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Poesia, paisagem e realidade em Vidas SecasCosta, Paulo Cesar da 07 July 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2014. / Submitted by Priscilla Sousa (priscillasousa@bce.unb.br) on 2017-10-04T13:11:11Z
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Previous issue date: 2017-10-05 / Esta dissertação propõe o estudo de Vidas secas a partir da relação entre poesia e realidade. O ponto de partida deste trabalho foi o poema “Murilograma a Graciliano Ramos”, de Murilo Mendes, por meio do qual se percebe tanto a relação de continuidade e ruptura existente no sistema literário brasileiro, quanto a força poética de Vidas secas, que é extraída por Murilo Mendes e condensada no seu poema, dedicado ao romance e a seu autor. Tendo como hipótese que o poema de Murilo Mendes evidencia a presença da poesia na ficção de Graciliano Ramos, procuramos, neste trabalho, reconhecer na linguagem econômica, na concisão e no silêncio, que caracterizam a composição de Vidas secas, uma força poética que recusa o descritivismo e a representação literária puramente documental, para alcançar uma formulação estética realista, no sentido de ser um reflexo profundo da realidade. Para tanto, analisamos a paisagem poética de Vidas secas e as relações entre poesia e história no romance, considerando que, a partir de uma linguagem condensada e poética, Graciliano Ramos capta a poesia íntima das coisas, da vida dos homens, especialmente do personagem popular, e da história em sua totalidade. / This essay proposes the study of Vidas secas from the relationship between poetry and reality. The starting point of this work was the poem "Murilograma a Graciliano Ramos", by Murilo Mendes, through which one can perceive both the relationship of continuity and rupture found in the Brazilian literary system, as the poetic force of Vidas secas, which is extracted by Murilo Mendes and condensed in his poem, dedicated to the novel and its author. In the hypothesis that Murilo Mendes shows the presence of poetry in the fiction of Graciliano Ramos, we seek to recognize the economic language, brevity and silence that characterize the composition of Vidas secas, as a poetic force that refuses literary representation and pure documentary descriptivism, to achieve a realistic aesthetic formulation, in order to become a deep reflection of reality. For this, we analyze the poetic landscape of Vidas secas and the relationships between poetry and history in the novel, whereas from a condensed and poetic language, Graciliano Ramos captures the intimate poetry of things, the life of men, especially the popular character, and the story as a whole.
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De pé, os muros seguemSouza, Maurin de January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Based on the concepts of contemporary and literary engagement, I aim with this thesis analyze the short story "The Wall" by Jean-Paul Sartre, and the novels In slow motion, by Renato Tapajós, and Installation of fear, by Rui Zink. The historical moments portrayed in these narratives are the Spanish Civil War, World War II - albeit indirectly, the Brazilian Military Dictatorship and the 2000s (these with small rescues to episodes occurred in the twentieth century). It is my intention also check what feelings that permeate the Man of decades from 1930 to 1980 (anxiety, fear, loneliness, courage, indifference, anger) and if they, today, linger, given the way in which contemporary presents itself and as a reference, therefore, the work of Rui Zink. As I consider essential to be attentive and, more importantly, involve myself with the society for which I am responsible, I instigate discussions about the role of written word as a compromise and I direct it to authors who I understand as engaged and, therefore, I chosed to complete my dissertation. / A partir dos conceitos de contemporâneo e de engajamento literário, objetivo com esta dissertação analisar o conto “O muro”, de Jean-Paul Sartre, e os romances Em câmara lenta, de Renato Tapajós, e A instalação do medo, de Rui Zink. Os momentos históricos retratados nessas narrativas são a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial – ainda que indiretamente, a Ditadura Militar Brasileira e os Anos 2000 (estes com pequenos resgates a episódios ocorridos no século XX). É meu intuito, ainda, verificar quais os sentimentos que permeiam o ser humano das décadas de 1930 a 1980 (angústia, medo, solidão, coragem, indiferença, raiva) e se eles, hoje, perduram, tendo em vista o modo pelo qual a contemporaneidade apresenta-se e como referência, para tanto, a obra de Rui Zink. Uma vez que considero imprescindível estar atenta e, mais que isso, envolver-me com a sociedade por que sou responsável, instigo a discussões a respeito do papel da palavra escrita enquanto compromisso e as direciono aos autores que percebo como engajados e que, portanto, escolhi para completar a minha dissertação.
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O dilema do critério em Hegel: uma crítica a K. Westphal e uma proposta de aproximação com R. ChisholmGaboardi, Ediovani Antonio January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / This work intends to contribute to the discussion that occurs in analytic philosophy on the epistemology of Hegel, investigating the Dilemma of the criterion based on the interpretation of Hegelian response to it made by Westphal and suggesting possibilities of dialogue from the approach with the Chisholm. The Dilemma of the criterion relates to the arguments of Sextus Empiricus on the impossibility of deciding whether there is or not a Criterion of truth. The argument support that there is a circularity between demonstration and criterion, which branches to the contradictory requirement that the criterion is conditioned and unconditioned, and is based on the application of skeptical Trilemma of Agrippa. We agree with Westphal that Hegel faces the Dilemma of criterion to propose to verify the legitimacy of different conceptions of knowledge without presupposing a concept of knowledge as a criterion. However we consider his approach ambiguous to identify criteria that have been borne by Hegel. These criteria defined the coherence in pragmatic, internal and reflexive dimensions. In addition, Westphal points to several assumptions not shown in Hegel: a realism that assumes that coherence is only possible if there is correspondence, a trust in the capabilities and cognitive dispositions of consciousness, the idea of a common culture to unite the figures of consciousness, the readers of Phenomenology and Hegel himself and a teleological view of history. These theses are not integrated with fallibilism that Westphal attributes to Hegel and at the same time, they did not solve the Dilemma of criterion. These theses are interesting, also for its critical potential, but we believe that the essence of Hegel's response to the Dilemma of the criterion is in its immanent approach of justification that it is expressed in the Phenomenology in two methodological perspectives: phenomenological exposure and the dialectical phenomenology. This contains three steps: auto exposure of ontological and epistemological assumptions, reductio ad absurdum and determinate negation. All Phenomenology’s assumptions are submitted to an attempted reductio ad absurdum, and what all they assume is shown as absolute knowledge. This notion contains the elimination of the scission between knowledge and object and, with it, the scission between truth and justification, which underlies to transcendent approach to justification, presupposed by the Dilemma of the criterion and the epistemological approaches. Hegel's answer to the Dilemma of the criterion thus assumes an exhaustive reduction to absurd of all transcendent approaches and the legitimacy of the demonstration by refutation. From this, we propose some points of contact between the approach of Hegel and the Chisholm. Firstly, this author has a very restricted view of the nature of the criteria, which could be extended from Hegel's vision. Second, both Chisholm as his critics use forms of immanent approach that could be better respected, including their relationship with skepticism by a dialogue with Hegel. Third, the potential implicit in the Hegelian approach to knowledge could be further exploited through contact with the theoretical and language resources available in contemporary analytic epistemology. / Este trabalho pretende contribuir com a discussão que ocorre na filosofia analítica sobre a epistemologia de Hegel, investigando o Dilema do critério a partir da interpretação que Westphal faz da resposta hegeliana a ele e sugerindo possibilidades de diálogo a partir da aproximação com a abordagem de Chisholm. O Dilema do critério diz respeito aos argumentos de Sexto Empírico sobre a impossibilidade de decidir se há ou não um critério de verdade. O argumento sustenta que há uma circularidade entre demonstração e critério, decorrente da exigência contraditória de que o critério seja condicionado e incondicionado, e baseia-se na aplicação do Trilema cético de Agripa. Concordamos com Westphal que Hegel enfrenta o Dilema do critério ao propor-se verificar a legitimidade de diferentes concepções de conhecimento sem pressupor um conceito de conhecimento como critério. Mas consideramos sua abordagem ambígua, ao identificar critérios que teriam sido assumidos por Hegel. Esses critérios definiriam a coerência nas dimensões pragmática, interna e reflexiva. Além disso, Westphal aponta diversos pressupostos não demonstrados em Hegel: um realismo que supõe que a coerência só é possível se há correspondência, uma confiança nas capacidades e disposições cognitivas da consciência, a tese de uma cultura comum a unir as figuras da consciência, os leitores da Fenomenologia e o próprio Hegel e uma visão teleológica de história. Essas teses não se integram com o falibilismo que Westphal atribui a Hegel e, ao mesmo tempo, tornam não resolvido o Dilema do critério. Consideramos essas teses interessantes, inclusive pelo seu potencial crítico, mas acreditamos que o essencial da resposta hegeliana ao Dilema do critério está em sua abordagem imanente da justificação, que na Fenomenologia expressa-se em duas perspectivas metodológicas: a exposição fenomenológica e a fenomenologia dialética. Esta contém três passos: autoexposição dos pressupostos ontológicos e epistemológicos, redução ao absurdo e negação determinada. Todos os pressupostos da Fenomenologia são submetidos a uma tentativa de redução ao absurdo, e o que todos eles pressupõem evidencia-se como saber absoluto. A noção de saber absoluto contém a eliminação da cisão entre saber e objeto e, com ela, da cisão entre verdade e justificação, que subjaz à abordagem transcendente da justificação, pressuposta pelo Dilema do critério e pelas abordagens epistemológicas. A resposta hegeliana ao Dilema do critério, assim, pressupõe uma redução ao absurdo exaustiva de todas as abordagens transcendentes e a legitimidade da demonstração por refutação.A partir disso, propomos alguns pontos de contato entre a abordagem de Hegel e a de Chisholm. Em primeiro lugar, esse autor tem um ponto de vista bastante restrito sobre a natureza dos critérios, que poderia ser alargado a partir da visão de Hegel. Em segundo lugar, tanto Chisholm como seus críticos utilizam formas da abordagem imanente que poderiam ser mais bem conceituadas, inclusive em sua relação com o ceticismo, mediante um diálogo com Hegel. Em terceiro lugar, a potencialidade implícita na abordagem hegeliana do conhecimento poderia ser mais bem explorada através do contato com os recursos teóricos e linguísticos disponíveis na epistemologia analítica contemporânea.
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Sobre a leveza do humano: um diálogo com Heidegger, Sartre e LevinasSayão, Sandro Cozza January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Opposing 20th century studies on humanitas do homo humanus, and specifically studies that represented an exercise of Philosophy - phenomenology in Heidegger, Sartre and Levinas - this work aims at discussing the possibility of Lightness. Having in view that the weight of existence in such studies - pari passu the sense of human – is expressed as a burden allied with finitude (Heidegger), excessive self-focus (Sartre), and infinite responsibility (Levinas), this work suggests that it is philosophically possible to incorporate humanity and lightness at once, without providing dionisiac or alienated descriptions of what man is. In short, this work deals with the fact that Human Lightness is bearable when the phenomenality of a generosity event is observed and the sense of human based on responsibility is penetrated, which since Levinas represents an anarchical disposition to Good that precedes being. It is a kingdom of Goodness and not a burden or weight on the shoulders of man. / Na contramão das pesquisas sobre a humanitas do homo humanus no século XX, principalmente a que se fez no exercício da filosofia como fenomenologia em Heidegger, Sartre e Levinas, ergo aqui a possibilidade da Leveza. Considerando que nestes se delineia, pari passu ao sentido do humano, um peso existencial expresso como o fardo da finitude (Heidegger), do excessivo centramento em si (Sartre) e da responsabilidade infinita (Levinas), sugiro a Tese de que é viável filosoficamente coadunar, a um só tempo, humanidade e leveza, sem que se decaia a um sentido dionisíaco ou alienado da descrição do que é o homem. Em síntese, transito aqui no fato de que é sustentável a Leveza do Humano, quando do olhar para a fenomenalidade do evento da generosidade e quando se adentra de vez no sentido do humano tecido a partir da responsabilidade, o que desde Levinas se delineia como disposição anárquica ao Bem anterior ao ser. Reino da Bondade que de nenhum modo é um fardo e um peso sobre os ombros do homem.
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A epistemologia do testemunho: visão reducionistaBrito, Patrick Roger Michel Almeida de January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / This paper will address the Epistemology of Testimony in view of the reductionist theory, taking into perspective the debate between it and Anti-reductionism about the role of testimony in justification of belief. Thus, we will try promoting an investigation of the epistemic possibilities of the testimony that the reductionist point of view, seems to have no relevance as transindividual element in the formation of belief. At first, as general objective, we will investigate the nature and origin of reductionism, from historical reasons the role of testimony in the justification of beliefs according to the thought of David Hume. In the second chapter we will review the Local reductionist version proposed by Elizabeth Fricker, his notion of prima facie reliability alternative to a priori Anti-reductionist, as well as his conception of the epistemic role of testimony in the justification of belief based on it. In contrast, we will bring the criticism of Peter J. Graham regarding the exclusion of testimony as a relevant epistemic factor to justification. Graham proposes a combination of independent and testimonial grounds for the justification of testimonial belief, stating that the testimony is not a secondary or irrelevant in the justification and acquisition of beliefs. / Este trabalho abordará a Epistemologia do Testemunho na visão da teoria Reducionista, tendo em perspectiva a discussão entre esta, e o Antirreducionismo, acerca do papel do testemunho na justificação da crença. Dessa forma, tentaremos promover uma investigação das possibilidades epistêmicas do testemunho que, do ponto de vista reducionista, parece não ter relevância como elemento transindividual na formação da crença. Em um primeiro momento, como objetivo geral, pesquisaremos a natureza e origem do Reducionismo, a partir das razões históricas quanto ao papel do testemunho na justificação das crenças, de acordo com o pensamento de David Hume. No segundo capítulo faremos uma análise da versão Reducionista Local proposta por Elizabeth Fricker, sua noção de fidedignidade prima facie alternativa ao a priori Antirreducionista, bem como sua concepção acerca do papel epistêmico do testemunho na justificação da crença nele baseada. Em contraponto, traremos a crítica de Peter J. Graham quanto à exclusão do testemunho como elemento epistêmico relevante para a justificação. Graham propõe a conjugação de razões inferenciais e não inferenciais para a justificação da crença testemunhal, afirmando que o testemunho não é um elemento secundário ou irrelevante na aquisição de crenças.
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Liberdade: Hegel e os contrapontos de Ernst Tugendhat e Isaiah BerlinEmery, Emerson Baldotto January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / This study describes and analyzes Hegel‟s concept of freedom posing it to de focus of two of his critics: Ernst Tugendhat and Isaiah Berlin. The objective is to understand the implications of the concepts exposed to the current reality, as an instrument for interpreting the limits of individual and social freedom present in modern societies. The main analysis is made over the Hegel‟s system of practical philosophy, which shows the concept of freedom as the realization of the Absolute Spirit that only reach the fullness in the stage of social development by the state. It is a vision that exalts the achievements and the possibilities of the human being, but, restrict the free action by the submission of the negative liberty to positive freedom, represented by the self-determination of the rational agent. The confrontation of the Hegel‟s ideas with Tugendhat‟s and Berlin‟s conceptions, lighten the ways in which the argument of a strict rational solution reaches an authoritarian outcome, contrary to the current concept of freedom. For Berlin the monism must be refuted and there are at least two forms of freedom, negative and positive, the first is a condition for the second. Tugendhat alert to the impossibility of social and moral life under the Hegel‟s freedom, asserting the inexistence of any society when lacking the concept of responsibility, that is extinguished by the extreme limitation or the inexistence of choices. Affirm that Hegel replace the decision by reflection by the trust in the ethic Estate, the free hegelian man doesn‟t make decision, obey, jettisoning his moral conscience to consider only the law. The conclusion shows that the three authors do not believe that the necessitarianism is plausible, based on your accomplishment would make many meaningless many aspects of social life known to humankind, and verify in history an increasing complexity of the concept of freedom for its practical application, as a result of the interweaving of that freedom with the conditions of freedom and an increase in the size of what today might be considered a minimum requirement for the realization of what is to be free. Notes that the limits to the exercise of freedom are not as extensive as previously thought which makes room for speculation of a new monist concept of moral. / Este estudo descreve e analisa o conceito hegeliano de liberdade e o contrapõe ao enfoque de dois de seus críticos: Ernst Tugendhat e Isaiah Berlin. O objetivo é a compreensão das implicações dos conceitos expostos à realidade atual, como ferramenta de interpretação dos limites de liberdade individual e social presentes nas sociedades modernas. O eixo da análise é o sistema de filosofia prática de Hegel, que mostra o conceito de liberdade como efetivação do Espírito Absoluto que só alcança sua plenitude no estágio de desenvolvimento social representado pelo Estado. Trata-se de uma visão que enaltece as conquistas e possibilidades humanas, porém, restringe o agir livre por meio da submissão da liberdade negativa à liberdade positiva, dada pela autodeterminação do agente racional. O confronto das idéias hegelianas com as concepções de Tugendhat e Berlin clareia os caminhos pelos quais o argumento de uma solução estritamente racional alcança um resultado autoritário, contrário aos conceitos correntes de liberdade. Para Berlin o monismo deve ser refutado e há ao menos duas formas de liberdade, negativa e positiva, a primeira, condição para a segunda. Tugendhat alerta para a impossibilidade da vida social e moral sob a liberdade de Hegel, afirmando inexistir sociedade sem o conceito de responsabilidade, que se extingue com extrema limitação ou inexistência de escolha. Afirma que Hegel substitui a decisão por reflexão pela confiança no Estado ético, o indivíduo livre hegeliano não decide, acata, alijando sua consciência moral privada para considerar apenas a lei. A conclusão constata que os três autores não crêem ser o necessitarismo plausível, fundamentado em que sua efetivação tornaria sem sentido muitos aspectos da vida social que a humanidade conhece, e verifica na história um aumento da complexidade do conceito de liberdade para sua aplicação prática, em decorrência do imbricamento do que seja liberdade com as condições de liberdade e pelo aumento das dimensões daquilo que hoje se poderia considerar um mínimo necessário para a constatação do que é ser livre. Constata que os limites para o exercício da liberdade não são tão extensos como se pensava o que abre espaço para a especulação de um novo conceito moral monista.
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Por uma ética para o 121o. dia : leituras em Pier Paolo Pasolini, Giorgio Agamben e Georges Didi-Huberman / Towards an ethic for the 121st day : readings in Pier Paolo Pasolini, Giorgio Agamben e Georges Didi-HubermanCorilow, Priscila Malfatti Vieira, 1983- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Maria Betânia Amoroso / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-27T01:28:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: O centro desse trabalho é um percurso crítico através de algumas das obras de Pier Paolo Pasolini, em especial, as compreendidas entre a segunda metade da década de 1960 e a primeira metade da de 1970. Foram lidos atentamente: a sequência da flor de papel, quatro poemas que integram a coletânea Trasumanar e Organizzar, o roteiro não filmado Porno-Teo-Kolossal, os escritos intitulados Divina mimesis, alguns artigos da coluna mantida no periódico Tempo, intitulada Il caos, assim como vários dos ensaios de Scritti Corsari, o romance Petrolio e os filmes Medea e Salò o le 120 giorni di Sodoma. Dialogando com a percepção de Georges Didi-Huberman em Survivance des lucioles, de que há certa relação de continuidade entre a obra de Pier Paolo Pasolini e a de Giorgio Agamben, procuro também dar corpo ao meu entendimento de que há uma confluência entre o pensamento de ambos, através do cruzamento das leituras dos escritos de Pasolini com algumas das obras de Agamben, em especial La comunità che viene e Altissima povertà e Signatura rerum. As linhas principais que norteiam esse percurso ¿ que ocorre em diálogo com algumas das leituras de Georges Didi-Huberman sobre o cinema e os escritos de Pasolini ¿ são certa percepção não linear do tempo, presente tanto no pensamento de Pasolini quanto no de Agamben e certo "caráter apocalíptico" do pensamento de ambos, apontado por Didi-Huberman. Estabelece-se como importante elemento nessa pesquisa o diálogo entre Elsa Morante e Pasolini, ao redor de Il mondo salvato dai ragazzini, livro de poemas de Morante considerado pelo escritor como um "manifesto político". Esse diálogo nos oferece elementos singulares para essa iniciativa interpretativa / Abstract: This work is based on a critical effort of understanding, it was done through some Pier Paolo Pasolini`s peace of artistic work, especially that one comprehended between the second decade of 1960 and the first decade of the 70¿s. I have not had the pretense of doing an exhaustive analysis of none of them, however they were read carefully: La sequenza del fiore di carta, four poems, which composes a collectanea Trasumanar e Organizzar, the non-filmed script of Porno-Teo-Kolossal, the writings entitled Divina mimesis, some articles of Il Caos column, that was maintained in the periodical Tempo, some of Scritti Corsari, the romance Petrolio and also the movies Medea and Salò, 120 giorni di Sodoma. In dialog with the perception of continuity between Pier Paolo Pasolini¿s work and Giorgio Agamben¿s work, which was sustained by Georgs Didi Huberman in Survivance des lucioles, I look for supporting my comprehension, that there is a confluence between them both work. It was done by crossing my readings with the writings of Pasolini and Agamben, particularly in La comunità che viene, Altissima povertà and Signatura rerum. The line that guide me ¿ which occurs in dialogue with some headings of Didi Huberman about cinema and Pasolini's writings ¿ are the non linear perception of time, that characterizes Agamben's "apocalyptic character" and can be found in the thoughts of both, as Didi Huberman has pointed. An element that has established its importance for this research is the dialog between Elsa Morante and Pasolini, it was considered by him as the "political manifest" of the writer in Il mondo salvato dai ragazzini, that offered us singular elements for this interpretative initiative / Doutorado / Teoria e Critica Literaria / Doutora em Teoria e História Literária
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Duas poéticas da leitura : radição e invenção de precursores nos projetos literários de Jorge Luis Borges e Haroldo de Campos /Rivera, Jorgelina. January 2015 (has links)
Orientador: Diana Junkes Bueno Martha / Banca: Maria Celeste Tommasello Ramos / Banca: Antonio Roberto Esteves / Resumo: Neste trabalho de pesquisa, o objetivo é analisar e comparar aspectos dos projetos literários de Jorge Luis Borges e Haroldo de Campos, dando ênfase ao modo pelo qual os dois escritores se relacionam com a tradição literária para construir em suas obras uma releitura do cânone a partir de um movimento que Borges enunciou no conhecido texto "Kafka y sus precursores" e Haroldo de Campos denominou Poética Sincrônica. Assim, o trabalho atrelará, centralmente, o desenvolvimento do projeto literário de ambos em relação ao seu paideuma, procurando apontar como cada um percebe a importância da tradição estabelecendo relações entre o aspecto local das culturas nas quais estão inseridos e o universal. Para realizar este estudo, utilizaremos, como base, alguns caminhos teóricos, colocando-os em diálogo: em primeiro lugar, um estudo de cunho histórico-crítico para contextualizar as obras do escritor argentino e brasileiro, apontando, a partir desse estudo histórico, as relações entre literatura, cultura e sociedade que suas obras deixam entrever. Em seguida, será feito um estudo de alguns textos críticos desses autores, para esclarecermos de que modo percebem a relação com a tradição. Para isso será necessário contar o suporte de referências da teoria da literatura, sobretudo aqueles voltados para a compreensão da relação do escritor moderno e contemporâneo com a tradição, tais como Harold Bloom (A angústia da influência); Leyla Perrone-Moisés (Altas Literaturas); Ezra Pound (ABC da Literatura); T.S. Eliot (Tradição e Talento Individual); Ítalo Calvino (Por que Ler os clássicos) e Octavio Paz (Os Filhos do Barro). Em um primeiro momento, descreveremos a poética de leitura borgiana e haroldiana. Depois, executaremos uma comparação entre ambas poéticas a partir da leitura que ambos os autores fazem do escritor Dante Alighieri e de sua obra A Divina Comédia, com o intuito de ilustrar, em linhas gerais... / Abstract: En este trabajo de investigación, el objetivo es analizar y comparar aspectos de los proyectos literarios de Jorge Luis Borges y Haroldo de Campos, dando énfasis al modo por el cual los dos escritores se relacionan con la tradición literaria para construir en sus obras una relectura del canon a partir de un movimiento que Borges enunció en el conocido texto "Kafka y sus precursores" y Haroldo de Campos denominó Poética Sincrónica. Así, el trabajo destacará, centralmente, el desarrollo del proyecto literario de ambos en relación a su paideuma, buscando apuntar cómo cada uno percibe la importancia de la tradición estableciendo relaciones entre el aspecto local de las culturas en las cuales están insertos y lo universal. Para realizar este estudio, utilizaremos, como base, algunos caminos teóricos, colocándolos en diálogo: en primer lugar, un estudio de cuño histórico-crítico para contextualizar las obras del escritor argentino y brasilero, apuntando, a partir de ese estudio histórico, las relaciones entre literatura, cultura y sociedad que sus obras dejan vislumbrar. En seguida, será hecho un estudio de algunos textos críticos de los autores, para que podamos esclarecer de qué modo perciben la relación con la tradición. Para eso será necesario contar con el soporte de referencias de la teoría de la literatura, principalmente aquellos dirigidos para la comprensión de la relación del escritor moderno y contemporáneo con la tradición, tales como Harold Bloom (La angustia de la influencia); Leyla Perrone-Moisés (Altas Literaturas); Ezra Pound (ABC de la Literatura) y Octavio Paz (Los hijos del limo). En un primer momento, describiremos la poética de lectura borgeana y haroldiana. Después, ejecutaremos una comparación entre ambas poéticas a partir de la lectura que ambos autores hacen del escritor Dante Alighieri y su obra La Divina Comedia, con el interés de ilustrar, en líneas generales, la discusión... / Mestre
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O Mandarim (Eça de Queiroz): a sociedade portuguesa do século XIX à luz da sátira menipéiaGamba, Ana Paula Foloni [UNESP] 18 March 2005 (has links) (PDF)
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gamba_apf_me_assis.pdf: 272633 bytes, checksum: 9239c5a67632052fcfeeb69ae75ae836 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / A presente dissertação apresenta uma abordagem de O Mandarim, de Eça de Queiroz, à luz da sátira menipéia. A escolha deste corpus deve-se, sobretudo, ao caráter fantasista e cômico deste texto, características que levaram muitos críticos e estudiosos da literatura de Eça a argumentarem ser O Mandarim, escrito e publicado em 1880, uma simples obra de fantasia, na qual faltariam os componentes da crítica social mordaz do escritor português, considerando-a, por isso, uma obra menor e, aparentemente, pouco crítica quando comparada às demais obras da fase predominantemente realista-naturalista de Eça de Queiroz.. Assim posto, esta dissertação de mestrado apresenta uma abordagem da obra O Mandarim à luz da sátira menipéia com base nos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin acerca desta sátira. Verifica, também, como, por meio da fantasia e do elemento cômico presentes na sátira menipéia, Eça consegue fazer uma análise crítica da sociedade lisboeta do século XIX português, apontando uma crítica impiedosa e mordaz ao comportamento humano, na medida em que aponta mazelas como a ambição, a ganância, a cobiça, a hipocrisia, a corrupção e o adultério e alcança o mesmo efeito crítico corrosivo de suas obras consideradas realistas/naturalistas. / This master's dissertation presents an approach to The Mandarim, by Eça de Queiroz, through the point of view of the menippean satire. The choice of this corpus is due to the fancy and comic characteristics of this text that led many criticals of Eça de Queiroz novels to believe that The Mandarim, written and published in 1880, would be simply a book of fancy in which the sharp social criticism of the Portuguese writer is missing, considering it, because of this, a minor text, and apparently, less critical than the other ones of his predominantly realistic-naturalistic phase. So, this master's dissertation presents an approach of the text The Mandarim through the point of view of the menippean satire, based on the thesis of Mikhail Bakhtin about it. We also verify how, by fancy and comic element, present in menippean satire, Eça makes a critical analysis of the Lisbon society of 19th Portuguese century, pointing out an impious and mordacious criticism to the human behavior, showing moral diseases such as ambition, greed, covetousness, hypocrisy, corruption and adultery, and, this way, he gets the same sharp critical effects of his realistic/naturalistic novels.
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A narrativa mitológica de Joseph Campbell no filme Blade RunnerRibeiro, Isaías January 2004 (has links)
Esta pesquisa busca determinar se a película cinematográfica Blade Runner pode ser entendida como mito segundo a concepção de Joseph Campbell, bem como procura desvendar qual o significado do filme enquanto mito. Para o primeiro tópico, foi usado o método de análise textual, amparado no paradigma indiciário. Para o segundo tópico, foi feita uma comparação do Teste de Turing e do programa de conversação ELIZA, de Joseph Weizenbaum com Blade Runner. Nossa conclusão final remete à idéia da máquina como espelho simbólico do ser humano.
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