturas sedimentares são um importante marcador estratigráfico dos depósitos de capas carbonáticas Marinoanas. No entanto, as estruturas previamente descritas como tubulares no afloramento de Porto Morrinhos (FB), são interpretados aqui como estromatólitos colunares sem associação com os eventos do início do Ediacarano. Com a caracterização das associações de estromatólitos e estruturas tubulares nos afloramentos de Morraria do Sul e Forte de Coimbra, foi proposto, neste trabalho, que estes afloramentos não fazem parte da Formação Bocaina, e sim cronocorrelatos à Formação Mirassol D\'Oeste, no inicio do Ediacarano. O escape de fluidos foi considerado a explicação mais adequada para a origem das estruturas tubulares, corroborando alguns estudos originais. Neste sentido, é provável que o fluido tenha se originado do acúmulo de matéria orgânica nos estromatólitos. A comparação entre diferentes ocorrências de estruturas tubulares indicaram que estas possuem uma origem comum, porém, diferem em relação a sua história sedimentar. Em alguns ambientes, as estruturas tubulares eram espaços abertos na interface água-sedimento, enquanto que em outros eram espaços sem esse tipo de contato. A textura dos microbialitos de capas carbonáticas é composta por peloides amalgamados em grumos arredondados interpretados como restos micritizados de colônias cocooidais de cianobactérias. A alternância laminar observada na Pedreira Terconi pode ser relacionada a mudanças sazonais das comunidades dominantes. Os laminitos microbianos de capa carbonática formaram-se em plataformas bem iluminadas, calmas, abaixo do nível de ondas de tempestade, sem contribuição de siliciclásticos, concordante com o ambiente transgressivo proposto para o pós-glacial. A Formação Mirassol D\'Oeste, base do Grupo Araras, apresenta aproximadamente 10 metros de laminitos microbianos seguidos de camadas de megamarcas onduladas com lentes de megapelóides gerados pela ação de ondas de \"hypercanes\" que ocorreram durante a deposição das capas carbonáticasMarinoanas. Estes furações e a ação de ondas foram o motivo para o fim da deposição microbiana na Formação Mirassol D\'Oeste. Na Formação Nobres, última formação do Grupo Araras, foram identificados 15 níveis de estromatólitos, silicificados. A silicificação ocorreu durante a diagênese, obliterando em muitos níveis a laminação estromatolítica. Os estromatólitos da Formação Nobres foram divididos em quatro associações de morfotipos. A distribuição, desenvolvimento e abundância dos morfotipos foi regida por fatores sedimentológicos, devido a variações do nível do mar. O fim dos estromatóltios da Formação Nobres é concomitante com o fim da sedimentação carbonática do Grupo Araras. A evolução dos estromatólitos do Grupo Araras revelou uma variação nas formas e participação dos estromatólitos na composição litofaciológica desta plataforma carbonática. Na Formação Mirassol D\'Oeste, os estromatólitos são abundantes e considerados um dos principais componentes arquiteturais da plataforma carbonática, enquanto na Formação Nobres, apesar da alta frequência e variação de morfotipos dos estromatólitos, a contribuição na composição litofaciológica da plataforma carbonática é mínima. As variações de formas e abundância dos estromatólitos ao longo do Grupo Araras sugerem mudanças em relação importância dos microbialitos na composição das unidades estratigráficas, bem como a alteração nas condições de sedimentação do sistema deposicional -variação do nível do mar e influxo de siliciclásticos- do Grupo Araras. / The Paraguay Belt is a Neoproterozoic fold belt at the south of the Amazon Craton. In Brazil, the Paraguay belt is located in the states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, central Brazil. The Paraguay Belt has been the subject of constant discussion of paleoenvironmental, paleoecological and evolutionary questions, since, in their units occur the Marinoan post-glacial deposits, the so called \"cap carbonates\", typical of the beginning of the Ediacaran, and Cloudina lucianoi, index fossil of the late Ediacaran, associated with other metazoans. In this thesis, eight outcrops were studied: three belonging to the Southern Paraguay Belt -Bocaina Formation (FB)-Corumbá Group and five outcrops belonging to the Northern Paraguay Belt- Araras Group, two outcrops in Mirassol D\'Oeste Formaton (FMO), the group\'s base and three outcrops in the Nobres Formation (FN), the last unit of the Araras Group. In total 73 representative samples of stromatolites and 37 thin sections of stromatolites and host rock were analyzed. In three outcrops, defined as cap carbonates, analysis and comparison of the tubestone structures and microbial laminites association indicated that these sedimentary structures are an important stratigraphic marker for the deposits of Marinoan cap carbonates. However, the tubular structures previously assigned as tubestone structures in Porto Morrinhos outcrop (FB) are interpreted here as columnar stromatolites unassociated with the events of the early Ediacaran.With the characterization of the tubestone-stromatolite association in the outcrops of Morraria do Sul and Forte de Coimbra, it was proposed in this study that these outcrops are not part of Bocaina Formation but are cronocorrelated to MirassolD\'Oeste Formation, at the beggining of the Ediacaran. The fluid escape was considered the most suitable explanation for the origin of tubestone structures, corroborating some original studies. Therefore, it is likely that the fluids had originated from the accumulation of organic matter in the stromatolites within the cap carbonates. The comparison between different occurrences of tubular structures indicated that they have a common origin, however, differ in their sedimentary history. In some environments, the tubular structures were open spaces in the water-sediment interface, while others were in areas the structures were without such contact. The texture of cap carbonate microbialites comprises peloids amalgamated into rounded microclots interpreted as micritization remains of cocooidal colonies of cyanobacteria. The laminar alternation observed in the quarry Terconi (Mirassol D\'Oeste Formation) may be related to seasonal changes of the dominant communities. The microbial laminites of the Marinoan cap carbonates formed in well-lit platforms, calm, below the level of storm waves, without contribution of siliciclastic, concordant with the transgressive environment proposed for the post-glacial. At the Mirassol D\'Oeste Formation, base of the Araras Group, approximately 10 meters of microbial laminites where described, covered by a packstone deposit of megaripple marks with megapeloid lenses generated by the action of wave \"hypercanes\" that occurred during the deposition of the Marinoan Cap Carbonates. These hypercanes and the wave action were the reason for the waning of microbial deposition in Mirassol D\'Oeste Formation. In the Nobres Formation, at the upper part of the Araras Group, 15 levels of silicified stromatolites were identified. The silicification occurred during late diagenesis, obliterating many portions of stromatolitic lamination. Stromatolites of Nobres Formation were divided into four morphotypes associations. The distribution, development and abundance of morphotypes was governed by sedimentological factors, due to sea level variations. The end of stromatolites in the Nobres Formation is concomitant with the end of carbonate sedimentation of the Araras Group. In Mirassol D\'Oeste Formation, stromatolites are plentiful and considered one of the major architectural components of the carbonate platform, while the Nobres Formation, despite the high frequency and morphotypes variation of stromatolites, the contribution in the litofaciological composition of carbonate platform is minimal. The variations of forms and the abundance of stromatolites along the Araras Group suggest changes regarding importance of microbialites in the composition of stratigraphic units as well as the change in the depositional system - variation in sedimentation conditions of the sea level and the influx of terrigenous in the Araras Group.

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