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Distribuição de polimorfismos de base única (SNPS) nos genes da lectina ligadora de manose (MBL2) e da beta-defensina humana 1 (DEFB1) entre pacientes com tuberculoseLacerda Alves da Cruz, Heidi 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Fatores genéticos podem desempenhar um importante papel na susceptibilidade à tuberculose
(TB), uma das doenças com maior índice de mortalidade entre as enfermidades causadas por
um único agente etiológico. Esta doença infecto-contagiosa, causada pelo bacilo
Mycobacterium tuberculosis, tem sido responsável pela morte de milhões de pessoas
anualmente. Polimorfismos de base única (SNPs) em genes responsáveis pela imunidade inata
têm sido alvo de diversos estudos e mostraram-se de grande importância na susceptibilidade a
infecções. O presente trabalho teve como objetivo analisar a associação entre SNPs funcionais
nos genes MBL2 e DEFB1 e a susceptibilidade à infecção promovida pelo M. tuberculosis.
Foram selecionados 115 pacientes com TB e 180 adultos saudáveis provenientes da cidade do
Recife, Brasil. Os SNPs localizados no gene MBL2 foram genotipados através da PCR em
tempo real (qPCR), enquanto que os SNPs presentes no gene DEFB1 foram genotipados
através do sequenciamento de DNA. Para o gene MBL2, foram genotipadas as regiões
promotoras (H/L e X/Y), através de uma PCR alelo-específica, e o éxon 1 (A/O), através da
curva de dissociação. Para o gene DEFB1, foram genotipadas as posições -52, -44 e -20 da
região 5 UTR. Os SNPs foram agrupados segundo o alelo, as freqüências alélicas e
genotípicas encontradas foram calculadas e comparadas entre os grupos estudados. As
freqüências das variantes do MBL2 nos pacientes foram diferentes das freqüências
encontradas no grupo controle. Todas as populações encontraram-se em equilíbrio de Hardy-
Weinberg. Tanto o alelo L quanto o alelo O apresentaram efeito de risco para o grupo de
pacientes com TB em relação aos pacientes controles. Da mesma forma, as freqüências
genotípicas foram significativamente diferentes em pacientes com TB quando comparadas aos
pacientes controles, com os genótipos OO e LL presentes principalmente nos doentes em
relação aos indivíduos saudáveis. Para o promotor X/Y, foi observado um efeito protetor do
polimorfismo, com freqüência tanto do alelo X quanto do genótipo XX para a população
controle quando comparadas com o grupo de pacientes. A análise dos haplótipos revelou que
os genótipos combinados responsáveis pela alta produção de MBL apresentaram-se
significativamente mais freqüentes nos controles do que nos pacientes com TB. Os haplótipos
para produção deficiente apresentou-se com maior freqüência nos pacientes do que nos
controles. Em relação aos polimorfismos no gene DEFB1 não foram observadas diferenças
significativas entre os dois grupos estudados. Apesar disso, foi observada uma tendência para
que polimorfismos na posição -20 localizados na região 5 UTR estejam relacionadas com a
susceptibilidade à tuberculose, principalmente na forma extrapulmonar da doença. Em
conclusão, nossos resultados indicam que a presença de SNPs no gene MBL2, responsáveis
pela diminuição dos níveis da proteína MBL, encontram-se associados a uma maior
susceptibilidade ao bacilo da TB, representando uma molécula fundamental durante os
primeiros estágios de infecção pelo M. tuberculosis. Nossos resultados mostraram que a
presença de SNPs tanto na região promotora quanto no éxon 1 do MBL2 aparece como um
fator de risco para a infecção, podendo ser utilizados no desenvolvimento de novos
tratamentos individualizados. No entanto, o mesmo não pôde ser afirmado para HBD-1,
apesar de ser uma proteína fundamental à imunidade inata, não foram encontradas associações
entre polimorfismos do gene DEFB1 e a tuberculose. Vale ressaltar que este é o primeiro
relato descrito na literatura que envolve um estudo de associação entre polimorfismos
funcionais do DEFB1 e o seu papel na infecção e desenvolvimento da tuberculose. O papel
das proteínas solúveis da imunidade inata na infecção pelo M. tuberculosis está longe de ser
compreendido e o conhecimento encontra-se restrito, necessitando-se de mais informações a
cerca da interação existente entre o Homem e as micobactérias como um caminho a ser
percorrido visando no futuro o controle da doença
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Associação Entre Polimorfismos Funcionais Dos Genes Defb1 E Mbl2 E Doença Auto-Imune Da TireóideFreire Rodrigues, Fernanda 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A doença auto-imune da tireóide (AITD) afeta de 2 a 5% da população e é o
transtorno auto-imune órgão-específico mais comum. Sua apresentação clínica varia
do hipertireoidismo da doença de Graves (GD) ao hipotireoidismo da tireoidite de
Hashimoto (HT). O presente trabalho tem como principal objetivo analisar a
associação dos polimorfismos de dois genes ligados ao sistema imune inato, DEFB1
e MBL2, na susceptibilidade à doença auto-imune da tireóide. O gene DEFB1
codifica a β-defensina humana 1 (HBD-1), um peptídeo antimicrobiano capaz de
romper a membrana de uma ampla variedade de patógenos. Polimorfismos de única
base (SNPs) na região 5 UTR do DEFB1 têm sido associados com uma maior
susceptibilidade a diversas infecções e distúrbios auto-imunes. O gene da lectina
ligadora de manose (MBL2) codifica uma proteína de reconhecimento de padrões
moleculares que tem como alvo resíduos de carboidratos na membrana de
patógenos, células transformadas e apoptóticas. Polimorfismos no éxon 1 desse
gene têm sido alvo de diversos estudos e revelou ser de suma importância na
susceptibilidade a infecções e doenças auto-imunes. O grupo de estudo consistiu de
74 e 163 pacientes com AITD para análise de SNPs do gene DEFB1 e MBL2,
respectivamente. O grupo controle foi formado por 92 e 214 indivíduos saudáveis
para análise dos genes DEFB1 e MBL2, já coletados em estudos anteriores. A
genotipagem dos SNPs nas posições -20, -44 e -52 na região 5 UTR do gene
DEFB1 foi realizada através do seqüenciamento de DNA, enquanto que os SNPs
nos códons 52, 54 e 57 do éxon 1 do gene MBL2 foram genotipados através da PCR
tempo real. Os resultados do gene DEFB1 mostraram uma diferença significativa
para as freqüências genotípicas do SNP -52 entre pacientes AITD e controles (pvalue=
0.04431). Considerando os 33 pacientes diagnosticados com HT, houve uma
diferença significativa apenas nas freqüências alélicas do SNP -52 (pvalue=
0.03205) entre pacientes com HT e controles. Os resultados do gene MBL2
mostraram uma diferença significativa entre as freqüências alélicas (pvalue=
0.009163) e genotípicas (p-value=0.04588) dos pacientes com AITD e
controles. Considerando os 87 pacientes diagnosticados com HT, houve uma
diferença significativa nas freqüências alélicas do gene MBL2 (p-value=0.01354)
entre pacientes com HT e controles. Nossos resultados mostraram uma associação
entre o alelo -52A do gene DEFB1 e o alelo O do gene MBL2 com a AITD e HT,
identificando novos marcadores de susceptibilidade à doença auto-imune da
tireóide
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