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PRÁTICAS PREVENTIVAS PARA O CÂNCER DO COLO UTERINO: UM ESTUDO COM MULHERES QUILOMBOLASTeixeira Boa Sorte, Elionara 30 May 2015 (has links)
Submitted by Mendes Márcia (marciinhamendes@gmail.com) on 2017-07-12T13:17:57Z
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Dissertação Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1370381 bytes, checksum: c46f0bfb653afe85e9256aed0d3cf1db (MD5) / Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2017-07-17T18:13:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1370381 bytes, checksum: c46f0bfb653afe85e9256aed0d3cf1db (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-17T18:13:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1370381 bytes, checksum: c46f0bfb653afe85e9256aed0d3cf1db (MD5) / A etiopatogenia do câncer do colo uterino é mundialmente conhecida e os meios de prevenção
são relativamente simples e de baixo custo. Sua incidência continua alta, sugerindo que o
acesso e outros fatores de ordem sociocultural estejam envolvidos neste fenômeno. Objetivouse
conhecer aspectos sócio-econômico-culturais, demográficos e da saúde sexual e
reprodutiva de mulheres quilombolas; descrever o conhecimento de mulheres quilombolas
sobre o corpo e o câncer cervicouterino, identificando valores culturais relacionados e discutir
as práticas de prevenção do câncer do colo do útero utilizadas por mulheres quilombolas.
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa e que tem como objeto o cuidado
preventivo de mulheres quilombolas para o câncer do colo uterino. O método utilizado foi o
da etnoenfermagem e o referencial teórico a Teoria do Cuidado Cultural. O estudo foi
realizado na comunidade quilombola Araçá-Cariacá, no município de Bom Jesus da Lapa,
Bahia. Participaram da pesquisa 26 mulheres residentes nessa comunidade com idade igual ou
maior que 18 anos. O trabalho de campo foi realizado entre julho e setembro de 2014. Foram
utilizados três capacitadores para a obtenção dos dados de etnoenfermagem: observaçãoparticipação-reflexão,
formulário sócio-econômico-cultural e entrevista semiestruturada. O
estudo foi guiado pelo Modelo Sunrise e a análise dos depoimentos foi fundamentada na
análise de dados da etnoenfermagem. A pesquisa seguiu os princípios éticos da Resolução nº
466/2012 e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da
Bahia sob o nº 684.165. A comunidade dispõe de água encanada, luz elétrica, não há
saneamento básico, nas casas há eletrodomésticos e os principais meios de transporte são
moto e carro de linha. As mulheres do estudo são em sua maioria casadas, negras, de pouca
escolaridade e baixa renda. Possuem em média três filhos/as; a maioria dos partos foram
normais e realizados em hospital. Comumente não consomem bebida alcoólica e tabaco;
possuem apenas um parceiro sexual, não utilizam preservativos e negam Infecções
Sexualmente Transmissíveis. As mulheres demonstraram dificuldade de entendimento sobre a
doença e sua localização, sendo identificada como perigosa, feia e que mata; está associada ao
uso de pílulas anticoncepcionais, à não observância de cuidados tradicionais em relação ao
parto e pós-parto, ao exercício livre da sexualidade pelas jovens. Muitas mulheres valorizam
os cuidados profissionais e utilizam práticas culturais, como o uso de plantas para prevenção
do câncer e tratamento de infecção uterina. Dificuldades de acesso aos serviços de saúde
também foram destacadas. O conhecimento das condições de vida e saúde de populações
específicas e do cuidado preventivo para o câncer do colo uterino por parte das mulheres
quilombolas possibilita o planejamento de ações que sejam congruentes com a realidade
dessas mulheres e, consequentemente, com resultados mais efetivos e eficientes. / The ethnopathogenesis of cervicouterine cancer is known worldwide, and its means of
prevention are relatively simple and inexpensive. Its incidence remains high, which suggests
that access and other factors of sociocultural order are involved in this phenomenon. This
study aims to know social, economic, cultural, demographic aspects and sexual and
reproductive health of quilombolas women; to describe the knowledge of quilombola women
about its body and the uterine cervix cancer, by identifying related cultural values and discuss
the practices of prevention of cervical cancer used by quilombola women. This is a
descriptive study with qualitative approach which objective is the preventive care of
quilombola women with the cervicouterine cancer. The method used was ethnonursing and
the theoretical reference is the Theory of Cultural Care. The study was conducted in the
quilombola community Araçá-Cariacá, in the city of Bom Jesus da Lapa, Bahia. Participated
in the survey 26 women living in this community aged equal or over 18 years. Fieldwork was
conducted between July and September 2014. Three trainers obtained the following
ethnonursing data: observation-participation-reflection, socio-economic and cultural data and
semi-structured interviews, beyond feminist workshop. Model Sunrise guided the study and
the analysis of the reports was based on the ethnonursing data analysis. The study followed
the ethical principles of Resolution nº. 466/2012 and was approved by the Ethics Committee
of the Bahia State University Research under nº. 684,165. The community has piped water,
electricity, no sanitation, appliances in the houses and the main transportation modes are
motorcycles and car lines. The women in the study are mostly married, black-skinned, with
low education and low income. They have an average of three children; most child-births
were normal and performed in a hospital. In general they do not consume alcohol or tobacco;
they have only one sexual partner, do not use preservatives and deny having Sexually
Transmitted Deseases. The women demonstrated difficulty in understanding the disease and
its location on the woman body, being identified as dangerous, ugly and “as something that
kills”; it is associated with the use of birth control pills, the non-respect of traditional care for
childbirth and postpartum, and the free exercise of sexuality by young people. Many women
value professional care and the use of cultural practices such as the utilization of plants for
cancer prevention and treatment of uterine infection. Access difficulties to health services
were also reported. The knowledge of living conditions and health of specific populations and
preventive care for cervicouterine cancer by the quilombola women enables the planning of
actions that are congruent with the reality of these women and, consequently, more effective
and efficient in results
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Práticas preventivas para o câncer do colo uterino: um estudo com mulheres quilombolasBoa Sorte, Elionara Teixeira 30 May 2015 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2016-03-11T14:49:57Z
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Dissertação_ Enf_ Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1291191 bytes, checksum: 89a9263a85819610504bc18f28bb91f4 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-04-20T12:30:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação_ Enf_ Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1291191 bytes, checksum: 89a9263a85819610504bc18f28bb91f4 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-20T12:30:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_ Enf_ Elionara Teixeira Boa Sorte.pdf: 1291191 bytes, checksum: 89a9263a85819610504bc18f28bb91f4 (MD5) / Capes / A etiopatogenia do câncer do colo uterino é mundialmente conhecida e os meios de prevenção são relativamente simples e de baixo custo. Sua incidência continua alta, sugerindo que o acesso e outros fatores de ordem sociocultural estejam envolvidos neste fenômeno. Objetivou-se conhecer aspectos sócio-econômico-culturais, demográficos e da saúde sexual e reprodutiva de mulheres quilombolas; descrever o conhecimento de mulheres quilombolas sobre o corpo e o câncer cervicouterino, identificando valores culturais relacionados e discutir as práticas de prevenção do câncer do colo do útero utilizadas por mulheres quilombolas. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa e que tem como objeto o cuidado preventivo de mulheres quilombolas para o câncer do colo uterino. O método utilizado foi o da etnoenfermagem e o referencial teórico a Teoria do Cuidado Cultural. O estudo foi realizado na comunidade quilombola Araçá-Cariacá, no município de Bom Jesus da Lapa, Bahia. Participaram da pesquisa 26 mulheres residentes nessa comunidade com idade igual ou maior que 18 anos. O trabalho de campo foi realizado entre julho e setembro de 2014. Foram utilizados três capacitadores para a obtenção dos dados de etnoenfermagem: observação-participação-reflexão, formulário sócio-econômico-cultural e entrevista semiestruturada. O estudo foi guiado pelo Modelo Sunrise e a análise dos depoimentos foi fundamentada na análise de dados da etnoenfermagem. A pesquisa seguiu os princípios éticos da Resolução nº 466/2012 e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia sob o nº 684.165. A comunidade dispõe de água encanada, luz elétrica, não há saneamento básico, nas casas há eletrodomésticos e os principais meios de transporte são moto e carro de linha. As mulheres do estudo são em sua maioria casadas, negras, de pouca escolaridade e baixa renda. Possuem em média três filhos/as; a maioria dos partos foram normais e realizados em hospital. Comumente não consomem bebida alcoólica e tabaco; possuem apenas um parceiro sexual, não utilizam preservativos e negam Infecções Sexualmente Transmissíveis. As mulheres demonstraram dificuldade de entendimento sobre a doença e sua localização, sendo identificada como perigosa, feia e que mata; está associada ao uso de pílulas anticoncepcionais, à não observância de cuidados tradicionais em relação ao parto e pós-parto, ao exercício livre da sexualidade pelas jovens. Muitas mulheres valorizam os cuidados profissionais e utilizam práticas culturais, como o uso de plantas para prevenção do câncer e tratamento de infecção uterina. Dificuldades de acesso aos serviços de saúde também foram destacadas. O conhecimento das condições de vida e saúde de populações específicas e do cuidado preventivo para o câncer do colo uterino por parte das mulheres quilombolas possibilita o planejamento de ações que sejam congruentes com a realidade dessas mulheres e, consequentemente, com resultados mais efetivos e eficientes.
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