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Amnésia pós-traumática: fatores relacionados e qualidade de vida pós-trauma / Post-traumatic amnesia: points related and post- traumatic quality of life

Silva, Silvia Cristina Fürbringer e 26 February 2008 (has links)
O trauma crânio-encefálico contuso (TCEC) é freqüentemente seguido por um período de amnésia pós-traumática (APT), importante indicador da gravidade desse tipo de trauma e subsídio nas decisões sobre a reabilitação dessas vítimas. Considerando as diversas dificuldades que têm sido apontadas na literatura para estabelecer a duração da APT e algumas lacunas no conhecimento dessa síndrome, este estudo teve como objetivos: identificar os fatores relacionados à APT de longa duração (> 24 horas) entre as características apresentadas pelas vítimas de TCEC na fase aguda do trauma, comparar a qualidade de vida das vítimas que apresentaram APT de longa duração, com as demais e analisar a relação entre qualidade de vida e duração da APT, computando ou não o período de coma. Foi realizado um estudo prospectivo longitudinal, com abordagem quantitativa, descritiva correlacional, utilizando dados tanto da fase aguda de tratamento (internação hospitalar pós-trauma), como também da avaliação de qualidade de vida realizada entre três e seis meses após o evento traumático. Foram alvo desta investigação 187 vítimas de TCEC, com idade superior a 14 anos, sem diagnóstico anterior de demência ou TCEC, atendidas em Pronto-Socorro de hospital de referência para atendimento de trauma na cidade de São Paulo, nas primeiras 12 horas após evento traumático e internadas nesse hospital entre dezembro de 2006 e outubro de 2007. As variáveis independentes analisadas para identificar fatores associados a longo tempo de APT foram idade, sexo, gravidade do trauma crânio-encefálico, local e tipo de lesão, número de lesões encefálicas diagnosticadas e uso de medicação com atividade em sistema nervoso central ou corticóides. A maioria da casuística era sexo masculino (86,2%), vítimas de acidentes de trânsito (58,3%), com indicação de TCEC leve pela ECGl (61,5%). A média da idade foi 38 anos (± 16,81), da duração de APT foi 7,8 dias (±12,2), incluindo o tempo de coma e 5,0 dias (±6,7), sem incluir esse período. Os fatores associados a APT de longa duração, identificados em modelo de regressão logística ajustado pela variável área de lesão (intra/extra axial), foram: ECGl inicial <= 12 (OR= 20,17) MAIS/cabeça >=3 (OR= 2,80) e uso de Fenitína (OR= 2,60), Midazolan (OR=2,83) ou ambas as drogas (OR= 3,83). Quando comparada à qualidade de vida entre as vítimas que apresentaram APT de longa e curta duração, observou-se diferença significativa entre os grupos nos domínios Capacidade Funcional, Limitação para Atividades Físicas e Atividade Social da SF-36 Health Survey (SF-36). O grupo com APT de longa duração apresentou resultados mais desfavoráveis do que o de curta nesses três domínios. As análises de correlação entre domínios da SF-36 e duração da APT considerando ou não o tempo de coma indicaram que a medida do tempo de APT deve excluir o período coma, tendo em vista que as correlações foram mais expressivas quando essa forma de medida da APT foi utilizada / The closed traumatic brain injury (CTBI) is usually followed by a post-traumatic amnesia (PTA) period, important indicative of gravity to this kind of trauma and used to decisions for rehabilitation of the victims. Considering difficulties to establish the permanence of PTA in the available literature, as well as lack of knowledge of this Sindrome, this study had as main objectives: identify main points related to PTA of long term (> 24 hours) for CTBI victims during the hard period of trauma, compare victims\' quality of life for those who presented long term with those who doesn´t, and analysis the relationship between quality of life and PTA period, being the patients or not, in coma period. This is a quantitative study that was made using prospective, longitudinal and correlational approach, using data from both main intense phase of the treatment (pos trauma hospitalization) and quality of life valuation considered 3 to 6 months after the traumatic event. It was aim of this research 187 CTBI victims, with their age superior of 14 years old, with no demency diagnosis before the event or TBI, all attended by the emergency of a Refence hospital for trauma patients in São Paulo city, in their first 12 hours after the trauma and interned in this same hospital in the period of December 2006 and October 2007. The independent variables analysed to identify association points for the long term PTA was age, sex, brain encephalic trauma gravity, local and lesion kind, number of encephalic lesion diangosticated and medicament with action in the central neurologic system used or corticoids. The main patients were male (86.2%), victims from traffic accidents (58.3%), with indication of mild CTBI by GCS (61.5%). Age media of 38 years old (± 16.81), PTA period was 7.8 days (±12.2), including coma period and 5.0 days (±6.7), without including this period. Points associated with long term PTA, identified by logistic regression model adjusted by the variable of the lesion area (intra/extra axial), was: GCS initial <= 12 (OR= 20.17) AIS/head >=3 (OR= 2.80) and use of Fenitoin (OR= 2.60), Midazolan (OR=2.83) or both drugs (OR= 3.83). When compared to quality of life of the victims that presented PTA long and short term, it is seen significant difference in the groups observing domain, functional capacity, limitation for physical and social activities from the SF-36 Health Survey (SF-36). The group with long term PTA has presented worst results than the short term in these three domains. The related analysis made between domain of SF-36 and PTA time (duration) considering or not coma period of time has indicated that the measure of time from PTA must exclude coma period, as well as the studies and correlations were much more expressive when this measure of PTA was used
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Alterações cognitivas e de qualidade de vida após cranioplastia para reconstrução de craniectomia descompressiva

Worm, Paulo Valdeci January 2015 (has links)
Introdução: Defeitos no crânio e anormalidades ósseas craniofaciais que requerem reconstrução são comuns em uma ampla variedade de procedimentos neurocirúrgicos. Os estudos nessa área têm sido centrados nas complicações e no desenvolvimento de novos materiais e muito pouco no impacto social, na qualidade de vida e na reinserção no mercado de trabalho dos pacientes com falha craniana. Do ponto de vista do paciente, a principal razão para reparação desses defeitos pode ser estética. Os defeitos cranianos são desfigurantes. Os pacientes apresentam dificuldades de adaptação social, isolamento, vergonha, já que são considerados portadores de doenças neurológicas e intelectualmente deficientes, para o grande público. Além disso, o osso craniano fornece importante estrutura de apoio e proteção, restaurando a normalidade da dinâmica do fluxo liquórico, corrigindo os efeitos da pressão atmosférica e melhorando a perfusão e o fluxo sanguíneo cerebral. Objetivos: Avaliar cognição, às atividades da vida diária, a qualidade de vida, os índices de ansiedade e depressão, o retorno ao trabalho, a satisfação com o procedimento e as complicações cirúrgicas após correção de defeitos no crânio. Material e Métodos: Conduziu-se um estudo primário, analítico, intervencional, clinico, longitudinal e prospectivo com 62 pacientes portadores de falhas cranianas que reconstruidas com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos e osso autólogo. Avaliou-se com essa cranioplastia tardia, nos tempos pré-operatório, 3, 6, 12 e 24 meses, a melhora cognitiva através do Miniexame do Estado Mental, a evolução motora e das atividades da vida diária pelas escalas de Barthel e Rankin, a qualidade de vida relacionada à saúde pelo SF-36; os índices de ansiedade e depressão pela escala HAD; o retorno às atividades laborais, a satisfação com o procedimento e suas complicações. Resultados: A amostra estudada mostrou uma média de idade de 40 anos, predomínio do sexo masculino (77%), raça branca e mais de 5 anos de escolaridade (85%). A causa da craniectomia descompressiva foi predominante por acidentes (58%) e agressões (22,6%); 6 pacientes sofreram AVC (9,6%). A média do escores de Glasgow da admissão foi 9 ± 3. A craniectomia descompressiva foi realizada no lado direito em 47% dos pacientes e em 39% no lado esquerdo do crânio. Politrauma ocorreu em 16 % dos pacientes. O tamanho médio da falha craniana foi de 127,5 ± 34,1 cm2. Apresentavam falha considerada moderada e grande 91% dos pacientes. A média em meses do trauma até a realização da cranioplastia foi de 25 ± 15 meses. Houve melhora da cognição ao final de 12 meses (p=0,002); 57% dos pacientes melhoraram pelo menos 5 pontos nas escalas das atividades da vida diária. Todos os parâmetros da qualidade de vida melhoraram (p<0,001). A melhora no estado geral de saúde tornou-se significativa já no terceiro mês de pós-operatório; os aspectos sociais e a vitalidade tornaram-se significativos aos 6 meses; os demais parâmetros aos 12 meses e mantiveram-se aos 24 meses. A pontuação para depressão foi reduzida já no terceiro mês de pós-operatório, reduziu ainda mais aos 12 meses e se manteve aos 24 meses, (p<0,001). A ansiedade reduziu aos 12 meses de pós-operatório, mantendo-se assim aos 24 meses, (p<0,001). Cinquenta e três por cento dos pacientes exerciam alguma atividade laboral aos 12 meses após a cranioplastia; 92% estavam satisfeitos com o procedimento e os índices de infecção foram de 3,2%. Conclusão: Nesta amostra observamos melhora na cognição, na qualidade de vida, nos sintomas ansiosos e depressivos e reintrodução dos pacientes no mercado de trabalho. A reconstrução com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos mostrou-se segura e eficaz com baixos índices de complicações infecciosas. / Introduction: Skull defects and craniofacial bone abnormalities that require bone reconstruction are common in a wide range of neurosurgical procedures. The studies on the subject have been much more focused on the complications and development of new materials rather than on the social impact, the quality of life and re-entrance into the labor market by patients with skull defects. From the patients’ point of view, the main reason for the repair of these defects may be cosmetic, because skull defects are disfiguring. The patients present difficulties for social adaptation, isolation, embarrassment, and are considered by the general public as having neurologically diseases and intellectual impairments. But, in addition, the cranial bone provides an important structure for support and protection, restoring the normality of the cerebrospinal fluid flow, correcting the effects of atmospheric pressure and improving perfusion and cerebral blood flow. Objectives: To evaluate cognitive response, response to daily routine activities, quality of life, rates of anxiety and depression, return to work, satisfaction with the procedure and surgical complications after correction of skull defects. Materials and Methods: We performed a primary, analytical, interventional, clinical, longitudinal, prospective, noncontrolled study with 62 patients with skull defects, performing a late reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA and autologous bone. We evaluated the cognitive improvement through the mental state mini-exam; development of motor skills and daily life activities though Barthel and Rankin scale; health-related quality of life through SF-36; anxiety and depression indexes through the HAD scale; return to work activities; satisfaction with the procedure and its complications in the preoperative period, 3, 6, 12, and 24 months postoperatively. Results: The sample presented an average age of 40 years, most of them male (77%), white and with more than 5 years of education (85%). The cause of decompressive craniectomy (DC) was mostly accidents (58%) and aggressions (22.6%); 6 patients suffered a stroke (9.6%). The average Glasgow at admission was low, 9 ± 3. The DC was performed on the right side in 47% of patients and 39% on the left side of the skull. Multiple trauma occurred in 16% of patients. The average size of the skull defect was 127.5 ± 34.1 cm2. 91% of the patients presented moderate or large defect. The average time between the trauma and cranioplasty was 25 ± 15 months. There was an improvement in cognition after 12 months (p=0.002); 57% of patients improved at least 5 points on the daily life activities scales. All life quality parameters improved (p<0.001). An improvement in general health state became significant by the third month after surgery; in the social aspects and vitality became significant at 6 months; in the other parameters became significant at 12 months and stayed significant at 24 months. The scores for depression were reduced on the third month after surgery, further reduced at 12 months and remained still at 24 months, p<(0.001). Anxiety was reduced at 12 months after surgery, staying still at 24 months (p<0.001). 53% percent of patients performed some sort of work activity at 12 months after cranioplasty; 92% were satisfied with the procedure and infection rates were 3.2%. Conclusion: Cranioplasty improves cognition, quality of life, symptoms of anxiety and depression and reintroduces patients to the labor market. The reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA proved safe and effective with low rates of infectious complications.
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Alterações cognitivas e de qualidade de vida após cranioplastia para reconstrução de craniectomia descompressiva

Worm, Paulo Valdeci January 2015 (has links)
Introdução: Defeitos no crânio e anormalidades ósseas craniofaciais que requerem reconstrução são comuns em uma ampla variedade de procedimentos neurocirúrgicos. Os estudos nessa área têm sido centrados nas complicações e no desenvolvimento de novos materiais e muito pouco no impacto social, na qualidade de vida e na reinserção no mercado de trabalho dos pacientes com falha craniana. Do ponto de vista do paciente, a principal razão para reparação desses defeitos pode ser estética. Os defeitos cranianos são desfigurantes. Os pacientes apresentam dificuldades de adaptação social, isolamento, vergonha, já que são considerados portadores de doenças neurológicas e intelectualmente deficientes, para o grande público. Além disso, o osso craniano fornece importante estrutura de apoio e proteção, restaurando a normalidade da dinâmica do fluxo liquórico, corrigindo os efeitos da pressão atmosférica e melhorando a perfusão e o fluxo sanguíneo cerebral. Objetivos: Avaliar cognição, às atividades da vida diária, a qualidade de vida, os índices de ansiedade e depressão, o retorno ao trabalho, a satisfação com o procedimento e as complicações cirúrgicas após correção de defeitos no crânio. Material e Métodos: Conduziu-se um estudo primário, analítico, intervencional, clinico, longitudinal e prospectivo com 62 pacientes portadores de falhas cranianas que reconstruidas com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos e osso autólogo. Avaliou-se com essa cranioplastia tardia, nos tempos pré-operatório, 3, 6, 12 e 24 meses, a melhora cognitiva através do Miniexame do Estado Mental, a evolução motora e das atividades da vida diária pelas escalas de Barthel e Rankin, a qualidade de vida relacionada à saúde pelo SF-36; os índices de ansiedade e depressão pela escala HAD; o retorno às atividades laborais, a satisfação com o procedimento e suas complicações. Resultados: A amostra estudada mostrou uma média de idade de 40 anos, predomínio do sexo masculino (77%), raça branca e mais de 5 anos de escolaridade (85%). A causa da craniectomia descompressiva foi predominante por acidentes (58%) e agressões (22,6%); 6 pacientes sofreram AVC (9,6%). A média do escores de Glasgow da admissão foi 9 ± 3. A craniectomia descompressiva foi realizada no lado direito em 47% dos pacientes e em 39% no lado esquerdo do crânio. Politrauma ocorreu em 16 % dos pacientes. O tamanho médio da falha craniana foi de 127,5 ± 34,1 cm2. Apresentavam falha considerada moderada e grande 91% dos pacientes. A média em meses do trauma até a realização da cranioplastia foi de 25 ± 15 meses. Houve melhora da cognição ao final de 12 meses (p=0,002); 57% dos pacientes melhoraram pelo menos 5 pontos nas escalas das atividades da vida diária. Todos os parâmetros da qualidade de vida melhoraram (p<0,001). A melhora no estado geral de saúde tornou-se significativa já no terceiro mês de pós-operatório; os aspectos sociais e a vitalidade tornaram-se significativos aos 6 meses; os demais parâmetros aos 12 meses e mantiveram-se aos 24 meses. A pontuação para depressão foi reduzida já no terceiro mês de pós-operatório, reduziu ainda mais aos 12 meses e se manteve aos 24 meses, (p<0,001). A ansiedade reduziu aos 12 meses de pós-operatório, mantendo-se assim aos 24 meses, (p<0,001). Cinquenta e três por cento dos pacientes exerciam alguma atividade laboral aos 12 meses após a cranioplastia; 92% estavam satisfeitos com o procedimento e os índices de infecção foram de 3,2%. Conclusão: Nesta amostra observamos melhora na cognição, na qualidade de vida, nos sintomas ansiosos e depressivos e reintrodução dos pacientes no mercado de trabalho. A reconstrução com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos mostrou-se segura e eficaz com baixos índices de complicações infecciosas. / Introduction: Skull defects and craniofacial bone abnormalities that require bone reconstruction are common in a wide range of neurosurgical procedures. The studies on the subject have been much more focused on the complications and development of new materials rather than on the social impact, the quality of life and re-entrance into the labor market by patients with skull defects. From the patients’ point of view, the main reason for the repair of these defects may be cosmetic, because skull defects are disfiguring. The patients present difficulties for social adaptation, isolation, embarrassment, and are considered by the general public as having neurologically diseases and intellectual impairments. But, in addition, the cranial bone provides an important structure for support and protection, restoring the normality of the cerebrospinal fluid flow, correcting the effects of atmospheric pressure and improving perfusion and cerebral blood flow. Objectives: To evaluate cognitive response, response to daily routine activities, quality of life, rates of anxiety and depression, return to work, satisfaction with the procedure and surgical complications after correction of skull defects. Materials and Methods: We performed a primary, analytical, interventional, clinical, longitudinal, prospective, noncontrolled study with 62 patients with skull defects, performing a late reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA and autologous bone. We evaluated the cognitive improvement through the mental state mini-exam; development of motor skills and daily life activities though Barthel and Rankin scale; health-related quality of life through SF-36; anxiety and depression indexes through the HAD scale; return to work activities; satisfaction with the procedure and its complications in the preoperative period, 3, 6, 12, and 24 months postoperatively. Results: The sample presented an average age of 40 years, most of them male (77%), white and with more than 5 years of education (85%). The cause of decompressive craniectomy (DC) was mostly accidents (58%) and aggressions (22.6%); 6 patients suffered a stroke (9.6%). The average Glasgow at admission was low, 9 ± 3. The DC was performed on the right side in 47% of patients and 39% on the left side of the skull. Multiple trauma occurred in 16% of patients. The average size of the skull defect was 127.5 ± 34.1 cm2. 91% of the patients presented moderate or large defect. The average time between the trauma and cranioplasty was 25 ± 15 months. There was an improvement in cognition after 12 months (p=0.002); 57% of patients improved at least 5 points on the daily life activities scales. All life quality parameters improved (p<0.001). An improvement in general health state became significant by the third month after surgery; in the social aspects and vitality became significant at 6 months; in the other parameters became significant at 12 months and stayed significant at 24 months. The scores for depression were reduced on the third month after surgery, further reduced at 12 months and remained still at 24 months, p<(0.001). Anxiety was reduced at 12 months after surgery, staying still at 24 months (p<0.001). 53% percent of patients performed some sort of work activity at 12 months after cranioplasty; 92% were satisfied with the procedure and infection rates were 3.2%. Conclusion: Cranioplasty improves cognition, quality of life, symptoms of anxiety and depression and reintroduces patients to the labor market. The reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA proved safe and effective with low rates of infectious complications.
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Amnésia pós-traumática: fatores relacionados e qualidade de vida pós-trauma / Post-traumatic amnesia: points related and post- traumatic quality of life

Silvia Cristina Fürbringer e Silva 26 February 2008 (has links)
O trauma crânio-encefálico contuso (TCEC) é freqüentemente seguido por um período de amnésia pós-traumática (APT), importante indicador da gravidade desse tipo de trauma e subsídio nas decisões sobre a reabilitação dessas vítimas. Considerando as diversas dificuldades que têm sido apontadas na literatura para estabelecer a duração da APT e algumas lacunas no conhecimento dessa síndrome, este estudo teve como objetivos: identificar os fatores relacionados à APT de longa duração (> 24 horas) entre as características apresentadas pelas vítimas de TCEC na fase aguda do trauma, comparar a qualidade de vida das vítimas que apresentaram APT de longa duração, com as demais e analisar a relação entre qualidade de vida e duração da APT, computando ou não o período de coma. Foi realizado um estudo prospectivo longitudinal, com abordagem quantitativa, descritiva correlacional, utilizando dados tanto da fase aguda de tratamento (internação hospitalar pós-trauma), como também da avaliação de qualidade de vida realizada entre três e seis meses após o evento traumático. Foram alvo desta investigação 187 vítimas de TCEC, com idade superior a 14 anos, sem diagnóstico anterior de demência ou TCEC, atendidas em Pronto-Socorro de hospital de referência para atendimento de trauma na cidade de São Paulo, nas primeiras 12 horas após evento traumático e internadas nesse hospital entre dezembro de 2006 e outubro de 2007. As variáveis independentes analisadas para identificar fatores associados a longo tempo de APT foram idade, sexo, gravidade do trauma crânio-encefálico, local e tipo de lesão, número de lesões encefálicas diagnosticadas e uso de medicação com atividade em sistema nervoso central ou corticóides. A maioria da casuística era sexo masculino (86,2%), vítimas de acidentes de trânsito (58,3%), com indicação de TCEC leve pela ECGl (61,5%). A média da idade foi 38 anos (± 16,81), da duração de APT foi 7,8 dias (±12,2), incluindo o tempo de coma e 5,0 dias (±6,7), sem incluir esse período. Os fatores associados a APT de longa duração, identificados em modelo de regressão logística ajustado pela variável área de lesão (intra/extra axial), foram: ECGl inicial <= 12 (OR= 20,17) MAIS/cabeça >=3 (OR= 2,80) e uso de Fenitína (OR= 2,60), Midazolan (OR=2,83) ou ambas as drogas (OR= 3,83). Quando comparada à qualidade de vida entre as vítimas que apresentaram APT de longa e curta duração, observou-se diferença significativa entre os grupos nos domínios Capacidade Funcional, Limitação para Atividades Físicas e Atividade Social da SF-36 Health Survey (SF-36). O grupo com APT de longa duração apresentou resultados mais desfavoráveis do que o de curta nesses três domínios. As análises de correlação entre domínios da SF-36 e duração da APT considerando ou não o tempo de coma indicaram que a medida do tempo de APT deve excluir o período coma, tendo em vista que as correlações foram mais expressivas quando essa forma de medida da APT foi utilizada / The closed traumatic brain injury (CTBI) is usually followed by a post-traumatic amnesia (PTA) period, important indicative of gravity to this kind of trauma and used to decisions for rehabilitation of the victims. Considering difficulties to establish the permanence of PTA in the available literature, as well as lack of knowledge of this Sindrome, this study had as main objectives: identify main points related to PTA of long term (> 24 hours) for CTBI victims during the hard period of trauma, compare victims\' quality of life for those who presented long term with those who doesn´t, and analysis the relationship between quality of life and PTA period, being the patients or not, in coma period. This is a quantitative study that was made using prospective, longitudinal and correlational approach, using data from both main intense phase of the treatment (pos trauma hospitalization) and quality of life valuation considered 3 to 6 months after the traumatic event. It was aim of this research 187 CTBI victims, with their age superior of 14 years old, with no demency diagnosis before the event or TBI, all attended by the emergency of a Refence hospital for trauma patients in São Paulo city, in their first 12 hours after the trauma and interned in this same hospital in the period of December 2006 and October 2007. The independent variables analysed to identify association points for the long term PTA was age, sex, brain encephalic trauma gravity, local and lesion kind, number of encephalic lesion diangosticated and medicament with action in the central neurologic system used or corticoids. The main patients were male (86.2%), victims from traffic accidents (58.3%), with indication of mild CTBI by GCS (61.5%). Age media of 38 years old (± 16.81), PTA period was 7.8 days (±12.2), including coma period and 5.0 days (±6.7), without including this period. Points associated with long term PTA, identified by logistic regression model adjusted by the variable of the lesion area (intra/extra axial), was: GCS initial <= 12 (OR= 20.17) AIS/head >=3 (OR= 2.80) and use of Fenitoin (OR= 2.60), Midazolan (OR=2.83) or both drugs (OR= 3.83). When compared to quality of life of the victims that presented PTA long and short term, it is seen significant difference in the groups observing domain, functional capacity, limitation for physical and social activities from the SF-36 Health Survey (SF-36). The group with long term PTA has presented worst results than the short term in these three domains. The related analysis made between domain of SF-36 and PTA time (duration) considering or not coma period of time has indicated that the measure of time from PTA must exclude coma period, as well as the studies and correlations were much more expressive when this measure of PTA was used
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Alterações cognitivas e de qualidade de vida após cranioplastia para reconstrução de craniectomia descompressiva

Worm, Paulo Valdeci January 2015 (has links)
Introdução: Defeitos no crânio e anormalidades ósseas craniofaciais que requerem reconstrução são comuns em uma ampla variedade de procedimentos neurocirúrgicos. Os estudos nessa área têm sido centrados nas complicações e no desenvolvimento de novos materiais e muito pouco no impacto social, na qualidade de vida e na reinserção no mercado de trabalho dos pacientes com falha craniana. Do ponto de vista do paciente, a principal razão para reparação desses defeitos pode ser estética. Os defeitos cranianos são desfigurantes. Os pacientes apresentam dificuldades de adaptação social, isolamento, vergonha, já que são considerados portadores de doenças neurológicas e intelectualmente deficientes, para o grande público. Além disso, o osso craniano fornece importante estrutura de apoio e proteção, restaurando a normalidade da dinâmica do fluxo liquórico, corrigindo os efeitos da pressão atmosférica e melhorando a perfusão e o fluxo sanguíneo cerebral. Objetivos: Avaliar cognição, às atividades da vida diária, a qualidade de vida, os índices de ansiedade e depressão, o retorno ao trabalho, a satisfação com o procedimento e as complicações cirúrgicas após correção de defeitos no crânio. Material e Métodos: Conduziu-se um estudo primário, analítico, intervencional, clinico, longitudinal e prospectivo com 62 pacientes portadores de falhas cranianas que reconstruidas com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos e osso autólogo. Avaliou-se com essa cranioplastia tardia, nos tempos pré-operatório, 3, 6, 12 e 24 meses, a melhora cognitiva através do Miniexame do Estado Mental, a evolução motora e das atividades da vida diária pelas escalas de Barthel e Rankin, a qualidade de vida relacionada à saúde pelo SF-36; os índices de ansiedade e depressão pela escala HAD; o retorno às atividades laborais, a satisfação com o procedimento e suas complicações. Resultados: A amostra estudada mostrou uma média de idade de 40 anos, predomínio do sexo masculino (77%), raça branca e mais de 5 anos de escolaridade (85%). A causa da craniectomia descompressiva foi predominante por acidentes (58%) e agressões (22,6%); 6 pacientes sofreram AVC (9,6%). A média do escores de Glasgow da admissão foi 9 ± 3. A craniectomia descompressiva foi realizada no lado direito em 47% dos pacientes e em 39% no lado esquerdo do crânio. Politrauma ocorreu em 16 % dos pacientes. O tamanho médio da falha craniana foi de 127,5 ± 34,1 cm2. Apresentavam falha considerada moderada e grande 91% dos pacientes. A média em meses do trauma até a realização da cranioplastia foi de 25 ± 15 meses. Houve melhora da cognição ao final de 12 meses (p=0,002); 57% dos pacientes melhoraram pelo menos 5 pontos nas escalas das atividades da vida diária. Todos os parâmetros da qualidade de vida melhoraram (p<0,001). A melhora no estado geral de saúde tornou-se significativa já no terceiro mês de pós-operatório; os aspectos sociais e a vitalidade tornaram-se significativos aos 6 meses; os demais parâmetros aos 12 meses e mantiveram-se aos 24 meses. A pontuação para depressão foi reduzida já no terceiro mês de pós-operatório, reduziu ainda mais aos 12 meses e se manteve aos 24 meses, (p<0,001). A ansiedade reduziu aos 12 meses de pós-operatório, mantendo-se assim aos 24 meses, (p<0,001). Cinquenta e três por cento dos pacientes exerciam alguma atividade laboral aos 12 meses após a cranioplastia; 92% estavam satisfeitos com o procedimento e os índices de infecção foram de 3,2%. Conclusão: Nesta amostra observamos melhora na cognição, na qualidade de vida, nos sintomas ansiosos e depressivos e reintrodução dos pacientes no mercado de trabalho. A reconstrução com polimetilmetacrilato impregnado com antibióticos mostrou-se segura e eficaz com baixos índices de complicações infecciosas. / Introduction: Skull defects and craniofacial bone abnormalities that require bone reconstruction are common in a wide range of neurosurgical procedures. The studies on the subject have been much more focused on the complications and development of new materials rather than on the social impact, the quality of life and re-entrance into the labor market by patients with skull defects. From the patients’ point of view, the main reason for the repair of these defects may be cosmetic, because skull defects are disfiguring. The patients present difficulties for social adaptation, isolation, embarrassment, and are considered by the general public as having neurologically diseases and intellectual impairments. But, in addition, the cranial bone provides an important structure for support and protection, restoring the normality of the cerebrospinal fluid flow, correcting the effects of atmospheric pressure and improving perfusion and cerebral blood flow. Objectives: To evaluate cognitive response, response to daily routine activities, quality of life, rates of anxiety and depression, return to work, satisfaction with the procedure and surgical complications after correction of skull defects. Materials and Methods: We performed a primary, analytical, interventional, clinical, longitudinal, prospective, noncontrolled study with 62 patients with skull defects, performing a late reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA and autologous bone. We evaluated the cognitive improvement through the mental state mini-exam; development of motor skills and daily life activities though Barthel and Rankin scale; health-related quality of life through SF-36; anxiety and depression indexes through the HAD scale; return to work activities; satisfaction with the procedure and its complications in the preoperative period, 3, 6, 12, and 24 months postoperatively. Results: The sample presented an average age of 40 years, most of them male (77%), white and with more than 5 years of education (85%). The cause of decompressive craniectomy (DC) was mostly accidents (58%) and aggressions (22.6%); 6 patients suffered a stroke (9.6%). The average Glasgow at admission was low, 9 ± 3. The DC was performed on the right side in 47% of patients and 39% on the left side of the skull. Multiple trauma occurred in 16% of patients. The average size of the skull defect was 127.5 ± 34.1 cm2. 91% of the patients presented moderate or large defect. The average time between the trauma and cranioplasty was 25 ± 15 months. There was an improvement in cognition after 12 months (p=0.002); 57% of patients improved at least 5 points on the daily life activities scales. All life quality parameters improved (p<0.001). An improvement in general health state became significant by the third month after surgery; in the social aspects and vitality became significant at 6 months; in the other parameters became significant at 12 months and stayed significant at 24 months. The scores for depression were reduced on the third month after surgery, further reduced at 12 months and remained still at 24 months, p<(0.001). Anxiety was reduced at 12 months after surgery, staying still at 24 months (p<0.001). 53% percent of patients performed some sort of work activity at 12 months after cranioplasty; 92% were satisfied with the procedure and infection rates were 3.2%. Conclusion: Cranioplasty improves cognition, quality of life, symptoms of anxiety and depression and reintroduces patients to the labor market. The reconstruction with antimicrobial-impregnated PMMA proved safe and effective with low rates of infectious complications.
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Efeitos da cranioplastia em doentes submetidos à craniectomia descompressiva: avaliação anatômica, neurológica e da hemodinâmica encefálica / Cranioplasty effects on patients submitted to decompressive craniectomy: anatomical, neurological and hemodynamic assessment

Oliveira, Arthur Maynart Pereira 14 August 2015 (has links)
Introdução e Objetivos: Falha óssea craniana após craniectomia descompressiva (CD) causa alterações neurológicas que podem estar associadas a modificações da anatomia cortical e hemodinâmica encefálica. Nosso objetivo foi avaliar se essas alterações ocorrem e se estão associadas ao prognóstico neurológico. Métodos: Avaliamos prospectivamente doentes com falha craniana após CD pelo método de Tomografia com estudo de perfusão (TCP) e Doppler Transcraniano (DTC) antes e entre 15 e 30 dias após a cranioplastia. O exame neurológico sistematizado e avaliação de escalas prognósticas (mRs, MEEM, índice de Barthel) foi realizado antes e seis meses após a operação. Resultados: Nós avaliamos 30 doentes, 15 (50%) com CD relacionada a traumatismo cranioencefálico (TCE) e 15 (50%) devido a doença cerebrovascular (DCV). Observamos que houve melhora satisfatória de queixas neurológicas, além de melhora significativa da mRs (p=0,003), MEEM (p < 0,001) e índice de Barthel (p=0,002). Houve reestruturação significativa da superfície cortical, tanto anterior (p < 0,001) quanto posterior (p=0,045). A diferença cortical posterior mostrou correlação com melhora do MEEM (p=0,03; r=-0,4) e índice de Barthel (p=0,035; r=-0,39). As alterações da anatomia encefálica foram mais evidentes em doentes com antecedente de DCV do que TCE. A relação entre a radiodensidade da substância cinzenta (SC) e branca (SB) apresentou elevação (p=0,007), sem correlação com prognóstico. A TCP demonstrou redução da duração média de trânsito (DMT) de 8,23 ± 1,30 segundos(s) para 7,50 ± 1,21 s (p=0,02) e do volume sanguíneo cerebral de 2,29 ± 0,58 ml/100g para 2,00±0,59 ml/100g (p=0,037) apenas no lado operado. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) não demonstrou alterações significativas em nenhum dos lados. Observamos correlação moderada entre DMT (diferença entre lado operado e não operado) com força muscular contralateral (r=-0,4, p =0,034). Na divisão entre grupos, a redução da DMT ocorreu no TCE e DCV mas, foi significativa apenas no primeiro grupo. Houve aumento significativo da velocidade de fluxo na artéria cerebral média tanto homolateral de 49,89±14,79 para 62,32±14,29 (p < 0,001) quanto contralateral de 53,95 ± 11,65 para 58,84±14,17 (p < 0,002) no exame de DTC. Observamos correlação com prognóstico neurológico tanto homolateral (MEEM; p=0,033, r= 0,55) quanto contralateral (mRs; p=0,031, r= -0,48) além de evidência de aumento da velocidade de fluxo em doentes com TCE e DCV mas, significativa apenas em doentes com DVC. Conclusões: As alterações do DTC e DMT apresentam correlação com prognóstico neurológico, representam possível recuperação da hemodinâmica encefálica mas, com comportamento diferente entre doentes com TCE e DCV. Após a cranioplastia ocorre melhora neurológica que se correlaciona com as alterações da anatomia cortical / Introduction and Objectives: Cranial vault defects after decompressive craniectomy (DC) causes neurological disorders that may be associated with changes in brain anatomy and hemodynamics. Our objective was to evaluate whether these changes occur and if they were associated with neurological prognosis. Methods: We prospectively evaluated patients with bone defect after DC with computed tomography perfusion (CTP) and transcranial Doppler Sonography (TCD) before and between 15 and 30 days after cranioplasty . We performed neurological examination and prognostic scales (mRs, MMSE and Barthel index) before and after six months. Results: We studied 30 patients, 15 (50%) had DC related to traumatic brain injury (TBI) and 15 (50%) due to cerebrovascular disease (CVD). We observed a satisfactory improvement of neurological complaints, as well as significant improvement in mRs (p= 0.003), MMSE (p < 0.001) and Barthel index (p=0.002). Significant anatomical expansion of both cerebral hemispheres, including anterior (p < 0.001), posterior (p=0.045), and cortical surface. The posterior measurements was correlated with improvement in the MMSE (p=0.03; r=-0.4) and Barthel index (p=0.035; r=-0.39). Brain anatomy changes were more evident in patients with history of CVD than TBI. Increase in radiodensity relationship between gray and white matter by CT scan (p=0.007) were observed without correlation with prognosis. TCP showed mean transit time (MTT) decrease from 8.23 ± 1.30 seconds (s) to 7.50 ± 1.21 s (p=0.02) and cerebral blood volume (CBV) from 2.29 ± 0.58 ml/100g to 2.00 ± 0.59 ml/100g (p=0.037) both in operated side. Cerebral blood flow (CBF) did not show significant changes in either side. We verified moderate correlation between MTT and contralateral muscle strength (r=-0.4; p=0.034). In the sub groups analysis, MTT decrease in TBI and CVD but was significant only in TBI patients. TCD showed a significant increase in middle cerebral artery flow velocity from 49.89±14.79 to 62.32±14.29 (p < 0.001) ipsilateral and from 53.95 ± 11.65 to 58.84 ± 14.17 (p < 0.002) contralateral to cranioplasty side. There was correlation between TCD changes and neurological prognosis ipsilateral (MMSE; p=0.033, r=0.55) and contralateral (MRS; p=0.031, r=-0.48) to operated side, besides flow velocity increased in TBI and CVD but was significant only in CVD patients. Conclusions: The TCD and MTT changes were correlated with neurological prognosis, represent recovery of brain hemodynamic condition but different behavior between TBI and CVD patients. After cranioplasty occurs neurological improvement that also correlates with anatomical changes in cortical surface
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Efeitos da cranioplastia em doentes submetidos à craniectomia descompressiva: avaliação anatômica, neurológica e da hemodinâmica encefálica / Cranioplasty effects on patients submitted to decompressive craniectomy: anatomical, neurological and hemodynamic assessment

Arthur Maynart Pereira Oliveira 14 August 2015 (has links)
Introdução e Objetivos: Falha óssea craniana após craniectomia descompressiva (CD) causa alterações neurológicas que podem estar associadas a modificações da anatomia cortical e hemodinâmica encefálica. Nosso objetivo foi avaliar se essas alterações ocorrem e se estão associadas ao prognóstico neurológico. Métodos: Avaliamos prospectivamente doentes com falha craniana após CD pelo método de Tomografia com estudo de perfusão (TCP) e Doppler Transcraniano (DTC) antes e entre 15 e 30 dias após a cranioplastia. O exame neurológico sistematizado e avaliação de escalas prognósticas (mRs, MEEM, índice de Barthel) foi realizado antes e seis meses após a operação. Resultados: Nós avaliamos 30 doentes, 15 (50%) com CD relacionada a traumatismo cranioencefálico (TCE) e 15 (50%) devido a doença cerebrovascular (DCV). Observamos que houve melhora satisfatória de queixas neurológicas, além de melhora significativa da mRs (p=0,003), MEEM (p < 0,001) e índice de Barthel (p=0,002). Houve reestruturação significativa da superfície cortical, tanto anterior (p < 0,001) quanto posterior (p=0,045). A diferença cortical posterior mostrou correlação com melhora do MEEM (p=0,03; r=-0,4) e índice de Barthel (p=0,035; r=-0,39). As alterações da anatomia encefálica foram mais evidentes em doentes com antecedente de DCV do que TCE. A relação entre a radiodensidade da substância cinzenta (SC) e branca (SB) apresentou elevação (p=0,007), sem correlação com prognóstico. A TCP demonstrou redução da duração média de trânsito (DMT) de 8,23 ± 1,30 segundos(s) para 7,50 ± 1,21 s (p=0,02) e do volume sanguíneo cerebral de 2,29 ± 0,58 ml/100g para 2,00±0,59 ml/100g (p=0,037) apenas no lado operado. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) não demonstrou alterações significativas em nenhum dos lados. Observamos correlação moderada entre DMT (diferença entre lado operado e não operado) com força muscular contralateral (r=-0,4, p =0,034). Na divisão entre grupos, a redução da DMT ocorreu no TCE e DCV mas, foi significativa apenas no primeiro grupo. Houve aumento significativo da velocidade de fluxo na artéria cerebral média tanto homolateral de 49,89±14,79 para 62,32±14,29 (p < 0,001) quanto contralateral de 53,95 ± 11,65 para 58,84±14,17 (p < 0,002) no exame de DTC. Observamos correlação com prognóstico neurológico tanto homolateral (MEEM; p=0,033, r= 0,55) quanto contralateral (mRs; p=0,031, r= -0,48) além de evidência de aumento da velocidade de fluxo em doentes com TCE e DCV mas, significativa apenas em doentes com DVC. Conclusões: As alterações do DTC e DMT apresentam correlação com prognóstico neurológico, representam possível recuperação da hemodinâmica encefálica mas, com comportamento diferente entre doentes com TCE e DCV. Após a cranioplastia ocorre melhora neurológica que se correlaciona com as alterações da anatomia cortical / Introduction and Objectives: Cranial vault defects after decompressive craniectomy (DC) causes neurological disorders that may be associated with changes in brain anatomy and hemodynamics. Our objective was to evaluate whether these changes occur and if they were associated with neurological prognosis. Methods: We prospectively evaluated patients with bone defect after DC with computed tomography perfusion (CTP) and transcranial Doppler Sonography (TCD) before and between 15 and 30 days after cranioplasty . We performed neurological examination and prognostic scales (mRs, MMSE and Barthel index) before and after six months. Results: We studied 30 patients, 15 (50%) had DC related to traumatic brain injury (TBI) and 15 (50%) due to cerebrovascular disease (CVD). We observed a satisfactory improvement of neurological complaints, as well as significant improvement in mRs (p= 0.003), MMSE (p < 0.001) and Barthel index (p=0.002). Significant anatomical expansion of both cerebral hemispheres, including anterior (p < 0.001), posterior (p=0.045), and cortical surface. The posterior measurements was correlated with improvement in the MMSE (p=0.03; r=-0.4) and Barthel index (p=0.035; r=-0.39). Brain anatomy changes were more evident in patients with history of CVD than TBI. Increase in radiodensity relationship between gray and white matter by CT scan (p=0.007) were observed without correlation with prognosis. TCP showed mean transit time (MTT) decrease from 8.23 ± 1.30 seconds (s) to 7.50 ± 1.21 s (p=0.02) and cerebral blood volume (CBV) from 2.29 ± 0.58 ml/100g to 2.00 ± 0.59 ml/100g (p=0.037) both in operated side. Cerebral blood flow (CBF) did not show significant changes in either side. We verified moderate correlation between MTT and contralateral muscle strength (r=-0.4; p=0.034). In the sub groups analysis, MTT decrease in TBI and CVD but was significant only in TBI patients. TCD showed a significant increase in middle cerebral artery flow velocity from 49.89±14.79 to 62.32±14.29 (p < 0.001) ipsilateral and from 53.95 ± 11.65 to 58.84 ± 14.17 (p < 0.002) contralateral to cranioplasty side. There was correlation between TCD changes and neurological prognosis ipsilateral (MMSE; p=0.033, r=0.55) and contralateral (MRS; p=0.031, r=-0.48) to operated side, besides flow velocity increased in TBI and CVD but was significant only in CVD patients. Conclusions: The TCD and MTT changes were correlated with neurological prognosis, represent recovery of brain hemodynamic condition but different behavior between TBI and CVD patients. After cranioplasty occurs neurological improvement that also correlates with anatomical changes in cortical surface

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