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Parentalidade em tempo de mudanças: desvelando o envolvimento parental após o fim do casamentoGrzybowski, Luciana Suárez January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / It is observed that, among several family tasks post-divorce, the most probably complex one is at the parents’ hands. The latter that have just separated as a couple, remain united by the parental bonds, sharing the common task of educating the children. Considering this situation, one can ask: how is it possible to educate a child in separate homes? What makes the process easier or more difficult? What is the parents’ involvement in this context? How do parents’ agree on educational proceedings (co-parenting)? In order to answer these questions, this work attempted to know the educational practices and the parental involvement that separated/divorced fathers and mothers develop in the education of their children as well as the tentative comprehension of co-parenting after divorce. Having as backup an ecological contextual perspective, the study made use of an assorted methodology through the application of Inventory of Parental Practices – IPP in 234 subjects (fathers and mothers) and, later, of two focal groups (one with fathers and another with mothers). The results of the quantitative study showed that there is a significant difference between the parental involvement of fathers and mothers. The mothers demonstrated greater involvement if compared to the fathers in all investigated areas (emotional, didactic, social, discipline, responsibility). Although there was a greater maternal involvement, the fathers showed a great social involvement in the public space and less difficulty dealing with discipline favored by the non cohabitation with the children. The maternal cohabitation and the frequent paternal visits constituted variables highlighted in the relation with parental involvement alongside the parents’ occupation, their education, their relations, the kind of separation they had and remarrying.The results of the quantitative study, although they also pointed at the direction of the importance of cohabitation for the parental involvement, showed the relevance of the affective bonds father-mother-child for the success or failure of co-parenting. The indissociability of the parental and conjugal system became evident as well as a tendency to the configuration of a new post-divorce scenery in which the mother feels satisfied with the guard and the authority that it bestows her while the father feels excluded of this reality showing actions and wish to be more participative. / Observa-se que, dentre as diversas tarefas familiares pós-divórcio, provavelmente a mais complexa fique ao encargo dos pais. Estes, que acabaram de separar-se como casal, permanecem unidos pelos laços parentais, compartilhando a tarefa comum de educar os filhos. Porém, pergunta-se: como educar um filho em lares separados? O que facilita e o que dificulta este processo? Qual o envolvimento do pai e da mãe neste contexto? Como os pais combinam os procedimentos educativos (coparentalidade)? Diante disso, este trabalho buscou conhecer as práticas educativas e o envolvimento parental que pais e mães separados/divorciados desenvolvem na educação de seus filhos, bem como compreender como ocorre o exercício da coparentalidade após o advento do divórcio. Para tanto, apoiando-se numa perspectiva ecológica-contextual, realizou um estudo com metodologia mista, através da aplicação do Inventário de Práticas Parentais – IPP em 234 sujeitos (pais e mães) e, posteriormente, da realização de dois grupos focais (um com pais e outro com mães). Os resultados do estudo quantitativo evidenciaram que há uma diferença significativa entre o envolvimento parental de pais e mães. As mães demonstraram maior envolvimento que os pais em todas as áreas investigadas (emocional, didático, social, disciplina, responsabilidade).Apesar do maior envolvimento materno, os pais evidenciaram um grande envolvimento social no espaço público e menores dificuldades com a disciplina favorecidas pela não-coabitação com os filhos. A coabitação materna e a freqüência das visitas paternas foram variáveis que se destacaram na relação com o envolvimento parental, juntamente com a ocupação, a escolaridade, a relação com o ex-cônjuge, tipo de separação e o recasamento. Já os resultados do estudo qualitativo, apesar de também apontarem na direção da importância da coabitação para o envolvimento parental, evidenciaram a relevância dos vínculos afetivos pai-mãe-filho para o sucesso ou fracasso da coparentalidade. A indissociabilidade do subsistema parental e conjugal ficou evidente, bem como uma tendência à configuração de um novo cenário pós-divórcio, no qual a mãe sente-se satisfeita com a guarda e o poder que esta lhe confere, enquanto o pai sente-se excluído desta realidade, evidenciando ações e desejo de ser mais participativo.
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Avaliações psicológicas e decisões judiciais em processos de alienação parentalFermann, Ilana Luiz January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / The Parental Alienation (PA) is a phenomenon which commonly occurs in child custody situations and affects children and adolescents. Although it is considered a current theme and there is a law in Brazil that configure the AP as a negative psychological interference, studies that portray these situations are still insufficient. The objective of this research was to the describe cases of AP, through the analysis of judicial processes and verify the criteria used by the professionals of psychology in the evaluation of these cases. The research is organized in two empirical studies. The empirical study titled 1 “Characterization of Judicial Processes of Parental Alienation in Brazil” characterized judicial processes PA, including the profile of the children, their parents and information about the processes. They analyzed 14 judicial processes and the results indicated that most of these did not report the initial complaint and PA were related to visitation and custody of property after divorce. Mothers were identified as alienating and alienated father as in most cases. Children were predominantly only daughters, they were under the care of mothers and attended elementary school. The empirical study titled 2 “Psychological expertise in Parental Alienations Cases” verify the criteria, indicators, methods and procedures used by psychologists in cases of PA and assessed the adequacy of psychological reports contained in legal proceedings in accordance with the guidelines of the Federal Council of Psychology (FCP).Eight reports have been identified in processes analyzed and it was found that none of the documents presented structure required by the FCP. Interviews were the most used procedures and few professionals included testings. Problems such as lack of integration of the results with the findings and suggestions of legal measures were observed in the expert reports. Finally, in only half of the eight cases containing report was verified correlation between psychological expert conclusion and the court judgment on the presence or absence of PA. / A Alienação Parental (AP) é um fenômeno que comumente ocorre em situações de disputa de guarda e envolve crianças e adolescentes. Embora seja considerada uma temática atual e exista uma lei no Brasil que configure a AP como uma interferência psicológica negativa, os estudos empíricos ainda são escassos. O objetivo da presente Dissertação de Mestrado foi descrever casos de AP, por meio da análise de processos judiciais, bem como verificar os critérios utilizados pelos profissionais da Psicologia na avaliação destes casos. A dissertação de mestrado está organizada em dois estudos empíricos que contemplam tais objetivos.O estudo empírico 1 intitulado “Caracterização de Processos Judiciais com AP no Brasil” caracterizou os processos judiciais de AP, incluindo o perfil das crianças, seus pais e informações acerca dos processos. Foram analisados 14 processos judiciais e os resultados indicaram que na maioria destes a queixa inicial não referia AP e estavam relacionados a visitações e estabelecimento de guarda após divórcio. As mães foram identificadas como alienadoras e o pai como alienado na maioria dos casos. As crianças eram, predominantemente, filhas únicas, estavam sob a guarda das mães e frequentavam ensino fundamental. O estudo empírico 2 denominado “Perícias Psicológicas em Casos de Alienação Parental” verificou os critérios, indicadores, métodos e procedimentos utilizados pelos psicólogos em casos de AP e avaliou a adequação dos laudos psicológicos contidos em processos judiciais de acordo com as orientações do Conselho Federal de Psicologia (CFP).Foram identificados oito laudos nos processos analisados e verificou-se que nenhum dos documentos apresentava estrutura exigida pelo CFP. Entrevistas foram os procedimentos mais utilizados e poucos profissionais incluíram testagens. Problemas como falta de integração dos resultados com as conclusões e sugestões de medidas judiciais foram constatados nos laudos periciais. Por fim, em apenas metade dos oito processos que continham laudo, foi verificada concordância entre a conclusão pericial psicológica e a sentença judicial sobre presença ou ausência de AP.
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