This thesis, which is qualitative research and literature, has for its object the enunciation of the structure and performance of the critical ideas of social protection in the classical and positivist criminology. The landmark is in the eighteenth and nineteenth centuries, regarded as the era of penal codification, institutionalized in the context of major social, cultural, economic and political. The discourses and practices of intervention, as well as the mechanisms of repression and justification of the punitive power of institutionalized criminological these two schools were analyzed from a dual perspective, whether the reconstruction of its genesis and the critical deconstruction of its postulated supported by classical and contemporary sociological theories. Adopting such an approach allowed capturing the history, the contradictions, the social inequalities and power relations underlying the discourse of social defense and focus it as a specific form of regulation and control ideology of modern society. As it turned out, this ideology, beyond being restricted to a mere system of ideas and values, is physically implemented on devices that organize institutional consensus, regulate antagonistic interests, predispose to specific social practices and help to stabilize the ruling order. / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação, cuja investigação é de natureza qualitativa e bibliográfica, tem por objeto a enunciação da estrutura e realização de crítica ao ideário da defesa social nas criminologias clássica e positivista. O marco histórico está nos séculos XVIII e XIX, considerados como a época das codificações penais, institucionalizadas no contexto de grandes transformações sociais, culturais, econômicas e políticas. Os discursos e práticas de intervenção, bem como os mecanismos de repressão e justificativa do poder punitivo institucionalizado por essas duas escolas criminológicas foram analisados a partir de uma dupla perspectiva, quer seja, a da reconstrução de sua gênese e a da desconstrução crítica de seus postulados, com o suporte de teorias sociológicas clássicas e contemporâneas. A adoção de tal perspectiva permitiu captar a historicidade, as contradições, as assimetrias sociais e as relações de poder subjacentes aos discursos que sustentam a defesa social e focá-la como uma forma específica de ideologia de regulação e controle da sociedade moderna. Como se evidenciou, esta ideologia, muito além de se restringir a ser um mero sistema de idéias e valores, está materialmente concretizada em aparelhos institucionais que organizam consensos, regulam interesses antagônicos, predispõem a específicas práticas sociais e concorrem para estabilizar a ordem dominante.