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Eficácia de um protocolo de higiene bucal com utilização de solução de clorexidina a 0,12% na prevenção de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM) e os efeitos sobre a microbiota da mucosa bucal de pacientes internados em unidades de terapia intensiva / Efficacy of a standard oral hygiene protocol with 0.12% chlorhexidine gluconate in preventing ventilator associated pneumonia (VAP) and the effects on oral microbiota among intensive care unit patients

Marcia Bertolossi Hirata 14 February 2014 (has links)
A presente investigação teve como objetivo avaliar a prática de cirurgiões dentistas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital militar, o estabelecimento de um protocolo de higiene oral e os seus efeitos sobre a redução de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM). As percepções da equipe da UTI sobre as atividades dos cirurgiões dentistas também foram avaliadas por meio de um questionário. O perfil de colonização microbiana da mucosa oral antes e depois do estabelecimento das medidas de higiene oral também foi avaliado tanto por diluição e plaqueamento em meios de cultura microbiológicos seletivos e enriquecidos e através da amplificação pelo método de PCR e eletroforese em gel desnaturante em gradiente (DGGE), subsequente ao sequenciamento dos amplicons. A carga microbiana foi avaliada após a contagem de placas de agar e através da amplificação por PCR em tempo real (qPCR) do gene rrs nas amostras. O protocolo de higiene oral, realizado pelos cirurgiões dentistas, foi capaz de reduzir a incidência de PAVM (p <0,05). O questionário revelou que a modificação da halitose foi percebida por 93,33% dos participantes. A redução da ocorrência das úlceras orais e dos lábios durante a internação dos pacientes foi observada por 80% da equipe da UTI. Foi observada a redução da produção das secreções nasais e bucais por 70% da equipe dos profissionais da UTI. Para 86,66% dos participantes a assistência aos pacientes tornou-se mais agradável após a instituição dos cuidados bucais. O protocolo, realizado com a utilização de solução 0,12% de clorexidina, não foi capaz de evitar a colonização da mucosa oral por patógenos microbianos usualmente encontrados no ambiente hospitalar tais como os bastonetes Gram-negativos entéricos e não fermentadores, nem foi capaz de eliminá-los quando tais micro-organismos já se encontravam presentes antes dos procedimentos de higiene bucal. Alguns Bastonetes Gram-positivos (Lactobacillus sp e corinebactérias) e Staphylococcus epidermidis permaneceram após a realização dos procedimentos. O protocolo de higiene oral permitiu a redução da carga microbiana na mucosa oral de 50% dos pacientes considerando-se o método de contagem microbiana e para 35% dos pacientes pela avaliação dos números de cópias de genes rrs através de qPCR. Em conclusão, o protocolo de higiene oral desenvolvido pelos cirurgiões dentistas foi capaz de reduzir a incidência de PAV na UTI, embora não tenha sido capaz de prevenir a colonização da mucosa oral por supostos patógenos microbianos. O protocolo de higiene oral com a participação ativa dos cirurgiões dentistas foi bem aceito pelos profissionais da UTI e foi capaz de melhorar a qualidade da assistência aos pacientes críticos. / This investigation aimed to evaluate the practice of dentists in an intensive care unit (ICU) of a military hospital, the establishment of a protocol for oral hygiene, and the effect of the protocol on the reduction of ventilator associated pneumonia (VAP) after the introduction of the oral hygiene protocol. The opinion of the ICU staff about the activity of the dentists was also evaluated by means of a questionnaire. In addition, the microbial colonization profile of the oral mucosa before and after the establishment of the oral hygiene measures was evaluated by means of both dilution and plating the samples in microbiological culture mediums (both selective and rich agar media) and DGGE technique, with sequencing of amplicons. The microbial load was evaluated after counting agar plates and by real time rrs gene PCR amplification (qPCR) in the samples. The oral hygiene protocol performed by dentists was capable to reduce the incidence of VAP (p< 0.05). The questionnaire revealed that the change of the oral odor was noticed by 93.33% of the participants. The reduction of oral and lip ulcers during the hospitalization of the patients was observed by 80% of the staff. The patients were observed to reduce the production of oral and nasal secretions after the establishment of the oral hygiene procedures by 70% of the ICU professionals. The approach to the patients developed by the staff became more pleasant after the establishment of the oral protocol for 86.66%. The protocol, with the use of 0,12% chlorhexidine solution, was not capable to avoid the colonization of the oral mucosa by the microbial pathogens usually found in nosocomial environment, in especial Gram-negative enteric and non-fermentative rods, nor eliminated these organisms previously found before the oral care procedures. Gram-positive rods (Lactobacillus sp, and corynebacteria) and Staphylococcus epidermidis remained after the procedures. The protocol reduced the microbial load in the oral mucosa of 50% of the patients considering the microbial counting and in 35% of the patients evaluated by the numbers of copies of rrs genes by qPCR. In conclusion, the oral hygiene protocol developed by dentists was capable to reduce the incidence of VAP in the studied ICU, though was not capable to prevent the colonization of oral mucosa by putative microbial pathogens. The oral hygiene protocol with active participation of dentists was well accepted by the ICU professionals and was capable to improve the quality of assistance to critically ill patients.
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Eficácia de um protocolo de higiene bucal com utilização de solução de clorexidina a 0,12% na prevenção de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM) e os efeitos sobre a microbiota da mucosa bucal de pacientes internados em unidades de terapia intensiva / Efficacy of a standard oral hygiene protocol with 0.12% chlorhexidine gluconate in preventing ventilator associated pneumonia (VAP) and the effects on oral microbiota among intensive care unit patients

Marcia Bertolossi Hirata 14 February 2014 (has links)
A presente investigação teve como objetivo avaliar a prática de cirurgiões dentistas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital militar, o estabelecimento de um protocolo de higiene oral e os seus efeitos sobre a redução de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM). As percepções da equipe da UTI sobre as atividades dos cirurgiões dentistas também foram avaliadas por meio de um questionário. O perfil de colonização microbiana da mucosa oral antes e depois do estabelecimento das medidas de higiene oral também foi avaliado tanto por diluição e plaqueamento em meios de cultura microbiológicos seletivos e enriquecidos e através da amplificação pelo método de PCR e eletroforese em gel desnaturante em gradiente (DGGE), subsequente ao sequenciamento dos amplicons. A carga microbiana foi avaliada após a contagem de placas de agar e através da amplificação por PCR em tempo real (qPCR) do gene rrs nas amostras. O protocolo de higiene oral, realizado pelos cirurgiões dentistas, foi capaz de reduzir a incidência de PAVM (p <0,05). O questionário revelou que a modificação da halitose foi percebida por 93,33% dos participantes. A redução da ocorrência das úlceras orais e dos lábios durante a internação dos pacientes foi observada por 80% da equipe da UTI. Foi observada a redução da produção das secreções nasais e bucais por 70% da equipe dos profissionais da UTI. Para 86,66% dos participantes a assistência aos pacientes tornou-se mais agradável após a instituição dos cuidados bucais. O protocolo, realizado com a utilização de solução 0,12% de clorexidina, não foi capaz de evitar a colonização da mucosa oral por patógenos microbianos usualmente encontrados no ambiente hospitalar tais como os bastonetes Gram-negativos entéricos e não fermentadores, nem foi capaz de eliminá-los quando tais micro-organismos já se encontravam presentes antes dos procedimentos de higiene bucal. Alguns Bastonetes Gram-positivos (Lactobacillus sp e corinebactérias) e Staphylococcus epidermidis permaneceram após a realização dos procedimentos. O protocolo de higiene oral permitiu a redução da carga microbiana na mucosa oral de 50% dos pacientes considerando-se o método de contagem microbiana e para 35% dos pacientes pela avaliação dos números de cópias de genes rrs através de qPCR. Em conclusão, o protocolo de higiene oral desenvolvido pelos cirurgiões dentistas foi capaz de reduzir a incidência de PAV na UTI, embora não tenha sido capaz de prevenir a colonização da mucosa oral por supostos patógenos microbianos. O protocolo de higiene oral com a participação ativa dos cirurgiões dentistas foi bem aceito pelos profissionais da UTI e foi capaz de melhorar a qualidade da assistência aos pacientes críticos. / This investigation aimed to evaluate the practice of dentists in an intensive care unit (ICU) of a military hospital, the establishment of a protocol for oral hygiene, and the effect of the protocol on the reduction of ventilator associated pneumonia (VAP) after the introduction of the oral hygiene protocol. The opinion of the ICU staff about the activity of the dentists was also evaluated by means of a questionnaire. In addition, the microbial colonization profile of the oral mucosa before and after the establishment of the oral hygiene measures was evaluated by means of both dilution and plating the samples in microbiological culture mediums (both selective and rich agar media) and DGGE technique, with sequencing of amplicons. The microbial load was evaluated after counting agar plates and by real time rrs gene PCR amplification (qPCR) in the samples. The oral hygiene protocol performed by dentists was capable to reduce the incidence of VAP (p< 0.05). The questionnaire revealed that the change of the oral odor was noticed by 93.33% of the participants. The reduction of oral and lip ulcers during the hospitalization of the patients was observed by 80% of the staff. The patients were observed to reduce the production of oral and nasal secretions after the establishment of the oral hygiene procedures by 70% of the ICU professionals. The approach to the patients developed by the staff became more pleasant after the establishment of the oral protocol for 86.66%. The protocol, with the use of 0,12% chlorhexidine solution, was not capable to avoid the colonization of the oral mucosa by the microbial pathogens usually found in nosocomial environment, in especial Gram-negative enteric and non-fermentative rods, nor eliminated these organisms previously found before the oral care procedures. Gram-positive rods (Lactobacillus sp, and corynebacteria) and Staphylococcus epidermidis remained after the procedures. The protocol reduced the microbial load in the oral mucosa of 50% of the patients considering the microbial counting and in 35% of the patients evaluated by the numbers of copies of rrs genes by qPCR. In conclusion, the oral hygiene protocol developed by dentists was capable to reduce the incidence of VAP in the studied ICU, though was not capable to prevent the colonization of oral mucosa by putative microbial pathogens. The oral hygiene protocol with active participation of dentists was well accepted by the ICU professionals and was capable to improve the quality of assistance to critically ill patients.

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