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RELAÇÕES FILOGENÉTICAS DO GÊNERO PARTAMONA SCHWARZ, 1939 (HYMENOPTERA/APIDAE) COM ÊNFASE NO GRUPO CUPIRAROSSIN, G. S. 23 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-23 / Entre os gêneros pertencentes à tribo Meliponini está Partamona Schwarz 1939, que possui
atualmente 33 espécies descritas. As relações filogenéticas deste gênero, foram evidenciadas
por Pedro & Camargo (2003) e Camargo & Pedro (2003) baseadas em caracteres
morfológicos e hábitos de nidificação. Os autores propuseram a divisão do gênero em cinco
grupos :Musarum, Testacea, Nigrior e Cupira, representados pelas espécies que nidificam em
termiteiros, e Bilineata/Epiphytophyla , por espécies não termitófilas. Nossas análises
filogenéticas de Máxima Verossimilhança e inferência Bayesiana baseadas nos genes
nucleares ArgK e Opsin e o gene mitocondrial CytB, confirmam a monofilia do gênero e sua
relação de grupo irmão com o gênero Parapartamona. Os caracteres morfológicos definidos
como sinapomorfias para estabelecer o grupo Cupira não coincidem com o relacionamento
filogenético molecular do grupo e a divisão do gênero em dois clados foi fortemente
suportada. Análise de caracteres taxonômicos baseados nos hábito de nidificação utilizados
para a classificação de grupos no gênero Partamona não estão relacionados com a hipótese
filogenética por dados moleculares. A Datação molecular estipula que a divisão entre os
gêneros Partamona e Parapartamona ocorreu há cerca de 14 milhões de anos, na mesma
época do soerguimento dos Andes. O maior evento de especiação entre o gênero ocorreu por
volta de 4 milhões de anos durante o Plioceno. Eventos de vicariância durante o Plio-
Pleistoceno, podem ter ocasionado as divergências dos principais agrupamentos do gênero
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Filogenia e filogeografia do grupo Bothrops neuwiedi (Serpentes, Squamata) / Phylogeny and phylogeography of the Bothrops neuwiedi group (Serpentes, Squamata)Machado, Tais 25 November 2015 (has links)
O grupo Bothrops neuwiedi é composto por serpentes neotropicais que desempenham grande impacto na saúde pública, em decorrência de acidentes ofídicos. O grupo apresenta ampla distribuição ao longo da diagonal seca de formações abertas, desde o nordeste do Brasil até o noroeste da Argentina. A taxonomia atual, baseada principalmente em dados morfológicos qualitativos, não recupera as linhagens evolutivas apontadas pelas abordagens moleculares. O objetivo deste trabalho foi investigar o grupo B. neuwiedi utilizando análises filogenéticas, filogeográficas, biogeográficas, estimativa de datação e delimitação de espécies em um total de 276 indivíduos amostrados ao longo de toda a sua distribuição, incluindo representantes do Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai. As análises contemplaram três genes mitocondriais, dois nucleares, dois introns e 33 locos de microssatélites obtidos por sequenciamento de nova geração. Estimou−se, por meio do método de delimitação de espécies e análises filogeográficas, que o grupo B. neuwiedi possui ao menos 14 espécies, das quais oito já são reconhecidas (B. erythromelas, B. lutzi, B. mattogrossensis, B. marmoratus, B. neuwiedi, B. pauloensis, B. pubescens e B. diporus) e seis possíveis espécies (Bothrops sp. 1 a Bothrops sp. 6). O grupo teria se originado durante o Mioceno e diversificado durante o Plio-Pleistoceno. As flutuações climáticas do Pleistoceno, decorrentes dos ciclos glaciais e interglaciais, desempenharam um importante papel na diversificação das espécies e suas populações. Adicionalmente, eventos tectônicos que ocorreram durante este período também teriam influenciado na estruturação espacial da diversidade genética. Foi revelada uma intrincada relação do domínio biogeográfico Chaquenho (áreas abertas) com os domínios do Sudoeste da Amazônia e do Paraná (áreas de floresta). Nuances na temperatura e aridez, ora permitiram a expansão do Cerrado sobre as florestas, ora possibilitaram a expansão do Chaco sobre o Cerrado, levando à interrupção da conexão entre as populações de manchas de Cerrado nestes domínios florestais. Os resultados evidenciaram a complexidade da diversificação das serpentes na diagonal seca de formações abertas e, dependendo da linhagem, diferentes padrões puderam ser observados. A Linhagem Leste−Oeste (B. marmoratus, B. neuwiedi, Bothrops sp. 1) apresentou elevado grau de diversidade genética e elevada estruturação espacial, concordante com unidades geomorfológicas do relevo. Nas linhagens do sul do Brasil (B. pubescens e B. diporus) verificou−se um padrão de diversificação consistente com espécies incipientes em estágios iniciais do processo de especiação. Na região central do Cerrado, propõe−se que as espécies B. marmoratus, B. pauloensis e B. mattogrossensis apresentam forte estruturação no DNAmt e baixa estruturação nos marcadores nucleares em decorrência de fluxo gênico desigual mediado por machos. Baseado nas informações obtidas neste trabalho, sugerimos fortemente que o grupo Bothrops neuwiedi seja revisado sob uma perspectiva multidisciplinar. / The Bothrops neuwiedi group is composed of Neotropical snakes that have a serious impact on Brazilian public health, as they are responsible for a large number of snakebite accidents. The group is widespread along the dry diagonal of open formations in South America (Chacoan dominion), since northeast Brazil to northwest Argentina. Current taxonomic arrangement is based on blotches and color pattern, which does not represent the evolutionary lineages uncovered in molecular analyses. This study aims to investigate the B. neuwiedi group using phylogenetic analyses, biogeography, phylogeography, estimates of divergence, and species delimitation. A total of 276 representatives of the B. neuwiedi group were obtained throughout the geographic distribution of the group, including samples from Brazil, Bolivia, Argentina, Paraguay, and Uruguay; in addition, three mitochondrial and two nuclear genes, two introns, and 33 microsatellite loci were used. According species delimitation and phylogeographic approach, 14 species in the B. neuwiedi group could be delimited as follows: eigth species already recognized (B. erythromelas, B. lutzi, B. mattogrossensis, B. marmoratus, B. neuwiedi, B. pubescens, B. diporus, and B. pauloensis) and six other putative species (Bothrops sp. 1 to Bothrops sp. 6). Estimates of divergence placed the origin of the B. neuwiedi group in the Miocene and diversification in the Plio−Pleistocene. Climatic fluctuations and tectonic events during the Pleistocene probably played an important role in the species and populations diversification. An intricate network was revealed with Chacoan dominion (open area) and South-west and Paraná dominion (forested areas). Nuances in temperature and aridity, sometimes allowed the expansion of the Cerrado on forests, sometimes allowed the expansion of the Chaco on the Cerrado, leading to the interruption of the connection between the populations of Cerrado patches of forest in these areas. The results showed the complexity of the diversification of snakes in the dry diagonal of open formations and depending on the lineage studied, different patterns were observed. East−West Lineage (B. marmoratus, B. neuwiedi, Bothrops sp. 1) presented high genetic diversity and high genetic and spatial structure associated with Brazilian geomorphology. B. pubescens and B. diporus revealed a pattern consistent with incipient species in the early stages of speciation. B. marmoratus, B. pauloensis and B. mattogrossensis presented strong structure in mtDNA and and weak structure in nuclear markers due to male−biased gene flow.
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O genero Zornia J. F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) : revisão taxonomica das especies ocorrentes no Brasil e filogenia / The genus Zornia J. F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae : taxonomic revision of the species that occur in Brasil and phylogenyFortuna-Perez, Ana Paula 22 November 2018 (has links)
Orientador: Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-11-22T11:41:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Perez_AnaPaulaFortuna.pdf: 113775491 bytes, checksum: dc9fcc546ebf65c955179362f9b0675f (MD5)
Previous issue date: 2009 / Resumo: Zornia J.F. Gmel. possui distribuição pantropical e contém 75 espécies, das quais 36 ocorrem no Brasil. Para o gênero, têm sido reconhecidos dois subgêneros: Zornia subg. Myriadena (Desv.) Mohlenbr. e Zornia subg. Zornia; o último está dividido em três seções: Zornia sect. Zornia, Zornia sect. Isophylla Mohlenbr. e Zornia sect. Anisophylla Mohlenbr. Há problemas nesta classificação infragenérica, pois muito dos caracteres diagnósticos utilizados são subjetivos e nem sempre se mostram descontínuos. Zornia, que está incluído no clado Adesmia, junto com mais cinco gêneros ocorrentes na América do Sul, Adesmia DC., Poiretia Vent., Amicia Kunth, Chaetocalyx DC. e Nissolia Jacq., é caracterizado principalmente pelas flores dispostas em inflorescências espiciformes com bractéolas peltadas, aos pares, protegendo cada flor. Considerando a expressiva diversidade de táxons de Zornia existente no Brasil, a pouca descontinuidade entre os caracteres diagnósticos infragenéricos e a escassez de revisões taxonômicas recentes deste gênero, este estudo teve por objetivos: a) realizar a revisão taxonômica das espécies de Zornia ocorrentes no Brasil; b) estudar a filogenia de Zornia no intuito de verificar as relações infragenéricas e determinar padrões de evolução morfológica; c) determinar tempo de diversificação e padrões biogeográficos do gênero. A revisão taxonômica foi realizada através de análise morfológica de exsicatas e observações de populações em campo. As matrizes dos estudos moleculares foram analisadas sobs os critério de parcimônia e de bayesiana. Foram reconhecidas e descritas até o momento 36 espécies de Zornia para o Brasil, incluindo duas novas. Descrições com comentários sobre relações taxonômicas e morfológicas e distribuição geográfica para as espécies são fornecidas. Os estudos filogenéticos morfológicos e moleculares feitos neste estudo sugerem que Zornia seja monofilético, ao mesmo tempo em que revela que os subgêneros e seções atualmente reconhecidos para o gênero mostraram-se para ou polifiléticos. A datação molecular mostrou que ocorreu um único evento migratório de Zornia da América para África ou Austrália há 4,61 milhões de anos, e esta disjunção se deve provavelmente à dispersão a longa distância. / Abstract: Zornia J.F. Gmel. has a pantropical distribution and consists of 75 species. Thirty six of theses species occur in Brazil. For this genus, two subgenera have been recognized: Zornia subg. Myriadena (Desv.) Mohlenbr. and Zornia subg. Zornia; the latter is divided into three sections: Zornia sect. Zornia, Zornia sect. Isophylla Mohlenbr. and Zornia sect. Anisophylla Mohlenbr. This infrageneric classification is problematic, because most of the diagnostic characters used are subjective and they are not always discontinuous. Zornia is included in the Adesmia clade together with five more genera that occur in South America (Adesmia DC., Poiretia Vent., Amicia Kunth, Chaetocalyx DC. and Nissolia Jacq.). The genus Zornia is characterized mainly by flowers arranged in spiciform inflorescences, with paired peltade bracteoles protecting each flowers. Considering the expressive diversity of Zornia taxons in Brazil, the little morphological discontinuity between the infrageneric diagnostic characters, and the lack of recent taxonomic revisions of this genus, this study aimed at: a) carrying out a taxonomic revision of Zornia species that occur in Brazil; b) studying Zornia phylogeny in order to verify the infrageneric relationships; c) determining divergence time and biogeography patterns for the genus. The taxonomic revision was done by morphological analysis of herbarium materials and by observing field populations. The matrices of molecular studies were analyzed by Parsimony and Bayesian analyses. So far thirty six species of Zornia have been described for Brazil, including two new species. Descriptions with comments on taxonomic and morphological relationships, and on geographic distribution of the species have been provided. The phylogenetic studies in this work suggest that Zornia is monophyletic. At the same time this study shows that the subgenera and the sections currently acknowledged for the genus are paraphyletic or polyphyletic. The molecular dating shows that only one migratory event of Zornia occurred 4.61 Ma ago from America to Africa or Australia, and this disjunction is probably due to long distance dispersal. / Universidade Estadual de Campi / Biologia Vegetal / Doutor em Biologia Vegetal
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Filogenia e filogeografia do grupo Bothrops neuwiedi (Serpentes, Squamata) / Phylogeny and phylogeography of the Bothrops neuwiedi group (Serpentes, Squamata)Tais Machado 25 November 2015 (has links)
O grupo Bothrops neuwiedi é composto por serpentes neotropicais que desempenham grande impacto na saúde pública, em decorrência de acidentes ofídicos. O grupo apresenta ampla distribuição ao longo da diagonal seca de formações abertas, desde o nordeste do Brasil até o noroeste da Argentina. A taxonomia atual, baseada principalmente em dados morfológicos qualitativos, não recupera as linhagens evolutivas apontadas pelas abordagens moleculares. O objetivo deste trabalho foi investigar o grupo B. neuwiedi utilizando análises filogenéticas, filogeográficas, biogeográficas, estimativa de datação e delimitação de espécies em um total de 276 indivíduos amostrados ao longo de toda a sua distribuição, incluindo representantes do Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai. As análises contemplaram três genes mitocondriais, dois nucleares, dois introns e 33 locos de microssatélites obtidos por sequenciamento de nova geração. Estimou−se, por meio do método de delimitação de espécies e análises filogeográficas, que o grupo B. neuwiedi possui ao menos 14 espécies, das quais oito já são reconhecidas (B. erythromelas, B. lutzi, B. mattogrossensis, B. marmoratus, B. neuwiedi, B. pauloensis, B. pubescens e B. diporus) e seis possíveis espécies (Bothrops sp. 1 a Bothrops sp. 6). O grupo teria se originado durante o Mioceno e diversificado durante o Plio-Pleistoceno. As flutuações climáticas do Pleistoceno, decorrentes dos ciclos glaciais e interglaciais, desempenharam um importante papel na diversificação das espécies e suas populações. Adicionalmente, eventos tectônicos que ocorreram durante este período também teriam influenciado na estruturação espacial da diversidade genética. Foi revelada uma intrincada relação do domínio biogeográfico Chaquenho (áreas abertas) com os domínios do Sudoeste da Amazônia e do Paraná (áreas de floresta). Nuances na temperatura e aridez, ora permitiram a expansão do Cerrado sobre as florestas, ora possibilitaram a expansão do Chaco sobre o Cerrado, levando à interrupção da conexão entre as populações de manchas de Cerrado nestes domínios florestais. Os resultados evidenciaram a complexidade da diversificação das serpentes na diagonal seca de formações abertas e, dependendo da linhagem, diferentes padrões puderam ser observados. A Linhagem Leste−Oeste (B. marmoratus, B. neuwiedi, Bothrops sp. 1) apresentou elevado grau de diversidade genética e elevada estruturação espacial, concordante com unidades geomorfológicas do relevo. Nas linhagens do sul do Brasil (B. pubescens e B. diporus) verificou−se um padrão de diversificação consistente com espécies incipientes em estágios iniciais do processo de especiação. Na região central do Cerrado, propõe−se que as espécies B. marmoratus, B. pauloensis e B. mattogrossensis apresentam forte estruturação no DNAmt e baixa estruturação nos marcadores nucleares em decorrência de fluxo gênico desigual mediado por machos. Baseado nas informações obtidas neste trabalho, sugerimos fortemente que o grupo Bothrops neuwiedi seja revisado sob uma perspectiva multidisciplinar. / The Bothrops neuwiedi group is composed of Neotropical snakes that have a serious impact on Brazilian public health, as they are responsible for a large number of snakebite accidents. The group is widespread along the dry diagonal of open formations in South America (Chacoan dominion), since northeast Brazil to northwest Argentina. Current taxonomic arrangement is based on blotches and color pattern, which does not represent the evolutionary lineages uncovered in molecular analyses. This study aims to investigate the B. neuwiedi group using phylogenetic analyses, biogeography, phylogeography, estimates of divergence, and species delimitation. A total of 276 representatives of the B. neuwiedi group were obtained throughout the geographic distribution of the group, including samples from Brazil, Bolivia, Argentina, Paraguay, and Uruguay; in addition, three mitochondrial and two nuclear genes, two introns, and 33 microsatellite loci were used. According species delimitation and phylogeographic approach, 14 species in the B. neuwiedi group could be delimited as follows: eigth species already recognized (B. erythromelas, B. lutzi, B. mattogrossensis, B. marmoratus, B. neuwiedi, B. pubescens, B. diporus, and B. pauloensis) and six other putative species (Bothrops sp. 1 to Bothrops sp. 6). Estimates of divergence placed the origin of the B. neuwiedi group in the Miocene and diversification in the Plio−Pleistocene. Climatic fluctuations and tectonic events during the Pleistocene probably played an important role in the species and populations diversification. An intricate network was revealed with Chacoan dominion (open area) and South-west and Paraná dominion (forested areas). Nuances in temperature and aridity, sometimes allowed the expansion of the Cerrado on forests, sometimes allowed the expansion of the Chaco on the Cerrado, leading to the interruption of the connection between the populations of Cerrado patches of forest in these areas. The results showed the complexity of the diversification of snakes in the dry diagonal of open formations and depending on the lineage studied, different patterns were observed. East−West Lineage (B. marmoratus, B. neuwiedi, Bothrops sp. 1) presented high genetic diversity and high genetic and spatial structure associated with Brazilian geomorphology. B. pubescens and B. diporus revealed a pattern consistent with incipient species in the early stages of speciation. B. marmoratus, B. pauloensis and B. mattogrossensis presented strong structure in mtDNA and and weak structure in nuclear markers due to male−biased gene flow.
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Estudos biossistematicos em especies de Hoffmannseggella H.G. Jones (Orchidaceae: Laeliinae) ocorrentes em complexos rupestres de altitude / Biosystematic studies in Hoffmannseggella H.G. Jones (Orchidaceae: Laeliinae) occuring in altitude rocky complexes of BrazilVerola, Christiano Franco 17 January 2008 (has links)
Orientadores: João Semir, Vera Nisaka Solferini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T01:49:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo:Um estudo biossistemático foi realizado no gênero neotropical e endêmico do Brasil, Hoffmannseggella H.G. Jones. Este gênero é caracterizado por ser exclusivamente rupícola e apresentar flores de cores variadas, vívidas e contrastantes. As espécies estão distribuídas ao longo dos complexos rupestres de altitude, principalmente na região sudeste (MG, RJ e ES) e nordeste (BA). Foram descritos os padrões de distribuição geográfica para 34 espécies de Hoffmannseggella e três espécies de Dungsia, por meio de técnicas de georeferenciamento. Os resultados indicaram a formação de quatro subconjuntos de espécies: Chapada Diamantina - BA, centro-sul e centro-norte da Cadeia do Espinhaço - MG, e Complexos Rupestres do RJ/ES. As análises de PAE (Parsimony Analysis of Endemicity) e Modelagem Ecológica indicaram 12 áreas prioritárias para conservação, além de três áreas complementares para garantir a manutenção e sobrevivência destas espécies. São apresentados os resultados da datação molecular com ênfase em Hoffmannseggella, incluindo gêneros relacionados, sob uma perspectiva histórico-evolutiva. O cenário biogeográfico e histórico mais provável em Laeliinae, indica o surgimento e confinamento das espécies basais do grupo na América Central no Mioceno, com posterior irradiação de grupos derivados para a América do Sul, através da ligação parcial entre Ilhas da ¿Proto América Central¿. Os principais eventos de cladogênese em Hoffmannseggella não estão associados a áreas específicas, mas a múltiplos eventos associados à expansão e retração de áreas campestres ocorridas entre o Plioceno e o Pleistoceno. Foram realizados estudos de biologia floral e ecologia da polinização em oito espécies de Hoffmannseggella, com atenção aos mecanismos de isolamento reprodutivo entre espécies sincronopátricas. As espécies são polinizadas por himenópteros de diferentes famílias, com sistemas de polinização não específicos e baseados no engano do polinizador, contrariando suposições anteriores que caracterizavam estas espécies como ornitófilas. O estudo dos sistemas reprodutivos de 13 espécies em 36 diferentes populações revelou que a maioria das espécies é auto-incompatível, porém uma mesma espécie pode apresentar diferentes sistemas reprodutivos dependendo da população. A quebra da autoincompatibilidade em algumas espécies está fortemente associada à ocorrência da poliploidia, situação relativamente comum em Angiospermas, mas descrita pela primeira vez em Orchidaceae. A quebra da auto-incompatibilidade parece conferir vantagens ao estabelecimento de linhagens poliplóides em Hoffmannseggella, pois estas espécies apresentam mecanismos de auto-polinização espontânea. Foi realizado um estudo cromossômico, no qual foram obtidas contagens inéditas para 12 espécies e dois híbridos naturais em 24 diferentes populações, enfatizando a importância da poliploidia para a evolução deste grupo. Algumas espécies apresentaram citótipos, que foram discutidos sob uma visão citogeográfica e evolutiva, com ênfase nos principais mecanismos associados ao estabelecimento de complexos poliplóides. A poliploidia é um fenômeno relativamente recente em Hoffmannseggella, e surgiu independentemente várias vezes ao longo da sua história evolutiva. É descrita uma nova espécie, H. viridiflora, morfologicamente relacionada com as espécies de escapos curtos, flores pequenas e amarelas, ocorrentes no Planalto de Diamantina - MG. Por fim é apresentada uma visão biossistemática geral e conservacionista que revela os principais problemas associados à manutenção de áreas naturais com grande diversidade de espécies de Hoffmannseggella / Abstract: A biosystematic study of the neotropical and Brazilian endemic genus Hoffmannseggella H. G. Jones was carried out. This genus is characterized by rupiculous habit, with varied-contrasting flowers colors. These species are distributed at high altitude rocky complexes, mainly in the Southeast (MG, RJ and ES) and Northeast (BA). The geographic distribution patterns of 34 Hoffmannseggella and three Dungsia species by GIS techniques were described. The results point to four sub-sets of species groups: Chapada Diamantina - BA, Northern and Southern part of Central area of the Espinhaço Range ¿ MG and rocky complexes of RJ/ES. Parsimony analysis of endemicity and ecological modeling indicated 12 priority areas for conservation and more three complementary areas to guarantee the species survival for a long time. The results of molecular dating are presented, with emphasis on Hoffmannseggella, including related genera, in a historical-evolutive perspective. The most probable biogeographic and historical scenario in Laeliinae points to the origin and confinement of basal species in Central America in the Miocene, with posterior irradiation of derivated groups to South America, through a partial link by islands in ¿Proto Central America¿. The main cladogenesis events in Hoffmannseggella are not associated with specific areas, but happen in multiple events associated to the expansion and retraction of open vegetation in the Plio-Pleistocene. Floral biology and pollination ecology studies were carried out in eight Hoffmannseggella species, with attention to the reproductive isolation mechanisms between sincronopatric species. Hoffmannseggella species are pollinated by small bees (Hymenoptera) of different families, with unspecific and deceit based pollination systems that discredit previous suppositions that characterized Hoffmannseggella as ornithophilous. Breeding system studies of 13 species and 36 different populations revealed that most species are self-compatible, but the same species can present different breeding systems depending on the population. The break up of self-incompatibility in some species is associated to polyploidy, and this phenomenon is relatively frequent in Angiosperms, but had been never described in orchids. Selfcompatibility in polyploid species can confer advantages in establishment of polyploid lineages. A review of chromosome numbers in Hoffmannseggella, show new counts for 12 species and two natural hybrids in 24 different populations, with emphasis in the importance of polyploidy for the evolution of this group. Some species presented different cytotypes, and this is discussed in a cytogeographic and evolutive perspective, with emphasis on the main factors related with establishment of polyploid complexes. Polyploidy is a recent phenomenon in Hoffmannseggella, but can appear independently many times in its evolutionary history. A new species, H. viridiflora, is described and morphologically related to species with short racemes, yellow and smaller flowers, occurring at the Diamantina Plateau - MG. Finally, we present a general biosystematic and conservationist view, which points the main problems associated with the maintenance of natural areas with high diversity of Hoffmannseggella species / Doutorado / Doutor em Ecologia
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Filogenia e biogeografia de Lonchocarpus s.l. e revisão taxonômica dos gêneros Muellera L.f. e Dahlstedtia Malme (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) / Phylogeny and biogeography of Lonchocarpus s.l. and taxonomic revision of the genera Muellera L.f. and Dahlstedtia Malme (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae)Silva, Marcos José da 16 August 2018 (has links)
Orientador: Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-16T00:59:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Lonchocarpus Kunth (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae) é predominantemente neotropical e inclui cerca de 150 espécies. Estudos considerando a sistemática de Lonchocarpus são necessários, devido à sua classificação infragenérica que apresenta problemas nomenclaturais e taxonômicos, correlacionados com a alta diversidade morfológica de seus representantes. Há controvérsias referentes ao número, ao nome e à definição de suas séries, seções e subgêneros, bem como à sua própria circunscrição genérica. Entre as seções de Lonchocarpus, L. sect. Laxiflori (Benth.) Taub. e L. sect. Punctati (Benth.) Taub. são distintas morfologicamente das demais e têm distribuição geográfica quase que restrita à América do Sul, sendo a revisão taxonômica delas fundamental para a delimitação de Lonchocarpus. Ainda neste contexto, a precisa circunscrição do gênero só é possível com o entendimento das relações de Lonchocarpus com gêneros relacionados. Entre as poucas referências de estudos filogenéticos que incluem espécies de Lonchocarpus, uma apresenta Lonchocarpus s. str. como monofilético se as espécies sulamericanas da seção Punctati forem excluídas. Considerando os resultados apresentados nos estudos filogenéticos e os problemas relacionados à circunscrição e à classificação infragenérica de Lonchocarpus, esta tese teve como objetivos 1) estudar a filogenia de Lonchocarpus, com o intuito de precisar sua circunscrição, bem como sua origem, idade, diversificação geográfica, e de elucidar suas relações com alguns gêneros cotribais, e 2) revisar Lonchocarpus sect. Punctati e L. sect. Laxiflori. O estudo filogenético baseou-se em fragmentos seqüências de macromoléculas derivadas do DNA do cloroplasto (trnL-F e matK) e nuclear (ITS1+5.8S+ITS2), analisadas individualmente ou de maneira combinadas entre si e com dados morfológicos, através dos métodos de parcimônia e bayesiano, enquanto que os estudos taxonômicos revisionais fundamentaram-se nos procedimentos taxonômicos tradicionais. No capítulo 1, que trata da filogenia e biogeografia de Lonchocarpus e afins, as análises cladísticas mostraram que Lonchocarpusconforme atualmente circunscrito é parafilético e que em Lonchocarpus sensu lato três grandes clados podem ser reconhecidos: clado Laxiflori, clado Dahlstedtia e clado Lonchocarpus s. str., sendo os dois primeiros predominantemente sulamericanos e o último principalmente mesoamericano. As espécies de Lonchocarpus sect. Punctati ficaram no clado Dahlstedtia, enquanto que no clado Laxiflori também foram incluídas as espécies de Bergeronia Micheli e Margaritolobium Harms. Com estes resultados, em adição à consistência da delimitação morfológica, houve a necessidade de se propor o reestabelecimento de Muellera L.f., gênero neotropical com apenas duas espécies antes de sua sinonimização com Lonchocarpus, para incluir as espécies do clado Laxiflori, e a ampliação da circunscrição de Dahlstedtia, para incluir as espécies até então subordinadas à
seção Punctati. Na recircunscrição e revisão do gênero Dahlstedtia Malme (capítulo 2) foram reconhecidas 16 espécies incluindo as duas anteriormente aceitas e as 3 novas para a ciência, e propostas 12 combinações novas e dois sinônimos novos. Dahlstedtia possui distribuição neotropical, com centro de diversidade na porção sudeste da América do Sul. O estudo visando o restabelecimento e revisão do gênero Muellera L.f. (capítulo 3) resultou na sinonimização de Lonchocarpus sect. Laxiflori e dos gêneros Bergeronia e Margaritolobium com Muellera, totalizando 26 espécies, das quais 10 novas. O gênero é sulamericano, com duas espécies atingindo a América Central. Estão sendo propostas seis lectotipificações, 10 sinonimizações e 17 combinações novas. Descrições, ilustrações, comentários taxonômicos, mapas de distribuição geográfica e chaves para identificação das espécies foram apresentadas. A análise de datação molecular revelou que Lonchocarpus s.s originou-se a cerca de 8,7±0,05Ma na América Central, diferentemente dos clados Dahlstedtia e Laxiflori que surgiram na América do Sul, em 6,3±0,05Ma e 8,0±0,09Ma, respectivamente, e que ocorreu pelo menos três eventos de migração deste gênero da América Central para a do Sul e um único para o continente africano. / Abstract: Lonchocarpus Kunth (Leguminosae, Papilionoidae, Millettiae) is predominantly neotropical and it includes around 150 species. It is necessary to make studies of the systematics of Lonchocarpus owing to its problematic nomenclatural and taxonomical infrageneric classification, which is related to the great morphological diversity of its representatives. There is a controversy over the number, the name, the definition of itsseries, sections and subgenus, as well its generic circumscription. Among the sections of Lonchocarpus, only L. sect. Laxiflori (Benth) Taub. and L. Sect. Punctati (Benth) Taub. Are morphologically distinct from the others. And their geographical distribution is mostly restricted to South America. Hence, it is extremely important to perform a taxonomical revision to delimit Lonchocarpus. Moreover, a precise circumscription of the genus is only possible if one has an understanding of the relationship between Lonchocarpus and related genera. Among the few references to phylogenetic studies which include species of Lonchocarpus, one refers to Lonchocarpus s. str. as monophyletic if the South American species of the section Punctati are excluded. Considering the resulted presents in the phylogenetic studies, the problems related to circumscription and the infrageneric classification of Lonchocarpus, this thesis aims at: 1) Studying the phylogeny of Lonchocarpus in order to determine its exact circumscription, its age and origin, and its geographic diversification, as well as elucidating its relationships with some cotribal genera, and 2) at revising Lonchocarpus sect Punctati and L. sect Laxiflori. The phylogenetic study was based on sequence fragments of macromolecules derived from the DNA of the chloroplast (trnL-F AND matk) AND of nuclear (ITS1 + 5.85 + ITS2), analyzed individually or combined among themselves (or with morphological data) using the parsimony and bayesian methods, while the revisional taxonomic studies were based on traditional taxonomic procedures. Chapter 1 deals with phylogeny and biogeography of Lonchocarpus and allies. In this chapter the cladistic analysis shows that according to the current circumscription Lonchocarpus is paraphyletic and that in Lonchocarpus sensu lato three great clade can be recognized: clade Laxiflori, clade Dahlstedia and clade Lochocarpus s. str., where the first two are predominantly southamerican and the last one ismainly mesoamerican. The species of Lonchocarpus sect. Punctati remained in the clade Dahlstedtia, while the species of Bergeronia Micheli and Margaritolobium Harms were also included in the clade Laxiflori. Based on these results which support the consistency of the morphological delimitation, it was necessary to propose the reestablishment of Muellera L.f., a neotropical genus with only two species before its synonymization with Lonchocarpus, in order to include the species of the clade Laxiflori. Furthermore, the circumscription of Dahlstedtia was extended to include the species which were still subordinated to the section Punctati. During the recircumscription and revision of the genus Dahlstedtia Malme (chapter 2), 16 species were recognized including the two species which were previously accepted and 3 unknown species to science. Also, 12 new combinations and 2 new synonyms were proposed. Dahlstedtia has a neotropical distribution, with its diversity center in the southern region of South America. The study intended for the reestablishment and revision of the genus Muellera L.f. (chapter 3) resulted in the synonymization of Lonchocarpus sect. Laxiflori and of the genera Bergeronia and Margaritolobium with Muellera, totalling 26 species (10 of them new). The genus is South American, with two species reaching Central America. Six lectotypifications, tem synonymizations and 17 new combinations are being proposed. Descriptions, illustrations, taxonomic commentaries, maps of the geographic distribution and species identification keys have been presented. The analysis of the molecular dating revealed that Lonchocarpus s. str. originated in Central America around 8.7± 0.05Ma. Unlike the clades Dahlstedia and Laxiflori that appeared in South America in 6.3± 0.05Ma and 8.0± 0.09Ma, respectively. The analysis also revealed that there have been at least three migrations of this genus from Central America to South America, and only one to Africa. / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Biologia Vegetal
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