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Condições de vida e de saúde de mulheres do sistema prisional da Região da Baixada SantistaSilva, Magda Lucia Novaes 06 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-06 / O presente trabalho objetivou a realização de estudo sobre as condições de vida e saúde de mulheres do sistema prisional da região da Baixada Santista, identificando o impacto da detenção para a mulher encarcerada, o cotidiano da vida prisional e a condição de saúde no sistema prisional feminino da Região Metropolitana da Baixada Santista. Os procedimentos metodológicos adotados, para a realização desta dissertação consistiram em duas etapas: na primeira etapa foram entrevistadas as detentas que apresentaram diagnóstico de TB, por considerar-se que este é um grande problema de saúde dentro da população carcerária. Foram entrevistadas seis mulheres nesta condição, sendo quatro no 2ª DP de Santos e duas no 2º DP de São Vicente. Na segunda etapa, foram entrevistadas quatro mulheres no 2ª DP de São Vicente. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos segundo o seguinte critério: mulheres presas há mais de 06 (seis) meses no local e que tiveram ou têm problemas de saúde durante o período de detenção. Foram entrevistados também os profissionais de saúde que atendem ou atenderam as detentas durante este período. Com as detentas e profissionais, pela natureza deste estudo optou-se por utilizar a entrevista com roteiro, visando à tomada de depoimentos. Após as analises das entrevistas verificou-se que, as detentas estão na faixa etária de 19 a 55 anos, nove são solteiras e apenas uma é casada. Em relação aos filhos, sete delas tinham filhos e três não, sendo que a idade das crianças variava de seis meses a 13 anos. Quanto à escolaridade, seis tem ensino fundamental incompleto, três com ensino fundamental completo e uma com ensino médio completo. Das dez detentas, quatro nunca trabalharam, quatro eram empregada doméstica, uma era também garota de programa, uma chegou a trabalhar como babá e uma era auxiliar de escritório. Nove estavam na informalidade fazendo bicos e somente uma estava registrada. Dentre as dez detentas, 07 eram primárias e três reincidentes, sendo que 05 estavam aguardando sentença, 04 tinham penas que variavam de quatro a seis anos e uma tinha pena de 11 anos e nove meses por participar de seqüestro. Quanto à infração as dez foram detidas por tráfico de drogas, sendo que uma delas estava envolvida com tráfico internacional e outra envolvida com sequestro. Através dos depoimentos foram observados comportamentos, valores e emoções que permanecem escondidos nos dados estatísticos. Colher os depoimentos dessas mulheres contribuiu para a compreensão das condições de vida e saúde da população carcerária feminina, com características marcantes e singulares.
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C?digos de sustenta??o da linguagem no cotidiano prisional do Rio Grande do Norte: penitenci?ria estadual de ParnamirimOliveira, Hilderline Camara de 09 April 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-04-09 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The quarrel, in this study, tells about the language as social practical in the daily of
Parnamirim State Prison that is integrated to the Rio Grande do Norte Penitentiary System -
SISPERN, destined for men in fulfilment of penalty privative of freedom, in closed regimen.
For the accomplishment of the research, the delimited objectives had been to analyze the
language repertoires created in the prisional daily, trying to identify how it?s turned into
distinct forms of resistance to the mechanisms of control in penitentiary system; to investigate
which are the language repertoires created from the new sociability forms developed among
prisoners and identify how the language repertoires are expressed in the daily prisional on
relations/exercises of power not-institutionalized. In the methodological aspect, the study is in
a qualitative boarding, that has as main instrument the interview. The inquiry was possible by
means of using instruments for data collection, like as: the direct comment in the prisional
daily duly registered as researcher?s ethnographical procedure, the analysis of interns?
cadastre handbooks and the application of half-structuralized interview, to the subjects of the
research. The construction and understanding of the study object had been based on authors
who argue on the arrest, as: Foucault, Goffman, Carvalho Filho and, in particular was
searched the theorical referencial that approaches the language in a social and cultural
perspective: Orlandi, Manfred, Bastos and Candiotto, amongst others. Beyond the normative
endorsement of the Brazilian legislation, through the Law of Criminal Execution, of the
Criminal Code and the Federal Constitution of the country and the legal apparatus in state
scope. Still in the research methodological perspective, after the collection the data had been
submitted to an analysis of the speech from Foucalt?s theory and in the Orlandi?s perspective,
being also qualitative and quantitative. The results had evidenced that the social and juridical
profile of the population in the site inquired is not different of others Brazilian prisons,
composed for men, in its majority, with age band between 21 and 30 years old, prisoners for
practicing crimes against the patrimony, against life, amongst others, and, in special, criminal
recidivists. It evidenced, still, that the daily prisional of PSP is characterized for a
sociocultural diversity expressed in the relations of power not institutionalized, that
contributes for the formation and division of the groups, each one using a set of language
codes/ repertoires sustentation. Therefore, the language, in the daily prisional, is one of the
ways to understand the singularity of the sociability relations and as social practicing
mediated by relations/exercises of power and antagonistic interests, in which each group aims
first of all, their own interests. It represents the complexity of the social relations, in the
prisional space, with diverse effects, in function of the situation and the moment. The
language in the arrest, beyond the communication function, assumes and represents central
element for the sociability human being, contributes for its changings and it?s configured as
one of the resistance forms of prisoners against the controling, disciplining and monitoring
mechanisms of penitentiary system / A discuss?o, neste estudo, versa sobre a linguagem como pr?tica social no cotidiano da
Penitenci?ria Estadual de Parnamirim, integrada ao Sistema Penitenci?rio do Rio Grande do
Norte - SISPERN, destinada para homens em cumprimento de pena privativa de liberdade, em
regime fechado. Para a realiza??o da pesquisa, os objetivos delimitados foram analisar os
repert?rios lingu?sticos tecidos no cotidiano prisional, buscando identificar como se
configuram em distintas formas de resist?ncia aos mecanismos de controle do sistema
penitenci?rio; investigar quais s?o os repert?rios lingu?sticos criados a partir das novas formas
de sociabilidade desenvolvidas entre os apenados e identificar como os repert?rios
lingu?sticos no cotidiano prisional se expressam nas rela??es/exerc?cios de poder n?oinstitucionalizado.
No aspecto metodol?gico, o estudo se situa numa abordagem qualitativa,
que tem como instrumento principal a entrevista. A investiga??o foi poss?vel mediante a
utiliza??o de instrumentos de coleta de dados, como: a observa??o direta no cotidiano
prisional devidamente registra no di?rio de campo como procedimento etnogr?fico do
pesquisador, a an?lise documental dos prontu?rios dos internos e a aplica??o de entrevista
semi-estruturada, junto aos sujeitos da pesquisa. A constru??o e compreens?o do objeto de
estudo fundamentaram-se em autores que discutem sobre a pris?o, como: Foucault, Goffman,
Carvalho Filho e, em particular buscou-se o referencial te?rico que aborda a linguagem numa
perspectiva social e cultural: Orlandi, Manfredo, Bastos e Candiotto, dentre outros. Al?m do
respaldo normativo da legisla??o brasileira, atrav?s da Lei de Execu??o Penal, do C?digo
Penal e da Constitui??o Federal do pa?s e do aparato legal em ?mbito estadual. Ainda na
perspectiva metodol?gica da pesquisa, ap?s a coleta, os dados, foram submetidos a uma
an?lise do discurso a partir da teoria foucultiana e na perspectiva de Orlandi e de cunho
qualitativa e quantitativa. Os resultados evidenciaram que o perfil sociojur?dico da popula??o
do locus de investiga??o n?o se apresenta diferente das demais pris?es brasileiras, composta
por homens, em sua maioria, com faixa et?ria entre 21 e 30 anos, presos pela pr?tica de
crimes contra o patrim?nio, contra a vida, dentre outros, e, em especial, reincidentes
criminais. Evidenciou, ainda, que o cotidiano prisional da PEP se caracteriza por uma
diversidade sociocultural expressa nas rela??es de poder n?o institucionalizado, que contribui
para a forma??o e divis?o dos grupos, que cada um disp?e de um conjunto de
c?digos/repert?rios de sustenta??o da linguagem. Por isso, a linguagem, no cotidiano
prisional, ? um dos caminhos para compreender a singularidade das rela??es de sociabilidade
e como pr?tica social mediada por rela??es/exerc?cios de poder e de interesses antag?nicos,
nos quais cada grupo visa, a prior, atender aos seus interesses. Ela representa a complexidade
das rela??es sociais, no espa?o prisional, com efeitos de sentidos diversos, em fun??o da
situa??o e do momento. A linguagem na pris?o, al?m da fun??o de comunica??o, assume e
representa elemento central para a sociabilidade humana, contribui para a sua din?mica e se
configura como uma das formas de resist?ncia dos reclusos contra os mecanismos de controle,
disciplina e vigil?ncia do sistema penitenci?rio
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